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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Lei de Sinclair.

"É sempre difícil fazer alguém entender algo quando o salário dele depende do contrário." - Lei de Sinclair.

domingo, 30 de outubro de 2016

Como os antidepressivos estão acabando com a libido

http://vogue.globo.com/moda/moda-news/noticia/2014/02/sexo-nao-obrigada-como-os-antidepressivos-estao-acabando-com-libido.html



Sexo? Não, Obrigada! Como os antidepressivos estão acabando com a libido

O consumo de antidepressivos cresceu assustadoramente nos últimos 20 anos. Elizabeth Weil relata como esses remédios estão afetando a libido de toda uma geração

23/02/2014 - 09h28 - Atualizado 17h44



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  (Foto: Reprodução)
Há tempos as mulheres inventam maneiras engenhosas para não fazer sexo. Dor de cabeça. Menstruação. Sono de mentira. Dormir com os filhos. Médicos e psicólogos especializados em saúde sexual escutam isso o tempo todo. O que pouco se discute é que as desculpas clássicas para justificar a falta de desejo são motivadas por um componente a mais. Mais precisamente, 10 ou 20 miligramas de antidepressivos. O uso do medicamento aumentou quase 400% nas últimas duas décadas.Entre os americanos de 18 a 44 anos, é a droga mais receitada – 11% da população a partir dos 12 anos tomam. Entre as mulheres na casa dos 40 e 50, o percentual é de 23%: elas têm probabilidade duas vezes e meia maior que homens de recorrer ao medicamento.

O alívio sugerido por essa montanha de remédios tem um preço. Enquanto o humor melhora, o entusiasmo pelo sexo desaparece – sequela que acomete um terço dos usuários.“O motivo mais frequente pelo qual as mulheres têm problemas sexuais são os remédios que lhes damos para tratar a depressão”, admite Leonard Derogatis, diretor do Maryland Center for Sexual Health. Não se trata de um drama pequeno ou facilmente solucionável. A ausência de desejo gera vergonha, amargura e baixa autoestima. Algumas mulheres simplesmente tentam empurrar a questão do sexo para longe. “Para ser honesta, às vezes nem me passava pela cabeça”, afirma J.D. Bailey, mãe de dois filhos e autora do blog Honest Mom. Ao longo dos últimos anos ela testou Zoloft, Celexa, Viibryd e Prozac.“Eu e meu marido jogávamos frisbee juntos. Adoro cozinhar e ele adora comer, então eu simplesmente preparava para ele um ótimo jantar.” E assim o casamento seguia – sem sexo.

A ocorrência da baixa libido pode afetar até nossa experiência mais estimada: o amor. Segundo Helen Fisher, professora de antropologia na Universidade de Rutgers, em New Jersey, os seres humanos desenvolveram três sistemas cerebrais entrelaçados para perpetuar a espécie. O primeiro é o impulso sexual. O segundo é o amor romântico. O terceiro é o sentimento profundo de conexão. “Quando se perde o impulso sexual, as emoções ficam entorpecidas”, diz Fisher. “Você pode conhecer um cara maravilhoso em uma festa pelo qual poderia se apaixonar, ele pode lhe dar o e-mail dele e você simplesmente deixa passar”, alerta. Medicamentos também podem interferir nos relacionamentos existentes. São frequentes as histórias ouvidas por Fisher sobre ótimos casamentos que terminaram depois que a mulher começou a tomar antidepressivos. A insistência em enxergar o amor como sendo romântico, misterioso, quase sobrenatural, argumenta ela, está evitando a compreensão dos impactosmais pérfidos e abrangentes dos antidepressivos. “Essas drogas trazem muito dinheiro para a
indústria farmacêutica e realmente têm resultados milagrosos para os deprimidos que não conseguem nem sair da cama. Mas não são tão boas no longo prazo para o resto das pessoas”, adverte.

O primeiro passo para combater a falta de tesão é mudar de antidepressivo ou tentar uma combinação de medicamentos. O problema é que muitas mulheres não têm coragem de trocar de remédio, principalmente se o que estavam tomando ajudou a melhorar o humor. Elas preferem tomar os medicamentos e perder o desejo do que ficar deprimidas. E acabam convivendo com o marido como se fossem roommates.

Meu próprio envolvimento com antidepressivos incluiu uma interminável troca de medicamentos. Ao completar 40 e poucos anos, o que anteriormente eram alguns dias de tensão pré-menstrual por mês se transformaram em 12 dias de depressão aguda. Durante seis meses tentei fingir que nada estava acontecendo. Apelei para exercícios, cafeína e reprises do seriado Friday Night Lights. Finalmente, decidi conversar com meu clínico geral, que me receitou Prozac nas duas últimas semanas de cada mês. A princípio me senti em êxtase. Exceto pelo fato de não ter desejo sexual. Mas, se parasse de tomar os remédios, ficava, nas gentis palavras de meu marido, “como uma planta num vaso”. Queria passar o tempo todo sozinha em um quarto vazio. Sentia-me em uma armadilha. Tinha medo de que, se não transasse com meu marido, ele ficaria entediado, alienado e inquieto.

Quando a troca de remédios não dá certo, um pouco de imaginação pode ajudar. “Trabalhei muito nisso”, conta uma mãe de dois filhos, que, ao longo dos anos, testou uma variedade enorme de antidepressivos.“ Li livros, conversei com terapeutas, fiz de tudo. Não sou o tipo de pessoa que se sente OK em viver junto e não transar”. Suspender os remédios não era uma opção, mas ela se recusou a cair no celibato. “Descobri que sou estimulada visualmente”, conta. “Agora assisto a um filme pornô logo antes de algum momento em que meu marido e eu podemos fazer sexo.” Realmente é possível incentivar o desejo, confirma Sheryl Kingsberg, psicóloga e professora no Departamento de Biologia Reprodutiva da Case Western University, em Cleveland. “Ler literatura erótica funciona bem para as mulheres. Por isso, Cinquenta Tons de Cinza é tão popular”, acredita Kingsberg.

