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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

THOMAS SZASZ (Resumo de algumas obras) - 23 respostas. Comunidade "O Mito da Doença Mental" Orkut

THOMAS SZASZ (Resumo de algumas obras) - 23 respostas. Comunidade "O Mito da Doença Mental" Orkut




EL SEGUNDO PECADO – 1972
“Uma criança se torna adulto quando se dá conta de que tem o direito, não apenas a ter razão, mas também a estar em um erro.” (SZASZ, 1972: pág.14)

“Todo benfeitor quer controlar a pessoa a quem faz bem. O sacerdote controla em nome de Deus; o médico em nome da saúde. Esta propensão universal a controlar aos demais choca e se contradiz com o objetivo de fazer do homem um indivíduo responsável de si mesmo.” (SZASZ, 1972: 39)

“Nenhum fármaco pode expandir a consciência; a única coisa que um fármaco pode expandir são as ganâncias da companhia que o fabrica.” (SZASZ, 1972: 50)

“Chamam ao aborto “assassinato” ou “feticidio” quem o desaprova; quem são partidários dele ou não o condenam o denominam “controle de natalidade”. De modo parecido, a causar a própria morte só deveriam chamar “suicídio” quem o desaprova; e os que o aprovam – o ao menos não o condenam – deveriam chamá-lo “controle de mortalidade”.” (SZASZ, 1972: 52)

“A Psiquiatria comunitária promete aproximarmos ao dia em que todo o mundo cuidará de todos os demais e ninguém cuidará de si mesmo.“ (SZASZ, 1972: 55)

“Todas as enfermidades «correntes» que tem as pessoas também as tem os cadáveres. Assim, pois, cabe dizer que um cadáver «tem» câncer, pneumonía ou um infarto de miocárdio. A única enfermidade que é seguro que um cadáver não pode «ter» é a mental. Não obstante, a postura oficial da American Psychiatric Association e de outros grupos médicos e psiquiátricos é que «a enfermidade mental é como qualquer outra enfermidade».” (SZASZ, 1972: 64)

Anônimo - 14/03/2010
EL SEGUNDO PECADO – 1972 (Cont.)
“Dizer que a mente de uma pessoa está enferma é como dizer que a economia está enferma ou que uma brincadeira está enferma. Quando se confunde a metáfora com a realidade e se usa com fins sociais temos os elementos para fabricar um mito. Os conceitos de saúde mental e enfermidade mental são conceitos mitológicos que se usam estrategicamente para facilitar o avanço de alguns interesses sociais e atrasar o de outros, de forma muito parecida ao uso que se foi feito no passado dos mitos nacionais e religiosos.” (SZASZ, 1972: 70)

“Quem acredita ser Jesus, ou quem acredita ter descoberto um remédio contra o câncer (sem ser esse o caso), ou quem se acredita ser perseguido pelos comunistas (sem ser esse o caso), terá suas convicções, provavelmente, interpretadas como sintomas de esquizofrenia. Mas quem acreditar serem os judeus o povo eleito, ou ser Jesus o Filho de Deus, ou ser o comunismo a única forma de governo científica e moralmente justa, terá suas convicções interpretadas como o produto daquilo que é: judeu, cristão, comunista. É por isso que acredito que só descobriremos as causas químicas da esquizofrenia quando descobrirmos as causas químicas do judaísmo, do cristianismo e do comunismo. Nem antes, nem depois.” (SZASZ, 1972: 72)

Anônimo - 14/03/2010
ESQUIZOFRENIA: O SÍMBOLO SAGRADO DA PSIQUIATRIA
“(...) a afirmação de que algumas pessoas têm uma doença chamada esquizofrenia (e de que algumas, presumivelmente, não a têm) baseia-se unicamente na autoridade médica e não em qualquer descoberta da Medicina: de que isso foi, em outras palavras, o resultado de uma tomada de decisão ética e política, e não de um trabalho científico empírico.” (SZASZ, 1978: 17)

“O que aconteceria então a Psiquiatria se a medicina e a lei, o povo e os políticos reconhecessem o caráter metafórico e mitológico da doença mental? Essa desmistificação da Psiquiatria abalaria e destruiria a Psiquiatria como especialidade médica, tão seguramente quanto a desmistificação da Eucaristia abalaria e destruiria o catolicismo romano como religião.” (SZASZ, 1978: 44)

