Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsias entre psiquiatras conservadores e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Aviso!
sábado, 12 de abril de 2025
Microbiota e antipsicóticos/neurolépticos
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025
Eventos adversos dos neurolépticos/antipsicóticos
https://www.brighteon.com/77200350-075f-4b20-8a11-11e9a182a9ee
quarta-feira, 21 de junho de 2023
Bipolaridade e criatividade
Palestra: criatividade e bipolaridade na BrainTV. Evento na medicina da USP.
- Alguns artistas são bipolares ou alguns bipolares tem perfil de artista?
- Criatividade envolve certo risco de a proposta não dar certo.
- Depressão é baixa densidade de reforço positivo.
- Bipolares tem personalidade de pessoa aberta e estão sendo depreciadas socialmente como patológicas? Não haveria no constructo de bipolaridade afirmações sobre a "saúde" de ser regrado?
- Projetos criativos podem ser empolgantes.
- Criatividade envolve certa subversão e disrupção.
- Não estaria o discurso psiquiátrico afirmando implicitamente valores conservadores sobre como as pessoas devem ser?
- Tem alguma coisa para a psiquiatria que não é doença progressiva?
- É difícil se sustentar como artista pois cada nova criação tem o risco de não ser aceita no mercado. Isso seria potencialmente deprimente.
- Não há nada que garanta que um produto criativo seja valorizado socialmente. A não ser que você esteja seguindo demandas de consumo.
- Vida de artista é saudável para a medicina? É isso que resulta em prejuízo funcional e comorbidades clínicas?
sábado, 6 de maio de 2023
Caretas manicomiais, efeitos colaterais e identidade social
Profissionais de pensamento manicomial geralmente caracterizam em forma de imagem o que nomeiam como "doença mental" com caretas estranhas. Seus tratamentos têm efeitos que criam estigmas visíveis para que a pessoa possa ser identificada socialmente como diferente, o que é análogo à careta manicomial e coloca a pessoa em posição social de desvantagem.
sábado, 11 de março de 2023
Acatisia: privação de dopamina motora?
[Hipótese] Seria a acatisia (inquietação motora incômoda) um efeito de privação de dopamina motora? A acatisia se manifesta como uma tensão incômoda que leva a pessoa a se movimentar. Os neurolépticos reduzem a dopamina motora (sensação de prazer motora). Movimentos físicos produzem dopamina motora. Então se a pessoa está sempre precisando se mexer, ela estaria produzindo pequenas quantidades de dopamina. Uma descrição no nível comportamental seria a pessoa em privação motora (uma pequena contração dolorosa). Teria como produzir dopamina motora de forma mais duradoura através de comportamentos, excluindo a possibilidade de redução de dose? Produzir resposta de relaxamento motor incompatível? Produzir resposta de prazer motor incompatível? [Verificar caminho bioquímico]
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023
Invega Sustenna e variabilidade da frequência cardíaca (VFC)
Variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e Invega Sustenna
[Atualizado em 9 de fevereiro de 2023]
Eduardo Popinhak Franco
Objetivo: avaliar alegação de estabilidade de dose
Revisão conceitual
A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) ou heart rate variability (HRV) é um indicador da atividade do sistema nervoso autônomo utilizado na medicina e na psicofisiologia da neurociência ou psicologia cognitiva. A variabilidade da frequência cardíaca consiste em quanto os batimentos cardíacos variam. As sessões devem ter no mínimo 2 minutos. Foi utilizado o aplicativo Nami criado pelo ex-professor de neurociência cognitiva da UFSC Emílio Takase. O sensor utilizado foi o microfone embutido de um celular Samsung sem capinha. Ajustes foram feitos do sinal conforme indicado em documento publicado na internet durante a pandemia de Covid-19.
A variável RMSSD indica ativação do freio parassimpático e valores maiores indicam maior resiliência psicológica do organismo e reações aumentadas de relaxamento, conforto e prazer. O nervo vago liga a parte superior do coração ao cérebro e está relacionado com o sistema nervoso parassimpático (RMSSD). O resto do coração é ligado ao resto do corpo através de outros nervos, têm efeito sobre o padrão de batidas do coração e está relacioado ao sistema nervoso simpático que aumenta as reações de estresse. A coerência cardíada indica o grau em que os recursos fisiológicos do organismo estão sincronizados, aumentando a eficiência fisiológica nas atividades diárias.
