O psiquiatra Ricardo Lugon fala sobre a tendência de transformarmos problemas cotidianos em transtornos mentais.
https://youtu.be/vl5KrLa3DJ0
[Transcrição] Meu nome é ricardo lugon. Eu sou psiquiatra
da infância adolescência. Trabalho no
Caps infantil de novo hamburgo e
queria dividir com vocês um pouquinho
das idéias que estão circulando aqui no
evento. Também da importância da gente
estar atento à escutar o sujeito na sua
experiência e não necessariamente ficar
focado em descobrir o nome da
patologia . Esse um dos trechos muito
importante do trabalho. A gente tomar por
exemplo as pessoas que ouvem vozes como
uma experiência radical de existência a
qual a gente cria pra ela
possibilidades de ser escutada: é o elemento
terapêutico mais importante do que
necessariamente ter uma boa
classificação diagnóstica. ou de pensar em intervenções medicamentosas
Outro trabalho também bem importante que eu
queria dividir com vocês a gente começa
a trabalhar com a idéia de escutar e
negociar com sujeitos a autonomia (...) a decisão do uso de medicações ou não.
Esse é um tema ainda é delicado
na nossa cultura mas é muito importante
a gente fazer valer dentro dos próprios
princípios do SUS de que o sujeito tem
autonomia e que a gente parte da autonomia
para operar clínica.
Se a gente parte do princípio que o
sujeito não sabe o que está dizendo ou
não pode a gente está produzindo tutela.
O que é muito perigoso produzir tutela. Produzir tutela é
reviver os manicômios. A gente trabalha
justamente numa clínica ampliada em uma
clínica aberta.
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