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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Relativismo cultural e normalidade

Tende-se a assumir uma postura etnocêntrica em relação ao mundo, onde o
indivíduo vê sua própria cultura como uma verdade absoluta, uma norma, algo que é
correto e deve ser seguido, e por conta disso, despreza e considera anormais as
práticas culturais diferentes das suas. O etnocentrismo julga os outros povos e
culturas, tomando como base de normalidade os padrões da sua própria sociedade,
esses padrões servem para verificar até que ponto são normais os costumes
culturais alheios (MENESES, 1999).

O conceito de relatividade cultural vai afirmar que os padrões de certo e
errado são relativos à cultura da qual fazem parte. Assim, cada costume seria válido
nos termos do seu próprio ambiente cultural. Na prática seria suspender o
julgamento, procurar entender o que se passa e respeitar os hábitos de diferentes
culturas (HOEBEL e FROST, 2006).

A diversidade cultural é o que torna uma sociedade única, e ao adentrar em
uma determinada cultura, deve-se despir de pré-conceitos e buscar lançar um novo
olhar ao que lhe parece estranho, pois é esta estranheza que mostrará qual o
conceito de normalidade para tal cultura, e somente desta forma pode-se
compreender o funcionamento das diferentes sociedades.

Sob a ótica do relativismo cultural, faz-se necessária uma reflexão perante as diferentes
culturas existentes. A postura relativista é algo complexo, e dependerá do quanto o
indivíduo está rígido e centrado nas suas próprias crenças, pois se o mesmo tomar
os seus costumes e práticas como referência para julgamento indiscriminado, estará
assumindo uma postura etnocêntrica. É perceptível na sociedade contemporânea a
execução da postura etnocêntrica, julgando outras práticas tendo apenas sua
realidade como parâmetro de referência. Uma postura relativista exige um esforço
maior, ao requerer que o indivíduo se desvencilhe dos seus preconceitos ao entrar
no mundo alheio, e esteja realmente disposto a entender e respeitar as diferentes
práticas culturais.

NORMALIDADE X ANORMALIDADE: A RELATIVIDADE DOS TERMOS
Raquel Arruda CARNAÚBA
Cláudia Camargo Arthou Sant ́anna PELIZZARI
Jorge Ubiratan de Almeida SILVA JÚNIOR

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