Método e análise de dados
O tratamento dos dados foi realizado ao obter-se a média diária de RMSSD ao longo do mês a partir de cinco ou seis mensurações na maior parte dos dias; comparar o valor de RMSSD nos três períodos do dia obtendo a média de todos os valores de cada período do dia nas duas primeiras semanas. A coerência diária e o RMSSD diário serão obtidos posteriormente por meio da importação dos arquivos de extensão CSV de cada dia para obter o cálculo automático de estatísticas feito pelo aplicativo Nami.
A opção por obter médias diárias de RMSSD foi feita pela semelhança de metabolização dentro de um mesmo dia que se distribui pelas diferentes mensurações num mesmo dia. A média permite balancear os valores de metabolização distribuiídos nas diferentes mensurações num dia e as interferências do ambiente (atividades diárias). Essa proposta de análise de dados se confirmaria se os valores médios diários obtidos forem graduais (paramétricos). Posteriormente poderia ser feita a mensuração logo ao despertar pela manhã ao longo dos dias do mês para evitar interferência das atividades diárias, o que facilitaria a replicação do resultado dessa coleta de dados.
A pergunta que motivou a coleta de dados foi a verificação da alegação de estabilidade de dose promovida por Invega Sustenna e seu efeito terapêutico.
Foi administrado 100mg (miligramas) da injeção Invega Sustenna no glúteo. Invega Sustenna é um metabólito da risperidona que é o equivalente a risperidona pré-processado para o músculo.
Tentou-se controlar a diferença do ritmo circadiano fazendo 2 mensurações da variabilidade da frequência cardíaca ou mais em cada período do dia ao longo do mês. A média da variabilidade da frequência cardíada com base nas média em cada período do dia nas duas primeiras semanas indicou uma diferença pequena entre os três períodos do dia. Tentou-se manter estável (controlar variável) a postura sentada na mesma cadeira, a saciação da fome, a hidratação, o tempo de repouso ereto antes da mensuração, a sensação de calor e os hábitos de exercício físico. Essas variáveis foram mantidas de maneira semelhante aos hábitos diários do participante.
Resultados
O valor médio de RMSSD no dia anterior à administração de Invega Sustenna foi 28, valor não diferente do primeiro dia da administração. O valor de RMSSD foi semelhante (acima) do primeiro dia até aproximadamente o sexto dia. Do sétimo dia até o vigésimo dia o valor médio de RMSSD foi menor. Do dia vigésimo primeiro até o dia 30 o valor médio de RMSSD foi instável, com valores altos e baixos semelhantes aos da primeira semana até o dia seis e das segunda e terceira semanas. Nos dia 17, 20,21 e 29 a quantidade de mensurações foi menor do que seis, respectivamente cinco, quatro, quatro e três*. A mensuração não foi feita nos dias cinco, do décimo até décimo segundo e nos dias vigésimo sexto até vigésimo oitavo. No dia cinco houve um dia mais movimentado. Nos dias décimo até décimo segundo mudança de ambiente e de rotina. Nos dias vigésimo sexto até vigésimo nono houve mudança de ambiente, de rotina e evento altamente estressante no dia vigésimo sexto.
Os valores das mensurações de cada dia tiveram uma variação de no máximo [inserir valor]. Em alguns momentos o valor de RMSSD se estabilizou na maior parte da sessão entre cinco e dez. Mas os valores finais dessas sessões foram maiores, oito ou dez e aproxidamente treze a dezesete, devido às variações dentro da sessão e interferência de movimento e em alguns momentos contração do estômago. O aplicativo Nami corrige automaticamente as batidas do coração fora da curva (outliers), então é possível que as interferências sejam corrigidas.
Na quarta semana (dia vigésimo primeiro até dia trigésimo) os valores instáveis podem ter ocorrido devido a algum processo relacionado com a abstinência de redução de dose (já que o valor de RMSSD é inversamente proporcional à dose de neuroléptico metabolizado como foi avaliado com o comprimido Socian em 2014). Outra possibilidade é que tenha havido interferência do evento altamente estressante e da rotina. A quantidade de mensurações pode não ter afetado significativamente o valor médio de RMSSD por que valores instáveis semelhantes foram obtidos com quatro e seis mensurações por dia, respectivamente, nos dia vigésimo, vigésimo primeiro (quatro mensurações) e nos dias vigésimo segundo e vigésimo terceiro (seis mensurações). No dia vigésimo novo foram realizadas apenas três mensurações (verificar) mas o valor médio não foi diferente de outro dia em que foram realizadas seis mensurações. Adicionar uma mensuração (de cinco para seis) teve efeito pequeno no valor médio de RMSSD nos dias ao longo do mês.
