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terça-feira, 29 de janeiro de 2019

pensamento "normal"

As pessoas rotuladas como normais não tem capacidade de avaliar a realidade por si só pois é um pensamento heterônomo, conformista (repetir o que outros dizem). Por isso não se pode dizer que se trata de uma capacidade biológica preservada mas uma limitação cognitiva de superar o senso comum.

crescimento deseconômico

A Scientific American usa a seguinte definição: "o crescimento deseconômico ocorre quando o incremento na produção acontece com um custo em recursos e em bem-estar maior do que o dos itens produzidos",[1] a qual provém de Daly.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Crescimento_desecon%C3%B4mico

Análise econômica (bem inelásticos/elásticos)

O discurso da psiquiatria biológica faz parecer que o tratamento farmacológico é um bem necessário e imprescindível sem o qual a pessoa vai viver em desgraça. Isso vale para outras áreas da medicina em que foi possível demonstrar causas biológicas de forma clara e conclusiva. 

A partir da economia esse discurso tenta transformar o tratamento farmacológico na psiquiatria em um bem inelástico. Um bem inelástico é um bem insubstituível por outros bens e que as pessoas precisam pagar o preço que for pois não poderiam viver sem isso. Isso se traduz em muito dinheiro para o psiquiatra ou médico. Os psicólogos entram nessa onda do bem inelástico quando se associam com psiquiatras biológicos e corroboram o diagnóstico psiquiátrico.

O discurso da psiquiatria crítica, da saúde mental, da saúde pública trata de causas sistêmicas de sofrimento psicológico que podem ser resolvidas com recursos ambientais que não necessariamente passam por um tratamento.

Logo, o tratamento em saúde mental seria percebido como um bem elástico, isto é, um bem substituível por outros fatores de produção de saúde e que varia o consumo de acordo com o preço.

A psiquiatria crítica transforma a psiquiatria farmacológica em um bem elástico, isto é, substituível por outros fatores de produção de saúde.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Naturalização e sociedade

Gustavo Caponi
Departamento de Filosofia, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil. /
gustavoandrescaponi@gmail.com
Ludus Vitalis, vol. XXVI, num. 50, 2018, pp. 185-188.


"Naturalização, entendida como biologização de fenômenos sociais pode levar à aceitação ou resignação a esses fenômenos, que não seriam muito diferentes, na prática, disso aceitação e resignação diante desses fenômenos que podem nos levar sua supernaturalização . Em ambos os casos, os fenômenos estudados vão para ser considerado fora do escopo de nossas ações, de nossos acordos e negociações, nossas imposições e nossas críticas ou preferências. Pense, neste sentido, no que pode resultar do naturalização de uma diferença no desempenho escolar que pode ser verificada estar entre estudantes de diferentes etnias, ou de diferentes gêneros; e pense-se também o que pode resultar de uma naturalização da violência sexual.
A naturalização, assim como a supernaturalização, pode promover atitudes conservadoras e podem contribuir para legitimar um status quo, que além de ser indesejável e injusto, também seria imutável. O dois podem promover uma visão não secularizada da ordem social. Um consagra-o e o outro declara-o imóvel. O que acaba resultando em o mesmo. Portanto, tomando como certo que a sobrenaturalização é uma alternativa definitivamente excluída, indigna de ser minimamente considerada, no que diz respeito à naturalização (entendida como biologicamente nunca devemos abandonar uma atitude de suspeita e estrita vigilância político-epistemológica. Além disso, na medida em que o natural pode resultar em alguma forma de legitimação, pensando crítico deve sempre buscar a desnaturalização do que ele quer impor como inevitável. E desnaturalizar nada tem a ver com sobrenaturalizar, porque o último, como acabei de dizer, também implica uma aceitação do que poderia ser desafiado. Desnaturar é mostrar que o que está lá não se impõe "pelo seu próprio peso", mas que é o resultado de conflitos e negociações cujos resultados podem ser revisado e alterado.
O pensamento científico, é verdade, deve sempre se render à evidências empíricas e constrições conceituais: essa é a primeira lei . Também é verdade que, quando questões científicas aludem à ordem social, é muito fácil para os fiéis da balança pesar o suporte empírico e teórico de uma hipótese é posicionado em um ponto que favorece o quem 'tem o controle': aqueles que se beneficiam do status quo e que devem renunciar a privilégios se essa ordem for alterada. Portanto, para neutralizar essa distorção de interesses extra-teóricos, nesses casos, antes de qualquer esforço para naturalizar o pensamento social , crítico deve marcar seu rigor e multiplicar suas dúvidas. Porque, se é verdade que a filosofia de biologia nos mostra que a naturalização de certos aspectos básicos da nossa sociabilidade, nossa emotividade e nossos modos de pensar é um imperativo teórico irrefutável, nem deixa de ser verdade que a história epistemológica das ciências da vida fala-nos de inumeráveis situações nas quais estas ciências incorreram em pseudo-naturalizações, nem mesmo fundadas no conhecimento científico de seu tempo, e que eles só operavam como justificativas ideológicas para desigualdades e inclusive de atrocidades. A filosofia da biologia, o mundo do conhecimento Nestas circunstâncias, deve ser capaz de ajudar as pessoas a evitar erros análogos. Esta tarefa, muito importante, faz parte da agenda social da filosofia da biologia."

