Perigos das Drogas Psiquiátricas compartilhou uma publicação.
Sociedade Internacional para Ética na Psicologia e Psiquiatria - ISEPP
O ano de 2018 termina com uma grande realização da qual muito me orgulho: a tradução para o Português e publicação do livro Delírio da Depressão.
Este livro, do médico irlandês Terry Lynch, demonstra com fatos e provas contundentes como fomos levados a acreditar no mito de que a depressão é um desequilíbrio químico cerebral que necessita de medicamentos para ser corrigido.
Durante muito tempo a sociedade e até a medicina aceitaram essa teoria como verdade.
Meu interesse no livro veio do fato de não saber que as drogas receitadas para depressão vem com um alerta - podem causar ideação suicida - minha filha tomou essas medicações e as consequências foram desastrosas e infelizmente ela tirou a própria vida.
Ficou a pergunta: como podemos chamar de medicamento algo que provoca exatamente aquilo que estamos querendo evitar?
Já foi constatado que os suicídios e homicídios provocados por quem toma medicações psiquiátricas são violentos. A pessoa usa arma de fogo, se atira em baixo de um trem ou de um prédio. Ela entra num transe psicótico e provoca algo que é irreversível. Os atiradores das escolas nos EUA que matam e depois se suicidam praticamente todos haviam passado por tratamentos com drogas psiquiátricas.
O livro demonstra que a crença na falsa teoria da depressão é a causa da exagerada prescrição de drogas psiquiátricas.
Decidi traduzir o livro para que mais pessoas possam estar cientes de que a depressão tem muitas causas mas não é um desequilíbrio de neurotransmissores e não existe pílula da felicidade que a resolva.
O dr. Terry descreve no livro que a prescrição correta para a cura da depressão passa por psicoterapia e o entendimento de traumas e problemas para que a pessoa possa assumir responsabilidade por eles e os medicamentos, se usados, devem ser retirados em pouco tempo.
Assim que esse livro é de extrema importância para quem sofre ou tem algum familiar com depressão, leia e decida por si mesmo.
Lia Beatriz Fleck
Tradutora
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsia entre psiquiatras farmacológicos e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
Não mais rótulos psiquiátricos
No more psychiatric labels: Why formal psychiatric diagnostic systems should be abolished
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S169726001400009X
Resumo
Este artigo argumenta que os diagnósticos psiquiátricos não são válidos ou úteis. O uso do diagnóstico psiquiátrico aumenta o estigma, não ajuda nas decisões de tratamento, está associado à piora do prognóstico a longo prazo dos problemas de saúde mental e impõe crenças ocidentais sobre sofrimento mental em outras culturas. Este artigo revisa a base de evidências focando em particular os achados empíricos em relação aos tópicos de: etiologia, validade, confiabilidade, tratamento e desfecho, prognóstico, colonialismo e impacto cultural e de políticas públicas. Esta evidência aponta para quadros baseados em diagnóstico para compreender e intervir em dificuldades de saúde mental, sendo incapaz de melhorar nosso conhecimento científico ou melhorar os resultados na prática clínica e sugere que precisamos nos afastar da confiança em abordagens baseadas em diagnóstico para organizar pesquisa e prestação de serviços. Modelos alternativos baseados em evidências para organizar cuidados de saúde mental eficazes estão disponíveis. Portanto, os sistemas formais de diagnóstico psiquiátrico, como a seção de saúde mental da Classificação Internacional de Doenças Décima Edição (CID-10) e o Manual Estatístico de Diagnóstico, Quinta Edição (DSM 5) devem ser abolidos.
Este artigo argumenta que os diagnósticos psiquiátricos não são válidos ou úteis. O uso do diagnóstico psiquiátrico aumenta o estigma, não ajuda nas decisões de tratamento, está associado à piora do prognóstico a longo prazo dos problemas de saúde mental e impõe crenças ocidentais sobre sofrimento mental em outras culturas. Este artigo revisa a base de evidências focando em particular os achados empíricos em relação aos tópicos de: etiologia, validade, confiabilidade, tratamento e desfecho, prognóstico, colonialismo e impacto cultural e de políticas públicas. Esta evidência aponta para quadros baseados em diagnóstico para compreender e intervir em dificuldades de saúde mental, sendo incapaz de melhorar nosso conhecimento científico ou melhorar os resultados na prática clínica e sugere que precisamos nos afastar da confiança em abordagens baseadas em diagnóstico para organizar pesquisa e prestação de serviços. Modelos alternativos baseados em evidências para organizar cuidados de saúde mental eficazes estão disponíveis. Portanto, os sistemas formais de diagnóstico psiquiátrico, como a seção de saúde mental da Classificação Internacional de Doenças Décima Edição (CID-10) e o Manual Estatístico de Diagnóstico, Quinta Edição (DSM 5) devem ser abolidos.