Valores médios de RMSSD dos períodos dos dias das primeiras semanas obtidos para avaliar ritmo circadiano (relógio biológico).
m 17,375
t 18,9375
n 18,1875
Discussão
Pode-se afirmar que esse padrão de metabolização foi observado devido à administração da injeção no glúteo. A administração no músculo deltóide provavelmente só tornaria o início do padrão de metabolização acontecer antes mas a variação no grau de metabolização provavelmente também ocorreria.
Como os valores médios de RMSSD em dias adjacentes foi semelhante e porque os valores da quarta semana se assemelharam aos da primeira semana, optou-se por não mensurar RMSSD na quinta semana com o objetivo de replicação.
Também seria interessante avaliar o grau de regularidade ou irregularidade nos valores de RMSSD e valores máximo e mínimos para Invega Sustenna e comprimidos neurolépticos dentro de cada sessão e ao longo das sessões do mês para Invega Sustenna.
Observação: Quem tiver interesse em reanalisar os dados com a correção automática do Kubios pago. outros aplicativos e refazer os cálculos. Envie e-mail para crisedapsiquiatria.qma56@simplelogin.com
Referências:
Efeito da Medicação Neuroléptica Socian (100mg) na Variabilidade da Frequência Cardíaca
https://crisedapsiquiatria.blogspot.com/2014/07/efeito-da-medicacao-neuroleptica-socian.html
Heart rate variability: physiology, methodology and experimental possibilities
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023
Remédio para perda cognitiva na esquizofrenia
domingo, 30 de outubro de 2022
"Bipolaridade não é doença"
Autor: Phil Hickey
Referência: Behaviorism and mental health
Os critérios do DSM-IV para um episódio maníaco são dados abaixo:
A. Um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável, com duração de pelo menos 1 semana (ou qualquer duração, se a hospitalização for necessária).
B. Durante o período de perturbação do humor, três (ou mais) dos seguintes sintomas persistiram (quatro se o humor for apenas irritável) e estiveram presentes em grau significativo:
(1) autoestima inflada ou grandiosidade
(2) diminuição da necessidade de sono (por exemplo, sente-se descansado após apenas 3 horas de sono)
(3) mais falante do que o habitual ou pressão para continuar falando
(4) fuga de ideias ou experiência subjetiva que os pensamentos estão correndo
(5) distração (ou seja, atenção muito facilmente atraída para estímulos externos sem importância ou irrelevantes)
(6) aumento na atividade direcionada a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou na escola, ou sexualmente) ou agitação psicomotora
(7) envolvimento excessivo em atividades prazerosas com alto potencial de consequências dolorosas (por exemplo, envolver-se em compras desenfreadas, indiscrições ou investimentos de negócios tolos)
C. Os sintomas não atendem aos critérios para um Episódio Misto
D. A perturbação do humor é suficientemente grave para causar prejuízo acentuado na funcionamento ocupacional ou em atividades sociais habituais ou relacionamentos com outras pessoas, ou necessitar de hospitalização para evitar danos a si mesmo ou a outros, ou há recursos.
E. Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por exemplo, um droga de abuso, um medicamento ou outro tratamento) ou uma condição médica geral (por exemplo, hipertireoidismo).
Nota: Episódios do tipo maníaco que são claramente causados por tratamento com antidepressivos somáticos (por exemplo, medicação, terapia eletroconvulsiva, terapia de luz) não deve contar para um diagnóstico de Transtorno Bipolar I.
O episódio maníaco é uma parte importante do sistema DSM porque atua como base para o diagnóstico de Transtorno Bipolar. O DSM lista várias variações do Transtorno Bipolar, cada uma com seus próprios critérios específicos, mas, em geral, se uma pessoa teve um episódio maníaco ou hipomaníaco, ela tem transtorno bipolar.
