https://www.youtube.com/watch?v=NtY8HjvuvTY
Possivelmente se chama discinesia tardia. Se não for algo parecido. Provavelmente distonia.
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsia entre psiquiatras farmacológicos e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
https://www.youtube.com/watch?v=NtY8HjvuvTY
Possivelmente se chama discinesia tardia. Se não for algo parecido. Provavelmente distonia.
Quando um paciente psiquiátrico fracassa profissionalmente isso é visto como um destino biológico que reflete a aptidão inferior. As contingências que tornam esse suposto destino biológico real não são consideradas. Isso porque quem pensa em termos de "doença mental" não enxerga contingências mas apenas algo dentro do organismo.
De acordo com a análise do comportamento raiz os problemas dos "transtornos mentais" ou "doenças mentais" são questões de aprendizagem. Portanto, a solução é a educação de comportamentos.
Causas da "esquizofrenia" para o psiquiatra Breggin (um dos poucos psiquiatras no mundo contra intervenções cerebrais)
Reforma
Eu frequentemente me perguntei como uma pessoa pode desistir da vida licenciosa e adotar o puritanismo, como a Inglaterra no século 17. Em Adam Bebe, Dinah termina um sermão evangélico dessa maneira: "Eu sou pobre, como você: eu tenho que conquistar minha vida com minhas mãos; mas nenhum senhor ou dama pode ser tão feliz como eu, se eles não tem o amor de Deus em suas almas."
Não todos foram capazes de serem licenciosos. A descoberta de que a pessoa poderia ser feliz de uma maneira superior através da desistência de prazeres pode ser a pista. Religião como o prazer do povo?
Notebooks, Skinner (1980, p. 201)
Albert Einstein ([1924] 2013)
Esse circuito é responsável pelas funções executivas
que envolvem planejamento, organização e execução
de ações, avaliação de suas consequências e capacidade
de alterá-las. A área pré-frontal dorsolateral também
é responsável pela memória operacional, um tipo de
memória de curto prazo, e está intimamente conectada
ao sistema límbico. Dessa forma, além de suas duas
funções principais, a executiva e a memória operativa, o
CPFDL está implicado na regulação das emoções 6,22 .
[Alterar consequências de ações é trabalho da análise do comportamento. Não é preciso intervir no cérebro para isso. Tratar o corpo é uma forma indireta de alterar isso. Isso é um pressuposto reducionista biológico (que é um nível de análise possível mas não explica tudo). O cérebro não causa a própria ativação cerebral e isso depende da relação com o mundo ou o histórico de relação com o mundo que alterou o corpo. As consequências das ações continuam mantendo e alimentando a depressão. Alterar a área de planejamento e execução de ações por si só não vai alterar a relação com o mundo (contingências de reforçamento).]
Além de todos os parâmetros de estimulação, os
efeitos da EMTr vão depender da idade, do gênero e dos
aspectos genéticos de cada indivíduo 1 .
[Blindagem contra alegações de ineficácia. A variável idade sugere um pressuposto de progressividade da "doença mental". O que é algo discutível. A variável gênero é uma variável social. A variável genética também depende de relação com o ambiente (não deve ser vista de maneira tão determinista) e também é uma forma de blindagem.]
É um procedimento seguro, quase isento de efeitos
adversos. O risco de convulsão acidental é a complicação
mais preocupante.
[O raciocínio médico envolve considerar normal as intervenções drásticas (bastante dano). É dentro desse contexto discursivo que se está trabalhando. É um padrão consistente das pesquisas psiquiátricas a minimização de efeitos negativos dos tratamentos. Inclusive com pesquisas desonestas e patrocinadas pelas indústria. Nem a Cochrane (referência em avaliação de tratamentos de saúde) é confiável. Ela mostrou indisposição de relatar resultados negativos que contrariem fortemente os interesses da indústria. Foi preciso criar um outro instituto mais confiável. Instituto que defende a liberdade acadêmica/científica.]
Portanto, o risco de convulsões aumenta à medida
que frequência, intensidade e duração dos estí mulos
são aumentados. A fi m de diminuir os riscos, limites
de segurança foram estabelecidos para a duração em
segundos das séries, de acordo com cada frequência e
intensidade (porcentagem do LM) 6,17 .
