As interpretações da loucura nas ciências sociais a partir do conceito de indisciplinados e indesejáveis parece justificar a perspectiva de quem atribui esse rótulo de maneira disfarçada de "doença mental". O rótulo de indesejável e indisciplinado é sempre atribuído a partir de uma perspectiva de alguém em algum contexto específico. As próprias pessoas produtoras de contextos/ambientes insalubres ou patogênicos para o indivíduo rotulado ao mesmo tempo atribuem o rótulo de indesejável e indisciplinado de forma disfarçada como "doença mental" numa tentativa de controlar esse indivíduo de acordo com os próprios interesses particulares em detrimento do outro mas alegando estar pensando no benefício do indivíduo rotulado. Não se pode atribuir rótulos sociais de maneira genérica e sem relação com contextos particulares ou sem confrontar as perspectivas dos sujeitos. Dessa maneira, a produção de rótulos é justificada com pouco senso crítico.
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