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sábado, 7 de abril de 2018

Prevenção em excesso e criação de doenças imaginárias

"O comportamento ético básico da microgestão é evitar a consulta do saudável (p. ex., com check-ups), pois um único erro na administração da prevenção pode levar a mudança de saudável para saudável preocupado (pelos fatores de risco e pela probabilidade de estar doente). Sem freio, convertemos os saudáveis preocupados em saudáveis estigmatizados, marcados com um fator de risco, como osteoporose e hipertensão, que os obriga a levar um comportamento de doentes (mudanças na rotina, consultas e reconsultas, exames e provas, medicação, etc.). Finalmente, o saudável estigmatizado acaba convertido em doente, real ou imaginário, por uma "não doença" (efeitos adversos químicos, físicos e psicológicos da prevenção), como consequência de uma administração deficiente da prevenção, por abandono da microgestão. Para evitar tudo isso, nada como a prevenção quaternária, evitar o dano que uma atividade médica desnecessária pode causar (em prevenção, cura ou reabilitação)." 

Do livro São e Salvo. E livre de intervenções médicas desnecessárias

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