10 vezes mais difícil (Limitações)
As limitações de outras pessoas torna as coisas 10 vezes mais difíceis. Então o psiquiatra vê como defeituoso quem está numa situação 10 vezes mais difícil de resolver.
É uma das razões por que a saúde mental funciona na Finlândia. As pessoas são bem educadas e a economia é boa.
É uma das razões por que a saúde mental funciona na Finlândia. As pessoas são bem educadas e a economia é boa.
domingo, 30 de dezembro de 2018
Manicômio Bukowski
“Não são grandes coisas que levam um homem ao manicômio.
A morte está à espreita.
Ou o assassinato, incesto, roubo, fogo, inundação.
Não.
É uma contínua série de pequenas tragédias.
É o que leva um triste homem ao manicômio.
Não é pela morte de seu amor…
Mas um cordão que se rompe sem tempo restante.
Com cada cordão rompido
Entre centenas de cordões rompidos
Um homem, uma mulher, uma coisa entra no manicômio.
Então seja cuidadoso quando dobrar a esquina.”
Charles Bukowski
https://celiamoura.wordpress.com/2015/07/03/nao-sao-grandes-coisas-que-levam-um-homem-ao-manicomio/
Charles Bukowski Psiquiatria
Sobre PSIQUIATRIA:
"O que os pacientes psiquiátricos recebem? Eles recebem uma conta.
Eu acho que o problema entre o psiquiatra e o paciente é que o psiquiatra passa pelo livro, enquanto o paciente chega por causa do que a vida fez a ele ou ela. E, embora o livro possa ter algumas ideias, as páginas são sempre as mesmas no livro e cada paciente é um pouco diferente. Existem muito mais problemas individuais do que páginas. Pegue? Há muitas pessoas loucas para fazer isso, dizendo: "dólares por hora, quando este sinal toca, você está acabado." Isso sozinho levará qualquer pessoa quase louca à loucura. Eles apenas começaram a se abrir e se sentir bem, quando o psiquiatra diz: "Enfermeira, faça o próximo compromisso", e eles perderam o controle do preço, que também é anormal. É tudo muito fedorento mundano. O cara está fora para levar sua bunda. Ele não está disposto a curar você. Ele quer o dinheiro dele. Quando a campainha toca, traga a próxima "porca". Agora a sensível "porca" vai perceber quando o sino toca, ele está sendo fodido. Não há limite de tempo para curar a loucura, e não há contas para isso também. A maioria dos psiquiatras que eu vi parece um pouco perto da borda. Mas eles são muito confortáveis ... Eu acho que eles são muito confortáveis. Eu acho que um paciente quer ver um pouco de loucura, não muito. Ahhhh! (entediados) OS PSIQUIATROS SÃO TOTALMENTE INÚTIL! Próxima questão? "
http://desdeelmanicomio.blogspot.com/2010/10/on-psychiatry-charles-bukowski.html
sábado, 29 de dezembro de 2018
Definição comportamental de Esquizofrenia
A definição comportamental de esquizofrenia/psicose é vocalizações ou comportamentos inapropriados. Portanto, inclui qualquer tipo de determinantes e não necessariamente a dopamina (tratar a dopamina é tratar consequências nos comportamentos).
sexta-feira, 28 de dezembro de 2018
Esforço/labor emocional e família
O esforço/labor emocional é exigido dos pacientes psiquiátricos. Já os familiares podem fazer horrores.
