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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Livro: A medicina e a realidade brasileira

Livro: A medicina e a realidade brasileira. Autor: Carlos Gentile de Mello. Ano: 1983.


Trechos - A industria farmaceutica (p. 63):

"A importancia da industria farmaceutica na pratica da medicina, no Brasil, como em muitos outros paises do mundo, e muito maior do que pode parecer a primeira vista. Nao apenas atraves da acao especifica dos medicamentos na cura das doencas como, tambem, no comportamentos dos profissionais de saude em relacao a seus pacientes, bem como no emprego dos recursos financeiros que a sociedade destina ao setor".

"Nao se trata de um exagero a afirmacao de que vivemos em um regime de completa anarquia farmaceutica e em um mundo selvagem de medicamentos".

"Um dos maiores e mais conceituados farmacologistas brasileiro e professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jose Elias Murad, certa feita, em 1979, declarou que do total de medicamentos comercializados e consumidos no Brasil, 30% efetivamente beneficiam a saude da populacao; 20%, pelos seus efeitos colaterais, prejudicam mais do que beneficiam; e 50% se destinam, unica e exclusivamente, a produzir lucros financeiros para os seus fabricantes. O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Paulo de Carvalho, confirma, em grande medida, esse ponto de vista dizendo que "cerca de 50% dos remedios existentes a venda no mercado poderiam ser retirados de circulacao sem prejuizo para a pratica medica".

"Falar sobre as industrias farmaceutica e quimica instaladas no Brasil implica na obrigacao de denunciar a acao nefasta das multinacionais que nos envenenam vendendo produtos fraudados, ineficazes e ate proibidos de consumo em seu pais de origem. A AMERJ ja divulgou, amplamente, nada menos de que uma duzia de listas de medicamentos nao-recomendaveis, sem qualquer repercussao na esfera governamental, continuando esses medicamentos a venda no mercado".

"Nao se trata, no caso, de uma questao relacionada a uma conjuntura de ordem social ou politica, eis que o diretor-geral da Organizacao Mundial da Saude, um dinamarques, Halfdan Mahler, confirma a denuncia: "Os produtos que nao atendem as exigencias de qualidade dos paises exportadores sao plenamente aceitos pelos paises subdesenvolvidos, que nao tem condicoes de exigir qualidade, e esta pratica e amplamente difundida entre as industrias farmaceuticas que exportam para os paises subdesenvolvidos".

"O professor da UNICAMP, Geraldo Giovanni, em 1981, denunciou a existencia de "acordos imorais entre medicos e laboratorios, para esses profissionais receitarem, mediante pagamento mensal, especial ou exclusivamente, determinados produtos".

"Os fabricantes de medicamentos conquistam o mercado com a utilizacao das tecnicas das mais tradicionais aos metodos mais modernos. Oferecem financiamentos e custeiam congressos, seminarios, simposios, reunioes, jornadas medicas, de enfermagem, de odontologia, de farmaceuticos. Produzem, editam e fornecem literatura, nacional e estrangeira demonstrando as vantagens e inocuidade dos novos medicamentos. Publicam livros escritos pelos medicos e custeiam revistas de medicina, farmacia, odontologia e enfermagem. Distribuem brindes e amostras gratis. Organizam concursos e instituem premios em que os participantes, julgadores e laureados sao medicos".

"O representante da Fundacao Kellogg na America Latina, Mario M. Chaves, no seu mais recente livro, encara o problema com visao abrangente quando explicita que "A sociedade moderna e uma sociedade medicalizada. Tem fe cega na ciencia e na tecnologia. O melhor tratamento e aquele que envolve a tecnologia mais complexa, o medicamento mais caro que chegou por ultimo as prateleiras da farmacia. Do mesmo modo que os figurinistas devem produzir novos modelos a cada mudança de estacao, tambem se espera que os grandes laboratorios farmaceuticos lançam, periodicamente, sua nova linha de produtos. Corre a voz rapidamente, e se o medico nao receitar produtos da nova linha corre o risco de parecer desatualizado".

"A irracionalidade do emprego de medicamentos, no nosso meio, constitui a regra".

