Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)

Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação. Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes. Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica. Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco. Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica. Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro

Aviso!

Aviso! A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las. Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias. Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente. Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente. A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível. https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/

sábado, 30 de janeiro de 2016

thomas szasz esquizofrenia o simbolo sagrado da psiquiatria

Livro crítico e clássico sobre esquizofrenia.

Thomas Szasz - Esquizofrenia - O símbolo sagrado da psiquiatria - Download - Pdf
http://www.4shared.com/office/PzCVRVRGba/thomas_szasz_-_Esquizofrenia_-.html

Nesse livro tem quase tudo que você precisa saber sobre esquizofrenia com uma visão diferente e crítica. Só falta saber sobre medicação no livro do paulo amarante Medicalização em psiquiatria

saude mental manifesto sociedade industrial

O conceito de «saúde mental» em
nossa sociedade é definido na medida em que o comportamento do indivíduo
se ajusta às necessidades do sistema e sem mostrar sinais de tensão.

O ministro, o coordenador, sua ideologia e a Ciência

http://cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FPolitica%2FO-ministro-o-coordenador-sua-ideologia-e-a-Ciencia%2F4%2F35400

O ministro, o coordenador, sua ideologia e a Ciência

A Reforma Psiquiátrica, considerada ideológica pelo ministro da Saúde, produziu uma imensa rede de cuidado constituída por diferentes dispositivos

Uma crítica do termo “neuroatípica”

http://psiquevulva.com/2016/01/15/uma-critica-a-utilizacao-do-termo-neuroatipica/

Texto por Ana Beys
De tempos em tempos surgem novas nomenclaturas que se popularizam nas redes sociais, nomenclaturas muitas vezes adotadas e incorporadas pelos movimentos sociais de uma forma que não parece ocorrer por elas serem mais completas ou expressarem a realidade de uma maneira melhor e sim porque tem bastante gente usando, então, “vamos usar também”! É o que me parece quando reproduzimos conceitos os quais muitas vezes não sabemos o que significam, de onde vêm e, o mais importante: se são úteis enquanto categoria de análise. Um dos mais recentes que tenho visto é o “neuroatípico”. Falando em termos de feminismo, tenho visto essa palavra sendo utilizada como a forma “correta” de se referir a mulheres com diagnósticos de doenças mentais ou sofrimento psíquico, quaisquer que eles sejam. É uma palavra que designa que o funcionamento psíquico – mais especificamente do sistema nervoso – é diferente do que seria normal ou esperado. Mas que comprovação existe, e há quem serve a ideia, de que o problema das pessoas, e especificamente das mulheres (as mais atingidas pela vasta maioria das doenças mentais e as maiores consumidoras de medicação psiquiátrica) reside em um funcionamento irregular do sistema nervoso?
Há muito tempo a psiquiatria vem impondo o modelo médico para área da Psicologia. Ou seja, existe uma coerção e um “lobby” se passando por científico para que se aceite a mente como qualquer outro órgão do corpo, que adoece e se cura da mesma forma. Que o problema de quem tem doenças mentais é um problema fisiológico. Porém, as muitas pesquisas, incluindo aí mesmo as diversas manipuladas por interesses capitais e ideológicos, não conseguem comprovar de fato que a chave do adoecimento mental encontra-se numa deficiência anatômica. A mente é muito mais complexa que, por exemplo, um rim. Tanto é que se criou uma ciência, a Psicologia, especificamente para estudar ela, que por fim é o estudo do funcionamento humano em suas diversas formas, incluindo a social. E empurrada por essa coerção médica e farmacológica, a Psicologia e as mulheres muito sofreram.
O lado social, componente central para a formação da personalidade e uma das causas das doenças mentais, é, com frequência, deixado de lado. Como feministas, como mulheres que acreditam que não tem nada de biológico no gênero, deveríamos também ser as primeiras a questionar se é a biologia a responsável pelas doenças mentais. Estudando a história da Psicologia e das mulheres, e olhando para distúrbios como a antiga histeria, anorexia e fobia social, fica claro como o desenvolvimento de distúrbios está intimamente conectado com as condições sociais, econômicas e culturais de cada período histórico. Por que pegamos para nós, então, a utilização da nomenclatura “neuroatípica”? É útil pensar, dentro do feminismo, que o problema é individual? Que ele reside no funcionamento errôneo do nosso sistema nervoso, do nosso cérebro? E qual seria o oposto, a forma “neurotípica” de funcionamento, o padrão, a normalidade? Quando uma mulher desenvolve depressão (…) por sofrer abusos verbais, físicos, emocionais, ela é neuroatípica? É a sua parte neurológica que não está funcionando bem e é, portanto, isso que deve ser nomeado ou ela está tendo uma resposta normal frente a condições, essas sim, problemáticas? Quando uma mulher sofre transtorno pós-traumático depois de sofrer violência obstétrica, de sofrer na prostituição, depois de um estupro, incesto, de apanhar do marido, ela é “neuroatípica”? Quando uma mulher desenvolve agorafobia (dificuldade de sair de casa) depois de sofrer, na rua, lesbofobia, racismo, assédios sexuais e morais, ela é neuroatípica? Se (…) admitimos que a geração de doenças mentais é multifatorial, por que nomear apenas a parte biológica, a qual (…) costuma ser o menor dos disparadores?
Não individualizemos o problema. Não coloquemos o problema como estando em nós. Ser mulher frequentemente se traduz em existir na dor. Em nascer, viver e morrer na dor, especialmente quando estão envolvidos outros marcadores como raça, classe e orientação sexual. E o que as mulheres fazem é resistir apesar do sofrimento que nos é imposto desde o nascimento por um sistema patriarcal, capitalista e branco-supremacista. Nossas reações às violências diárias e incessantes que nos ocorrem, nos mais diversos níveis, tem que ser destacadas pelo menos no feminismo, afinal, boa parte da Psicologia já faz o trabalho de manter a ideia da transposição do modelo médico para o funcionamento da mente. Por isso, acredito que a nomenclatura “neuroatípica” para se referir a mulheres em sofrimento mental não é útil nem expressa com precisão o que se passa. Nosso sofrimento não é menos real ou menos digno de estudo e de respeito por não ser biológico ou genético.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