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Animais não tem esquizofrenia


Animais tem pouca linguagem.

A definição comportamental de esquizofrenia é comportamento inapropriado.

Se há aspectos genéticos no grau de autorestrição que levaria a comportamentos inapropriados... Mas autorestrição num ambiente hostil e pouco saudável? Quer dizer que se adaptar a um ambiente prejudicial é sinal de perfeição genética? Aceitar tudo sem falar nada?

Se o ambiente é injusto e restritivo? Apropriado seria o quê? Resolver tudo sozinho compensando as injustiças sozinho e se restringindo bastante. O que é uma demanda ou exigência ambiental excessiva que outras pessoas "perfeitas" não tem?

Um dos principais problemas nos "transtornos mentais": a exigência ambiental desproporcionalmente difícil devido a limitações das atitudes sociais e do ambiente naquilo de que deveria ter de facilitador e não de dificultador.

Medicalizar é coisa de bom psicólogo

É muito comum o discurso de que medicalizar é coisa de bom psicólogo. Na verdade, a pessoa não entende de psiquiatria crítica, reforma psiquiátrica e saúde mental e delega tudo para o psiquiatra biológico da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) de olhos fechados e ingenuamente. Também é uma parceria mercadológica muito lucrativa.

A psicologia costuma importar outras áreas de maneira ingênua.

Por acaso, já ouviu falar da ABRASME (Associação Brasileira de Saúde Mental) e da Fiocruz? Acho que não.

Ficar rico na medicina

Numa palestra na Fiocruz: Há um componente de ideologia liberal na medicina. Não só isso. Há o valor de ficar rico.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Bens e serviços versus custo de tratamento

Ao invés de investir bastante dinheiro em tratamento psiquiátrico, é muito mais útil investir em outros bens e serviços que levem ao desenvolvimento ou que melhorem a vida. As pessoas não psiquiatrizadas fazem esse tipo de coisa e é por isso que conseguem se sair bem em diferentes áreas.

Debate científico Reforma Psiquiátrica

"Desde o início do debate nacional sobre a nova lei da reforma psiquiátrica, a partir de 1989, instalou-se nos meios profissionais e científicos um importante debate sobre a mudança do modelo assistencial, e mesmo sobre as concepções de loucura, sofrimento mental e métodos terapêuticos.

Este debate ainda é uma das marcas do processo de reforma no Brasil, e está presente nas universidades, nos serviços, nos congressos científicos, na imprensa corporativa (de associações e conselhos profissionais).
No primeiro momento, as associações de familiares juntaram-se ao coro de críticas ao processo de reforma, posição que foi mudando ao longo do tempo, e à medida que os próprios familiares iam sendo chamados a desempenhar o importante papel de “parceiros do tratamento” nos novos ambientes de atendimento: CAPS, ambulatórios, residências terapêuticas, rede básica. 
De fato, neste primeiro momento, um dos argumentos principais dos familiares reproduziam a exigência de “cientificidade” da psiquiatria, no pressuposto de que esta estaria presente no modelo anterior mas não nos novos dispositivos de atenção."
Referência:
A Reforma Psiquiátrica no Brasil: sua história e impactos na saúde brasileira. CENAT

domingo, 20 de janeiro de 2019

Status quo e campo psi

Prilleltensky (1989,1990) argumentou que a psicologia como um todo, incluindo a modificação de comportamento, aceitou com excessiva prontidão e promoveu o status quo, ao invés de questionar se o status quo realmente é sempre o melhor para o bem-estar dos seres humanos. Um exemplo, extraído dos primórdios da modificação do comportamento, seria ensinar as crianças, na escola, a permanecerem sentadas quietas em suas carteiras, como se houvesse algum mérito intrínseco em tal comportamento. Talvez a regra precisasse ser modificada e não as crianças. Prilleltensky argumenta que deveríamos estudar como o status quo vem a ser aceito e como podemos redirecionar nossos esforços para modificá-lo, em vez de modificar nossos clientes, quando isso for mais compatível com o bem-estar humano.