O santo graal de um “Viagra rosa” ainda não foi aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration), órgão que controla o comércio de medicamentos nos Estados Unidos. Mas ele pode não estar muito longe. A possibilidade mais promissora é a flibanserina, composto criado originalmente para combater a depressão (o que não aconteceu), mas que tem o feliz efeito colateral de despertar a libido. Na Europa, um adesivo de testosterona usado para aumentar o desejo está disponível no mercado, e nos Estados Unidos alguns médicos receitam produtos como hormônio para uso diverso do da bula. Mulheres que aceitam uma vida sem sexo podem na verdade estar com medo de admitir que a falta de tesão não é só culpa dos remédios. “E se eu parar com os antidepressivos e o desejo ainda não estiver lá?”. É preciso coragem para descobrir.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Desequilíbrio químico no cérebro é mito

Não existe nenhuma comprovação de que a que depressão, TDAH e outros distúrbios mentais sejam causados por baixa produção de certos neurotransmissores. Até quando esse mito será sustentado pela mídia e até por profissionais da saúde mental?

http://www.brasilpost.com.br/michele-muller/desequilibrio-quimico-no-_b_8118932.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

The Benzodiazepine Medical Disaster

https://vimeo.com/188181193

The Benzodiazepine Medical Disaster

 

This documentary tells the hidden story of how benzodiazepines can both main and kill. The serious crippling physical side effects of these drugs can last for years after the medication is stopped, possibly permanently. Renowned expert Professor Heather Ashton compares it to the Thalidomide scandal.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Depression is Political

http://www.forharriet.com/2016/03/depression-is-political.html#.WATItU1asrI.twitter

Depression is Political 

 by Bobby London

I am here sitting in my bed fighting my depression, trying not to bask in somberness for too long, pondering how I’m going to shatter ceilings with three generations on my back. I’ve always been nervous and scared about writing so personally about myself in such a non-intimate way, but I find myself in a writer’s block that only raw honesty can chip away. There’s a feeling of liberation that comes with being vulnerable, and of course there is also tons of anxiety that comes with that as well. I also wonder about the security culture aspect of this personal disclosure and how wise is it for me to discuss such things in a time when all keystrokes are being analyzed and stored for the State to use later. Maybe in the future I’ll regret revealing so much, but for now I will choose self-empowerment over strategic resistance.

Or maybe the act is both.

I think it’s interesting that when I talk about my depression in a public manner people usually feel the need to prescribe things to help the situation. As if I have a cold and I just need to drink some lemon tea or something, not understanding that depression is, at least for me, something that is structurally created. I am depressed because I live in a white-supremacist, patriarchal, capitalist world. I am depressed because people that look like me are constantly being murdered. I am depressed because the State has purposely made it difficult for black families like mine to survive. I am depressed because I have suffered traumas from white supremacy and the police state. I am depressed because the only way this will end is if we have continual revolutions. I am depressed because I don’t know if I’m going to know how it feels to be free.

I do not understand how more people aren’t depressed in this world. I find that people are quick to blame depression on the person who has it. I’ve been told often, “well you just got to focus on the positive”. Like, oh wow, why haven’t I thought of that? I’ll just simply ignore my circumstances and just find the good things in life, like peanut butter with chocolate or pool parties. Yeah, there you go, that’s it.

When someone declares that they are depressed there is this fear and uncomfortability that happens to those that are listening. People are uncomfortable with the honesty and self-awareness, they see the sadness as a weakness, as something to be addressed.

But, I am not weak, and my depression is not weakness.

The awareness is isolating. Which makes sense that social anxiety is such a common thing for black people and non-blacks in intentional resistance spaces. It feels as though this country and its cohabitants are constantly gaslighting you. When people ask me “how are you doing?” or “why are you depressed?” I wonder if this is someone’s extreme privilege and distance from my struggle that allows for them to be so naive, or are they just willfully ignorant?

My depression is not a mental health problem, it is not fixable by seeing a therapist, or popping any pills. My depression is the direct result of anti-blackness and all of the cruelty that this country has shown to black people. My depression is political and should be treated as such.

I think of Sandra Bland often, the picture of her mugshot still haunts me. It shows the capability of the state, the level of fascism, and organized badge wearing white supremacists. When I watch the video of her arrest, the whole time I thought that could have been me. It reminded me of a recent event where I was encircled by heavily armed police officers and threatened to be arrested for cop watching and asking the police officers why they were using excessive force on a man that you could hear his waling from down the street. Even though I had my press badge on me they told me that they would gladly arrest me. I told them that if they arrested me that I would take them and the LAPD to court. More police officers arrived in riot gear, with shotguns ready in hand. I was intimidated, and successfully bullied away from the scene.

I think about what if I would have stayed and was arrested, would they have murdered me, and if so, would they try to cover it up as a suicide? I wonder if they would use my depression to aid in their cover up.

I know that we live in a surveillance state, but I refuse to be silenced about the violence that is consistently being inflicted onto me and others. My resistance is strategic and I’m allowed to be vulnerable. So if the State ever wanted to kill me and tried to rule it as a suicide, here it all is – your “Exhibit A”.


Photo: Shutterstock

Bobby London is co-host of On Resistance Radio on 90.7 FM KPFK and a Los Angeles based writer and journalist. You can find her writing on ThisIsBobbyLondon.com, CounterPunch.org, and her last article "When White Men Rape", on For Harriet.


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

O problema com o modelo médico

I think understanding mental suffering as a part of natural challenges of human life cycle restores the sense of control of own life or actions. The inclusion of suffering in human basic drama and in culture gives a way of thinking it as a open process in construction of own life and not as a closed life of organic deficiency without alternative possibilities. The historicity is restored and it shows how the problems are originated and maintained in an environment. The organic deficiency theory gives no room to this historical understanding and closes all possibilities that would be otherwise perceived. The person then loses resilience when internalizes an disease model.
Eu acho que o sofrimento mental compreendido como parte dos desafios naturais do ciclo da vida humana restaura o senso de controle da própria vida ou ações. A inclusão do sofrimento no drama humano básico e na cultura oferece um modo de pensar como um processo aberto da construção da própria vida e não como uma vida fechada de deficiência orgânica, sem possibilidades alternativas. A historicidade é restaurada e mostra como os problemas são originados e mantidos em um ambiente. A teoria deficiência orgânica não dá nenhum espaço para esse entendimento histórico e fecha todas as possibilidades que seriam percebidos de outra forma. A pessoa, então, perde resistência quando interioriza um modelo de doença.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Baixa evidência Ritalina TDAH


A Cochrane lançou uma revisão sistemática concluindo que o metilfenidato (RITALINA, CONCERTA) possui baixo nível de evidência para tratamento da suposta síndrome TDAH

A revisão sistemática intitulada "Methylphenidate for children and adolescents with attention deficit hyperactivity disorder (ADHD)" concluiu que não há certeza de que o metilfenitado tenha benefícios no tratamento da suposta "TDAH" , além de estar associado ao aumento do risco de eventos adversos, tais como problemas de sono e diminuição do apetite. O estudo pode ser lido através do link: http://bit.ly/1Rx4uX8

A Cochrane é uma instituição que reúne diversos pesquisadores no mundo para realizar revisões sistemáticas com o objetivo de disponibilizar a melhor evidência possível sobre determinado assunto. Os profissionais de saúde utilizam essa base de dados como apoio a tomadas de decisões.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Risco de suicídio antidepressivo

