Alterar a fisiologia dificilmente é suficiente para prescindir da psicologia e aprendizagem porque a fisiologia de qualquer problema ou sintoma tem endofenótipos múltiplos (componentes) que atuam em partes limitadas (variáveis) dos comportamentos (sejam apenas mediadores ou origem) e também porque as relações com o mundo que envolvem os comportamentos são algo a mais que apenas fisiologia interna. O que o tratamento biológico realiza é alterar a fisiologia para que a pessoa sob cuidados médicos cumpra demandas ambientais de forma socialmente adaptativa e isso abre espaço para o aspecto social e cultural.
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsia entre psiquiatras farmacológicos e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Aviso!
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
Neurociência substitui a psicologia? (Neil deGrasse)
"5. PROBLEMAS DE PREVISÃO
segunda-feira, 22 de janeiro de 2024
Leitura sobre vinheta Ouçam Nossas Vozes
Leitura sobre vinheta Ouçam Nossas Vozes - campanha da Janssen
https://youtu.be/AcHk5uaCfY8?si=CZB-nmLy7YZ1ugOD
A música tem um lado dramático e um lado feliz que representa sonhos.
A música inicia com tons felizes e infantis representando a infância feliz e que provavelmente é direcionado aos pais e familiares.
Depois há um tom dramático representando o neurodesenvolvimento alterado inicial e a fase prodomo.
Há uma virada com piano e iniciam tons com teclado eletrônico com efeitos sonoros representando bizarria e artificialidade de laboratório científico.
Depois há tons abafados que representam o início da administração dos neurolepticos e fim dos tons que representam bizarria.
Na preparação para o final há uma aceleração que pode representar a aceleração comportamental ao parar os neurolepticos. Essa aceleração representa o excesso de dopamina que a psiquiatria biológica afirma ser característica do organismo e a perspectiva crítica afirma ser uma adaptação à droga.
O final é uma superaceleração com tons de final feliz ou triunfo sobre a esquizofrenia e também de música de festa que em interpretação livre pode significar o estilo de vida das pessoas do complexo médico-industrial privado.
sábado, 20 de janeiro de 2024
Gøtzsche, ensaios clínicos randomizados e experimentação
Peter Gøtzsche tem um domínio excelente dos ensaios clínicos randomizados mas nessa metodologia não há tanto rigor no controle de variáveis como há na experimentação sem o uso de estatística pois pacotes ou conjuntos de variáveis são avaliados. Por isso, embora impopular com o público do blogue e da reforma psiquiátrica antimanicomial seria necessário comparar os resultados de Peter Gøtzsche e da psiquiatria crítica com as pesquisas experimentais em farmacologia comportamental, neurociência comportamental, psicobiologia e a área de biocomportamental. É o próximo passo que eu gostaria de tomar caso consiga aprofundar o suficiente nessas áreas.
Uma das tarefas e disputas da reforma psiquiátrica é um diálogo permanente com a área de substratos biológicos ou fisiologia do comportamento ou dos construtos diagnósticos. Considero que o blogue já conseguiu encontrar caminhos para o conhecimento sub-representado em críticas à psiquiatria biológica e a área de reforma psiquiátrica antimanicomial. No entanto, o diálogo com o conhecimento experimental geralmente não é feito por nenhum dos dois lados da disputa e por isso corresponde nessa caracterização ao estado atual de conhecimento sub-representado na área de saúde mental.
terça-feira, 16 de janeiro de 2024
Solidão do idoso e problemas físicos e mentais
domingo, 14 de janeiro de 2024
TDAH: excesso de pens., ansiedade e depressão
terça-feira, 2 de janeiro de 2024
Resenha "Psicanálise e psicomodismos" (Pasternak e Orsi)
Resenha sobre o capítulo "Psicanálise e psicomodismos" no livro "Que bobagem" de Pasternak e Orsi
O capítulo no livro "Que bobagem" de Pasternak e Orsi sobre psicanálise tem tantos compromissos com pressupostos filosóficos e modelos teóricos que o texto pode ser virado do avesso em diferentes direções como em variados posicionamentos filosóficos sobre demarcação de ciência e unidade ou pluralidade dos conceitos de método científico e tipos de ciência, modelos científicos de avaliação de evidência clínica, avaliação crítica das ciências cognitivas e biológicas na área clínica, discussões em filosofia da ciência sobre conceitos e métodos biológicos e sua relação com o social, discussões em filosofia da ciência sobre ciências naturais e humanas/sociais, discussões em filosofia da ciência sobre a subdeterminação das teorias pelos dados e a possibilidade de validade de evidências empíricas independentemente de modelos teóricos prévios, e outros debates.
A reprodução do discurso triunfalista das ciências cognitivas e biológicas que são tratadas como hierarquicamente superiores, ciências legítimas que a partir de suas próprias áreas são relativamente incontroversas e não podem ser questionadas a partir de conhecimento social ou outras formas de conhecimento indica que há um conhecimento superficial da complexidade envolvida nesse debate. O texto tem o mérito de introduzir a discussão sobre evidências clínicas em psicologia para um público amplo, apesar do tratamento do tema apresentar a discussão oferecendo respostas simples para pessoas interessadas em tomar decisões sobre saúde mental sem uma discussão sobre a variedade de controvérsias, assim direcionando e limitando as possibilidades de decisões do leitor.