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domingo, 24 de janeiro de 2016

Thomas Szasz

“(...) a afirmação de que algumas pessoas têm uma doença chamada esquizofrenia (e de que algumas, presumivelmente, não a têm) baseia-se unicamente na autoridade médica e não em qualquer descoberta da Medicina: de que isso foi, em outras palavras, o resultado de uma tomada de decisão ética e política, e não de um trabalho científico empírico.” (SZASZ, 1978: 17)

http://frasesthomasszasz.blogspot.com.br/2015/09/esquizofrenia-o-simbolo-sagrado-da.html

“Fingindo tratar uma doença semelhante a sarampo durante seu período de incubação a fim de tratá-la melhor, o psiquiatra na realidade impõe rótulos pseudomédicos aos bodes expiatórios da sociedade, a fim de melhor prejudicá-los, rejeitá-los e destruí-los.” (SZASZ, 1976: 207)

“Geralmente, retiramos o sentido que os outros dão às suas vidas, validando nossa humanidade ao invalidar a deles.” (SZASZ, 1976: 325)

“Devo ser cruel para fazer o bem. Assim nasce o mal – e por detrás, o pior vem.” (William Shakespeare apud SZASZ, 1994: 9 epígrafe)
“A história nos ensina não apenas que os pais sempre abusaram dos filhos, mas também que cada prática abusiva socialmente adotada estava, por definição, tão bem integrada na cultura que a servia que, para uma pessoa razoavelmente aculturada, não parecia de modo algum ser um abuso.” (SZASZ, 1994: 104)
“Vivemos enganando a nós mesmos de que ter um lar e ser mentalmente saudável são nossas condições naturais – e de que nos tornamos sem-lar ou mentalmente doentes quando “perdemos” nossos lares e mentes. O oposto é que é verdade. Nascemos sem lar e sem raciocínio e temos que nos esforçar e nos alegrar se conseguirmos edificar um lar seguro e uma mente sã.” (SZASZ, 1994: 138-139)
“É mais do que certo que, sob a máscara da devoção e do gesto piedoso adoçamos, sim, o próprio demônio.” (William Shakespeare apud SZASZ, 1994: 180)

Os gregos entendiam que encontrar a verdade era um ato de descoberta que exigia remover “o véu que cobre ou oculta algo”. O véu que usamos para encobrir a verdade da condição humana é a psiquiatria. Se o levantarmos, redescobriremos os fundamentos familiares da existência, isto é, que algumas pessoas trabalham e outras não – e que o negócio da psiquiatria é distribuir alívio aos pobres (disfarçado em cuidado médico) e a adultos dependentes (cuja indolência e falta de pudor são disfarçadas em doença).” (SZASZ, 1994: 225)

“Uma vez que o paciente mental que se enquadra nos benefícios por invalidez é considerado como permanentemente incapaz de trabalhar, ele não tem que se submeter a tratamento, pode viver onde quiser e gastar seu dinheiro como bem entender; pode casar-se, divorciar-se, ter filhos e votar. Se for detido por algum crime, pode alegar insanidade. A única coisa que ele deve fazer para qualificar-se a receber os fundos federais é permanecer louco e desempregado.” (SZASZ, 1994: 247)
“A maioria das pessoas acredita que pessoas psicóticas sofrem de ilusões e alucinações, executam atos ilógicos ou sem motivo e negam sua doença. A verdade é mais simples e mais dolorosa. Os atos e as falas dos psicóticos fazem muito sentido, mas isto é algo tão perturbador que preferimos não ouvir nem entender. Essa recusa de uma pessoa normal em reconhecer o método na conduta irregular do outro pode ser uma opção existencial razoável. Mas aquele que não quer entender o outro, não tem direito a dizer que aquilo que o outro faz ou diz não faz sentido.” (SZASZ, 1994: 271)

 

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