Vamos dar uma olhada no critério A. Este critério exige um período distinto de humor expansivo ou irritável anormalmente e persistentemente elevado, com duração de pelo menos uma semana... O DSM define humor elevado como: uma sensação exagerada de bem-estar ou euforia. O humor expansivo é definido como uma falta de contenção em expressar seus sentimentos, frequentemente com uma superavaliação de seu significado ou importância. Finalmente, o humor irritável é definido como sendo facilmente irritado e provocado à raiva.
Assim, a própria base para um diagnóstico de Transtorno Bipolar é sentir-se particularmente bem com tudo ou sentir-se particularmente mal-humorado e irritado. Como a mesma doença pode se manifestar de maneiras tão diferentes? E tenha em mente que esses não são aspectos relativamente triviais e incidentais da chamada doença. Essas são as características definidoras. A própria essência do transtorno bipolar – de acordo com o DSM – é um episódio de profunda felicidade ou um episódio de profundo mau humor e irritabilidade. Esta é realmente uma doença estranha.
Mas vamos passar para o critério B. Isso fornece uma lista de sete “sintomas” específicos, três dos quais devem estar presentes para um diagnóstico positivo. (Aliás, se o problema de humor no critério A é “apenas irritável”, então são necessários quatro itens da lista.)
Essa prática de fornecer uma lista de sintomas e especificar quantos devem estar presentes para fornecer um diagnóstico é muito comum no DSM e levanta dificuldades óbvias. A primeira é a arbitrariedade do número escolhido. Por que três? Por que não dois ou quatro? A resposta, é claro, é porque a APA diz isso. A segunda objeção é que diferentes agrupamentos de três gerarão apresentações muito diferentes. Por exemplo, uma pessoa que atende aos critérios 1, 3 e 4 será grandiosa, muito falante e um pouco dispersa em sua escolha de tópicos. Ao passo que uma pessoa que atende aos critérios 2, 5 e 7 estará dormindo muito pouco, muito distraída, e estará estourando seus cartões de crédito em compras desenfreadas. A noção de que essas duas apresentações são de fato manifestações da mesma doença é insustentável. Isto é particularmente verdade porque a única justificativa para esta posição é que a APA assim o diga.
Uma dificuldade mais importante decorre da pergunta: por que esses problemas devem ser considerados indícios de doença? Vejamos cada um dos chamados sintomas, por sua vez.
1. auto-estima inflada ou grandiosidade.
Nesse contexto, vale ressaltar que um dos “sintomas” de um episódio depressivo maior é “sentimentos de inutilidade…”. Isso levanta a questão: o quanto a auto-estima é boa e o quanto (ou quão pouco) é patológico? Quem decide? Na prática, é claro, os trabalhadores de admissão em centros de saúde mental e hospitais tomam a decisão, e a tomada de decisão é intrinsecamente subjetiva e não confiável. De uma maneira informal, todos nós encontramos indivíduos que são “cheios de si” em um grau desagradável. Intuitivamente, atribuímos esse tipo de comportamento ou a uma tentativa de mascarar um acentuado sentimento de inferioridade ou a um fraco treinamento de socialização durante a infância. A noção de que esse traço de caráter é realmente um sintoma de uma doença é uma posição extrema para a qual a APA não oferece provas. Na verdade, não há sequer um argumento. A APA simplesmente diz isso.
2. diminuição da necessidade de sono
Este é um assunto complexo. Muito se aprendeu sobre o sono, mas muito permanece desconhecido. A insônia pode muito bem ser uma indicação de algum dano neurológico ou doença, mas pode, por outro lado, ser simplesmente um reflexo de diferenças individuais. Existem inúmeros relatos na história de indivíduos proeminentes que conseguiram perfeitamente dormir quatro ou cinco horas por noite. Outros precisam de oito ou nove. Seria necessário um exame neurológico para determinar se um determinado padrão de sono era patológico ou uma variação do normal. Mas mesmo que uma condição patológica fosse estabelecida, isso indicaria uma condição neurológica, não uma chamada doença mental. Também vale a pena notar que uma “necessidade diminuída de sono” muitas vezes nada mais é do que a ingestão excessiva de cafeína ou outras drogas estimulantes.
