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domingo, 5 de agosto de 2018

o não-otimismo do modelo médico

O Mentalismo é a orientação dominante na psicologia contemporânea subscrita às explicações causais do comportamento. O mentalismo pode assumir muitas formas. Desde (a) o desenvolvimento da personalidade e psicopatologia, sob o ponto de vista da psicanálise Freudiana; (b) psicologia cognitiva contemporânea e processamento de informação; (c) psicologia social contemporânea; (d) modelos médicos contemporâneos para a patologia comportamental, conforme o DSM-V.

As estruturas são inferidas e são subjacentes, ao invés de observáveis.

Mais especificamente, a análise do comportamento argumenta que o mentalismo obscurece, e de fato impede ativamente, a busca de detalhes importantes sobre as relações genuinamente relevantes entre comportamento e ambiente, reduz a curiosidade ao nos levar a aceitar “ficções explicativas” fantasiosas como causas, deturpa os fatos a serem explicados e nos dá falsas garantias sobre o estado de nosso conhecimento.

A concepção de variáveis mentais implica que elas e o comportamento que causam surgem e operam de forma relativamente independente das circunstâncias ambientais, e nada podemos fazer para promover formas benéficas de comportamento ou substituir formas problemáticas, certamente uma postura não-otimista para uma ciência da vida.

REVISTA BRASILEIRA DE ANÁLISE DO COMPORTAMENTO / BRAZILIAN JOURNAL OF BEHAVIOR ANALYSIS, 2017 , Vol. 13 , No. 2, 74-80.
UMA COMPARAÇÃO DE PRÁTICAS EXPLANATÓRIAS DO MENTALISMO E DA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO

JAY MOORE
UNIVERSITY OF WISCONSIN- MILWAUKEE, ESTADOS UNIDOS

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