Psicofármacos são considerados seguros pela percepção originada do hábito de uso amplo pela sociedade. No entanto, o risco sutil e atrasado não é perceptível a olho nu e precisa de métodos científicos para avaliação. Por isso, esses riscos sutis e atrasados são ocultáveis por razões mercadológicas de aumento de potencial comercial dos fármacos. O risco de reações adversas graves geralmente não são mencionados pelos médicos nem ao introduzir e nem na fase de manutenção de tratamento contínuo. Há uma preferência emocional dos profissionais da medicina de se perceberem como apenas grandes benfeitores e uma rejeição emocional de considerar riscos iatrogênicos dos tratamentos. Logo, a percepção de segurança do consumo de psicofármacos é mantida em parte pelas razões acima e em parte porque a grande maioria das pessoas só aprendem ou levam a sério os riscos quando a roleta russa leva a consequências negativas impactantes ou trágicas.
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