[Relação paramétrica entre variáveis: quanto mais o valor introduzido maior o dano como efeito.]
A síncope é um dos efeitos adversos comuns
durante o procedimento, normalmente desencadeada
pela ansiedade. Manifestações como posição tônica,
vocalizações, automati smos orais e motores, revirada
dos olhos e fenômenos alucinatórios podem confundir a
síncope com uma crise convulsiva 6,18 .
Relatos de desconforto e dor facial acontecem com
frequência após o procedimento. A cefaleia é, na
maioria das vezes, transitória e responsiva a analgésicos
simples 6,27,28 . A sensação cutânea causada pela EMTr
esti mula o escalpo a produzir contrações musculares em
face e pescoço, responsáveis pelo desconforto e a dor 17 .
Sensação de fraqueza inespecífica também foi relatada
nos estudos 6 . Uma metanálise sobre segurança da EMTr
na depressão, publicada em 2008, mostrou que 39%
dos pacientes apresentaram desconforto e dor durante
a EMTr ati va, e 28%, cefaleia 27 .
[Isso parece ser alguma forma de dano. Mesmo que não seja perceptível como permanente.]
Viradas maníacas podem ocorrer em pacientes
submeti dos ao tratamento e, quando ocorrem, geralmente
estes têm história prévia de transtorno bipolar 5,28 . Xia
et al. publicaram uma revisão sobre o tema em 2008 29 .
Episódios de mania que surgiram após o tratamento
foram relatados tanto na EMTr-AF quanto na EMTr-BF,
em pacientes com depressão unipolar e bipolar, depois
da estimulação do CPFDL esquerdo. A taxa média, 13
casos, entre 53 estudos randomizados controlados em
depressão, parece ser um valor baixo (0,84% mania
para EMTr ativa versus 0,73% para o placebo) e não foi
estatisticamente significativo. A maioria desses pacientes
foi diagnosticada com transtorno bipolar 18,29 .
Estudos divergem quanto ao encontro de alterações
cognitivas. Quando relatadas, a maioria era transitória:
cansaço excessivo e dificuldade de concentração e
memória 17 .
[Há recuperação do dano. Mas há dano.]
Entre as causas psiquiátricas, o efeito antidepressivo
utilizando EMTr-AF no CPFDL esquerdo possui nível
A de evidência de acordo com o guideline. No nível B
de evidência (provável eficácia), estavam os efeitos
antidepressivos da EMTr-BF no CPFDL direito e os da
EMTr-AF no CPFDL esquerdo nos sintomas negativos
da esquizofrenia 1 .
[Diretrizes nem sempre são confiáveis. Como já comentado. Alguém que relate resultados negativos corre risco profissional.]
EMTr na depressão
Um terço dos pacientes com depressão não responde
ao tratamento inicial após 4-8 semanas, mesmo tomando
os devidos cuidados após o primeiro episódio depressivo,
e 50-85% dos casos apresentam recorrência ou tornam-
se crônicos (20%). Aproximadamente 10% dos pacientes
que sofrem de depressão maior são cronicamente
resistentes a várias intervenções psicofarmacológicas.
Nesses casos, intervenções como aumento de doses,
troca ou combinação de anti depressivos (associados
ou não à psicoterapia) e ECT são uti lizadas para tentar
resolver os casos resistentes ou refratários 1 .
[Há dúvidas sobre a eficácia dos antidepressivos em geral. Não apenas para algumas pessoas. A psiquiatra crítica Joanna Moncrieff afirma que depressão não é uma doença.]
Apesar de todo esse arsenal terapêuti co para
depressão, alguns pacientes não respondem. Na busca
de atender essa parcela de não respondedores, a EMTr
surge trazendo efeitos benéfi cos anti depressivos. No
entanto, o papel dessa técnica na árvore terapêuti ca
ainda não está bem defi nido até a presente data.