Crime e doença mental (erro de lógica)
"Suponhamos, por exemplo, que alguém nos garante que todo comportamento criminoso, ou todo desvio sexual, ou todos os desejos e decisões suicidas, são sintomáticos de doença mental. Hoje em dia é frequente ouvir coisas destas, notadamente por pessoas que são pagas para saber acerca disso. A primeira questão a opor a esses porta-vozes psiquiátricos, antes de começarmos e perguntar-nos se o que está sendo dito é verdade, é: "Que coisa está realmente sendo dita?" Estamos realmente perante uma autêntica afirmação contingente, ou trata-se simplesmente, em última análise, de uma questão de definição e de critérios mais ou menos arbitrariamente escolhidos? Ou seja, o que eles afirmam é que fizeram uma descoberta, talvez a descoberta de que todos os que cometem crimes são também doentes mentais, conformemente a critérios completamente independentes; ou será que eles estão tomando o próprio cometimento de um crime como um critério de doença mental, insistindo, de fato, que um tal comportamento constitui uma condição logicamente suficiente para ser doente mental, e que portanto para eles seria contraditório dizer que alguém está cometendo um crime mas não é doente mental? Em resumo, será que estamos na mesma situação do tempo em que o suicídio ainda era considerado crime pelas leis inglesas, e os júris, sem examinarem qualquer evidência psiquiátrica tecnicamente especializada, regularmente concluíam pelo veredito "Suicídio, durante perturbação do equilíbrio mental"?"
pág. 38
Livro: Pensar direito. Autor: Antony Flew.
Lógica: provas e refutações
"Mas quando se testa uma hipótese e se constata que
umas de suas consequências de fato se verifica, mesmo assim não fica
demonstrado que a hipótese é verdadeira. Pag. 24
Há
uma assimetria da verificação e da falsificação (refutação). Basta um
único contraexemplo genuíno para refutar qualquer dessas proposições.
Mas por maior que seja o número de exemplos confirmatórios que se possa
apresentar, é impossível [confirmar] qualquer delas de maneira
correspondentemente decisiva e final. Foi essa observação lógica que
levou Francis Bacon a fazer sua tão citada afirmação de que é " maior a
força do caso negativo". Pag. 24
"Toda
proposição universal pode ser decisivamente falsificada (refutada), e
sua contraditória verificada de modo igualmente decisivo, pela
apresentação de um único contraexemplo autêntico." (pág. 34)
Livro: Pensar direito. Autor: Antony Flew.
Logo, não importa quantas vezes a pessoa não conseguiu retirar a droga psicoativa ainda não fica provado de maneira decisiva e final que é necessária para a vida toda.
Frase Kennedy Vitória e Fracasso
“A vitória tem mais de uma centena de pais – a derrota, por outro lado, essa é sempre órfã.”
https://robinsonfarinazzo.com.br/jfk-100-anos-em-10-frases/
https://robinsonfarinazzo.com.br/jfk-100-anos-em-10-frases/
Ir à lua (kennedy)
"Escolhemos
ir à Lua nesta década e fazer
outras coisas, não porque isso
seja fácil, mas porque é difícil,
porque este objetivo servirá
para organizar e medir o melhor das nossas energias e habilidades, porque o desafio é
um dos que estamos dispostos a aceitar".
terça-feira, 25 de dezembro de 2018
Deficiência psicossocial e atitudes sociais
A deficiência psicossocial é uma deficiência da atitudes da sociedade.
domingo, 23 de dezembro de 2018
fatores socioeconômicos e campo psi
"Também se argumentou que pode ser problemático enfocar os recursos e forças psicológicas ou comunitárias e o capital social, pois isso pode mascarar o foco em fatores socioeconômicos, que são causas fundamentais de sofrimento (Friedli, 2016; Rogers and Pilgrim, 2010). Knifton, 2015). De fato, Friedli argumenta: “Escolher a psicanálise sobre a análise econômica tem sérias consequências sobre como a saúde pública explica e responde a questões de justiça social” (Friedli, 2016, p. 216, ênfase original). Esse argumento pode ser particularmente relevante para a saúde mental, onde as conceituações psicológicas podem predominar. Dentro de uma estrutura política neoliberal, existe o perigo de endossar conceitualizações individualistas de problemas sociais e econômicos complexos, onde o modelo biomédico predominante freqüentemente resultou em uma negligência sistemática do impacto das barreiras sociais e estruturais experimentadas por pessoas com problemas de saúde mental (Bayetti et al., 2016; Friedli, 2016). Assim, enquanto a relevância dos fatores psicossociais é reconhecida, é importante aumentar a relevância das desigualdades sociais e econômicas que geram desigualdades em saúde mental em nível populacional."