Do livro Modificação do comportamento - O que é e como fazer

Abuso de poder

Os cuidadores abusam do poder (acesso a recursos como dinheiro) ao exigir que os filhos compensem seus erros e inadequações. Mas a sociedade toda que simpatiza com a psiquiatria biológica apoia os pais. Não parece sequer admitir que os pais possam ser inadequados pois acredita que quem tem o poder de exigir deve ditar as normas.

Uma sociedade assim naturaliza o poder dos cuidadores e mascara o que há de negativo nesse poder através da psiquiatria biológica.

terapia comportamental ou cognitivo-comportamental

"Apesar de o uso de medicamentos ser, às vezes, um tratamento eficaz, muitos estudos demonstram que é mais eficaz utilizá-los em combinação com a terapia comportamental ou a terapia cognitivo-comportamental."

"Na realidade, medicamentos talvez não sejam necessários,quando a terapia comportamental ou a terapia cognitivo-comportamental é utilizada. Como as drogas muitas vezes têm efeitos colaterais indesejados, geralmente é preferível evitar seu uso quando a terapia comportamental ou cognitivo-comportamental for uma alternativa viável."

Do livro Modificação do comportamento - O que é e como fazer

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Dopamina Páginas amarelas veja

Alguns anos atrás eu li uma entrevista nas páginas amarelas da revista veja em que um psiquiatra afirmava que encontraram níveis altos e baixos de dopamina em pessoas com "esquizofrenia".

Se alguém puder me enviar essa entrevista agradeço.

epopinhakfranco@gmail.com

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Desumanização

A psiquiatria biomédica afirma que transtornos mentais/sofrimento psíquico são expressões biológicas inferiores do ser humano. A partir disso, o passo é pequeno para a desumanização dos pacientes. Chegando até sugerir para um paciente que ele é "desumano" sem nenhum agente produtor disso e nenhum agente passivo que sofre isso. Ignorando o quanto de nervosismos, conflitos e crises decorrem desse tipo de reação ao paciente.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Tratamento comportamental da esquizofrenia

O tratamento comportamental da esquizofrenia é feito (mas não só isso) aprimorando a precisão dos conceitos do cliente para evitar absurdos lógicos e também evitando fortalecimento acidental de vocalizações inapropriadas através de atenção social a comportamentos inapropriados e focar a atenção social no que a pessoa faz bem para fortalecer esse tipo de repertório.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Mãe devoradora







[Os textos foram enxugados]

Mas até que momento da vida cuidar dos filhos é saudável?


Mãe-filho compõem uma das parelhas humanas de mais difícil separação para construção de individualidades, razão pela qual não são todos que conseguem vivê-lo. E não falo aqui de separação só física, com cada um meramente vivendo em um local; digo separação emocional e existencial, cada qual podendo experimentar a própria vida por si.

Algumas mães parecem não querer que seus filhos cresçam, pois isso significa que eles se afastariam dela, não sendo mais “SEUS bebês”.


Como se o filho ainda fosse dependente e não soubesse fazer escolhas. Ela é quem sabe.

Essas mães são chamadas também de devoradoras

Sabotam a possibilidade de autonomia de seus filhos. Casos como estes mostram o quanto certas mulheres, após terem sido mães, não conseguem admitir que seu filho ou filha um dia não mais será delas!

Nesta necessidade louca de proteger, impossibilitam esse filho de avançar como ser humano nas suas potencialidades. “Mãe devoradora” é hoje uma posição perigosa e desastrosa na vida dos filhos, podendo adoecê-lo.

A mãe devoradora, que impede que os filhos cresçam e tomem suas decisões, mesmo que por ora não sejam as mais acertadas, a mãe castradora, que deseja que os filhos sempre sejam eternos bebês, influenciará diretamente na formação da psique dos filhos e provavelmente terá como resultado seres humanos inseguros e pouco preparados para os infortúnios da vida.


