A psiquiatria biomédica inculca a percepção de que as pessoas são vítimas passivas de reações químicas aleatórias. Essa percepção substitui o entendimento da própria vida do ponto de vista em primeira pessoa (eu penso, sinto e faço) para um entendimento em terceira pessoa do médico. O entendimento da própria vida passa a se reduzir a ajustar a dose e o tipo de medicamento e a suportar o próprio sofrimento supostamente originado de uma doença biológica e não de condições de vida hostis. O médico reduz tudo o que acontece na vida da pessoa a criações de um cérebro defeituoso pois é a única intervenção de que dispõe fora o internamento.
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