A esquizofrenia [na antipsiquiatria] é a própria configuração da situação social que se vai construindo: "é uma situação de crise microssocial na qual os atos e a experiência de uma certa pessoa são invalidados pelos outros por certas razões culturais e microculturais (geralmente familiares) compreensíveis que, finalmente, fazem com que esta pessoa seja eleita e identificada como 'doente mental' e em seguida confirmada na sua identidade de paciente esquizofrênico por agente médicos ou paramédicos". Dentro desta situação, ela mesma esquizofrênica [a situação], será identificado com doente o membro que assume, contra a situação, um projeto que inevitavelmente terá conotações de violência e será taxado de irracional. A "cura" será sempre uma desalienação, uma restituição ao paciente de um horizonte de possibilidades e ações responsáveis.
p. 187
No livro Matrizes do pensamento psicológico
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