Júri concede 11,9 milhões de dólares por Imperícia em caso de suicídio causado pelo antidepressivo Paxil.
Este veredito confirma o significativo corpo de evidências científicas indicando que os medicamentos psiquiátricos podem causar violência e suicídio
O maior valor já pago por processo de negligência desse tipo confirma que os antidepressivos ISRSs podem causar suicídio. "O veredito do júri e o valor confirmam o aumento da consciência judicial e pública de que os medicamentos psiquiátricos podem causar comportamentos violentos e suicidas", de acordo com o psiquiatra e perito Dr. Peter Breggin

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

ponto de vista capitalista

do ponto de vista capitalista é necessário cada vez mais pessoas diagnosticadas para manter os psiquiatras e indústria farmacêutica lucrando

isso cria necessidades artificiais ou diagnósticos forçados

Raul Seixas

Eu consultei e acreditei no velho papo do tal psiquiatra
que te ensina como é que você vive alegremente,
acomodado e conformado de pagar tudo calado,
ser bancário ou empregado sem jamais se aborrecer...
Ele só quer, só pensa em adaptar
Na profissão, seu dever é adaptar



quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Em defesa de uma neurociência crítica

http://psicologiadospsicologos.blogspot.com.br/2016/09/em-defesa-de-uma-neurociencia-critica.html

Em defesa de uma neurociência crítica

 

E é por isso que defendo uma neurociência crítica, uma neurociência que queira avançar mas que entenda que nem tudo lhe cabe; uma neurociência que não idolatre a si mesma e ao cérebro, mas que compreenda que o cérebro faz parte do sistema nervoso da mesma forma que o sistema nervoso faz parte do corpo e que este corpo compõe um organismo que interage com outros organismos e com o mundo e é por este afetado; uma neurociência que pratique o reducionismo no laboratório, onde reduzir o foco de análise é fundamental, mas que fora dele dissemine e contribua para uma visão complexa e multifatorial dos comportamentos e problemas humanos; uma neurociência que não venda soluções mirabolantes e mágicas e que aja com grande cautela na explicação e prescrição de soluções para os problemas humanos; uma neurociência que entenda que a ciência avança através da crítica e da autocrítica e não do dogmatismo e do autoenaltecimento. Enfim, uma neurociência que pense e repense a si mesma continuamente e que dialogue em pé de igualdade com outros campos do saber. Como bem aponta o meu ex-professor e pesquisador Saulo Araújo, neste artigo, "se a ciência tem uma função primordial, ela consiste na promoção do exame crítico da realidade, mas não na criação de histórias fantásticas e mitos alienantes. E se não podemos encontrar respostas definitivas para certas perguntas que temos levantado sistematicamente ao longo dos tempos, isso talvez aponte para certos limites de nosso conhecimento, o que nos obriga a recordar permanentemente os obstáculos que persistem, para não corrermos o risco de cair em novas formas de dogmatismo". 

“Neurociência para tudo é bobagem”

http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI272312-17770,00-NEUROCIENCIA+PARA+TUDO+E+BOBAGEM.html

“Neurociência para tudo é bobagem”

Confira a íntegra da entrevista do intelectual britânico Raymmond Tallis, que critica moda entre os cientistas de explicar qualquer aspecto do ser humano apenas lendo ondas cerebrais

terça-feira, 27 de setembro de 2016

cura

uma frase excelente apresentada pelo vitor pordeus:

a cura é retomar o próprio destino

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

HARMING YOUR HEALTH: PRESCRIPTION DRUG STUDIES ARE OFTEN FRAUDULENT

HARMING YOUR HEALTH: PRESCRIPTION DRUG STUDIES
ARE OFTEN FRAUDULENT, SAYS STANFORD'S IOANNIDIS
Stanford's John Ioannidis contends that “the large majority of produced systematic reviews and meta-analyses are unnecessary, misleading, or conflicted.”

http://qz.com/784615/the-man-who-made-scientists-question-themselves-has-just-exposed-huge-flaws-in-evidence-used-to-give-drug-prescriptions/

The man who made scientists question themselves has just exposed huge flaws in evidence used to give drug prescriptions

DIAGNÓSTICO NÃO É DESTINO

Fabrício Carpinejar
23 h ·
DIAGNÓSTICO NÃO É DESTINO
Mãe é exagerada. Sempre romantiza a infância do filho. A minha, Maria Carpi, dizia que eu fui um milagre, que enfrentei sérias rejeições, que não conseguia ler e escrever, que a professora recomendou que desistisse de me alfabetizar e que me colocasse numa escola especial.
Eu permitia que contasse essa triste novela, dava os devidos descontos melodramáticos, entendia como licença poética.
Até que mexi na estante do escritório materno em busca do meu histórico escolar.
E achei um laudo, de 10 de julho de 1980, assinado por famoso neurologista e endereçado para a fonoaudióloga Zulmira.
“O Fabrício tem tido progressos sensíveis, embora seja com retardo psicomotor, conforme o exame em anexo. A fala, melhorando, não atingiu ainda a maturidade de cinco anos. Existe ainda hipotonia importante. Os reflexos são simétricos. Todo o quadro neurológico deriva de disfunção cerebral.”
Caí para trás. O médico informou que eu era retardado, deficiente, não fazia jus à mentalidade de sete para oito anos. Recomendou tratamento, remédios e isolamento, já que não acompanharia colegas da faixa etária.
Fico reconstituindo a dor dela ao abrir a carta e tentar decifrar aquela letra ilegível, espinhosa, fria do diagnóstico. Aquela sentença de que seu menino loiro, de cabeça grande, olhos baixos e orelhas viradas não teria futuro, talvez nem presente.
Deve ter amassado o texto no bolso, relido sem parar num cantinho do quintal, longe da curiosidade dos irmãos.
Mas não sentiu pena de mim, ou de si, foi tomada de coragem que é a confiança, da rapidez que é o aperto do coração. Rejeitou qualquer medicamento que consumasse a deficiência, qualquer internação que confirmasse o veredito.
Poderia ter sido considerada negligente na época, mas preferiu minha caligrafia imperfeita aos riscos definitivos do eletroencefalograma. Enfrentou a opinião de especialistas, não vendeu a alma a prazo.
Ela tirou licença do trabalho para me ensinar a ler e escrever, criou jogos para me divertir com as palavras e dedicou seus dias a aperfeiçoar minha dicção.
Em vez de culpar o destino, me amou mais.
Na vida, a gente somente depende de alguém que confie na gente, que não desista da gente. Uma âncora, um apoio, um ferrolho, um colo. Se hoje sou escritor e escrevo aqui, existe uma única responsável: Maria Carpi, a Mariazinha de Guaporé, que transformou sua teimosia em esperança. E juro que não estou exagerando.
Veja o meu depoimento emocionado no programa Encontro com Fátima Bernardes, da Rede Globo, nesta quarta (21/9):
http://gshow.globo.com/…/fabricio-carpinejar-teve-…/5321109/

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Diagnóstico condenatório

Os psiquiatras esquecem que seus diagnósticos funcionam como condenações do curso de vida das pessoas. Há muito dano psicossocial como consequência de um diagnóstico e é muito pesado se julgar irrecuperável ou perder apoio da família para trabalhar. O que começa como pequenas desobediências e indisciplinas vira um quadro crônico irrecuperável. Na verdade não passam de situações transitórias. Sempre é possível mudar o jeito de agir, de sentir ou de pensar. Mas psiquiatras não veem a diferença entre comportamento aprendido e patologia.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Alive Inside/Viva por Dentro: a música vivifica a memória.