"A solucao definitiva do problema da indústria farmacêutica no Brasil, que tanto compromete e desgasta o setor saúde, consiste na criação de uma Indústria Química de Base".



terça-feira, 29 de julho de 2014

Neurophenomenology in Psychiatry


Critical Neuroscience #8 Neurophenomenology in Psychiatry


https://www.youtube.com/watch?v=PsubfDIKgUw

Dr. Laurence Kirmayer speaks on phenomenology and the ways in which it has mutated in a North American context. How are people framing the nature of their mental illness? How can we think of embodied experience (such as sleep paralysis) through metaphor as a bridge between neurology and a cultural point of view? Part of the Summer Programme in Social and Cultural Psychiatry from the Division of Social and Transcultural Psychiatry at McGill University.

Critical Neuroscience

Critical Neuroscience #2 An overview


https://www.youtube.com/watch?v=MKTeELTa2EU

Dr. Laurence Kirmayer gives an overview on the field of Critical Neuroscience, covering varieties of critical neuroscience, cultural constructions of the brain, the social brain, cultural neuroscience and neurodiversity. Part of the Critical Neuroscience course at McGill University.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Por que psiquiatras não admitem erros?

"Aqueles que pensam ter sozinhos os dons da inteligência e da palavra, e um espírito superior, quando os vemos de perto mostram-se inteiramente vazios! Mesmo que nos tenhamos por muitos sábios, é sempre proveitoso aprender ainda mais, e não teimar em juízos errôneos"

(Sófocles: Antígona)

terça-feira, 15 de julho de 2014

Efeito da Medicação Neuroléptica Socian (100mg) na Variabilidade da Frequência Cardíaca

Efeito da Medicação Neuroléptica Socian (100mg) na Variabilidade da Frequência Cardíaca

Eduardo Popinhak Franco

Resumo

A variabilidade da frequência cardíaca é um indicador de saúde do sistema vago, de saúde mental e resiliência. Efeito da Medicação Neuroléptica Socian (100mg) na Variabilidade da Frequência Cardíaca. A metabolização do neuroléptico Socian reduziu a variabilidade da frequência cardíaca. Confirmando os relatos de experiência subjetiva negativa relacionada ao uso de neuroléptico. A qualidade da experiência subjetiva é um aspecto que deve ser considerado ao avaliar a efetividade de um medicamento psicoativo.

1. Introdução

A partir de pesquisas que indicam o prejuízo da medicação antipsicótica à reabilitação de pacientes diagnosticados com esquizofrenia, psicose e diagnósticos semelhantes julga-se necessário avaliar formas de demonstrar esses efeitos e encontrar meios de retirada de medicação eficazes. Um desses meios é o uso da técnica de treinamento por biofeedback. Com o controle da fisiologia do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático viabilizado pelo biofeedback cardiovascular é possível reduzir sintomas incômodos sem que haja o prejuízo que a medicação antipsicótica produz.

2. Justificativa

É preciso buscar avaliar a eficácia dos tratamentos farmacológicos nas variáveis psicofisiológicas da neurociência. Dessa forma, as decisões e os tratamentos podem ser individualizados pelo psicólogo por meio do biobeedback cardiovascular. Por existirem outras possibilidades de intervenção além do medicamento farmacológico a efetividade de cada tipo de tratamento pode ser verificada por meio da monitoração da psicofisiologia do Sistema Nervoso Autônomo.
O tratamento de pacientes psicóticos/esquizofrênicos por meio de biofeedback contribuiria bastante para redução de custos do tratamento e das perdas sociais relacionadas às doenças mentais. Assim como seria possível comprovar o efeito do medicamento em cada paciente e julgar a necessidade de mantê-lo ou retirá-lo.
A saúde pública e o tratamento dos transtornos mentais ganharia muito em efetividade se fosse ampliado o alcance e conhecimento desse tipo de tratamento e monitoração.

3. Objetivo geral:

Verificar o efeito da medicação antipsicótica na ativação autonômica (SNC) através do biofeedback cardiovascular mais especificamente a Variabilidade da Frequência Cardíaca.

3.1. Objetivos específicos:

- Medir o valor de VFC (Variabilidade da Frequência Cardíaca) antes e depois da ingestão de 100mg do neuroléptico Amissulprida no período de 24 horas.
- Medir o valor de VFC relativo ao metabolismo nos períodos da manhã, tarde e noite.
- Medir o efeito da metabolização do medicamento no primeiro pico de 1 hora após a ingestão.