Para concluir, devemos nos questionar, como mães, qual o nosso papel na vida de nossos filhos. Nos questionar se ser uma boa mãe é manter o filho preso em um estado regressivo e infantil a vida toda.

São extremamente necessários para o desenvolvimento da personalidade dos filhos e para o processo de individuação deles a independência e a saída do paraíso materno. Quando conseguem isso, são impulsionados para a vida.

Sabe aquele ditado de que não temos filhos para nós, mas, sim, para a vida?

Quando os pais são felizes e exercem outros papéis (profissional, social, sexual etc.), os filhos ganham esses mesmos direitos e a educação não será sinônimo de dívida e sedução, e sim de amor, preparação para a vida e apoio.
É a velha e sábia história que diz que os filhos devem ser criados para o mundo…


 https://www.fazeraqui.com.br/o-seu-amor-de-mae-pode-adoecer-seu-filho/

Na França, são vistas como arquétipo de mães que sufocam a individualidade dos filhos com amor, tamanho amor que não deixa espaço para a criatividade e a autonomia.

No Brasil, eu diria que as mães devoradoras são mais do que um arquétipo. Elas são uma constante cultural. Continuam a nos espreitar. Somos seduzidas por elas. Parece tão lindo, tão redentor, tão realizador ser uma mãe que tudo faz pelos filhos, tudo doa, tudo que possa cercá-los e tirá-los o ar! Por ser a outra face da mãe sacrificial, inspirada no arquétipo de Virgem Maria, a mãe devoradora não recebe muitas críticas. Seu poder de sedução é ainda maior. Filhas/os, esperamos que elas sejam sempre muito presentes, disponíveis, que praticamente não tenham vida própria. Mães, resistimos a seus exemplos e ao mesmo tempo nos espelhamos nelas.  Elas ocupam um espaço ainda pouco ou nada apropriado pelos homens, e por isso talvez sejam tão requisitadas.

Eu acho que todo amor carrega um pouco de devo(ra)ção. Amar é também desejar ter, possuir, alimentar-se do objeto amado. Como disse Niki: “somos todas mães devoradoras”. A questão está em amar outras coisas, outros mundos, outras pessoas. Senão, produzimos vítimas de nossas próprias carências. Como Niki sentiu-se vítima de algumas mulheres devoradoras, tentou romper com esse ciclo amando de forma desmedida a arte. Até que ela pudesse se reconciliar com a maternidade, imaginou, esculpiu, desenhou várias facetas da mulher maternal, até redescobrir-se uma mãe real que ora flerta com o desejo de tudo controlar ora resiste a ele lançando-se no mundo.

https://maetempo.wordpress.com/2016/02/15/as-maes-devoradoras/

Ler mais:

sábado, 12 de janeiro de 2019

metadiscurso do transtorno mental

Os discursos sobre transtornos mentais ou "doenças mentais" são metadiscursos. Não tratam das descrições dos fatores em si, mas são uma interpretação reducionista equivocada.

Diversionismo

Significado de Diversionismo

substantivo masculino Manobra usada em reuniões, discussões ou plenários, que consiste em recorrer a artimanhas, a fim de prejudicar a discussão de um ponto, para evitar sua aprovação, forçar um adiamento, etc.

[É impossível convencer com argumentos]


Sociedade é complicação

Viver em sociedade é complicado. Muito mais para quem é diferente. Há vários riscos apresentados pelas pessoas "normais". As pessoas "normais" são difíceis.  Apenas alguém ingênuo não perceberia isso.

Psiquiatras biológicos não entendem isso.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Neurolépticos e câncer

INVEGA
® (paliperidona)



http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=8967032015&pIdAnexo=2888794

Carcinogenicidade:

o potencial carcinogênico da paliperidona foi avaliado com base em estudos com a risperidona conduzidos em camundongos e ratos, uma vez que a paliperidona corresponde a um metabólito ativo da risperidona. A risperidona foi administrada em doses de até 10 mg/kg/dia por 18 meses em camundongos e 25 meses em ratos. Houve aumentos estatisticamente significativos de adenomas de hipófise, adenomas de pâncreas endócrino e adenocarcinomas de glândulas mamárias.
Um aumento de tumores mamários, hipofisários e de pâncreas endócrino foi encontrado em roedores após a administração crônica de outros antipsicóticos e é considerado como sendo mediado pelo antagonismo prolongado de dopamina D2
. A relevância desses achados de tumores em roedores é desconhecida, em termos de risco para os seres humanos.