https://www.nature.com/articles/s41599-018-0063-2
privação e injustiça social
'levels of mental distress among communities need to be understood less in terms of individual pathology and more as a response to relative deprivation and social injustice' (Friedli, 2009, p.III)
“os níveis de sofrimento mental entre as comunidades precisam ser menos compreendidos em termos de patologia individual e mais como uma resposta à privação relativa e à injustiça social” (Friedli, 2009, p.III).
https://www.nature.com/articles/s41599-018-0063-2
“os níveis de sofrimento mental entre as comunidades precisam ser menos compreendidos em termos de patologia individual e mais como uma resposta à privação relativa e à injustiça social” (Friedli, 2009, p.III).
https://www.nature.com/articles/s41599-018-0063-2
sábado, 22 de dezembro de 2018
Citações 1 Arte esquecida de curar
"Além de diminuir o tempo dedicado à conversa com o paciente, as atuais práticas médicas se concentram no agudo e no urgente, indiferentes em grande parte à prevenção da doença e à promoção da saúde. E, então, embora a medicina preventiva seja reconhecida como o método mais custo-efetivo de encarar a doença, ela é completamente negligenciada, por exigir muito tempo. Inevitavelmente, a prevenção diligente fica em segundo plano, ultrapassada pelas curas heroicas." (p. 12-13)
"Para o médico, a grata reação do cliente confirma que seguiu o caminho certo. Além disso, reforça-lhe a ideia de que envergar a antiga túnica de Cassandra e profetizar o pior é, para o clínico, o processo mais rendoso, tanto psicológica como financeiramente." (p. 14-15)
A arte esquecida de curar - Dr. Bernard Lown
sexta-feira, 21 de dezembro de 2018
Medicina da doença (Uronal Zancan)
"Nenhum tratamento, seja alopático ou holístico (integrativo), conseguirá eliminar os sinais e sintomas da manifestação de doença, já que eles não atuam na causa primária, que é a perda de saúde de todas as células do organismo. Eles tem o foco apenas em diminuir a manifestação dos sinais e dos sintomas do órgão em que estão mais evidentes, ou seja, na expressão da doença.
O diagnóstico da doença e a indicação de tratamentos cada vez mais sofisticados e caros estarão no centro do pensamento e das ações do médico, e não a recuperação da saúde. Dessa forma, com a atenção - do médico e do paciente - voltada para a doença, torna-se muito difícil - ou até impossível - chegar à cura.
O máximo que a Medicina da doença conseguirá fazer é permitir que o indivíduo diminua os sintomas e estenda a vida, mas manterá a ideia de que será necessário tomar remédios por um longo período, ou até mesmo para sempre. Toda a energia do paciente é dirigida ao paciente tratamento e não à cura. Sua mente e seu corpo trabalharão com foco na doença para que o tratamento funcione, não há foco nem esforço para ganhar saúde.
Livro: A conquista da supersaúde - Autor: Dr. Uronal Zancan
(p. 188-189)
Fonte da calma
O que deixa calmo é desistir de mudar os familiares. Não esperar mais nada. Não discutir mais nenhum assunto sensível.
natureza humana é antinatural
"Diferimos, de alguma forma, um do outro por nossa dotação genética, mas a posição social depende mais de uma combinação de acidentes com uma dotação econômica e educacional inicial do que dos genes."
[O naturalismo] [...] "mascara as fontes econômicas, políticas e culturais das desigualdades sociais e os conflitos resultantes."
Mario Bunge: “A natureza humana é totalmente antinatural”
Por Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira
- mar 12, 2018
https://universoracionalista.org/a-natureza-humana-e-totalmente-antinatural/?fbclid=IwAR29fogkEWxbpXrFILRaQ4VIrwxXpty6Pi7PjW1K_b_wE_DY56MDO2GZQEA
[O naturalismo] [...] "mascara as fontes econômicas, políticas e culturais das desigualdades sociais e os conflitos resultantes."
Mario Bunge: “A natureza humana é totalmente antinatural”
Por Douglas Rodrigues Aguiar de Oliveira
- mar 12, 2018
https://universoracionalista.org/a-natureza-humana-e-totalmente-antinatural/?fbclid=IwAR29fogkEWxbpXrFILRaQ4VIrwxXpty6Pi7PjW1K_b_wE_DY56MDO2GZQEA
Atos normais graves
Pessoas comuns, "normais" ou "saudáveis" podem falar e fazer atos mais graves, mais irracionais e violentos do que pacientes psiquiátricos e ninguém se preocupar.