3. mais falante do que o normal ou pressão para continuar falando
Todos nós já encontramos indivíduos que falam demais – que monopolizam a conversa. Esse fenômeno é melhor conceituado como grosseria, ou seja, um desrespeito pelas convenções normais que direcionam as relações sociais. Essa forma particular de grosseria geralmente é resultado de um treinamento inadequado durante a infância. As crianças pequenas às vezes falam excessivamente e tentam dominar as relações sociais dessa maneira. Se não forem tomadas medidas para treiná-los para uma abordagem mais de dar e receber na conversa, eles geralmente carregam essa característica na vida adulta.
4. fuga de ideias ou experiência subjetiva que os pensamentos estão correndo
O DSM define a fuga de ideias como: “Um fluxo quase contínuo de fala acelerada com mudanças abruptas de um tópico para outro, geralmente baseadas em associações compreensíveis, estímulos de distração ou jogos de palavras. Quando grave, a fala pode ser desorganizada e incoerente.
Fica claro a partir desta definição que a verdadeira questão aqui não é tanto a fuga de ideias, mas a fuga da fala. A maioria das pessoas, de fato, experimenta fuga de ideias com bastante regularidade. Chama-se fluxo de consciência e flui como um riacho borbulhante, serpenteando e girando em voltas e reviravoltas, sobre rochas e bancos de areia, mudando e mudando sem parar. Mesmo enquanto escrevo essas palavras, por exemplo, meus pensamentos voam para córregos e rios reais que conheço. O problema não é que a pessoa experimenta uma série desconcertante de ideias sucessivas, mas sim que ela coloca essas ideias em palavras. A maioria de nós aprende a censurar o material do fluxo de consciência desde cedo e a limitar nosso discurso a itens que têm significado e relevância para nossos ouvintes. Um pequeno número de poetas e compositores conseguiu ganhar a vida dispensando esse tipo de censura, mas a maioria de nós limita nossas declarações verbais às ideias que têm força e relevância para os outros. Chamamos isso de disciplina ou autocontrole. Mais uma vez, está faltando em crianças pequenas cuja fala inicial de fato reflete o fluxo de material de consciência. Pais orgulhosos geralmente ficam encantados com isso inicialmente, porque representa um grande avanço no desenvolvimento. A maioria dos pais, no entanto, logo começa o processo de treinamento e orientação que resulta no que chamaríamos de fala normal. Se esse treinamento não ocorrer ou for frustrado por qualquer motivo, o indivíduo cresce sem adquirir essa habilidade. Tal como acontece com muitas habilidades normalmente adquiridas na infância, pode ser extremamente difícil aprender mais tarde na vida.
Essa faceta da apresentação maníaca é melhor conceituada como um déficit no treinamento e na socialização, em vez de um sintoma de uma condição médica.
5. distração (ou seja, atenção muito facilmente atraída para estímulos externos sem importância ou irrelevantes)
Isso é essencialmente a mesma coisa que o vôo de idéias discutido acima. O efeito de dividir esse fenômeno em dois “sintomas” separados é aumentar a probabilidade de um “diagnóstico” positivo. Lembre-se, são necessários três (ou mais) sintomas para um diagnóstico. Se uma pessoa exibe um vôo de ideias, é quase certo que também atenderá aos critérios de distração. Então você ganha dois hits (acertos ou pontos) pelo preço de um. O objetivo principal do DSM é gerar negócios para psiquiatras.
6. aumento na atividade direcionada a objetivos (seja socialmente, no trabalho, na escola ou sexualmente) ou agitação psicomotora
A maioria das pessoas provavelmente veria um aumento na atividade direcionada a objetivos como uma coisa boa. Pintar a garagem ou cortar a grama do quintal é melhor do que vegetar na frente da televisão. Mas não é bem isso que a APA tem em mente por “atividade direcionada a objetivos”. Em outras partes do texto, eles descrevem atividades direcionadas a objetivos que são “excessivas” e como exemplos eles mencionam: “assumir vários novos empreendimentos comerciais… sem levar em conta os riscos aparentes…” “… dia ou noite…;" “…escrevendo uma torrente de cartas sobre muitos tópicos diferentes para amigos, figuras públicas ou a mídia.”