Geralmente, a EMTr tem maiores taxas de sucesso
quando aplicada em casos agudos de depressão maior
unipolar (episódio depressivo atual há menos de 1 ano),
em pacientes jovens (idade abaixo de 65 anos), com um
nível limitado de resistência a tratamento (uma ou duas
intervenções médicas sem sucesso associadas ou não a
psicoterapia) ou com resposta parcial a tratamento 1 .
[Funciona nos casos mais simples. Há o pressuposto reducionista biológico de que o problema é necessariamente de origem cerebral. O que é diferente de dizer que há uma resposta cerebral a algo. Como já comentado, o cérebro não causa a própria atividade.]
O princípio do tratamento da EMTr na depressão
é baseado em imagens funcionais do cérebro, que
mostram uma diminuição do fl uxo cerebral em pacientes
depressivos na região frontal esquerda do córtex.
Há também uma diminuição do consumo de glicose e
oxigênio na mesma localização, traduzindo um estado de
hipometabolismo; concomitantemente, existe um estado
de hipermetabolismo na região pré-frontal direita 1 .
Estudos eletroencefalográfi cos revelaram assimetria
inter-hemisférica da ati vação frontal, principalmente a
favor do hemisfério esquerdo. O CPFDL é facilmente
acessado pela EMTr e conectado sinapti camente com o
sistema límbico. A EMTr frontal é capaz de afetar vários
sistemas neurotransmissores e fatores neurotrófi cos
e de alterar fl uxo sanguíneo cerebral e excitabilidade
cortical 1 .
[Esse princípio de compensação entre áreas do cérebro é válido. É até possível ser reducionista biológico. Mas não ficar somente nisso. Provavelmente essa causa da depressão foi relatada a partir do efeito do tratamento. O que prova uma mediação biológica mas não a origem da depressão.]
Um desses grandes estudos foi publicado em 2007
por O’Reardon et al. e se tornou o responsável pela
aprovação do tratamento da EMTr para uso na depressão
maior pelo Food and Drug Administrati on (FDA). Foi um
estudo patrocinado pela indústria (Neuroneti cs trial),
multi cêntrico (envolvendo EUA, Austrália e Canadá),
duplo-cego, randomizado, placebo-controlado, com
301 pacientes livres de medicação portadores de
depressão maior, segundo os critérios da 4a edição
do Manual Diagnósti co e Estatí sti co de Transtornos
Mentais (grupo ati vo = 155; grupo controle = 146).
[Como mais tarde o artigo comenta, os estudos serem patrocinados pela indústria é uma forma de limitação.]
Os autores concluíram
que a EMT como monoterapia no CPFDL esquerdo produz
efeitos terapêuticos clínicos antidepressivos significativos
maiores do que o placebo 31,32 .
[Resposta maior que o placebo apenas prova algum efeito de forma estatística (uma média). O tamanho do efeito tem que ser levado em consideração.]
EMTr versus antidepressivos
Dois estudos compararam diretamente EMTr e
antidepressivos 1 . Um comparou EMTr-BF no CPFDL
direito com o uso da venlafaxina (150-375 mg) 1,35 ; o outro,
a EMTr-AF no CPFDL esquerdo com a fluoxetina 1,36 . Os
estudos não mostraram diferença em termos de eficácia
entre os dois grupos, porém tiveram uma amostra
pequena, e não havia grupo-controle 1 .
[Porque os estudos relatados são mal conduzidos? Será que há interesse o suficiente para realizar estudos bem conduzidos?]
EMTr versus ECT
Problemas metodológicos importantes, como a falta de
estudos placebo-controlados, tornam difícil a comparação
da eficácia entre as duas técnicas. Algumas metanálises
mostraram que a EMTr tem uma eficácia menor do
que a ECT, especialmente em pacientes portadores de
depressão com sintomas psicóticos 1,37-40 . Em pacientes
com depressão sem sintomas psicóticos, os estudos são
insuficientes para concluir a superioridade de qualquer
um desses métodos de tratamento 1,40 .
[Porque os estudos relatados são mal conduzidos? Será que há interesse o suficiente para realizar estudos bem conduzidos?]