A diferença pode ser apenas de não ter consultado psiquiatra, ter uma família mais tolerante ou não ser submetido a um regime rigoroso de regulação externa ou não ter pessoas na família que se "beneficiam" com a medicalização de um familiar.
O paciente psiquiátrico, por ter pedido ajuda, passa a ser acuado dentro da família e tem o próprio curso de vida prejudicado. Como se o "destino social" se ajustasse ao diagnóstico. É a percepção social sobre a pessoa diagnosticada que define o seu destino ou lugar piores na sociedade.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2018
O cérebro importa, o resto não
Há algo de muito pernicioso no discurso da psiquiatria biológica de que só importa o cérebro e "não importa o que ele fala, sente ou faz" e "nem importa o ambiente e a história". A partir disso surgem a perda interligada de direitos e a violência psicológica e simbólica.
Desonestidade e argumentação
Para pessoas desonestas toda discussão aberta e argumentação é inapropriada. Não há o que fazer. É melhor não discutir pois isso vai ser usado contra a pessoa do argumentador (ser desqualificado como louco).
terça-feira, 18 de dezembro de 2018
O Homem Elefante e a cultura manicomial
É possível fazer uma analogia boa desse filme com a experiência de ser percebido através de um diagnóstico. Os conceitos do modelo médico em saúde mental são conceitos com consequências manicomiais de periculosidade, incapacidade e irresponsabilidade (a cultura manicomial). A luta antimanicomial e a reforma psiquiátrica desconstroem essa cultura.
O Homem Elefante
1980 ‧ Drama/Terror ‧ 2h 5m
John Merrick nasceu desfigurado e parecia estar condenado a uma triste existência como atração de um show de aberrações. Porém, um cirurgião londrino o introduziu à sociedade. Apesar de suas dolorosas experiências, Merrick é gentil e inteligente e se torna convidado frequente nos salões vitorianos, mas precisa cobrir totalmente as feições deformadas.
Joseph Merrick
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Joseph Merrick
O Homem Elefante
1980 ‧ Drama/Terror ‧ 2h 5m
John Merrick nasceu desfigurado e parecia estar condenado a uma triste existência como atração de um show de aberrações. Porém, um cirurgião londrino o introduziu à sociedade. Apesar de suas dolorosas experiências, Merrick é gentil e inteligente e se torna convidado frequente nos salões vitorianos, mas precisa cobrir totalmente as feições deformadas.
Joseph Merrick
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Joseph Merrick
Joseph Merrick aos 26 anos.
Joseph Carey Merrick (5 de agosto de 1862 — 11 de abril de 1890), cidadão inglês, ficou conhecido como Homem Elefante por causa da sua aparência física causada por uma doença congênita. A sua condição granjeou-lhe a afeição da Grã-Bretanha vitoriana.
Joseph Carey Merrick (5 de agosto de 1862 — 11 de abril de 1890), cidadão inglês, ficou conhecido como Homem Elefante por causa da sua aparência física causada por uma doença congênita. A sua condição granjeou-lhe a afeição da Grã-Bretanha vitoriana.
neuroliteratura
Neuroliteratura é propaganda da psiquiatria biológica e do modelo médico em saúde mental.
A Neuroliteratura | Paulo Werneck
A Neuroliteratura | Paulo Werneck
"O crítico literário Paulo Werneck, nesta edição, nos mostra como na
produção literária contemporânea os temas da medicina capturam os
romances, produzindo escritores que se apropriam dos saberes médicos, e
como também relatos médicos passaram a ser romanceados. Mas, se a
literatura expressa tensões e crises de cada tempo, o que este casamento
entre a ciência médica e a literatura nos revela de nossos dias?"
Desmame, crises e afirmação abrangente
Os psiquiatras biológicos afirmam que ao descontinuar as drogas psicoativas irá ocorrer um incidente (crise) em 6 meses.
Ora, essa afirmação é tão abrangente que é muito fácil satisfazer essa condição. Apenas alguém com muita psicoterapia de qualidade é capaz de passar 6 meses ou mais tempo sem nenhum incidente.