EM MEIO AOS DELÍRIOS, DÊ LÍRIOS!

EM MEIO AOS DELÍRIOS, DÊ LÍRIOS!
Quem é louco?
Quem (de perto ou de longe) é, enfim, normal?
Há luz e ação!
Alucinação!
Somos todos. Nenhum!
Ah... Ta... Vá... Pra... PUTA... que... Partiu...
Sim, se, for, ser, hei, serei, acertei no alvo.
Somos (in)cômodos livres do comodismo de uma existência presa a um EU.
QUEM ESTOU EU? Buda, Gandhi, Papa, Frida, Zumbi
Dó, Ré, Mi, Fa, Sol, Lá, acolá, aqui.
Nós estamos a dois metros do chão!
Vocês querem que estejamos no subsolo.
Quem é COMPLETAMENTE SÃO que atire a primeira merda
Eu te desejo merda, no palco, na casa, na rua, na sua vida-normal.
Eu te desejo trevas pra quem acha que louco é bicho do mal.
Vai se tratar! Vai se curar! Vai se cuidar!
Respondo:
Vai TRATAR de CURAR esse hábito de controlar a vida alheia e CUIDAR da tua vida.
Prefiro ser todos na loucura, a ser um só na norMALidade
Com(vivo) com sua questionável sanidade todo dia e nunca quis te prender.
Talvez você já esteja preso a certezas.
A beleza da vida não está na metamorfose?
Quem és tu se achar no direito de dizer o que é melhor pra mim?
Brada aos 4 ventos que é dono de si e não se liberta do desejo de poder, de poder, de poder, de poder.
Quer saber: VAI TE PODER! VAI TE PODAR! NÃO VEM ME DOPAR.
Minhas letras não cabem no alfabeto.
A loucura é a AFIRMAÇÃO DE EXISTIR EM DIFERENÇA
O HOSPITAL a afirmação de existir a indiferença.
Deixa minha loucura caminhar!
Deixa meu delírio acon-TECER, não com-ter-ser.
Chama de maluco e só dorme com CLONAZEPAN.
Diz que eu rasgo dinheiro e se rasga, se mata por dinheiro.
Nossa voz não é alta demais, o ouvido da sociedade que é fechado
Seremos nós o excesso ou vocês a necessidade de excluir a exceção?
Ser fora-da-curva! Ser uma Curva-do-Fora!
Ser agora, daqui a pouco não MAIS.
Ser mais. Ser, mas não se prender. Seja, sem me prender.


domingo, 24 de janeiro de 2016

Thomas Szasz

“(...) a afirmação de que algumas pessoas têm uma doença chamada esquizofrenia (e de que algumas, presumivelmente, não a têm) baseia-se unicamente na autoridade médica e não em qualquer descoberta da Medicina: de que isso foi, em outras palavras, o resultado de uma tomada de decisão ética e política, e não de um trabalho científico empírico.” (SZASZ, 1978: 17)

http://frasesthomasszasz.blogspot.com.br/2015/09/esquizofrenia-o-simbolo-sagrado-da.html