4. Revisão de Literatura

Segundo Seigman, Pepple, Faraone, Kremen, Green, Brown, Tsuang (1993): “a melhora de sintomas negativos como um resultado da redução de neurolépticos provê algum apoio ao argumento de que disfunções lobo frontrais podem ser, em parte, um efeito iatrogênico das medicações antipsicóticas”.
Medalia, Gold, Merrian (1988) afirmam que:

Essa interpretação da literatura apoia a hipótese de Goldberg (1985) de que há efeitos iatrogênicos frontais dos neurolépticos com base no bloqueio dopaminérgico nas projeções mesocorticais, uma vez que o prejuízo cognitivos pode também derivar de disfunção no lobo frontal independente de medicação, a contribuição relativa à disfunção lobo frontal integral e parcial na esquizofrenia necessita ser delineada.
De acordo com Seigman, Pepple, Faraone, Kremen, Green, Brown, Tsuang (1993):

uma abordagem potenciamente útil seria uma tentativa de encontrar a menor dose de manutenção que o paciente poderia tolerar sem recaída. (Marder et al 1987). Porque existem alguns dados sugerindo que neurolépticos prejudicam aprendizado humano por incentivo, Cutmore and Beninger (1990) sugerem que doses mais baixas de neurolépticos podem permitir que aconteça maior aprendizagem por incentivo (ex: rehabilitação social).

Conforme Medalia, Gold, Merrian (1988):

Os achados dessa revisão argumentam contra noções de que uma desordem de excitação fisiológica é central na esquizofrenia. De acordo com essa teoria, superexcitação fisiológica é a deficiência central e os antipsicóticos agem de forma a reduzir a atividade autonômica centralmente mediada, com o resultado de que o funcionamento da atenção melhora. Apesar disso, nossa síntese dos resultados nessa área não indica que o funcionamento da atenção melhora. Há evidência fortes de que o prejuízo da atenção existe e pode ser um traço da esquizofrenia que pode ser exacerbado durante estados psicóticos. Apesar disso, as medicações não parecem afetar a atenção mesmo quando estudos de eficácia clinica indicam que melhoram a sintomatologia psicótica

Segundo Medalia, Gold, Merrian (1988) com o uso de neurolépticos a memória, coordenação motora fina e habilidade de planejamento são negativamente afetadas frequentemente.

Segundo Medalia, Gold, Merrian (1988) anos de documentação clinica e pesquisas indicam que a esquizofrenia é caracterizada por sintomas psicóticos e prejuízo de habilidades cognitivas básicas.

Conforme Kaplan, Kotler, Cohen, Loewenthal (1999): “Nossos estudos preliminares mostraram que pacientes esquizofrênicos tratados com Clozapina tiveram um valor menor significativo de HF e valor maior de LF em comparação com pacientes tratados com Haloperidol”.

De acordo com Yeragani, 1995; Korpelainen et al., 1996; Haapaniemi et al., 2001; Ansakorpi et al., 2002 (apud Jh, Sh, Cs, Sa, Sc, Ky, Ym, Ug, Ys, 2004): “Recentemente, tem sido demonstrado que as medidas de VFC, que são conhecidas por ter significância diagnóstica e prognóstica na cardiopatia, estão significativamente diminuídas em várias doenças não-cardíacas incluindo transtornos psiquiátricos”.
Para Agelink et al., 2001; Eschweiler et al., 2002: “Também foi relatado que sujeitos esquizofrênicos tratados com drogas antipsicóticas, particularmente clozapina, apresentam os parâmetros de VFC reduzidos (apud Jh, Sh, Cs, Sa, Sc, Ky, Ym, Ug, Ys, 2004). Para Eschweiler et al., (2002) (apud Jh, Sh, Cs, Sa, Sc, Ky, Ym, Ug, Ys, 2004). “Esses resultados foram interpretados principalmente como sendo uma consequência dos efeitos do medicamento, como os efeitos colinérgicos da clozapina”. De acordo com Zahn, 1977; Malaspina et al. (2002) (apud Jh, Sh, Cs, Sa, Sc, Ky, Ym, Ug, Ys, 2004) “Além disso, há um número de relatórios mostrando disfunção autonômica em pacientes esquizofrênicos que nunca foram medicados”.

Uma relação entre modulação cardiovagal e estado psicótico em pacientes com esquizofrenia paranóide. Nossos dados fornecem evidências para uma modulação cardiovagal reduzida em pacientes esquizofrênicos não medicados que podem ser mostrados pelo uso de registros de VFC rotineiros. Nós também encontramos que pacientes apresentando sintomas psicóticos mais intensos segundo o escore total de BPRS exibem mais distúrbios autonômico cardíacos severos em comparação com controles como indicado por uma redução no poder de HF e uma proporção aumentada de LF/HF, refletindo uma mudança na regulação autonômica cardíaca distante de uma modulação predominantemente parassimpática. Para Pagani et al. (1986) apud Jh, Sh, Cs, Sa, Sc, Ky, Ym, Ug, Ys (2004) poder de baixa frequência, principalmente refletindo modulação simpática, não foi diferente dos controles. Isso implica uma influência indubitável da árvore simpática na regulação cardíaca na esquizofrenia.