Referência:
#CanalUSP
Teoria da Argumentação (Aula 9, parte 1, 2 e 3)
Ora, essa afirmação é tão abrangente que é muito fácil satisfazer essa condição. Apenas alguém com muita psicoterapia de qualidade é capaz de passar 6 meses ou mais tempo sem nenhum incidente.
Referência:
#CanalUSP
Teoria da Argumentação (Aula 9, parte 1, 2 e 3)
CENATPLAY
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2018
Trocar drogas pela vida inteira
Peter R. Breggin, Psiquiatra.
"O que colocar no lugar das drogas? A vida inteira"
https://breggin.com/parenting-today-raising-strong-resilient-kids/
"O que colocar no lugar das drogas? A vida inteira"
https://breggin.com/parenting-today-raising-strong-resilient-kids/
Tratamento involuntário é violência familiar
"Prescrição de drogas psicoativas para crianças, adolescentes e jovens de forma involuntária é violência familiar"
Peter R. Breggin, MD
https://breggin.com/parenting-today-raising-strong-resilient-kids/
Uma tentativa de manter condições ambientais insustentáveis e violentas através de drogas.
Peter R. Breggin, MD
https://breggin.com/parenting-today-raising-strong-resilient-kids/
Uma tentativa de manter condições ambientais insustentáveis e violentas através de drogas.
Psicoterapia manualizada
https://www.madinamerica.com/2018/12/data-challenges-promotion-manualized-psychotherapy-superior/
Data Challenges Superiority of Manualized Psychotherapy
Data Challenges Superiority of Manualized Psychotherapy
New data fails to support the promotion of manualized psychotherapy as superior to non-manualized forms of psychotherapy.
domingo, 16 de dezembro de 2018
"estão dizendo"
As pessoas normalizadas são o pessoal do se estão dizendo é verdade. Ou se estão dizendo é melhor eu surfar essa onda.
sábado, 15 de dezembro de 2018
Esquizo estagnado
Profissionais da psicologia e psiquiatria dizem que as pessoas diagnosticadas com esquizofrenia ficam estagnadas e são incapazes de passar disso.
Mas quem conhece familiares de pacientes sabe que os familiares são tão ou mais estagnados na tradição e sentimentos que os pacientes que são obrigados a fazer psicoterapia.
Mas quem conhece familiares de pacientes sabe que os familiares são tão ou mais estagnados na tradição e sentimentos que os pacientes que são obrigados a fazer psicoterapia.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2018
Argumentos inúteis
Familiares e psiquiatras biológicos são quase que completamente insensíveis à qualquer tipo de argumentação. Então o paciente se exalta e eles chamam isso de estar "alterado" e "deteriorado".
Os primeiros 15 minutos dessa aula explicam a dificuldade de se usar argumentos que contrariam costumes/tradição e sentimentos. E outras dificuldades ao lidar com pessoas normalizadas.
Canal USP
Teoria da Argumentação (Aula 9, parte 1)
https://youtu.be/MO8XWCsjNjY
Neste vídeo, o Prof. Caetano Plastino apresenta a primeira parte da aula sobre Teoria da Argumentação, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. Esta e as outras aulas de Práticas de Leitura e Escrita Acadêmica foram gravadas durante o segundo semestre de 2017.
Livro Conquista da supersaúde
https://prosersaude.com.br/livro
Trata de promoção de saúde. Situa bem porque o uso de medicamentos é dispensável. O interesse comercial nas patentes de medicamentos é um dos motivos.
Trata de promoção de saúde. Situa bem porque o uso de medicamentos é dispensável. O interesse comercial nas patentes de medicamentos é um dos motivos.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
Slow Medicine Palestra Dr Dario Birolini
Slow Medicine Palestra Dr Dario Birolini
https://www.youtube.com/watch?v=l27jLg3vij0
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
'Munchausen' - VICE Shorts
The Trouble With Mom - 'Munchausen' - VICE Shorts
https://youtu.be/G9Rxu5uW41Q
Ari Aster's new short film, Munchausen, is a Pixar-inspired silent short about a clingy mother (played by Bonnie Bedelia, John McClaine's wife in Die Hard) who goes to a bunch of extreme lengths to keep her son from going off to college. The film was an official selection at Fantastic Fest and we're excited to share it here today.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
Indicar internação dá dinheiro
Psiquiatras podem ganhar bastante dinheiro indicando internação psiquiátrica em hospitais psiquiátricos privados.