É claro que a verdadeira questão aqui não é a atividade direcionada a objetivos como tal, mas sim a atividade irresponsável e imprudente. Mais uma vez, responsabilidade e consideração pelos outros são atributos que adquirimos durante a infância através dos métodos normais de disciplina parental, treinamento, modelagem de papéis, etc. O treinamento e disciplina nessas áreas foi, por algum motivo, negligenciado ou deficiente. A noção de que a pessoa está doente certamente não é óbvia. A APA não oferece provas ou mesmo argumentos para esta posição.
7. envolvimento excessivo em atividades prazerosas com alto potencial de consequências dolorosas (por exemplo, envolvimento em compras desenfreadas, indiscrições sexuais ou investimentos comerciais tolos)
Mais uma vez, o que está envolvido aqui é o que a maioria das pessoas chamaria de irresponsabilidade: o tipo de comportamento que tentamos desencorajar em nossos filhos através dos métodos tradicionais de disciplina e exemplo. A noção de que esses tipos de comportamentos irresponsáveis e autoindulgentes são de fato causados por uma doença diagnosticável tem um grande alcance. O transtorno bipolar, como a maioria dos outros diagnósticos do DSM, não é algo que uma pessoa tem, mas sim algo que uma pessoa faz. É constantemente apresentado pela APA e por profissionais da área, no entanto, como algo que uma pessoa tem (como diabetes) e algo que é melhor tratado com medicamentos.
Percebo que muitas pessoas lendo este post dirão que entendi tudo errado – que deturpei a realidade da condição chamada transtorno bipolar. Eles podem dizer que as pessoas com esse “diagnóstico” são “loucas” – não apenas irresponsáveis ou autoindulgentes. E há uma medida de verdade nisso. Alguns dos indivíduos que recebem esse rótulo às vezes se comportam de maneira “louca”. Mas é importante notar que no DSM, esse aspecto da questão – “características psicóticas” – é incluído quase como uma reflexão tardia. Não é uma das características definidoras de um episódio maníaco. Pelo contrário, é algo que pode estar presente.
O que a APA está fazendo aqui é tentar ter o bolo deles e comê-lo também. Ao incluir a possibilidade de traços psicóticos, eles criam a impressão de que se trata de um assunto muito sério; mas ao não fazer das características psicóticas um requisito, eles conseguem estender a rede diagnóstica para incluir pessoas com problemas relativamente leves.
Discutirei características psicóticas em posts posteriores sobre o tema “esquizofrenia”.
O fato de o lítio ter um efeito calmante em indivíduos que se comportam dessa maneira é frequentemente citado como prova de que o comportamento em questão realmente decorre de uma doença. A lógica é insustentável. Algumas cervejas podem ser muito eficazes para ajudar pessoas tímidas a superar suas inibições. Muito poucas pessoas racionais concluiriam disso que a timidez é uma doença e o álcool um “remédio”. Além disso, o lítio tem um efeito calmante em todas as pessoas – não apenas naquelas com diagnóstico de transtorno bipolar.
O carbonato de lítio é um sal – amplamente encontrado na natureza – e até 1949 era vendido abertamente nos Estados Unidos como substituto do sal de mesa. Além de ter um sabor salgado, o sal de lítio tem um efeito calmante no comportamento das pessoas. Com relação a este último, o mecanismo de ação é desconhecido. Houve inúmeras teorias propostas, mas nenhuma produziu evidências conclusivas ou reuniu muito apoio.
Em alguns aspectos, a analogia timidez/álcool mencionada anteriormente é ainda mais adequada. A pessoa cronicamente tímida pode reconhecer seu problema e tomar medidas corretivas usando os métodos tradicionais consagrados pelo tempo para efetuar mudanças pessoais. Ou ele pode simplesmente beber algumas cervejas antes de qualquer situação social. Qualquer solução para o problema funcionará. Da mesma forma, a pessoa maniacamente irresponsável pode reconhecer seus comportamentos problemáticos e enfrentá-los da maneira normal – ou pode tomar carbonato de lítio. Este último é muitas vezes bastante eficaz para atenuar os excessos comportamentais, mas, como o álcool, também tem alguns efeitos colaterais a longo prazo.
O ponto central deste e dos meus posts anteriores é que não existem doenças mentais. Existem problemas de vida – problemas que os seres humanos encontram, às vezes resolvem, às vezes convivem. As chamadas doenças mentais são uma tentativa de explicar ou compreender esses fenômenos, mas como explicações são espúrias, inúteis e, de fato, contraproducentes. São meros rótulos.