“Quando o médico deseja dar ao paciente uma pitada de encorajamento, diz-lhe que seu estado de nervos se deve ao excesso de trabalho; se deseja revigorar seu próprio ego à custa do paciente, diz-lhe que o seu estado de nervos se deve à masturbação; ambas as declarações são autistas... O pensamento negligente é oligofrênico e conduz ao erro; o pensamento autista é paranóide e leva a alucinação.” (SZASZ, 1978: 110)

“quando os nazistas estigmatizaram e confinaram judeus, isso é perseguição; quando os americanos estigmatizam e segregam seus compatriotas que tem pele negra ou ancestralidade nipônica, isso também é perseguição. Mas quando pessoas no mundo inteiro estigmatizam e segregam seus parentes e vizinhos que se comportam de maneira que não é do agrado da maioria – e quando essa estigmatização se efetua mediante labéus e segregações pseudomédicas – então isso deixa de chamar-se perseguição, e é geralmente aceito como Psiquiatria.” (SZASZ, 1978: 114)

Anônimo - 14/03/2010
A ESCRAVIDÃO PSIQUIÁTRICA – 1977
“Uma explicação se refere a um acontecimento, ao passo que uma justificação se refere a um ato. A diferença entre esses termos é mais ou menos a mesma que existe entre coisas e pessoas.” (SZASZ, 1986: 17)

“Assim como os verdadeiros crentes do judaísmo acreditam que os judeus são o Povo Escolhido e assim como os verdadeiros crentes do cristianismo acreditam que Jesus é Deus, assim também os verdadeiros crentes da psiquiatria acreditam que a esquizofrenia paranóide é uma doença mental identificável e que os que sofrem dessa doença são perigosos.” (SZASZ, 1986: 61)

“Desde o início, portanto, o direito do louco de obter assistência foi, de fato, o direito do alienista de colocá-lo em reclusão; e, na era atual, a reivindicação do direito a tratamento do paciente psiquiátrico é, na verdade, a reivindicação do direito do psiquiatra de tratá-lo.” (SZASZ, 1986: 129)

“Os indivíduos não vem ao mundo com o rótulo de “escravo” e “não-escravo”, “esquizofrênico” e “não-esquizofrênico”, “perigoso” e “não-perigoso”. Nós – os traficantes de escravos e proprietários de latifúndios, psiquiatras e juízes – é que os rotulamos dessa maneira.” (SZASZ, 1986: 154)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994
“Em nosso [psiquiatria] afã de medicalizar a moral, transformamos quase todos os pecados em doença. Raiva, gula, luxúria, orgulho, preguiça são todos sintomas de doenças mentais.” (SZASZ, 1994: 22)

“Somente os anjos são capazes de ginásticas existenciais de odiar o pecado mas amar o pecador. Os mortais comuns são mais propensos a praticar o pecado na intimidade e odiar o pecador em público”. (SZASZ, 1994: 26)

“A história nos ensina não apenas que os pais sempre abusaram dos filhos, mas também que cada prática abusiva socialmente adotada estava, por definição, tão bem integrada na cultura que a servia que, para uma pessoa razoavelmente aculturada, não parecia de modo algum ser um abuso.” (SZASZ, 1994: 104)

“No Ocidente, um pai não pode consentir que seu filho menor tenha relações sexuais com uma pessoa adulta (“para o próprio bem do filho”). Igualmente, não se deveria permitir que um pai consentisse que seu filho tivesse relações psiquiátricas (“para o próprio bem do filho”). As relações sexuais entre adulto e crianças são legalmente consideradas como estupro; a psiquiatria infantil deveria ser banida, como um estupro psiquiátrico.” (SZASZ, 1994: 109)

“Vivemos enganando a nós mesmos de que ter um lar e ser mentalmente saudável são nossas condições naturais – e de que nos tornamos sem-lar ou mentalmente doentes quando “perdemos” nossos lares e mentes. O oposto é que é verdade. Nascemos sem lar e sem raciocínio e temos que nos esforçar e nos alegrar se conseguirmos edificar um lar seguro e uma mente sã.” (SZASZ, 1994: 138-139)