Alive Inside/Viva por Dentro: a música vivifica a memória.

 https://www.youtube.com/watch?v=-SiP1yVSe5A

Documentário realizado por Michael Rossato-Bennett a partir do trabalho do assistente social norte-americano Dan Cohen, que através do poder vivificador da música, reativou circuitos neuronais ligados à memória de velhinhos e velhinhas, atingidos pela demência provocada pelo Alzheimer e outras doenças.

O projeto de Dan chama-se "Música e Memória".

O documentário além da participação dos personagens centrais, velhinhos e velhinhas, teve também a colaboração do genial
e inesquecível Oliver Sacks.

domingo, 11 de setembro de 2016

sábado, 10 de setembro de 2016

Por que as crianças francesas não tem Déficit de Atenção?

http://patriciaspessi.blogspot.com.br/2016/04/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem.html?spref=fb

Por que as crianças francesas não tem Déficit de Atenção? 

 

Por: Marilyn Wedge, Ph.D


Nos Estados Unidos, pelo menos 9% das crianças em idade escolar foram diagnosticadas com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), e estão sendo tratadas com medicamentos. Na França, a percentagem de crianças diagnosticadas e medicadas para o TDAH é inferior a 0,5%. Como é que a epidemia de TDAH, que tornou-se firmemente estabelecida nos Estados Unidos, foi quase completamente desconsiderada com relação a crianças na França?
TDAH é um transtorno biológico-neurológico? Surpreendentemente, a resposta a esta pergunta depende do fato de você morar na França ou nos Estados Unidos. Nos Estados Unidos, os psiquiatras pediátricos consideram o TDAH como um distúrbio biológico, com causas biológicas. O tratamento de escolha também é biológico – medicamentos estimulantes psíquicos, tais como Ritalina e Adderall.
Os psiquiatras infantis franceses, por outro lado, vêem o TDAH como uma condição médica que tem causas psico-sociais e situacionais. Em vez de tratar os problemas de concentração e de comportamento com drogas, os médicos franceses preferem avaliar o problema subjacente que está causando o sofrimento da criança; não o cérebro da criança, mas o contexto social da criança. Eles, então, optam por tratar o problema do contexto social subjacente com psicoterapia ou aconselhamento familiar. Esta é uma maneira muito diferente de ver as coisas, comparada à tendência americana de atribuir todos os sintomas de uma disfunção biológica a um desequilíbrio químico no cérebro da criança.
Os psiquiatras infantis franceses não usam o mesmo sistema de classificação de problemas emocionais infantis utilizado pelos psiquiatras americanos. Eles não usam o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou DSM. De acordo com o sociólogo Manuel Vallee, a Federação Francesa de Psiquiatria desenvolveu um sistema de classificação alternativa, como uma resistência à influência do DSM-3. Esta alternativa foi a CFTMEA (Classification Française des Troubles Mentaux de L’Enfant et de L’Adolescent), lançado pela primeira vez em 1983, e atualizado em 1988 e 2000. O foco do CFTMEA está em identificar e tratar as causas psicossociais subjacentes aos sintomas das crianças, e não em encontrar os melhores bandaids farmacológicos para mascarar os sintomas.
Na medida em que os médicos franceses são bem sucedidos em encontrar e reparar o que estava errado no contexto social da criança, menos crianças se enquadram no diagnóstico de TDAH. Além disso, a definição de TDAH não é tão ampla quanto no sistema americano, que na minha opinião, tende a “patologizar” muito do que seria um comportamento normal da infância. O DSM não considera causas subjacentes. Dessa forma, leva os médicos a diagnosticarem como TDAH um número muito maior de crianças sintomáticas, e também os incentiva a tratar as crianças com produtos farmacêuticos.
A abordagem psico-social holística francesa também permite considerar causas nutricionais para sintomas do TDAH, especificamente o fato de o comportamento de algumas crianças se agravar após a ingestão de alimentos com corantes, certos conservantes, e / ou alérgenos. Os médicos que trabalham com crianças com problemas, para não mencionar os pais de muitas crianças com TDAH, estão bem conscientes de que as intervenções dietéticas às vezes podem ajudar. Nos Estados Unidos, o foco estrito no tratamento farmacológico do TDAH, no entanto, incentiva os médicos a ignorarem a influência dos fatores dietéticos sobre o comportamento das crianças.
E depois, claro, há muitas diferentes filosofias de educação infantil nos Estados Unidos e na França. Estas filosofias divergentes poderiam explicar por que as crianças francesas são geralmente mais bem comportadas do que as americanas. Pamela Druckerman destaca os estilos parentais divergentes em seu recente livro, Bringing up Bébé. Acredito que suas idéias são relevantes para a discussão, por que o número de crianças francesas diagnosticadas com TDAH, em nada parecem com os números que estamos vendo nos Estados Unidos.
A partir do momento que seus filhos nascem, os pais franceses oferecem um firme cadre –que significa “matriz” ou “estrutura”. Não é permitido, por exemplo, que as crianças tomem um lanche quando quiserem. As refeições são em quatro momentos específicos do dia. Crianças francesas aprendem a esperar pacientemente pelas refeições, em vez de comer salgadinhos, sempre que lhes apetecer. Os bebês franceses também se adequam aos limites estabelecidos pelos pais. Pais franceses deixam seus bebês chorando se não dormirem durante a noite, com a idade de quatro meses.
Os pais franceses, destaca Druckerman, amam seus filhos tanto quanto os pais americanos. Eles os levam às aulas de piano, à prática esportiva, e os incentivam a tirar o máximo de seus talentos. Mas os pais franceses têm uma filosofia diferente de disciplina. Limites aplicados de forma coerente, na visão francesa, fazem as crianças se sentirem seguras e protegidas. Limites claros, eles acreditam, fazem a criança se sentir mais feliz e mais segura, algo que é congruente com a minha própria experiência, como terapeuta e como mãe. Finalmente, os pais franceses acreditam que ouvir a palavra “não” resgata as crianças da “tirania de seus próprios desejos”. E a palmada, quando usada criteriosamente, não é considerada abuso na França.
Como terapeuta que trabalha com as crianças, faz todo o sentido para mim que as crianças francesas não precisem de medicamentos para controlar o seu comportamento, porque aprendem o auto-controle no início de suas vidas. As crianças crescem em famílias em que as regras são bem compreendidas, e a hierarquia familiar é clara e firme. Em famílias francesas, como descreve Druckerman, os pais estão firmemente no comando de seus filhos, enquanto que no estilo de família americana, a situação é muitas vezes o inverso.
 Texto original em Psychology Today
fonte: https://equilibrando.me/2013/05/16/por-que-as-criancas-francesas-nao-tem-deficit-de-atencao/

