Rapper de São José, Leonardo Irian é encontrado após cinco dias desaparecido
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Sofre de esquizofrenia
(linguagem passiva)
está bem de saúde, em casa e medicado
(É preciso medicar para evitar a progressão da doença. Deve estar com a família sem autonomia. Só pode estar bem seguindo o tratamento psiquiátrico.)
Ele teria se perdido na volta.
(Ele se perdeu por estar desorientado)
Análise: A linguagem da matéria toda é na linguagem passiva, com o paciente psiquiátrico sofrendo de algo passivamente, sem capacidade de decisão e sem agência. Outras pessoas fazem algo ativamente mas o paciente não. Ele precisa que algo seja feito a ele. Ele é basicamente um objeto em deterioração e desorientado.
Paciente com esquizofrenia desaparece após fugir de hospital na Serra
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Fugiu e desapareceu.
já que, em função do transtorno psiquiátrico, caracterizado principalmente por alucinações visuais e auditivas, Marcos tornou-se muito agressivo. Por isso, ele pode representar um risco não só para si próprio como também para outras pessoas.
Ela mostrou que ele era incapaz. Ou seja, todos ali corriam perigo. Eu falei pra médica que eles foram irresponsáveis porque todos estavam correndo perigo, porque ele é capaz de matar. Isso é um perigo para a população
Eu tenho medo de ficar com ele. Ele vive em uma casa gradeada e, quando ele está bem, com a medicação, a gente solta ele, então ele circula pelo quintal, dentro da casa dele, faz o que ele quer
Análise: família com linguagem completamente manicomial (“incapaz e perigoso”) e a família é tão manicomial que até faz cárcere privado. A única razão para agressividade é a entidade patológica e a única razão para ele ficar bem e ter um pouco de liberdade é a medicação. Quem não segue tratamento é um grande risco para si e para os outros.
Linguagem na voz ativa mas agressivo. Não tem condições de ser autônomo por ser incapaz e perigoso (linguagem manicomial). Afirmar a própria autonomia é uma afronta agressiva. É possuído passivamente por uma entidade patológica que desorienta. A família lida com a entidade patológica e não com a pessoa por inteiro enquanto humana (desumanização). Com essa linguagem a família parece estar invalidando as necessidades do paciente enquanto ser humano pois não respeita os direitos humanos do paciente como mostra a linguagem manicomial e o cárcere privado.
Mulher está desaparecida em Marcelino Ramos
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Senhora com esquizofrenia (A senhora tem uma entidade patológica externa a ela que a possui).
já saiu outras vezes, devido sua doenças (A moradora de residência terapêutica só usufrui da própria autonomia sem avisar outras pessoas por conta de uma entidade patológica).
Fugiu (Então devia estar muito bom na residência terapêutica mas como ela tem uma entidade patológica externa a ela não conseguiu perceber isso. A linguagem desresponsabiliza os responsáveis pela qualidade de vida na residência terapêutica.)
Marcos Alexandre Cruz, de 38 anos, saiu de casa no sábado (9) e não voltou mais; segundo a família, homem tem esquizofrenia
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Ainda segundo Leila, essa não é a primeira vez que Marcos sai de casa. Em outros episódios ele chegou a ir para as cidades de Valinhos e Porto Feliz. No entanto, diferente desta vez, Marcos sempre retornava para a casa no mesmo dia.
Ainda de acordo com ela, os desaparecimentos acontecem em virtude da esquizofrenia. "Ele tem que tomar remédio, mas nega o tratamento. Foi diagnosticado ainda na adolescência. Ele está há 4 meses sem tomar a injeção", disse.
Análise: Sem seguir o tratamento psiquiátrico não é seguro sair de casa e ter autonomia.
Jovem com esquizofrenia que estava desaparecido é encontrado em Alumínio
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"Ele estava muito confuso e só soube responder falando da clínica aonde ele estava em tratamento. Foi o que morador fez, pesquisou nas redes sociais e encontrou o telefone da clínica, eles já estavam ciente do desaparecimento dele", explicou.
O rapaz foi resgatado pelos funcionários da clínica e, segundo a irmã, vai retomar o tratamento.
Análise: A única razão pela qual ele fugiu da clinica (a palavra fugiu nem é usada) é porque ele estava confuso. A qualidade da clínica não tem relação nenhuma com os pacientes fugirem. A internação também foi apenas devido a confusão e a família não tem relação nenhuma com isso.
Os heróis da clínica resgataram o rapaz e ele voltou a fazer tratamento involuntário/forçado. O que é irregular segundo a Convenção da ONU de pessoas com deficiência.
Jovem com esquizofrenia é encontrada após desaparecer por oito dias
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Ela teria fugido de casa após sofrer um surto.
Em casa, Érica deixou uma carta para a família, dizendo que estava indo para o interior, à procura de emprego, e que voltaria quando estivesse estabilizada.
Análise: A única razão pela qual ela fugiu de casa foi a entidade patológica. A entidade patológica mesmo que seja duvidosa na pesquisa psiquiátrica possui realidade social. Aparentemente tentar ser independente é sinal de surto psicótico para a família (paciente psiquiátrica desacreditada socialmente).
Família procura por mulher com esquizofrenia que desapareceu em Belo Horizonte
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Estudante, Mariana é portadora de esquizofrenia e recebe tratamento psiquiátrico no Hospital Espírita André Luiz na região Oeste de Belo Horizonte, como conta a tia dela, Vânia de Freitas Drumond. “Ela ficou internada por dois meses no André Luiz e recebeu alta uma semana antes de desaparecer, no dia 17. No dia em que ela desapareceu, ela estava falando coisas desconexas com o pai e com a mãe. Saiu e não voltou mais, era o dia do atendimento com o psiquiatra”. À data em que desapareceu, Mariana chegou a dizer à família que iria até a polícia e saiu sem levar quaisquer documentos e até mesmo o celular.
Análise: Por ter falado que ia na polícia e ter sido internada provavelmente estava ruim a situação com a família. Mencionar coisas desconexas é relativo à interpretação da família. Alguém que sabe escutar consegue encontrar algum significado contextual. Provavelmente estava insatisfeita com o tratamento psiquiátrico involuntário – o que é irregular segundo a Convenção da ONU sobre pessoas com deficiência.
Família procura por idosa desaparecida há 12 dias em Sorocaba
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Sem os remédios, se comporta de forma agressiva.
Análise: A única razão possível para ela ficar agressiva é a falta de remédios, isto é, o desequilíbrio químico. Desequilíbrio químico é uma hipótese que nunca foi provada.
Conclusão geral
Poucas reportagens se referem à perspectiva do paciente e todas enfatizam o discurso médico e da família. Portanto, isso indica o silenciamento da perspectiva do paciente psiquiátrico. Conclui-se que seria necessário fazer reportagens com foco em discurso psicossocial e que o discurso psiquiátrico empregado torna uma questão sensível e potencialmente constrangedora num assunto aparentemente impessoal: a condição médica da pessoa. É tanto possível ter um repertório inapropriado generalizado quanto melhorar de saúde mental em um contexto menos complicado. Mas as reportagens assumem que os comportamentos inapropriados nomeados como a entidade esquizofrenia tem origem dentro da pessoa (internalismo). Isso é modelo médico em saúde mental. Jornalistas comprometidos com a reforma psiquiátrica enfatizariam o lado humano e contextual/cultural.
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