“(...) nós frequentemente atribuímos o mau comportamento à doença (para desculpar o agente); nunca atribuímos o bom comportamento à doença (a menos que privemos o agente de crédito); e, tipicamente, atribuímos o bom comportamento ao livre arbítrio e insistimos que o mau comportamento, chamado de doença mental, é um ato “não falho” da natureza.” (SZASZ, 1994: 167)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994 (Cont.)
“Os gregos entendiam que encontrar a verdade era um ato de descoberta que exigia remover “o véu que cobre ou oculta algo”. O véu que usamos para encobrir a verdade da condição humana é a psiquiatria. Se o levantarmos, redescobriremos os fundamentos familiares da existência, isto é, que algumas pessoas trabalham e outras não – e que o negócio da psiquiatria é distribuir alívio aos pobres (disfarçado em cuidado médico) e a adultos dependentes (cuja indolência e falta de pudor são disfarçadas em doença).” (SZASZ, 1994: 225)

“A verdade é que, após tratamento com drogas neurolépticas, os pacientes mentais tendem a ficar mais doentes e mais incapazes que antes. Muitos exibem os efeitos tóxicos das drogas, sofrendo de uma perturbação neurológica desfigurante chamada de “discinesia tardia”. Praticamente, todos eles continuam a depender da família ou da sociedade para alimentação e abrigo. O contraste estabelecido entre o hospital mental e a comunidade é uma mentira. Os domicílios que agora recolhem pacientes mentais crônicos não são nem mais nem menos parte da comunidade do que o hospital do Estado.” (SZASZ, 1994: 231)

“Uma vez que o paciente mental que se enquadra nos benefícios por invalidez é considerado como permanentemente incapaz de trabalhar, ele não tem que se submeter a tratamento, pode viver onde quiser e gastar seu dinheiro como bem entender; pode casar-se, divorciar-se, ter filhos e votar. Se for detido por algum crime, pode alegar insanidade. A única coisa que ele deve fazer para qualificar-se a receber os fundos federais é permanecer louco e desempregado.” (SZASZ, 1994: 247)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994 (Cont.)
“A maioria das pessoas acredita que pessoas psicóticas sofrem de ilusões e alucinações, executam atos ilógicos ou sem motivo e negam sua doença. A verdade é mais simples e mais dolorosa. Os atos e as falas dos psicóticos fazem muito sentido, mas isto é algo tão perturbador que preferimos não ouvir nem entender. Essa recusa de uma pessoa normal em reconhecer o método na conduta irregular do outro pode ser uma opção existencial razoável. Mas aquele que não quer entender o outro, não tem direito a dizer que aquilo que o outro faz ou diz não faz sentido.” (SZASZ, 1994: 271)

“É desonesto valer-se do pretexto de que cuidar coercitivamente do doente mental invariavelmente o ajuda e que abster-se de tal coerção é o mesmo que “sonegar-lhe o tratamento”. Toda política social acarreta benefícios e prejuízos. Embora nossas idéias sobre benefícios e danos variem de tempos em tempos, a história nos ensina a estar precavidos com benfeitores que privam seus beneficiários da liberdade.” (SZASZ, 1994: 308)

Anônimo - 14/03/2010
THOMAS SZASZ – Conferencia em méxico
"O eletrochoque, a lobotomia, não são nenhum tratamento. Digo isto, como já o expliquei, porque se não existe uma lesão corporal não há uma enfermidade a tratar; e se não há paciente voluntário, não há paciente a tratar. Por um ou pelos dois aspectos os tratamentos psiquiátricos — em contraste com os tratamentos médicos ou quirúrgicos — não são verdadeiros tratamentos, tão somente se assemelham a eles [...].

São castigos, controles sociais, torturas, encarceramentos, envenenamentos, mutilações cerebrais. Mas já que tudo tem lugar sobre os auspícios médicos parece correto à mentalidade contemporânea, assim como as coerções e brutalidades em nome da Igreja pareciam corretas às mentalidades medievais. Então a gente acreditava na Inquisição. Agora acredita na psiquiatria. Pensa-se que a abolição da Inquisição foi algo bom. Penso que a abolição da psiquiatria involuntária seria algo bom."

Anônimo - 14/03/2010
"Rotular uma criança como doente mental, é uma estigmatização, não um diagnóstico. Dar a uma criança uma droga psiquiátrica é um envenenamento, não um tratamento."


(Thomas Szasz Observações no 35o aniversário e Direitos Humanos Prêmio Jantar Cidadãos Comissão Internacional sobre os Direitos Humanos Beverly Hilton Hotel, Beverly Hills, Califórnia 28 de fevereiro de 2004.)