 

Withdrawal Benzos and antidepressants

Ian Singleton - Withdrawal adviser Bristol Tranquilizer Project
Withdrawal from Benzodiazepines and Antidepressant can last 5 to 10 years , he says Doctors do not recognize this and prescribe more harming drugs living patient devastating and extremely hard to get off -

https://vimeo.com/84225476

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Antidepressivos: cura ou causa?

http://www.brasilpost.com.br/michele-muller/antidepressivos-cura-ou-causa_b_5635010.html







Antidepressivos: cura ou causa?

 

Vários estudos relacionam o uso de psicotrópicos ao desenvolvimento crônico da depressão
Fluoxetina está ficando quase tão popular quanto a aspirina. Quem nunca tomou pode apostar que convive com muitos que não vivem sem. A fama de droga inofensiva abriu sua passagem para diversas áreas da medicina. É receitada aos deprimidos e também aos que sofrem de dores crônicas, aos que apresentam qualquer queixa que possa ter origem emocional e aos que confundem tristeza com depressão.
E declarações como a que Chico Anysio fez em sua última entrevista - concedida à Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) pouco antes de sua morte, em 2012 - são usadas para reforçar a necessidade que a sociedade está criando de buscar seu bem estar mental nas farmácias. Com a intenção de desmistificar a depressão e o uso antidepressivos, chegou a afirmar que não teria feito 20% do que fez sem os remédios.
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Resta saber se, assim como o comediante, tantos brasileiros estariam com sua capacidade de produção tão baixa caso não tivessem buscado auxílio químico. O fato é que depressão não é uma doença nova, mas sua cura por meio de drogas é. Com a popularização do Prozac na década de 90, as pessoas ganharam o conforto de resolver de forma prática e relativamente rápida o que aprenderam ser um "desequilíbrio químico" no cérebro.
E o mercado de psicotrópicos não para de crescer desde então. A venda de estabilizadores de humor e antidepressivos aumentou 8,4% nos últimos quatro anos no país. Mas o verdadeiro salto foi nos quatro anos anteriores - entre 2005 e 2009 - quando cresceu 44,8%, de acordo com dados do IMS Health, instituto que faz auditoria para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Foi também depois do surgimento do Prozac que o número de depressivos começou a crescer em proporções epidêmicas. Em 2007, uma década depois de aprovada a comercialização da fluoxetina pelo Food and Drugs Administration (FDA), o número de americanos incapacitados pela doença era de 1 em 76, seis vezes mais que a taxa registrada em 1955, conforme cita Robert Whitaker no livro "Anatomy Of An Epidemic" (sem edição no Brasil). Esse índice contribui de forma proporcional ao aumento do uso de antidepressivos em todos os países. Na Inglaterra, segundo o autor, o número de dias de incapacidade relacionados à depressão triplicou logo na primeira década de comercialização do Prozac. Com tantos medicamentos acessíveis, não deveriam essas taxas estarem caindo?
O fato é que se Chico Anysio tivesse vivido seu período produtivo na primeira metade do século 20, ele teria uma chance grande de ter se livrado da depressão para sempre depois de superada a primeira crise. Em um estudo com 2,7 mil internados com depressão no estado de Nova York entre os anos de 1909 e 1920, o New York Department of Mental Hygiene registrou que apenas 17% dos pacientes tiveram mais de três crises subsequentes, enquanto mais da metade dos depressivos não tiveram recorrência. Atenção para o fato e se tratar de depressão severa, com necessidade de internação.
O Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos (NIMF) considerava, na época, a depressão uma condição com os melhores prognósticos de recuperação. Com o uso da medicação até mesmo em casos leves - ou, para muitos, como recurso para se sentirem "melhor que bem" - hoje uma parcela cada vez maior da população depende dessas drogas sob o risco de relapsos constantes. De problema relativamente incomum se transformou em uma condição crônica, quarta principal causa de incapacitação no mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (ONU) mostram que no Brasil 18,4% da população já teve um episódio de depressão, o maior índice entre os países emergentes.
Ataque de pânico, irritabilidade, insônia, agressividade e alteração de humor são alguns dos sintomas mais comuns observados em quem deixa de usar os remédios. A síndrome da descontinuação faz com que os pacientes acreditem que não podem viver sem o medicamento. Afinal, foram convencidos de que sua depressão seria resultado de um desequilíbrio de neurotransmissores.
Essa teoria, no entanto, já foi derrubada por inúmeras pesquisas. Não existe comprovação de que níveis baixos de serotonina levem à depressão. O número de não depressivos com níveis baixos de serotonina é semelhante ao de depressivos, o que mostra que variações são normais. O que provoca desequilíbrio químico é, na verdade, a própria medicação - assim como outras drogas que agem alterando os níveis de neurotransmissores.
Ainda não se sabe por que medicamentos como fluoxetina e outros inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) apresentam melhora da depressão, ao menos em um primeiro momento. Há teorias ainda não comprovadas de que o acúmulo de serotonina promoveria a neurogênese (nascimento de células nervosas) no hipocampo, enquanto fatores como o stress provocam efeito oposto - a morte de neurônios nessa área, associada à memória e ao aprendizado. O tempo de amadurecimento dessas novas células é de três a seis semanas, o mesmo período necessário para se perceber o efeito dessas medicações.
O problema é que esse efeito tende a desaparecer em aproximadamente um ano de uso. Estudo comandado pelo professor de psiquiatria e pesquisador da Universidade de Massachusetts, Maurizio Fava, concluiu que esse é o tempo de tolerância ao medicamento para cerca de um terço dos pacientes. Além disso, já está comprovado em amplos e sólidos estudos que esses psicotrópicos só funcionam melhor que placebos em casos de depressão severa. "Entretanto, até mesmo essa evidência estaria relacionada a uma redução na resposta ao placebo nesses pacientes e não a um aumento na eficácia de antidepressivos", citaram os autores do STAR*D (The Sequenced Treatment Alternatives to Relieve Depression), o maior estudo sobre a eficácia dos antidepressivos já realizado. O poder de acreditar na eficácia do tratamento da depressão é inquestionável e certamente provoca importantes alterações no cérebro.
Há recursos para combater a depressão e promover neurogênese sem os efeitos colaterais dos remédios. Exercícios aeróbicos e terapia são os mais comuns e não vêm acompanhados de problemas como disfunção sexual, insônia, apatia, fatiga e espasmos musculares - causados pela queda compensatória de dopamina ao se elevar os níveis de serotonina - sem falar nos possíveis e ainda desconhecidos efeitos de longo prazo.
Infelizmente, com o fácil acesso a formas mais práticas de lidar com o problema - os comprimidos - a psicoterapia vem deixando de ser a opção mais razoável. Segundo pesquisadores da Universidade de Columbia, no início da década de 1990, a terapia era a primeira opção no tratamento da depressão para 71,1% das pessoas. Quase duas décadas depois, em 2007, apenas 43% dos deprimidos optaram por esse tratamento, enquanto remédios eram a opção de 75,3%.

