Menu

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A fronteira do sofrimento humano

Nesta entrevista, o psiquiatra Jurandir Freire Costa, pesquisador emérito do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS/UERJ), comenta a explosão de casos de depressão no Brasil e no mundo e propõe um olhar mais abrangente sobre a doença, que vai além da medicalização patrocinada pela indústria farmacêutica. “Daqui a vinte anos, talvez, possamos vir a compreender a depressão psiquiátrica para além da indústria farmacêutica. E, então, vir a pesquisar, com o respeito que exige essa enigmática forma do sofrimento humano, o que é a depressão”, afirma Jurandir.
"ao longo dos últimos 30 anos, a depressão se tornou uma espécie de “joia da coroa” da indústria farmacêutica. Ou melhor, a sua “bijuteria”, uma vez que a propaganda em torno da eficiência dos antidepressivos de última geração nem de longe corresponde aos fatos. É verdade que progressos significativos foram conquistados na área da Psicofarmacoterapia, mas ainda resta muito “a conversar” sobre depressão. Duas questões, ao menos, precisam ser tratadas em maior profundidade: o que se entende por depressão? E como chegar a um diagnóstico padronizado e aceito em todas as culturas?
(...)
"Devemos ser mais modestos e ouvir com mais atenção as advertências de sociólogos, antropólogos, historiadores das mentalidades, psicólogos sociais e outros especialistas que alertam para o etnocentrismo que ainda caracteriza o processo de classificação de doenças".

https://saudeamanha.fiocruz.br/a-fronteira-do-sofrimento-humano/#.WPzgs0Xytdh

Nenhum comentário:

Postar um comentário