Os pacientes com depressão não respondedores a uma
droga antidepressiva por um período de 4 semanas já
têm direito ao procedimento. I
[Fácil de satisfazer o critério. O que permite fazer a inferência de que psicoterapia baseada em evidências não foi considerada. Como já comentado, há dúvidas em relação à eficácia dos antidepressivos.]
Considerando os conflitos de interesse, vale salientar
que dois dos estudos multicêntricos, randomizados e
placebo-controlados que comprovaram a eficácia da TMS
na depressão maior foram patrocinados por indústrias
envolvidas com a comercialização das máquinas utilizadas
para a EMT 32 .
[Limitações das pesquisas]
Uma lacuna importante existente nos estudos é a
determinação da duração dos efeitos terapêuticos
da EMTr a longo prazo. A manutenção do tratamento
também não tem evidência suficiente quanto ao tempo
que deve ser mantida e à frequência com que deve ser
realizada 1 .
[O importante é se o efeito do tratamento permanece a longo prazo. Geralmente há pouco interesse em realizar pesquisas de longo prazo na psiquiatria. Mas também é difícil conseguir realizá-los ou ter financiamento.]
Resultados negativos em pesquisas que avaliaram a
eficácia da EMT na esquizofrenia precisam ser revisados
considerando a idade dos pacientes incluídos nos estudos,
geralmente acima de 50 anos. Além disso, vários estudos
foram realizados com pacientes refratários à medicação
e com alucinações auditivas há bastante tempo. Talvez
uma intervenção mais precoce pudesse ter resultados
mais promissores no curso da doença 1 .
[Pressuposto discutível de progressividade da "doença mental". É uma forma de blindagem contra resultados negativos. Há um artigo no blogue que questiona a progressividade da esquizofrenia.]
A dificuldade de fazer estudos controlados com a
EMTr envolve encontrar condições ideais de placebo
e de um mascaramento eficiente, além de definir
desfechos primários e uniformizar o perfil de pacientes
para inclusão. Existe uma heterogeneidade importante
de metas e parâmetros de estimulação entre os estudos.
Dessa forma, para avaliar a eficácia da técnica, é
preciso analisar criteriosamente a metodologia de cada
pesquisa.
[A qualidade das pesquisas é bastante discutível ou as limitações significativas.]
[Em algum momento do artigo não sei se menciona o fator neurotrófico BDNF. Essa substância é produzida em resposta a dano cerebral. Mas é considerada algo saudável em pesquisas tradicionais de psiquiatria. Pessoas com Alzheimer também produzem essa substância e o cérebro está em degeneração.]
[Pelo o que vi em palestra, o efeito desse tratamento não é muito específico.]
[Notei uma certa compulsividade terapêutica em relação às alucinações auditivas (necessidade de eliminar as vozes). É possível considerar o quanto isso incomoda e se não há maneiras de se conviver bem com isso]
ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA: O
QUE O PSIQUIATRA DEVE SABER?
MARIA CRISTINA MONTENEGRO
AMAURY CANTILINO
"Onde o meio ambiente é estúpido, preconceituoso ou cruel, é um sinal de mérito estar em desarmonia com ele." - Bertrand Russell, A conquista da felicidade (1930), cap. 9: Medo da opinião pública, p.90
Surtar é linguagem médica que enfatiza que o problema é algo dentro do organismo desregulado ou disfuncional. Isso leva a rotular o organismo e desconsiderar o que está acontecendo no ambiente do paciente psiquiátrico. O que leva a manejos ruins do comportamento e invalidação. Na análise do comportamento surtar é se comportar de maneiras inapropriadas, não esperadas em relação a um ambiente hostil ou desfavorável. Enfatizar a interação do organismo com o ambiente através de verbos permite descrições mais precisas do que está acontecendo.
