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quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Louco como não sujeito

O “surto” / a “crise”, nesse contexto, parece ser caracterizada como um momento
radical em que o sujeito desaparece junto com o suposto desaparecimento de sua
razão. Ainda que o sujeito saia da crise, do seu surto, ele parece estar sempre sob
o risco de ter outros e é nessas condições que passa a se experimentar no mundo.

Tais situações remetem aos argumentos de Pelbart (2009), de que o louco é
concebido como sendo aquele que não sabe, não pode e não é sujeito. O autor
chama atenção para o caráter violento presente nestas três instâncias (saber, poder
e subjetividade) e a necessidade de se pensar outras possibilidades para a loucura.
Nesse sentido, são sujeitos que estão atravessados não apenas por suas experiências
singulares com a loucura, mas por relações complexas de poder e resistência. 5

Sujeitos e(m) experiências: estratégias micropolíticas no contexto da reforma psiquiátrica no Brasil

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