“Fingindo tratar uma doença semelhante a sarampo durante seu período de incubação a fim de tratá-la melhor, o psiquiatra na realidade impõe rótulos pseudomédicos aos bodes expiatórios da sociedade, a fim de melhor prejudicá-los, rejeitá-los e destruí-los.” (SZASZ, 1976: 207)

“Geralmente, retiramos o sentido que os outros dão às suas vidas, validando nossa humanidade ao invalidar a deles.” (SZASZ, 1976: 325)

“Devo ser cruel para fazer o bem. Assim nasce o mal – e por detrás, o pior vem.” (William Shakespeare apud SZASZ, 1994: 9 epígrafe)
“A história nos ensina não apenas que os pais sempre abusaram dos filhos, mas também que cada prática abusiva socialmente adotada estava, por definição, tão bem integrada na cultura que a servia que, para uma pessoa razoavelmente aculturada, não parecia de modo algum ser um abuso.” (SZASZ, 1994: 104)
“Vivemos enganando a nós mesmos de que ter um lar e ser mentalmente saudável são nossas condições naturais – e de que nos tornamos sem-lar ou mentalmente doentes quando “perdemos” nossos lares e mentes. O oposto é que é verdade. Nascemos sem lar e sem raciocínio e temos que nos esforçar e nos alegrar se conseguirmos edificar um lar seguro e uma mente sã.” (SZASZ, 1994: 138-139)
“É mais do que certo que, sob a máscara da devoção e do gesto piedoso adoçamos, sim, o próprio demônio.” (William Shakespeare apud SZASZ, 1994: 180)

Os gregos entendiam que encontrar a verdade era um ato de descoberta que exigia remover “o véu que cobre ou oculta algo”. O véu que usamos para encobrir a verdade da condição humana é a psiquiatria. Se o levantarmos, redescobriremos os fundamentos familiares da existência, isto é, que algumas pessoas trabalham e outras não – e que o negócio da psiquiatria é distribuir alívio aos pobres (disfarçado em cuidado médico) e a adultos dependentes (cuja indolência e falta de pudor são disfarçadas em doença).” (SZASZ, 1994: 225)

“Uma vez que o paciente mental que se enquadra nos benefícios por invalidez é considerado como permanentemente incapaz de trabalhar, ele não tem que se submeter a tratamento, pode viver onde quiser e gastar seu dinheiro como bem entender; pode casar-se, divorciar-se, ter filhos e votar. Se for detido por algum crime, pode alegar insanidade. A única coisa que ele deve fazer para qualificar-se a receber os fundos federais é permanecer louco e desempregado.” (SZASZ, 1994: 247)
“A maioria das pessoas acredita que pessoas psicóticas sofrem de ilusões e alucinações, executam atos ilógicos ou sem motivo e negam sua doença. A verdade é mais simples e mais dolorosa. Os atos e as falas dos psicóticos fazem muito sentido, mas isto é algo tão perturbador que preferimos não ouvir nem entender. Essa recusa de uma pessoa normal em reconhecer o método na conduta irregular do outro pode ser uma opção existencial razoável. Mas aquele que não quer entender o outro, não tem direito a dizer que aquilo que o outro faz ou diz não faz sentido.” (SZASZ, 1994: 271)

 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

El falso mito del «cerebro normal»

http://www.abc.es/cultura/cultural/abci-falso-mito-cerebro-normal-201601141622_noticia.html


El falso mito del «cerebro normal»

