O fenômeno cultural loucura tem a propriedade de ser de segunda ordem, isto é, qualquer evento que esteja na margem dos fenômenos culturais nucleares, primários ou comuns. Por exemplo, o antropólogo Roberto DaMatta afirma que na cultura brasileira fazer perguntas é uma ação interpretada como afronta por não respeitar a característica de hierarquia na cultura brasileira. Se uma pessoa faz perguntas ela pode ser interpretada pela cultura como louca porque está agindo de maneira que a cultura só reconhece como algo à margem.
Isso é interessante pois mostra que não basta estudar o fenômeno loucura por si mesmo. É preciso conhecer a parte de valoração positiva das culturas.
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