5. Metodologia

Pesquisa descritiva quantitativa.

Instrumentos de coleta de dados: cinta de monitoramento cardíaco, os programas biomind e kubios.

Amostra: 1 usuário do antipsicótico Amissulprida.

Procedimento: 1) medição dos batimentos cardíacos uma hora antes de ingerir medicamento neuroléptico. 2) Medição dos batimentos cardíacos uma hora após ingestão de neuroléptico. 3) Medição dos batimentos cardíacos durante os período da manhã, tarde e noite no dia seguinte.

Resultados e Discussão



RMSSD D2 LF/HF
1. Antes (21:05) 26192 -1,3998 1,9622
2. Antes 2 (21:41) 35644 -1,3998 2,5467
3. Antes (22:20) 25566 1,3998 0,99539
4. Depois (22:45) 18936 -6,9992 2,8005


5. Depois (23:27) 19297 -6,9992 1,8510
6. Depois (12:33) 10256 6,9992 7,2563
7. Depois (13:34) 15420 6,9992 4,2441
8. Depois (17:30) 34340 6,9992 1,1651
9. Depois (18:15) 24570 6,9992 5,7755
10. Depois (22:14) 29611 6,9992 1,8789
11. Depois (23:09) 31059 6,9992 2,7340

Tabela 1.


O parâmetro RMSDD indica o grau de Variabilidade da Frequência Cardíaca no sentido de valor crescentes. O parâmetro D2 indica a resiliência do Sistema Nervoso Autônomo e do sistema vagal ou a capacidade de se adaptar a novas situações. O parâmetro LF/HF indica uma predominância de ativação simpática versus uma predominância de ativação parassimpática se os valores forem maior que 1 e menor que 1 respectivamente.
A tabela indica os horários antes da ingestão da medicação e depois da ingestão da medicação e os horários dos períodos da manhã, tarde e noite. Tanto o metabolismo quanto o efeito do medicamento neuroléptico precisam ser avaliados à medida que 24 horas se passaram.
A metabolização do medicamento Amissulprida tem o primeiro pico uma hora depois da ingestão e o segundo pico de 3 a 4 horas depois da ingestão. As medições procuraram ser feitas em cada etapa dentro de uma hora.
Os valores de RMSDD diminuíram após a ingestão da medicação indicando uma redução na Variabilidade da Frequência Cardíaca. Os valores de RMSDD aumentaram na medida em que o horário se aproximava da noite indicando um metabolismo que facilita as atividades durante a noite.
Os valores de LF/HF estão quase todos acima de 1 indicando uma predominância simpática na ativação do sistema nervoso autônomo. Apenas no momento pouco antes de ingestão da medicação houve um valor abaixo de 1 ou praticamente equivalente a 1.
Os valores negativos de D2 após a ingestão da medicação indicariam que a metabolização do medicamento neuroléptico estaria reduzindo a resiliência do sistema nervoso autônomo e do sistema vagal. Os valores de D2 permaneceram constantes e positivos ao longo do dia seguinte.

Conclusão

A metabolização do medicamento neuroléptico reduz a Variabilidade da Frequência Cardíaca, reduz a resiliência do Sistema Nervoso Autônomo indicando também que contribui para o valor de ativação simpática predominante registrado.
Esse trabalho comprovou os artigos que indicam efeito iatrogênico do medicamento neuroléptico e tendo como consequência o prejuízo da saúde mental.


7. Referências

Medalia, A., Gold, J., & Merriam A. (1988). The Effects of Neuroleptics on Neuropsychological Test Results of Schizophrenics. Journal of Clinical Neuropsychology, 3, 249-271.

Seidman LJ, Pepple JR, Faraone SV, Kremen WS, Green AI, Brown WA, Tsuang MT. Neuropsychological performance in chronic schizophrenia in response to neuroleptic dose reduction. Biol Psychiatry. 1993 Apr 15-May 1; 33(8-9):575-84.

