Menu

domingo, 4 de novembro de 2018

Psicologia e psiquiatria são metalinguagens

As áreas de psicologia e psiquiatria são metalinguagens no sentido de um discurso em um nível superior aos fatos/dados [Definir metalinguagem ou substituir conceito]. Pressupõem um modelo teórico para avaliar as pessoas, as suas vidas ou os organismos. Essa forma de enquadramento pode levar a preconceitos nas avaliações sobre quem é ajustado e desajustado. Uma metalinguagem trata de fenômenos subjacentes a partir de um discurso prévio tomado como verdadeiro ou virtuoso. Nesse sentido, o discurso naturalizado (cultura) do avaliador fica ocultado atrás de concepções teóricas.

No caso da psiquiatria biológica a metalinguagem pode ser especialmente perniciosa.

A metalinguagem psiquiátrica pode avaliar por exemplo apenas a exterioridade da pessoa ou o seu comportamento no sentido de atos. O enquadramento psiquiátrico resultante leva a não lidar mais diretamente com as emoções e pensamentos do paciente mas o seu "sintoma", o seu "quadro" ou o seu "estado cerebral ou neuroquímico". O paciente se torna um corpo ou objeto a ser manipulado ou modificado. É dessa maneira que a pessoa diagnosticada deixa de ter voz ou passa a ser desacreditada. Um ambiente hostil deixa de ser considerado e se considera apenas o estado do organismo.

TERMINOLOGIA E METALINGUAGENS TÉCNICO-CIENTÍFICAS NA PESQUISA ACADÊMICA

Maria Aparecida Barbosa (USP)

http://www.leffa.pro.br/tela4/Textos/Textos/Anais/ECLAE_II/terminologia%20e%20metalinguagem/principal.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário