Muitas pessoas usam a palavra surto como classe verbal ampla para incluir quase tudo que seja impertinente, inapropriado ou arriscado. Qualquer ato desses tipos tornam-se por definição "surto" de loucura ou psicose. A categoria diagnóstica é usada então como explicação.
Categorias diagnósticas precisam ser específicas e consistentes se for para terem alguma validade. Atos de "loucura", uma palavra que mistura muitos sentidos de forma pouco clara, são interpretados em seu sentido negativo a partir da cultura. O discurso médico se tornou senso comum e é dado a esse discurso autoridade impositiva para discursar sobre tais atos. Uma diversidade ampla de atos não pode ser reduzido a uma causa única (médica) com qualidade. O denominador comum que há entre tais atos é a forma de intervenção e não suas causas. Formas de intervenção que são o modo como a cultura lida com esses atos e que não precisam partir apenas do discurso médico que na difusão pela sociedade tem origem em campanhas milionárias de marketing estratégico em forma de mídia paga na imprensa (ver o que é assessoria de imprensa). Outras descrições de tais atos levam a outras formas de intervenção na origem e consequenciação de tais atos. Intervenções que seriam menos empobrecidas cognitivamente.
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