Establecer el límite entre lo normal y lo patológico es complicado cuando se trata del cerebro. Vivimos en una sociedad que lo etiqueta todo y en la que el bienestar mental pretende adquirirse sin esfuerzo y recurriendo a los psicofármacos
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El consumo de ansiolíticos se ha disparado en España en la última década
¿Quién decide si estoy enfermo o sano? Una cuestión que plantean los doctores Juan Gérvas y Mercedes Pérez-Fernández en «La expropiación de la salud» (Los libros del Lince). «Nos han ido arrebatando el derecho a decidir por nosotros mismos sobre lo que nos atañe más que a nadie: la salud», sostienen. Establecer el límite entre lo normal y lo patológico es complicado, y más cuando se trata de la salud mental, difícil de chequear por métodos objetivos.
El psicólogo estadounidense Thomas Armstrong reflexionaba sobre «el mito del cerebro normal» en el «Journal of Ethics» de la Asociación Médica Americana. No hay un cerebro conservado en un frasco en el sótano de ningún museo del mundo que sirva de referencia, argumenta. Para solventarlo, los psiquiatras tienen guías de referencia, como el «Manual diagnóstico y estadístico de los trastornos mentales» (DSM) de la Asociación Americana de Psiquiatría, o, en versión europea, la «Clasificación internacional de las enfermedades» (CIE).
Pese a todo, hay gran incertidumbre sobre el umbral crítico que separa la variación normal de la patología. Existen ejemplos ilustres de cómo una personalidad obsesiva «de libro», como la de Charles Darwin, fue de gran ayuda para clasificar con meticulosidad todos los datos recogidos por el naturalista inglés en su viaje a bordo del «Beagle», forjando los cimientos de la teoría de la selección natural. Aun así el naturalista no pudo deshacerse de la ansiedad, que casi le ahoga durante los primeros días de la travesía o que le ponía tremendamente nervioso cuando tenía que recibir a sus amigos en casa.
De forma parecida, el periodista Scott Stossel ha convertido su lucha contra la ansiedad en un «best seller» («Ansiedad», Seix Barral). Un mal del que Darwin intentó librarse viviendo en el campo y acudiendo a un balneario, y que en nuestros días se combate a golpe de pastillas, pese a que a finales de los 70 alguna de sus seis formas de presentación, como los ataques de pánico, ni siquiera estaban etiquetadas y mucho menos se trataban.

De la píldora al mal

Fue un antidepresivo el que puso nombre y sacó a la luz lo que entonces se conocía como neurosis de angustia, en la terminología freudiana. Ocurrió en 1962, cuando el psiquiatra Donald Klein observó que al tratar con imipramina, uno de los primeros antidepresivos, a 200 pacientes del hospital psiquiátrico Hillside de Nueva York, se calmaba su neurosis. Dos décadas después del descubrimiento, el trastorno, ahora rebautizado, ya figuraba en el DSM-III.
El razonamiento, dice Stossel, fue que si la imipramina curaba el pánico debía existir ese trastorno. Desde entonces su diagnóstico (y tratamiento) es tan habitual que no perdona ni a los famosos: en ocasiones les hace huir del escenario. La idea de que los fármacos etiquetan en lugar de curar inspira el libro de reciente aparición «Anatomía de una epidemia» (Capitán Swing), del estadounidense Robert Whitaker.
Este periodista y escritor es uno más de los que se cuestionan si todo lo que pasa en nuestra mente ha de combatirse con píldoras, y, más importante, si la eficacia que se supone a esos fármacos es real. Además sugiere una relación entre «los medicamentos psiquiátricos y el asombroso aumento de las enfermedades mentales».
En una hora de amigable charla con viejos colegas psiquiatras descubrí que tenía cinco nuevas dolenciasAllen Frances
«Existe la creencia de que los fármacos supusieron una revolución en la salud mental, pero las enfermedades mentales en lugar de disminuir han aumentado. Y ocurre en todos los países que han adoptado esta forma de cuidado», destaca Whitaker. «Se supone que corrigen la química cerebral alterada», una premisa de partida que investigó y le llevó a conclusiones opuestas: más que corregir la química cerebral, los psicofármacos, tomados a largo plazo, la alteran.
Whitaker aporta como prueba la lucha feroz que han de mantener los psicofármacos para demostrar que son más eficaces que un placebo en los ensayos clínicos, antes de salir al mercado. En verdad no compiten más que con las expectativas de curación del propio paciente, pues esa es la definición del placebo. Y muchas veces ganan. Y curiosamente, destaca, en muchos casos tanto los que toman el nuevo principio activo como los que reciben placebo mejoran, pero los primeros recaen y necesitan ayuda médica con más frecuencia que los segundos.