 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Marijuana Compound Could Replace Need For Antipsychotics

http://www.leafscience.com/2014/01/14/marijuana-compound-replace-need-antipsychotics/



Marijuana Compound Could Replace Need For Antipsychotics

Scientists say a chemical in marijuana could be more effective than leading medications for psychotic disorders such as schizophrenia.Marijuana’s active ingredient is a chemical called THC, which is thought to trigger psychosis in certain individuals. However, research shows that another compound in marijuana called CBD (cannabidiol) may counteract THC’s effect, and could even have antipsychotic properties of its own.
In the latest study, published in the journal Neuropsychopharmacology, Dutch and British researchers reviewed more than 66 past studies on CBD and psychosis, and concluded that the compound offers a number of advantages over current drugs.
“Given the high tolerability and superior cost-effectiveness, CBD may prove to be an attractive alternative to current antipsychotic treatment.”
The authors point out that CBD, unlike a vast majority of medicines, appears to have no noticeable side effects and no lethal dose. Several lines of evidence, including animal and human studies, also support its effectiveness as an antipsychotic medicine.
One of the most promising studies was published in 2012. The study involved 39 people with schizophrenia, 20 who were given CBD and 19 who were given the antipsychotic drug amisulpride.
At the end of the four-week trial, those who received CBD showed the same levels of improvement as those who received amisulpride. But more importantly, CBD did not cause the hormonal and weight imbalances that amisulpride did.
“The results were amazing,” said Daniel Piomelli, Ph.D., a professor of pharmacology at the University of California-Irvine who co-authored the study.
“Not only was (CBD) as effective as standard antipsychotics, but it was also essentially free of the typical side effects seen with antipsychotic drugs.”
Unfortunately, despite raising excitement among others in the field, Dr. Piomelli’s findings have yet to be followed up. According to PsychCentral, barriers include CBD’s relationship to marijuana and the fact that it is a naturally-occurring compound, which makes it harder to patent as a new drug.
The authors of the latest study say that larger trials are necessary in order to bring the medicine to patients.
On the other hand, to get around the patenting issue, they note that identifying the source of CBD’s antipsychotic properties “could also lead to the design of new synthetic agents” that mimic its benefits.
The study received funding from the Netherlands Organization for Scientific Research

Frase John lennon realidade

John Lennon - Quanto mais real conseguires ser mais irreal o mundo te vai parecer

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Challenging the ADHD consensus

Int J Qual Stud Health Well-being. 2016; 11: 10.3402/qhw.v11.31124.
Published online 2016 Apr 5. doi:  10.3402/qhw.v11.31124
PMCID: PMC4823629

Challenging the ADHD consensus

Soly Erlandsson, Professor1,* and Elisabeth Punzi, PhDcorresponding author2
Psychiatric diagnoses are based on a classification system, which not only builds on biomedical facts but which is also influenced by a wide array of political, economic, and professional interests (see, e.g., Frances & Widiger, 2012; Leo & Lacasse, 2015). In the case of Attention-Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD), the vast majority of resources financially and professionally support the biomedical model for diagnosing children and adults with ADHD-like behavior. It is also easier for researchers to receive financial support for studies on ADHD if they engage in the neurobiological field (Goldfried, 2015), which is conducive for the pharmacological industry to develop new medical compounds for the treatment of ADHD. In today's complex and multicultural society, however, we believe it is not enough to embrace one model—the biomedical—to understand aberrant human behaviors.
Criteria for an ADHD diagnosis as well as names of pharmaceuticals to remedy the disorder are readily available on the Internet (Pedersen, 2015; Vrecko, 2015). However, researchers as well as clinicians have raised concern that stimulant prescription to children is on the increase although long-term risks and benefits are unknown at the present time (see, e.g., LeFever Watson, Arcona, Antonuccio, & Healy, 2014). At the same time, vulnerable young people might look for solutions to their hardships on chat rooms full of naïve ideas about the advantages of being diagnosed with ADHD. Acknowledging those risks it is our duty, as researchers and clinicians, to also reflect on the ways in which social dilemmas and an insecure life situation caused, for instance, by the loss of a close family member, parents’ divorce or economic hardship, might influence the child's well-being and behavior. But not only reflect—we need to take those aggravating circumstances into consideration when trying to comprehend and care for a child who suffers. Children may behave hyperactively as a response to basic emotional needs not being filled or as a reaction to overstimulation, and their aberrant behavior should thus be seen as a form of communication and not as a mere symptom of a biomedical disease. By choosing one single biomedical code, the “true” story will never be heard.
Diagnoses such as depression and substance use disorders are increasingly classified as neurological disorders or conditions, implying that there is a known neurobiological dysfunction (Leo & Lacasse, 2008; Vrecko, 2010). Even though researchers from various disciplines have shown that it is inadequate to view ADHD as a neurobiological disorder, surprisingly little criticism has been directed toward the biomedical explanation in clinical practice or in the media. In popular media, for example, so-called neuropsychiatric diagnoses have been presented as severe threats to public health (Börjesson, 1999). The hegemonic status of the current medical discourse on ADHD reflects some kind of social consensus. In line with this hegemony, even teachers are encouraged to “discover” children who might suffer from ADHD. Human suffering, however, tends to be complex, and a purely neurobiological discourse focused on diagnostic criteria downgrades the importance of contextual factors such as socioeconomic impact and exposure to mistreatment. Thereby, the complex needs and interests of the individuals concerned are not taken into consideration. Instead, according to Laclau and Mouffe (1985), peoples’ interests and needs are masked in a discourse where social consensus is prevalent.
So, we need to ask ourselves: Can we, by interrogation and observation, approach the masked needs and interests of children that are now diagnosed with ADHD? It might well be the case that the parent of “the problem child” is the one who foremost needs help and support. Francoise Dolto, the French child psychiatrist and psychoanalyst (1908–1988) once said that the parent who is deeply bothered by his/her child's behavior is the one who needs treatment. Today, shifting the focus from the child to the parents is, however, almost perceived as a threat not only to the parents but—ironically—also to the experts on ADHD. It is not the parents’ fault that their child is acting divergently. Such behavior problems in the child can, however, be linked to an unbalanced situation in the family and to the family history. Instead of examining the family dynamics and masked dysfunctions in parents, it is of course less complicated to put the blame on the child. The tendency to diagnose human suffering as a biomedical disorder might also lead to the marginalization of certain groups of people. Frances and Widiger (2012) argue that “the greater the number of health clinicians, the greater the number of life conditions that work their way into becoming disorders” (p. 111). The window to “normality” might reach a point where it becomes hard for anyone to squeeze in.
It is remarkable that researchers and practitioners from various professions so easily seem to accept the biomedical model of ADHD and perceive pharmacological solutions as appropriate. When complicated human conditions are presented as defined categories, and when questionnaires and diagnostic criteria are perceived as appropriate responses to human suffering, it is necessary to reflect on alternative models and interventions. Qualitative studies have the capacity to acknowledge complexities and paradoxes as well as contextual factors, and thereby challenge hegemonic systems of classification. Qualitative studies may also provide insight into the complex processes and experiences that underlie aberrant behaviors. We therefore look forward to alternative perspectives and critical investigations of the current hegemonic view on children who are perceived as restless, inattentive, and/or impulsive. You are welcome to submit your work to International Journal of Qualitative Studies on Health and Well-being.
Soly Erlandsson, Professor
Department of Social and Behavioral Studies
University West
Trollhättan, Sweden
Email: soly.erlandsson@hv.se
Elisabeth Punzi, PhD
Department of Psychology
Gothenburg University
Gothenburg, Sweden