Medicina financeira: A ética estilhaçada

Na obra, o pesquisador questiona se, na vida real, o principal objetivo da medicina contemporânea é de fato o paciente. Para Vianna, este é substituído pelo médico, pelo hospital, pela ciência, pelo plano de saúde, pela sociedade, ou, quando muito, pelo ‘cliente consumidor. Todo esse desvio ocorre em uma atmosfera já marcada pelo impacto do avanço tecnológico, agora agravado pela financeirização da medicina, com uma mais profunda e perversa deterioração da relação entre médico e paciente. O autor analisou como cada um desses componentes tem prioridade em relação ao paciente no sistema de atenção à saúde. Provocador, Vianna questiona e até ironiza a prática médica atual.“O paciente, essa peça fundamental para a existência da medicina, como uma engrenagem sem a qual todo o sistema não funciona, até porque justifica toda a existência do próprio sistema – e em seu nome são levantadas todas as justificativas de resoluções de condutas, principalmente as mais conflituosas – definitivamente, não funciona nem como motivo condutor das ações individuais, nem como finalidade global do sistema”, afirma Vianna.Depois de mais de vinte anos de observação e prática profissional, o médico se debruçou em pesquisas acadêmicas para examinar a doença da medicina contemporânea. O diagnóstico a que chegou aponta para a falta de uma matriz para a já tão enfraquecida ética médica.

https://www.amazon.com.br/Medicina-financeira-Luiz-Vianna-Sobrinho-ebook/dp/B00HVFZQEC

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Causas dentro do cérebro

A psiquiatria biomédica defende que a causa de tudo o que acontece está dentro do cérebro (internalismo) pois é possível induzir reações manipulando o cérebro.

Mas a ativação cerebral não acontece do nada, ela vem do ambiente. A manipulação do cérebro simula uma estimulação ambiental diretamente introduzida no cérebro. Pois a ativação do cérebro só ocorre a partir do ambiente.

Referência:

The minds of men. Vimeo.



Mais privilégios por menos repertório

Se associar com a psiquiatria biológica confere mais privilégios por menos repertório. Isso vale para profissionais de saúde em geral e para simpatizantes da psiquiatria biológica (da Associação Brasileira de Psiquiatria).

Já ter repertório e habilidades pode tornar as coisas mais difíceis por ter que enfrentar maiorias preguiçosas e privilegiadas. 

Por isso a resistência a abrir mão disso. Há tanto a perda de privilégios como a dificuldade de adquirir e reestruturar repertório.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Medicalização como simulação

O diagnóstico medicalizante é [como] uma simulação que introduz as condições (biológicas, psicológicas, sociais, econômicas, educacionais, culturais, jurídicas) que fabricam a realidade que busca evitar e responsabiliza as limitações da “doença mental” ou da antipsiquiatria por isso.

Normocentrismo

A partir do modelo social da deficiência:

NÃO É O CORPO QUE NOS DISCAPACITA MAS A SOCIEDADE


"Este olhar desde uma posição de sujeito [com deficiência] (em relação a outros atores sociais) nos permite apontar o desequilíbrio de poder em favor da
instituições e práticas "normocentristas"." (BROGNA, 2005, p.45)


https://www.sertao.ufg.br/up/16/o/Por_uma_abordagem_antropol%C3%B3gica_da_defici%C3%AAncia_pessoa__corpo_e_subjetividade.pdf

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Habilidades conceituais e sistema dopaminérgico

Quem tem o sistema dopaminérgico normal magicamente cria habilidades intelectuais/conceitais.

Quem não tem habilidades conceituais/intelectuais e tenta abstrair magicamente cria defeito no sistema dopaminérgico.

É um erro lógico chamado raciocínio circular.

Definição circular

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Uma definição circular é aquela que assume um entendimento prévio do termo que está sendo definido. Ao usar o termo que está sendo usado como parte da definição, uma definição circular não fornece qualquer informação nova ou útil; ou o público-alvo já conhece o significado do termo, ou a definição é deficiente ao incluir o termo a ser definido na própria definição.