Em segundo lugar, ao explicar as descobertas psicológicas para o público em geral, os psicólogos devem permanecer cientes do fato de que muitas interpretações errôneas do assunto derivam do que podemos chamar de mal-entendidos compreensíveis. Como a psicologia é parte integrante de nossa vida cotidiana e é subjetivamente imediata (Keil et al., 2010), muitos leigos presumem que ela seja intuitivamente óbvia. No entanto, essa intuitividade é frequentemente enganosa, porque pode estar associada a várias ilusões de compreensão marcadas pela sensação de que compreendemos as coisas melhor do que o fazemos (Chabris & Simons, 2010). Por exemplo, Rozenblit e Keil (2002; ver também Lawson, 2006) descobriram que muitas pessoas acreditam que entendem o funcionamento dos aparelhos do dia-a-dia, como banheiros, zíperes e máquinas de costura, muito melhor do que realmente entendem. Se tais descobertas se generalizam para a mente humana, podem sugerir uma tendência semelhante por parte de muitos leigos de serem muito mais confiantes em sua compreensão dos princípios psicológicos básicos do que o justificado.
Public skepticism of psychology: why many people perceive the study of human behavior as unscientific
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21668088/
Reducionismo ganancioso
Nós, humanos, somos "avarentos cognitivos" (Fiske & Taylor, 1984, p. 12; ver também Ruscher, Fiske, & Schnake, 2000, p. 241, para uma discussão dos humanos como "táticos motivados"), o que significa que nós tendem a buscar simplicidade explicativa. Essa propensão é em geral adaptativa, pois nos ajuda a compreender nossos confusos mundos cotidianos. Mas pode nos desencaminhar quando nos faz simplificar demais a realidade. Uma provável manifestação de avareza cognitiva é a preferência por explicações parimônicas. Mas, como a diretriz científica da navalha de Occam nos lembra, geralmente devemos selecionar a explicação mais simples apenas quando ela dá conta das evidências, bem como explicações alternativas (Uttal, 2003). Nesse sentido, as últimas décadas testemunharam um aumento acentuado na popularidade das explicações reducionistas do comportamento humano, especialmente aquelas que se esforçam para reduzir todos os fenômenos psicológicos à neurociência (Lilienfeld, 2007). O apelo sedutor do reducionismo fevereiro-março de 2012 ● As explicações do psicólogo americano provavelmente derivam em parte de sua aparente simplicidade (Jacquette, 1994). Por sua vez, tais explicações provavelmente criaram a impressão aos olhos de leigos instruídos de que a neurociência é mais “científica” do que a psicologia. Weisberg, Keil, Goodstein, Rawson e Gray (2008, p. 471) mostraram que apenas inserir as palavras "varreduras cerebrais indicam" (junto com algumas frases de explicação neurocientífica acompanhante) em interpretações logicamente falhas de descobertas psicológicas pode render graduandos - mas não especialistas em neurociência - significativamente mais propensos a achar essas interpretações persuasivas (ver também McCabe & Castel, 2008). Se tais achados forem generalizáveis ao público em geral, eles sugerem que os achados de imagens cerebrais podem freqüentemente ser mantidos com certa reverência nas mentes dos leigos. Crítica para compreender os perigos de uma visão neurocêntrica da psicologia - aquela que considera a neurociência como inerentemente o nível mais importante de explicação para compreender o comportamento - é a distinção entre reducionismo constitutivo e eliminativo, o último denominado reducionismo ganancioso por Daniel Dennett ( 1995, p. 82). O reducionismo constitutivo, um credo relativamente não controverso subscrito por virtualmente todos os psicólogos científicos, postula apenas que todas as "coisas da mente" são, em última análise, "coisas do cérebro" (ou pelo menos coisas do sistema nervoso central) em algum nível e que tudo o que é mental é essencialmente material . Em contraste, o programa muito mais radical de reducionismo eliminativo propõe que o nível neural de explicação acabará engolindo todos os níveis superiores de explicação, incluindo o psicológico, bem como um Pac-Man computadorizado ganancioso canibalizando tudo em seu caminho. Do ponto de vista do reducionista eliminativo, a psicologia acabará sendo considerada supérflua como assunto, porque os avanços da neurociência um dia permitirão que os cientistas