A participação de Juliana Belo Diniz no Ilustríssima Conversa fez algumas caracterizações imprecisas do comportamentalismo. No trecho que menciona modelos animais de dopamina e sua generalização para a clínica reconhece a relevância da dopamina mas o raciocínio de mudança epistemológica para um modelo menos reducionista, social e psicanalítico, o qual é típico da área de saúde mental, tem um tom de redução da importância do biológico e do "behaviorismo". No final da entrevista, segue o mesmo tipo de raciocínio, faz uma caracterização equivocada das terapias cognitivas de terceira onda (as quais só são comportamentais no sentido usado nos Estados Unidos como um termo amplo que inclui terapias cognitivas e as terapias comportamentais) para reduzir a importância e aplicabilidade do conhecimento experimental para a clínica de saúde mental. Não há cisão de aplicabilidade entre conhecimento experimental e clínica de saúde mental pois as áreas conversam, se fomentam e acumulam evidências conjuntamente e progressivamente.
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