É bastante assimétrico: as motivações ajudam ou facilitam ser diagnosticado, prescrito e mantido como cliente.
Já terminar o tratamento, evitar internação psiquiátrica ou medicalização é "muito difícil".
É bastante assimétrico: as motivações ajudam ou facilitam ser diagnosticado, prescrito e mantido como cliente.
Já terminar o tratamento, evitar internação psiquiátrica ou medicalização é "muito difícil".
Transtorno Factício Imposto em Outra (FDIA)
Factitious Disorder Imposed on Another (FDIA)
Factitious
disorder imposed on another (FDIA) formerly Munchausen syndrome by proxy
(MSP) is a mental illness in which a person acts as if an individual he
or she is caring for has a physical or mental illness when the person
is not really sick.
Transtorno Factício Imposto em Outra (FDIA)
Transtorno factício imposto em outra (FDIA) anteriormente denominada síndrome de Munchausen por procuração (MSP) é uma doença mental na qual uma pessoa age como se um indivíduo que ele ou ela estivesse cuidando tivesse uma doença física ou mental quando a pessoa não está realmente doente.
transtornos do amor
Quase todos os distúrbios emocionais são distúrbios do amor, e nos
curamos desses distúrbios na medida em que aprendemos a dar e a aceitar o
amor.
Comecei a pensar e a tentar implementar esses conceitos como estudante
universitário (1954-1958) como voluntário em um hospital psiquiátrico
estadual. Eu os explorei em dois dos meus primeiros livros, A
Psiquiatria Tóxica: Por que terapia, empatia e amor devem substituir as
teorias de drogas, eletrochoque e bioquímica da “nova psiquiatria” (1991) e Além do conflito: da auto-ajuda e psicoterapia à pacificação (1992).
sábado, 8 de dezembro de 2018
Sugestões do psiquiatra ao fazer diagnóstico
No ato de perguntar de acordo com uma formulação conceitual pode levar a induzir concordâncias com sugestões do psiquiatra. Os fatos são distorcidos pela descrição conceitual psiquiátrica ou mesmo inexistentes devido à simpatia, prestígio da medicina ou amabilidade do paciente. O psiquiatra domina a conversa inclusive induzindo discurso e aprendizagem.
Diagnósticos psiquiátricos podem ser induzidos. Ainda mais pela interpretação de que no DSM-V a maioria do que acontece é grau/gradação de algum sintoma
As formulações conceituais (framing) da psiquiatria biológica levam a perder resiliência (capacidade de superar dificuldades) ao substituir e desviar estratégias de enfrentamento de inteligibilidade de questões humanas para a ingestão de medicamentos e justificação/perdão/desresponsabilização do que se faz para entender a própria vida de acordo a vivência passiva de quadros psiquiátricos cerebrais. A pessoa passa a se perceber como vítima do acaso biológico ou como uma manifestação inferior do humano. O que está de acordo com o modelo médico.
Diagnósticos psiquiátricos podem ser induzidos. Ainda mais pela interpretação de que no DSM-V a maioria do que acontece é grau/gradação de algum sintoma
As formulações conceituais (framing) da psiquiatria biológica levam a perder resiliência (capacidade de superar dificuldades) ao substituir e desviar estratégias de enfrentamento de inteligibilidade de questões humanas para a ingestão de medicamentos e justificação/perdão/desresponsabilização do que se faz para entender a própria vida de acordo a vivência passiva de quadros psiquiátricos cerebrais. A pessoa passa a se perceber como vítima do acaso biológico ou como uma manifestação inferior do humano. O que está de acordo com o modelo médico.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
uso da palavra loucura
A palavra "louco(a)" é usada de maneira parecida com a palavra coisa. É usada para vários significados específicos ou descrições específicas. Os significados reais se silenciam e se deixa de lidar com o fato real para lidar com um julgamento de valor. Dessa maneira, a defesa da posição correta em relação a uma equivocada deixa de ser necessária.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
Ortodoxia 1984
"Ortodoxia quer dizer não pensar... não precisar pensar."
