“O uso racional de
medicamentos ocorre
quando pacientes
recebem medicamentos
apropriados para suas
condições clínicas,
em doses adequadas
às suas necessidades
individuais, por um
período adequado e ao
menor custo para si e
para a comunidade.”
Definição da OMS
"Se você tem um paciente que utiliza de 6 a 10 medicamentos, o primeiro raciocínio deveria ser descobrir quais desses medicamentos são essenciais para tratar aquela pessoa. A partir daí, você tem
que desprescrever, desmamar, limpar a prescrição.”
Márcio Galvão, professor da UFBA
"Historicamente, prescritores e pacientes aprenderam que um serviço de saúde serve para prescrever, e não para acompanhar o usuário, reavaliar, pedir que retorne. Tudo isso pressupõe uma acessibilidade muito boa que os serviços de saúde não têm.”
Silvana Nair Leite, da UFSC
A professora e farmacêutica Silvana Nair Leite, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),
apontou fatores culturais que interferem no longo caminho rumo à desprescrição de medicamentos.
Numa ponta do processo, estão os profissionais que historicamente aprenderam que uma consulta médica serve para prescrever. Na outra ponta, estão os usuários que muitas vezes se sentem desprestigiados quando vão a uma consulta e saem do local sem nada prescrito.
Para a professora, é esse processo histórico que precisa ser modificado. “Mas isso leva tempo. Não acontece por decreto. Envolve muito trabalho com a coletividade e com muitos setores da sociedade, a despeito das fortes pressões contrárias”
Revista RADIS 209
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