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domingo, 30 de dezembro de 2012

Szasz criticava o ideal cientificista de objetividade absoluta

"Szasz criticava o ideal cientificista de objetividade absoluta como uma forma secularizada de religião que produzia “dogmas” de forma semelhante. A este respeito, afirmava que determinar que um indivíduo é um doente mental equivale a dizer que alguém está possuído pelo demônio. “Se você fala com Deus, você está rezando; Se Deus fala com você, você é esquizofrênico” (Szasz, T. The Second Sin, Anchor/Doubleday, Garden City, NY. 1973, p. 113). A crítica de Szasz recaía notadamente sobre o tratamento involuntário e sobre a utilização da “doença mental” como um critério jurídico."


por Filipe Degani Carneiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Brasil

http://ripehp.wordpress.com/2012/09/27/thomas-szasz-1920-2012/

“o seu tratamento é a forma como eu a trato” (Laing, 1987).

"É objectivo deste artigo apresentar de forma com-
preensiva alguns dos principais conceitos de Ronald
D. Laing (1927-1989) acerca da psicopatologia e da
psicose. Laing foi um psiquiatra e psicanalista escocês,
preocupado desde cedo com o tratamento a disponi-
bilizar às pessoas diagnosticadas como psicóticas:
face a uma pessoa “o seu tratamento é a forma como
eu a trato” (Laing, 1987). Este foi, antes de mais, o
primeiro grande contributo de Laing: o paciente tem
de ser tratado como uma pessoa."

Ronald D. Laing: A política da psicopatologia
GUIOMAR GABRIEL (*)
JOSÉ A. CARVALHO TEIXEIRA (**)


Thomas Szasz foi crítico acérrimo de Laing

"Thomas Szasz foi crítico acérrimo de Laing,
baseando a sua opinião no que lhe parece uma
incoerência entre o que Laing advogava e as suas
ações: “se a esquizofrenia não é uma doença,
então não há nada a tratar” (Szasz, 2005). Szasz
cita vários paragráfos soltos na obra de Laing em
que este se coloca numa posição de certificar quem
é e quem não é louco, o que para Szasz correspon-
deria a um erro, uma vez que a sua posição (ética)
é anti-psiquiatria, anti-diagnóstico de loucura, anti-
-institucionalização e, sobretudo, contra a retirada
de direitos cívicos a que os psicóticos são frequen-
temente sujeitos. Para Szasz, Laing teria jogado
ao mesmo tempo nas duas equipas e foi apanhado
na sua própria vaidade: tornar-se conceituado como
psiquiatra e, sobretudo, famoso (Szasz, 2005). Szasz
criticou igualmente Laing por não ter assumido uma
postura mais interventiva e ainda mais radical."

Ronald D. Laing: A política da psicopatologia
GUIOMAR GABRIEL (*)
JOSÉ A. CARVALHO TEIXEIRA (**)

Eles estão jogando o jogo deles

"Eles estão jogando o jogo deles.
Eles estão jogando de não jogar um jogo.
Se eu lhes mostrar que os vejo tal qual eles estão,
quebrarei as regras do jogo
e receberei sua punição.
O que devo, pois, é jogar o jogo deles,
o jogo de não ver o jogo que eles jogam."

R D Laing - psiquiatra inglës

Def.: Esquizofrenia (para R D. Laing)



"A esquizofrenia é uma estratégia especial que uma pessoa inventa para viver numa situação intolerável."
R. D. LAING

Insanidade e mundo insano (R D Laing)

"Insanidade: uma resposta perfeitamente racional para um mundo insano."
R D Laing