Anônimo - 14/03/2010
O MITO DA PSICOTERAPIA (Edição italiana)
Se volete svilire quello che una persona sta facendo, chiamate il suo atto psicopatologico e definite lei mentalmente malata; se volete esaltare quello che un individuo fa, chiamate il suo atto psicoterapeutico e lui un guaritore mentale. (SZSAZ 16)

Per tutto il diciannovesimo secolo la masturbazione fu considerata una causa e un sintomo di pazzia. Oggi è invece una tecnica psicoterapeutica impiegata dai terapeuti della sfera sessuale. (SZASZ: 19)

“Per decenni il nudismo fu considerato una forma di esibizionismo e di voyeurismo, vale a dire una perversione e di conseguenza una malattia mentale. Oggi è una forma accettata di trattamento medico.” (SZASZ: 20)

“In realtà la psicoterapia si riferisce a quanto due o piú persone fanno le une per le altre, e le une alle altre, mediante messaggi verbali e non-verbali.” (SZASZ: 25)

“se il cervello di una persona è malato e se un chirurgo opera questo paziente, si dice che pratica la neurochirurgia. Quindi l’invenzione stessa della parola psicochirurgia è profondamente rivelatrice del suo carattere di terapia fittizia su un organo metaforico.” (SZASZ: 28)

“Il concetto di psicoterapia ci tradisce giudicando aprioristicamente l’interazione come “terapêutica” per il paziente, nelle intenzioni o nei risultati o in entrambe le cose.” (SZASZ: 30)

“In breve, la psicoterapia è etica secolare. È la religione di persone formalmente irreligiose: una religione col suo linguaggio, che non è il latino ma il gergo medico, cuoi suoi codici di condotta, che non sono etici ma legalistici, e con la sua teologia, che non è il cristianesimo ma il positivismo.” (SZASZ: 31)


ARTIGO: The control of conduct: authority versus autonomy

“Existe apenas um pecado político: independência, e só uma força política: obediência. Para colocá-la de maneira diferente, existe apenas uma ofensa contra a autoridade: o auto-controle, e apenas uma homenagem a ele: submissão ao controle da autoridade.”

ARTIGO: The therapeutic temptation

“O suicídio é uma ação. A única pessoa que pode controlar - provocar ou prevenir - uma ação é o ator.”

ARTIGO: Medicalizing Quackery

“Medicalização não é medicina ou ciência, é uma estratégia semântico-social que beneficia algumas pessoas e prejudica outras.”

Anônimo - 14/03/2010
UNA LENGUA INDOMABLE
"O suicídio é um direito humano fundamental... a sociedade não tem direito a intervir pela força com a decisão de uma pessoa de cometer esse ato" (Open Court, 1990: 250)


A ESCRAVIDÃO PSIQUIÁTRICA – 1977
“Uma explicação se refere a um acontecimento, ao passo que uma justificação se refere a um ato. A diferença entre esses termos é mais ou menos a mesma que existe entre coisas e pessoas.” (SZASZ, 1986: 17)

“Assim como os verdadeiros crentes do judaísmo acreditam que os judeus são o Povo Escolhido e assim como os verdadeiros crentes do cristianismo acreditam que Jesus é Deus, assim também os verdadeiros crentes da psiquiatria acreditam que a esquizofrenia paranóide é uma doença mental identificável e que os que sofrem dessa doença são perigosos.” (SZASZ, 1986: 61)

“Desde o início, portanto, o direito do louco de obter assistência foi, de fato, o direito do alienista de colocá-lo em reclusão; e, na era atual, a reivindicação do direito a tratamento do paciente psiquiátrico é, na verdade, a reivindicação do direito do psiquiatra de tratá-lo.” (SZASZ, 1986: 129)

“Os indivíduos não vem ao mundo com o rótulo de “escravo” e “não-escravo”, “esquizofrênico” e “não-esquizofrênico”, “perigoso” e “não-perigoso”. Nós – os traficantes de escravos e proprietários de latifúndios, psiquiatras e juízes – é que os rotulamos dessa maneira.” (SZASZ, 1986: 154)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994
“Em nosso [psiquiatria] afã de medicalizar a moral, transformamos quase todos os pecados em doença. Raiva, gula, luxúria, orgulho, preguiça são todos sintomas de doenças mentais.” (SZASZ, 1994: 22)