Supuestas panaceas

El psiquiatra Guillermo Rendueles, que acompañó a Whitaker en la presentación del libro, explica que «en España el modelo de psiquiatría teóricamente es psicobiológico. Pero en la práctica es en realidad comercial, porque son los laboratorios los que enseñan a recetar». Y apunta a los antidepresivos inhibidores selectivos de la recaptación de la serotonina (como la fluoxetina), considerados la panacea de los males «del alma» en sus distintas variantes. Sin embargo, «producen deterioro cognitivo, alteración de la libido y más de dos tercios de las personas tratadas no logran la remisión de los síntomas». Pese a su frecuente prescripción, se echan ahora por tierra para presentar la siguiente generación de fármacos. «Los antidepresivos son eficaces mientras están en vigor las patentes», sostiene Rendueles.
La psicoterapia se abre paso como alternativa en muchos casos tan eficiente como los fármacos. Así lo avalan cada vez más estudios. Consiste en utilizar el poder de la palabra para cambiar las ideas que nos hacen sufrir. Y su efecto es duradero, porque proporciona armas para capear los momentos difíciles. «Nuestra sociedad tenía fama de acompañar en las carencias, pero eso se ha perdido y ahora hemos de arreglárnoslas solos», señala Rendueles. Sin embargo, «nos venden la sociedad del bienestar como la mejor, en la que sentirse mal no está permitido y menos si la dolencia es mental. El hombre posmoderno debe gozar por imperativo. Y si no, quiere tomar pastillas para ser feliz».
El hombre posmoderno debe gozar por imperativo o tomar pastillas para ser felizGuillermo Rendueles
Tal vez por eso nuestro país ha triplicado en una década el consumo de ansiolíticos, según la Agencia Española del Medicamento, llegando a cifras de auténtica «epidemia de psicofármacos» para combatir la ansiedad, resalta Rendueles. «En Asturias lo normal es que las mujeres mayores de 65 años las tomen. Y a diferencia del modelo anglosajón, aquí no se advierte de lo adictivas que son».
Los propios usuarios son quienes demandan en las consultas lexatines, valiums y trankimazines para anestesiar los sentimientos, como si ese fuera el camino para la realización personal, colocándolos al mismo nivel que otros bienes de consumo (tabletas, móviles o los últimos «wearables») sin los cuales nos parece imposible vivir. Quizá hemos olvidado que esos sentimientos intensos tienen en muchos casos una función evolutiva, y que sublimados, como sostenía Freud, pueden hacer que las cosas que nos hacen sufrir cambien.
Quienes más recetan los psicofármacos no son los psiquiatras sino los médicos de atención primaria. Llevados por las prisas, han cambiado su ancestral costumbre de escuchar, que también tiene efecto placebo, por la de dar pastillas para ahuyentar los males modernos que nos aquejan. Una prescripción «forzada por la creencia de sus pacientes de tener derecho a la felicidad en forma de píldoras sin necesidad de cambiar en nada sus vidas», insiste Rendueles.

Delirio de grandeza

«La medicina tuvo un delirio de grandeza al prometer el máximo de salud para este milenio», dice Rendueles. Pero si por algo se caracteriza nuestra sociedad es precisamente por cronificar las dolencias sin hallar su cura. Una paradoja especialmente relevante en los trastornos mentales, porque, debido a su gran plasticidad, el cerebro se adapta a los fármacos, los incorpora a su química, y necesita recurrir a ellos de continuo, a modo de muleta, coinciden Whitaker y Rendueles. La enfermedad mental se cronifica por el efecto de la farmacopea que pretende curarla.
El psiquiatra Allen Frances, que participó en varias ediciones del DSM, resume con humor ese afán de diagnosticarlo todo. Lo cuenta en su libro «¿Somos todos enfermos mentales?» (Ariel). «Me encontré con muchos amigos que trabajaban en el DSM 5 y estaban emocionados con sus innovaciones. Enseguida me di cuenta de que yo era candidato a muchos de los nuevos trastornos. La forma de atiborrarme de deliciosas gambas y costillas era, según el DSM 5, síndrome del comedor compulsivo. No recordar nombres y caras, un trastorno neurocognitivo leve. Mis preocupaciones y tristeza, trastorno mixto ansioso-depresivo. La pena que sentí al morir mi mujer, depresión mayor. Mi hiperactividad y distracción, síntomas claros de trastorno por déficit de atención del adulto. Una hora de amigable charla con viejos colegas psiquiatras y tenía cinco nuevas dolencias».
En esa línea, y candidato a la próxima edición del DSM, acaba de debutar el «síndrome de falta de espíritu navideño». Lo publica el «British Medical Journal». Al parecer, en el cerebro hay una red neuronal que genera la mezcla de alegría y nostalgia propias de esa época. «Millones de personas son propensas a mostrar deficiencias en esa red. Su localización es un primer paso para ayudar a este grupo de pacientes», argumentan los investigadores. Preocupante.

domingo, 3 de janeiro de 2016

ADHD Meds May Raise Risk for Psychotic Side Effects in Some Kids: Study

http://healthfinder.gov/News/Article.aspx?id=706533

Drogas estimulantes usadas no "tratamento" de TDAH podem aumentar o risco de surtos psicóticos.
Quase 2/3 das crianças e adolescentes "tratados" apresentaram reações adversas psicóticas, como alucinações, delírios, ouvir vozes.