References

1. Börjesson M. A newspaper campaigns tells. Scandinavian Journal of Disability Research. 1999;1:3–25.
2. Frances A, Widiger T. Psychiatric diagnosis: Lessons from the DSM-IV past and cautions for the DSM-5 future. Annual Review of Clinical Psychology. 2012;8:109–130. [PubMed]
3. Goldfried M. R. On possible consequences of National Institute of Mental Health funding for psychotherapy research and training. Professional Psychology: Research and Practice. 2015 http://dx.doi.org/10.1037/pro0000034. [Epub ahead of print]
10. Laclau E, Mouffe C. Hegemony and socialist strategy. London: Verso; 1985.
4. LeFever Watson G, Arcona A. P, Antonuccio D. O, Healy D. Shooting the messenger: The case of ADHD. Journal of Contemporary Psychotherapy. 2014;44:43–52. [PMC free article] [PubMed]
9. Leo J, Lacasse J. R. The media and the chemical imbalance theory of depression. Society. 2008;45:35–45.
5. Leo J, Lacasse J. R. The New York Times and the ADHD epidemic. Society. 2015;52:3–8.
6. Pedersen W. From badness to illness: Medical cannabis and self-diagnosed attention deficit hyperactivity disorder. Addiction Research and Theory. 2015;23:177–186.
7. Vrecko S. Birth of a brain disease: science, the state and addiction neuropolitics. History of the Human Sciences. 2010;23:52–67. [PubMed]
8. Vrecko S. Everyday drug diversions: A qualitative study of the illicit exchange and non-medical use of prescription stimulants on a university campus. Social Science & Medicine. 2015;131:297–304. [PMC free article] [PubMed]

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4823629/#!po=1.78571

Pseudodeterminação hereditária

Artigo importante atualizando o debate sobre a pseudodeterminação hereditária dos ditos transtornos mentais. O artigo atualiza aquelas posições que se levantaram contra "Not in our genes" de Richard Lewontin, Steven Rose e Leon Kamin e as demole como fizeram os primeiros.
- Resumindo: não serve para identificar doenças (a menos naqueles casos sindrômicos onde a relação é inequívoca), não serve como terapêutica individual nem tampouco para o planejamento da saúde pública. Em tese, de que vale?
" In all cases, they refuse to consider that a very plausible interpretation of the “striking” (non) finding is that genes “for” common disorders phenotypes have not been found because they do not exist"

De Bruno Carvalho.

https://www.independentsciencenews.org/wp-content/uploads/2013/05/chaufanjoseph-missing-heritability.pdf

In Some Cultures People with Schizophrenia Actually Like the Voices They Hear

https://braindecoder.com/post/voice-hearing-experience-in-schizophrenia-may-vary-from-one-culture-to-1381850145?utm_source=facebook