“Somente os anjos são capazes de ginásticas existenciais de odiar o pecado mas amar o pecador. Os mortais comuns são mais propensos a praticar o pecado na intimidade e odiar o pecador em público”. (SZASZ, 1994: 26)

“A história nos ensina não apenas que os pais sempre abusaram dos filhos, mas também que cada prática abusiva socialmente adotada estava, por definição, tão bem integrada na cultura que a servia que, para uma pessoa razoavelmente aculturada, não parecia de modo algum ser um abuso.” (SZASZ, 1994: 104)

“No Ocidente, um pai não pode consentir que seu filho menor tenha relações sexuais com uma pessoa adulta (“para o próprio bem do filho”). Igualmente, não se deveria permitir que um pai consentisse que seu filho tivesse relações psiquiátricas (“para o próprio bem do filho”). As relações sexuais entre adulto e crianças são legalmente consideradas como estupro; a psiquiatria infantil deveria ser banida, como um estupro psiquiátrico.” (SZASZ, 1994: 109)

“Vivemos enganando a nós mesmos de que ter um lar e ser mentalmente saudável são nossas condições naturais – e de que nos tornamos sem-lar ou mentalmente doentes quando “perdemos” nossos lares e mentes. O oposto é que é verdade. Nascemos sem lar e sem raciocínio e temos que nos esforçar e nos alegrar se conseguirmos edificar um lar seguro e uma mente sã.” (SZASZ, 1994: 138-139)

“(...) nós frequentemente atribuímos o mau comportamento à doença (para desculpar o agente); nunca atribuímos o bom comportamento à doença (a menos que privemos o agente de crédito); e, tipicamente, atribuímos o bom comportamento ao livre arbítrio e insistimos que o mau comportamento, chamado de doença mental, é um ato “não falho” da natureza.” (SZASZ, 1994: 167)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994 (Cont.)
“Os gregos entendiam que encontrar a verdade era um ato de descoberta que exigia remover “o véu que cobre ou oculta algo”. O véu que usamos para encobrir a verdade da condição humana é a psiquiatria. Se o levantarmos, redescobriremos os fundamentos familiares da existência, isto é, que algumas pessoas trabalham e outras não – e que o negócio da psiquiatria é distribuir alívio aos pobres (disfarçado em cuidado médico) e a adultos dependentes (cuja indolência e falta de pudor são disfarçadas em doença).” (SZASZ, 1994: 225)

“A verdade é que, após tratamento com drogas neurolépticas, os pacientes mentais tendem a ficar mais doentes e mais incapazes que antes. Muitos exibem os efeitos tóxicos das drogas, sofrendo de uma perturbação neurológica desfigurante chamada de “discinesia tardia”. Praticamente, todos eles continuam a depender da família ou da sociedade para alimentação e abrigo. O contraste estabelecido entre o hospital mental e a comunidade é uma mentira. Os domicílios que agora recolhem pacientes mentais crônicos não são nem mais nem menos parte da comunidade do que o hospital do Estado.” (SZASZ, 1994: 231)

“Uma vez que o paciente mental que se enquadra nos benefícios por invalidez é considerado como permanentemente incapaz de trabalhar, ele não tem que se submeter a tratamento, pode viver onde quiser e gastar seu dinheiro como bem entender; pode casar-se, divorciar-se, ter filhos e votar. Se for detido por algum crime, pode alegar insanidade. A única coisa que ele deve fazer para qualificar-se a receber os fundos federais é permanecer louco e desempregado.” (SZASZ, 1994: 247)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994 (Cont.)
“A maioria das pessoas acredita que pessoas psicóticas sofrem de ilusões e alucinações, executam atos ilógicos ou sem motivo e negam sua doença. A verdade é mais simples e mais dolorosa. Os atos e as falas dos psicóticos fazem muito sentido, mas isto é algo tão perturbador que preferimos não ouvir nem entender. Essa recusa de uma pessoa normal em reconhecer o método na conduta irregular do outro pode ser uma opção existencial razoável. Mas aquele que não quer entender o outro, não tem direito a dizer que aquilo que o outro faz ou diz não faz sentido.” (SZASZ, 1994: 271)

“É desonesto valer-se do pretexto de que cuidar coercitivamente do doente mental invariavelmente o ajuda e que abster-se de tal coerção é o mesmo que “sonegar-lhe o tratamento”. Toda política social acarreta benefícios e prejuízos. Embora nossas idéias sobre benefícios e danos variem de tempos em tempos, a história nos ensina a estar precavidos com benfeitores que privam seus beneficiários da liberdade.” (SZASZ, 1994: 308)