Kim JH, Yi SH, Yoo CS, Yang SA, Yoon SC, Lee KY, Ahn YM, Kang UG, Kim YS. Heart rate dynamics and their relationship to psychotic symptom severity in clozapine-treated schizophrenic subjects. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2004 Mar;28(2):371-8.

U. Loewenthal, H. Cohen, Z. Kaplan, M. Kotler. Abnormal heart rate variability in clozapine treated patients. European Neuropsychopharmacology. 01/1999; 9:256-256.

domingo, 6 de julho de 2014

Cómo suenan las alucinaciones auditivas de las personas que sufren esquizofrenia


http://tecnoculto.com/2012/12/21/cmo-suenan-las-alucinaciones-auditivas-de-las-personas-que-sufren-esquizofrenia/


¿Cómo suenan las alucinaciones auditivas de las personas que sufren esquizofrenia?

by ANDRÉS BORBÓN on 21 DECEMBER, 2012
Uno de los síntomas más prominentes de la esquizofrenia son las alucinaciones auditivas que, aunque se pueden presentar en otros tipos de psicosis, suelen ser un signo predominante y la fuente del comportamiento errático que tienen estos pacientes.
En el presente video, un grupo de personas en contacto directo con gran cantidad de pacientes con esquizofrenia decidió, con la colaboración de estos, tratar de reproducir la manera en que se escuchan las alucinaciones auditivas en esta enfermedad, donde muchas veces las voces ordenan, se burlan, ofenden o amenazan al paciente.
El resultado de este trabajo es el video que acompaña a estas líneas y que puede darnos una idea bastante cercana a la realidad del mundo en el que vive el esquizofrénico y por qué es tan importante el tratamiento.

LER POESIA É MAIS ÚTIL PARA O CÉREBRO QUE LIVROS DE AUTOAJUDA


http://lounge.obviousmag.org/cafe_nao_te_deixa_mais_cult/2014/01/ler-poesia-e-mais-util-para-o-cerebro-que-livros-de-autoajuda-dizem-cientistas.html


LER POESIA É MAIS ÚTIL PARA O CÉREBRO QUE LIVROS DE AUTOAJUDA, DIZEM CIENTISTAS

publicado em literatura por Marcelo Vinicius

Você já podia imaginar, mas agora está evidenciado cientificamente: ler poesia pode ser mais eficaz em tratamentos psicológicos do que livros de autoajuda. E mais: textos de escritores clássicos como Shakespeare, Fernando Pessoa, William Wordsworth e T.S. Eliot, mesmo quando de difícil compreensão, estimulam a atividade cerebral de modo muito mais profundo e duradouro do que textos mais simples e coloquiais.

Um texto já publicado pela agência EFE, mas que poderia ser revisto, afinal estamos comentando sobre a velha história da análise crítica sobre Literatura tida como de qualidade e a Literatura tida como de entretenimento, e mais, auto-ajuda: a leitura de obras clássicas estimula a atividade cerebral e ainda pode ajudar pessoas com problemas emocionais, diz estudo.
Ler autores clássicos, como Shakespeare, Fernando Pessoa, William Wordsworth e T.S. Eliot, estimula a mente e a poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool.
Especialistas em ciência, psicologia e literatura inglesa da universidade monitoraram a atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos clássicos e depois essas mesmas passagens traduzidas para a "linguagem coloquial".
Os resultados da pesquisa, antecipados pelo jornal britânico "Daily Telegraph", mostram que a atividade do cérebro "dispara" quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano.
Esses estímulos se mantêm durante um tempo, potencializando a atenção do indivíduo, segundo o estudo, que utilizou textos de autores ingleses como Henry Vaughan, John Donne, Elizabeth Barrett 

Os especialistas descobriram que a poesia "é mais útil que os livros de autoajuda", já que afeta o lado direito do cérebro, onde são armazenadas as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e entendê-los desde outra perspectiva.
"A poesia não é só uma questão de estilo. A descrição profunda de experiências acrescenta elementos emocionais e biográficos ao conhecimento cognitivo que já possuímos de nossas lembranças", explica o professor David, encarregado de apresentar o estudo.
Após o descobrimento, os especialistas buscam agora compreender como afetaram a atividade cerebral as contínuas revisões de alguns clássicos da literatura para adaptá-los à linguagem atual, caso das obras de Charles Dickens.


© obvious: http://lounge.obviousmag.org/cafe_nao_te_deixa_mais_cult/2014/01/ler-poesia-e-mais-util-para-o-cerebro-que-livros-de-autoajuda-dizem-cientistas.html#ixzz36jq0UsRz
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