In Some Cultures People with Schizophrenia Actually Like the Voices They Hear

Author: Agata Blaszczak Boxe

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Hearing voices of non-existent interlocutors is a common symptom of schizophrenia. But it seems that the voice-hearing experience among people with the disorder may vary depending on where they are from, according to a new study.
In the study, published recently in Topics in Cognitive Science, researchers looked at how people with schizophrenia from three different societies experienced hearing voices. They found that people from the US tended to describe the voices as intrusive unreal thoughts they hated. In contrast, people from South India were more likely to describe them as providing useful guidance, and people from Ghana were more likely to think of them as morally good.
"I was actually surprised that they were so different," study author Tanya M. Luhrmann of Stanford University told Braindecoder.
While exact brain mechanisms of voice hearing in schizophrenia are not clear, previous research has found that, during such auditory hallucinations, people with the disorder show increased flow to Broca's area in the brain, which is involved in speech production.
To see whether cultural differences can affect the content of these auditory hallucinations, Lurmann and her colleagues looked at 20 patients with schizophrenia in San Mateo, California, 20 patients in Chennai, South India, and 20 patients in Accra, Ghana. The researchers asked the participants how many voices they heard and how often, as well as whether they had experienced hallucinations with any other sensory elements. They also asked them what relationship they had with the voices and what the qualities of the voices were, among other questions.
They found that voices the Americans heard were often violent. "The screaming, fighting ... [they say] jump in front of the train," one US participant said. They tended to describe their voice-hearing experience as a war: "The warfare of everyone just yelling," another American patient said.
Although some of the people from India and Ghana also experienced violent voices, fewer of them reported violence and gave it less prominence in the interviews.
It was also very clear to the researchers that people from the US did not like the voices they heard. "Not one person told us that their predominant experience was positive," the researchers said. The Americans tended to describe the experience of hearing voices as a sign of insanity and they felt assaulted by them.
But in Ghana, half of the participants said that they mostly heard good voices that were actually helpful. "They just tell me to do the right thing. If I hadn't had these voices, I would have been dead long ago," one of them said.
"I was really struck by how insistent the subjects in Accra were that they had positive experiences," Luhrmann said.
In the group from South India, more than half of the people heard the voices of their family members like their parents, parents-in-law and siblings. While some of the voices were bad, others were good. For example, one man heard the voices of his sisters telling him off, but he also experienced voices of his ancestors who expressed their support of him and were his companions. "I like them," he said. He described them as useful, as they reminded him to take his bath, brush his teeth and drink his coffee.
At least eight people from the South Indian group said the voices were a positive experience. "I have a companion to talk (laughs). I need not go out and speak. I can talk within myself," one person said. The voices tended to provide guidance on everyday tasks to people, telling them to cook, clean and eat. They also told them not to smoke and drink.
The researchers think these differences in the voice-hearing experience stem from different cultural expectations about the mind and people. For example, unlike people in the other two countries, Americans tend to perceive the mind as a separate, private place. The voices upset them because they violate their sense of personal control, the researchers said.
Along the same lines, society in Chennai is "a world of kin in which seniors are presumed to know what juniors should be thinking and in which seniors are expected to give juniors advice," the researchers said. It may therefore explain why people in the South Indian group experienced the voices as those of their kin so frequently.
Such local cultural expectations about minds, people and spirits, coupled with culturally driven patterns of attention to auditory phenomena seem to actually to shape the voices that people with the condition hear, the researchers said.
"We think that, as people pay attention in culturally varied ways, there are small but important cognitive biases in the way that they identify, respond to, and remember auditory experiences," they said.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

sábado, 27 de agosto de 2016

Rótulos

Just because a word is created to explain certain human behaviors, it does not mean the word or the description is helpful or accurate - enter psychiatric word-salads

- Daniel Carter

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Anti State, Anti Capitalism, Anti Psychiatry 2

Anti-psychiatry is the belief that the psychiatric system is, at its core, a system of social control masquerading behind made-up science.

https://apsych.wordpress.com/2015/12/16/anti-psychiatry-an-anarchist-view/

esquizofrenia

“The behaviour that gets labelled ‘schizophenic’ is a special strategy that a person invents in order to live in an unliveable situation.” –R.D Laing

https://apsych.wordpress.com/2015/12/16/anti-psychiatry-an-anarchist-view/

Study Finds ADHD Drugs Alter Developing Brain

http://www.madinamerica.com/2016/08/study-finds-adhd-drugs-alter-developing-brain/?utm_campaign=shareaholic&utm_medium=facebook&utm_source=socialnetwork



Study Finds ADHD Drugs Alter Developing Brain

Altering brain development can lead to lasting and even permanent changes


A new study, published in the JAMA Psychiatry, investigates the effect of stimulant ‘ADHD’ drugs on the brains of children and young adults. The results of the randomized, double-blind, placebo-controlled trial, the ‘gold standard’ for evidence in academic medicine, indicate that methylphenidate (Ritalin) has a distinct effect on children that may lead to lasting neurological changes.
“Because maturation of several brain regions is not complete until adolescence, drugs given during the sensitive early phases of life may affect neurodevelopmental trajectories that can have more profound effects later in life,” write the researchers, led by Liesbeth Reneman, a physician and researcher at the University of Amsterdam.
ritalin bobbleheadsEven as methylphenidate hydrochloride (Ritalin) is the most frequently prescribed treatments for attention-deficit/ hyperactivity disorder (ADHD), and is increasingly being used by a greater percentage of children in the US, little research has been done on the effects of the drug on the developing brain. Up to this point, the effects of this particular drug on the development of the brain in children and young adults have only been studied in animals.
“The adolescent brain is a rapidly developing system that maintains high levels of plasticity. As such, the brain may be particularly vulnerable to drugs that interfere with these processes or modify the specific transmitter systems involved,” the researchers write.
The animal studies we do have point to a worrying result. In adult animals, the long-term exposure to stimulant medications appears to induce a temporary adaptation in the brain, which can be reversed. In juvenile animals, however, where the dopaminergic system is still developing, long-term exposure to ‘ADHD’ drugs leads to lasting and sometimes permanent changes. This process is referred to as “neurochemical imprinting.”
“Safety investigations on the effects of methylphenidate on DA function in the developing brain are scarce in children. Regardless of this alarming paucity of findings, increasingly greater numbers of children and young adolescents are exposed to methylphenidate, many of whom likely do not meet the criteria for ADHD,” Reneman and her colleagues note.
“This heightened use has led to considerable debate and concern (eg, among parents) about the long-term consequences or possible adverse effects of methylphenidate use in children.”
In the first attempt to investigate “neurochemical imprinting,” and age-dependent brain changes, in humans, the researchers designed the Effects of Psychotropic Drugs on Developing Brain–Methylphenidate study.  The multicenter trial randomly assigned 99 male patients diagnosed with ‘ADHD’ to either treatment with placebo or methylphenidate. After sixteen weeks and a one-week washout period, the researchers observed the dopaminergic function in children and adults using fMRI technology.
After four months of treatment with methylphenidate, they found significant changes in the brains of children that were not present in adults. It was hypothesized that the changes induced by the drugs in children might have a positive effect on the symptoms associated with ‘ADHD,’ but this was not the case for the children in this study.
“Because maturation of several brain regions is not complete until adolescence, drugs given during the sensitive early phases of life may affect neurodevelopmental trajectories that can have more profound effects later in life,” the study authors warn. “Indeed, the most comprehensive trial on the long-term effects of ADHD, the Multimodal Treatment Study of Children With ADHD (Full Text), reported that six years after enrollment, medication management was associated with a transient increase in the prevalence of anxiety and depression.”
This study provides the first evidence that the use of ‘ADHD’ drugs in children can alter the brain's development in significant and potentially lasting ways. While these changes did not appear to be connected with significant benefits or harms that were measurable in the short-term period of this study, the authors note that “the long-term consequences remain to be established.”

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Schrantee, A., Tamminga, H.G., Bouziane, C., Bottelier, M.A., Bron, E.E., Mutsaerts, H.J.M., Zwinderman, A.H., Groote, I.R., Rombouts, S.A., Lindauer, R.J. and Klein, S., 2016. Age-Dependent Effects of Methylphenidate on the Human Dopaminergic System in Young vs Adult Patients With Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder: A Randomized Clinical Trial. JAMA psychiatry. (Abstract)