Anônimo - 14/03/2010
THOMAS SZASZ – Conferencia em méxico
"O eletrochoque, a lobotomia, não são nenhum tratamento. Digo isto, como já o expliquei, porque se não existe uma lesão corporal não há uma enfermidade a tratar; e se não há paciente voluntário, não há paciente a tratar. Por um ou pelos dois aspectos os tratamentos psiquiátricos — em contraste com os tratamentos médicos ou quirúrgicos — não são verdadeiros tratamentos, tão somente se assemelham a eles [...].

São castigos, controles sociais, torturas, encarceramentos, envenenamentos, mutilações cerebrais. Mas já que tudo tem lugar sobre os auspícios médicos parece correto à mentalidade contemporânea, assim como as coerções e brutalidades em nome da Igreja pareciam corretas às mentalidades medievais. Então a gente acreditava na Inquisição. Agora acredita na psiquiatria. Pensa-se que a abolição da Inquisição foi algo bom. Penso que a abolição da psiquiatria involuntária seria algo bom."

Anônimo - 14/03/2010
"Rotular uma criança como doente mental, é uma estigmatização, não um diagnóstico. Dar a uma criança uma droga psiquiátrica é um envenenamento, não um tratamento."


(Thomas Szasz Observações no 35o aniversário e Direitos Humanos Prêmio Jantar Cidadãos Comissão Internacional sobre os Direitos Humanos Beverly Hilton Hotel, Beverly Hills, Califórnia 28 de fevereiro de 2004.)

Anônimo - 14/03/2010
O MITO DA PSICOTERAPIA (Edição italiana)
Se volete svilire quello che una persona sta facendo, chiamate il suo atto psicopatologico e definite lei mentalmente malata; se volete esaltare quello che un individuo fa, chiamate il suo atto psicoterapeutico e lui un guaritore mentale. (SZSAZ 16)

Per tutto il diciannovesimo secolo la masturbazione fu considerata una causa e un sintomo di pazzia. Oggi è invece una tecnica psicoterapeutica impiegata dai terapeuti della sfera sessuale. (SZASZ: 19)

“Per decenni il nudismo fu considerato una forma di esibizionismo e di voyeurismo, vale a dire una perversione e di conseguenza una malattia mentale. Oggi è una forma accettata di trattamento medico.” (SZASZ: 20)

“In realtà la psicoterapia si riferisce a quanto due o piú persone fanno le une per le altre, e le une alle altre, mediante messaggi verbali e non-verbali.” (SZASZ: 25)

“se il cervello di una persona è malato e se un chirurgo opera questo paziente, si dice che pratica la neurochirurgia. Quindi l’invenzione stessa della parola psicochirurgia è profondamente rivelatrice del suo carattere di terapia fittizia su un organo metaforico.” (SZASZ: 28)

“Il concetto di psicoterapia ci tradisce giudicando aprioristicamente l’interazione come “terapêutica” per il paziente, nelle intenzioni o nei risultati o in entrambe le cose.” (SZASZ: 30)

“In breve, la psicoterapia è etica secolare. È la religione di persone formalmente irreligiose: una religione col suo linguaggio, che non è il latino ma il gergo medico, cuoi suoi codici di condotta, che non sono etici ma legalistici, e con la sua teologia, che non è il cristianesimo ma il positivismo.” (SZASZ: 31)

Anônimo - 14/03/2010
ARTIGO: The control of conduct: authority versus autonomy

“Existe apenas um pecado político: independência, e só uma força política: obediência. Para colocá-la de maneira diferente, existe apenas uma ofensa contra a autoridade: o auto-controle, e apenas uma homenagem a ele: submissão ao controle da autoridade.”

ARTIGO: The therapeutic temptation

“O suicídio é uma ação. A única pessoa que pode controlar - provocar ou prevenir - uma ação é o ator.”

ARTIGO: Medicalizing Quackery

“Medicalização não é medicina ou ciência, é uma estratégia semântico-social que beneficia algumas pessoas e prejudica outras.”

Anônimo - 14/03/2010
UNA LENGUA INDOMABLE
"O suicídio é um direito humano fundamental... a sociedade não tem direito a intervir pela força com a decisão de uma pessoa de cometer esse ato" (Open Court, 1990: 250)




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