Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)

Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação. Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes. Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica. Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco. Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica. Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro

Aviso!

Aviso! A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las. Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias. Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente. Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente. A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível. https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

"Saúde mental" e "doença mental" como condição social

A condição de "normalidade mental" é definida geralmente como ausência de doença. A condição de "anormalidade mental" é definida como um evento fechado em si mesmo, no caso uma "patologia biológica". No entanto, definir "normalidade mental" como uma condição social de status social confortável, estável e seguro tem implicações descritivas interessantes como um experimento de pensamento. Ao pensarmos em "doença mental" como uma ausência de condição social de status social confortável, estável e seguro alguns tipos de eventos tornam-se visíveis e relevantes como condições determinantes de saúde mental e de saúde social. Apesar de ser uma definição em termos sociais não há necessidade de exclusão de variáveis biológicas uma vez que alterações biológicas, independentemente de origem causal, estabelecem alguma forma de perda de "condição social de status social confortável, estável e seguro". Portanto, uma definição positiva e social de "normalidade mental" permite uma leitura multifatorial de condições determinantes de "estigma" ou de atribuição de "valor social negativo" tratados como equivalentes de "doença mental". A partir desse conceito de "saúde mental", o fato de que haja estigma a respeito da "doença mental" é uma consequência de uma perda de condição social e a "doença mental" não necessariamente é o primeiro antecedente causal da sequência de eventos classificados como próprios desse domínio empírico. Uma condição social favorável tem como consequência a reorganização de eventos na direção de efeitos facilitadores e uma condição social desfavorável a reorganização de eventos na direção de efeitos dificultadores. Logo, a recuperação de "saúde mental" tem como desafio ou barreira a conquista de condição social, sendo essa conquista de condição social imersa em relações de poder que perpassam o funcionamento social.

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