traduzam todos os pensamentos, emoções e comportamentos para uma linguagem estritamente neural. De acordo com os princípios do reducionismo eliminativo, alguns céticos do status científico da psicologia foram mais longe, argumentando que este campo oferece poucos insights que não podem ser reduzidos a níveis mais fundamentais de análise. Como G. A. Miller (2010) observou em uma análise provocativa repleta de dezenas de exemplos vívidos, tais pronunciamentos tornaram-se habituais na imprensa popular. Como ilustração, Miller citou um artigo de opinião do New York Times sobre a depressão de Abraham Lincoln: “Lincoln sofria de episódios recorrentes do que agora seria chamado de depressão desde a infância. À luz do que sabemos hoje, um esforço para vinculá-los a decepções emocionais ao invés de um desequilíbrio químico parece estranho, ao invés de científico ”(Schreiner, 2006, p. A19). O raciocínio aqui implica que a depressão é necessariamente melhor vista no nível de um desequilíbrio químico do que no nível de uma disfunção psicológica. Mesmo deixando de lado questões científicas incômodas sobre o modelo de desequilíbrio químico da depressão (ver Kirsch, 2010; Lacasse & Leo, 2005), a noção de que a depressão é um desequilíbrio químico em um nível de análise de forma alguma exclui a possibilidade de que seja um transtorno psicológico em um nível diferente (Lilienfeld, 2007). Fevereiro-março de 2012 ● O endosso do psicólogo americano ao reducionismo eliminativo (ver também Guze, 1989) também negligencia a possibilidade de propriedades emergentes, capacidades de nível superior que resultam de interações entre elementos de ordem inferior (Chalmers, 2006; Meehl & Sellars, 1956) . Engarrafamentos e cristais, por exemplo, são fenômenos emergentes que não podem ser reduzidos inteiramente a seus constituintes de ordem inferior: O todo difere da soma de suas partes (Calvin, 1996). Mesmo que as propriedades emergentes não existam na psicologia - e alguns estudiosos duvidam que existam (Churchland, 1984) - ainda estamos muito longe de uma redução explicativa completa das capacidades psicológicas humanas ao nível neural de análise. Em um futuro previsível, o nível psicológico de explicação oferecerá contribuições indispensáveis para a compreensão científica do pensamento, sentimento e ação (Lilienfeld, 2007).
É possível reclamar de internações involuntárias irregulares no Núcleo de Defesa de Direitos Humanos (NUDEDH) do seu estado. O encaminhamento provavelmente vai ser um Termo de Ajuste de Conduta com a instituição que pratica internações irregulares.
“Com o advento dos antipsicóticos, as pessoas com esquizofrenia se matam a taxas iguais às taxas de doença maníaco-depressiva ... É principalmente devido à acatisia ... de drogas como a olanzapina, que parece ter a maior taxa de suicídios na história de ensaios clínicos” D. Healy
O meu artigo sobre o efeito do neuroléptico Socian na variabilidade da frequência cardíaca tem quase 600 acessos e está publicado nesse blogue. O resto das minhas postagens de divulgação tem bem menos. É um erro dizer que divulgação acessa mais pessoas. Por outro lado, conhecimento disponível de qualidade no blogue é acessado por poucas pessoas e é conhecimento científico acessível.
O raciocínio kraepliano, base da psiquiatria tradicional, de desconsiderar uma avaliação do contexto ou usá-lo apenas para rotular uma degeneração do organismo leva a diagnósticos absurdos, injustiças e tratamentos prejudiciais.
Os psiquiatras acreditam muito em terapia cognitiva porque usam métodos de pesquisa parecidos com os da medicina.
Um estudante no meu colóquio ontem achou que eu estava negligenciando a atenção. Era preciso atentar para se comportar com sucesso. Eu tentei mostrar como as contingências que explicam o comportamento bem-sucedido poderia explicar o atentar também, mas ele se manteve convencido de que a pessoa primeiro olha a situação antes de agir e que se não fizer isso, o comportamento fracassa. Sem dúvida situações novas e complexas nas quais isso é verdade, mas "olhar alguma coisa" é se comportar, não atentar.
Enquanto ao período de atenção, eu citei o mongolóide [deficiente intelectual] no filme de Ellen Reese Vencido para fazer sucesso (Born to Succeed) cujo período de atenção foi estendido quase sem limite quando o comportamento da tarefa era habilmente reforçado.
Notebooks, Skinner (1980, p. 344)