No senso comum ocorre uma divisão entre produtos de saúde benignos (medicamentos, suplementos e produtos naturais) e produtos malignos (qualquer coisa que recebe o rótulo de "fazer mal"). A classificação de produtos dessa forma induz a uma quase santificação ingênua dos produtos classificados como benignos e negligência do potencial de risco e de danos de fato e uma atitude de eliminação dos produtos classificados como malignos. A percepção do potencial de risco do efeito cumulativo e atrasado dos produtos de saúde classificados como benignos necessita de uma compreensão maior de seus efeitos. Por isso, o uso racional desses produtos (redução de uso desnecessário ou prejudicial) não é levado adiante. Esses produtos de consumo recebem a aura de salvadores da saúde, dos problemas e desafios. Essa compreensão é estimulada comercialmente, há omissão de informações educativas de efeitos de forma equilibrada e a apresentação dessas informações educativas frequentemente é rechaçada como se fosse equivalente a atacar alguém de prestígio (um salvador, um herói).
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