George Orwell
Livro 1984
p. 53
George Orwell
Livro 1984
p. 53
Culturas minoritárias e psiquiatria biológica
A psiquiatria biológica visa excluir culturas minoritárias. Isso é demonstrável a partir dos critérios de avaliação. Ao transformar culturas minoritárias em defeito biológico oculta ou mascara isso.
Estupidamente são (Bukowski)
"Há todo tipo de loucos
alguns mais talentosos
em seus caminhos
do que os sobrenumerosos
estúpidos estupidamente
são."
alguns mais talentosos
em seus caminhos
do que os sobrenumerosos
estúpidos estupidamente
são."
segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Dieta inflamatória
Estudo Explora Conexões Entre Dieta e 'Doenças Mentas Sérias'
"O estudo descobriu que os indivíduos diagnosticados com esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão têm dietas mais inflamatórias e mais calóricas. Confira Aqui" (Da Newsletter do Mad in Brasil.org)
https://madinbrasil.org/2018/11/estudo-explora-conexoes-entre-dieta-e-doencas-mentais-serias/
"O estudo descobriu que os indivíduos diagnosticados com esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão têm dietas mais inflamatórias e mais calóricas. Confira Aqui" (Da Newsletter do Mad in Brasil.org)
https://madinbrasil.org/2018/11/estudo-explora-conexoes-entre-dieta-e-doencas-mentais-serias/
realidade Virginia Woolf
Virginia Woolf
"eu me pergunto o que é a realidade e o quem são os juízes da realidade"
O cansaço da ficção | Julián Fuks
sábado, 1 de dezembro de 2018
Paródia Desagrado Diagnosticar
Eu falo tudo o que eles não gostam de escutar. Deve ser por isso que eles querem me diagnosticar.
Charlie Brown Jr - Tudo que ela gosta de escutar
Falando sério: quem bate de frente corre o risco de ser desqualificado por "inimigos". É preciso lembrar o lado de experiência humana que é perdido pelas explicações cerebrais e que pode criar muros no sentido de não admitir discutir de igual para igual com pessoas diagnosticadas.
Missionários Modernos
"Missionários Modernos: Intervindo onde você não é necessário ou desejado
Os profissionais de saúde mental adoram dizer ao mundo como devem ou não se comportar, o que são e o que não são comportamentos, crenças e emoções aceitáveis e como medicamentos e terapia são necessários em quase todas as situações. Mas o que eles amam ainda mais é mostrar como são úteis e necessários.
No final, qualquer ideologia corre o risco de se tornar polêmica e autoritária; a psiquiatria já cruzou essa linha. Quando os interesses de negócios e de carreira distorcem aqueles com uma forte identidade de ser o ‘bom rapaz ou ‘ajudante’, então qualquer sugestão de que eles não são necessários ou estão fazendo mal não é ouvida e descartada. Esses indivíduos têm dificuldade incrível em manter a raiva, reconhecer quando estão errados, dizer “sinto muito” ou, melhor: “não sei”.
No processo, o ajudante corre o risco de se tornar um destruidor."
https://madinbrasil.org/2018/12/trauma-fora-da-caixinha-como-a-tendencia-informada-pelo-trauma-fica-aquem/?fbclid=IwAR0b2-AlO8JWGiyiPuRVaF8itbtAhGb3cy3c2GfLRyEnFwEmoGsOWkaMaQE
Poder, verdade e autoridade
"O ideal de Kant de nos esclarecermos sobre muitas áreas diferentes é algo meio ingênuo, pois subestima o real tamanho do corpo de conhecimento de cada área e a real dificuldade de se esclarecer sobre cada uma delas. Nós dependemos de autoridades, queiramos ou não, nas áreas em que não temos tempo ou interesse de nos aplicarmos à altura do ideal iluminista. Nesse sentido, é verdade que muito do que sabemos vem do “poder”: o poder das autoridades sobre algum assunto. Mas, como mostra a resistência de negadores de teorias científicas, o poder dessas autoridades muitas vezes não é suficiente para que muitos acreditem que as suas teorias são verdadeiras. Há diferentes poderes, alguns derivam de notoriedade originada na competência, outros derivam de articulação política, voto, etc. São poderes substancialmente diferentes, e ainda assim nós temos na maior parte dos casos a opção de deixar de depender do poder das autoridades e avaliar por nós mesmos a verdade do que estão dizendo."