Uma analogia perfeita com a explicação da doença mental para os problemas humanos é a explicação do flogisto do fogo ou as teorias da feitiçaria da doença e da destruição das colheitas. A popularidade de um conceito é muitas vezes independente de sua validade. A teoria do fogo do flogisto é um bom exemplo. Essa teoria, que dominou os cientistas durante os anos 1600 e a maior parte dos anos 1700, sustentava que os objetos combustíveis contêm um elemento chamado flogisto, que foi liberado quando o objeto foi queimado. Objetos não inflamáveis simplesmente não tinham essa substância. No final de 1700, as evidências foram gradualmente acumuladas para desmascarar a teoria em favor das ideias de combinação de oxigênio de hoje. Muitos cientistas, no entanto, incluindo Joseph Priestley (o descobridor do oxigênio!), tentaram se apegar à teoria mais antiga. Da mesma forma, em anos anteriores, doenças e falhas nas colheitas eram frequentemente atribuídas à feitiçaria. Aqui, novamente, temos uma teoria espúria, ou seja, que doenças e falhas nas colheitas são causadas pelas ações dessas chamadas bruxas. Tal pensamento – antigamente – era muito difundido, e as queimadas de bruxas eram eventos populares. Mas o conceito era absurdo e hoje, graças à ciência, temos uma melhor compreensão das causas de doenças e quebras de safra. A popularidade é um barômetro pouco confiável para a validade conceitual. O flogisto não existe. Não existe bruxaria. E não há doenças mentais. O fogo, no entanto, existe. Falhas de colheita e doenças são realidades. E os problemas humanos da vida são reais. As pessoas são complexas e diversas e os problemas que encontramos em nossa jornada pela vida também são complexos e diversos. Alguns dos problemas que encontramos são relativamente pequenos e fáceis de lidar. Outros podem ser verdadeiramente esmagadores. Alguns são de fato problemas médicos e requerem ajuda médica. Outros não.
As chamadas doenças mentais são problemas que não requerem ajuda médica. A medicalização de todos os problemas humanos da vida é tão espúria quanto as teorias do flogisto e da feitiçaria mencionadas anteriormente. Também é contraproducente. As drogas não são uma solução eficaz para os problemas da vida, assim como a queima das chamadas bruxas não era uma solução para falhas nas colheitas ou doenças.
A medicalização de todos os problemas humanos tem a ver com território. A Associação Psiquiátrica Americana é o sindicato dos psiquiatras e tem como agenda primordial a promoção dos interesses de seus membros. Não há nada intrinsecamente errado nisso – todas as associações comerciais fazem o mesmo. Por isso existem. O problema com a APA, no entanto, é que eles têm sido tão bem sucedidos. Atualmente, seria difícil identificar qualquer problema da vida humana que não seja coberto por um “diagnóstico” do DSM. O objetivo desses diagnósticos é legitimar a intervenção psiquiátrica e a prescrição de medicamentos em todo e qualquer problema humano.
Correndo o risco de repetição, não estou dizendo que as pessoas não devem usar drogas. Não cabe a mim dizer às pessoas o que elas devem ou não ingerir. São decisões que as pessoas têm que tomar por si mesmas. O que eu contesto, porém, são as noções espúrias de que esses produtos farmacêuticos são medicamentos e que estão sendo prescritos para combater doenças.
sábado, 11 de junho de 2022
Doença bipolar I progressão 'caótica', não progressiva
https://www.medwirenews.com/mental-health/psychology/bipolar-i-disorder-disease-progression--chaotic---not-progressive/103200
Doença bipolar I progressão 'caótica', não progressiva
MedWire News : Pacientes com transtorno bipolar I apresentam progressão da doença que é aleatória ou mesmo "caótica", sugerem descobertas de um estudo de 6 anos que contradiz a pesquisa que apoia um agravamento predominante e progressivo do curso da doença.
Acredita-se amplamente que o transtorno bipolar I é tipicamente uma condição progressiva, marcada pelo encurtamento dos intervalos de bem-estar e dos ciclos interepisódios com o passar dos anos e com o aumento da contagem de episódios.
De fato, uma revisão preliminar de 40 relatórios de Ross Baldessarini (Harvard Medical School, Boston, Massachusetts, EUA) e colegas mostrou que aproximadamente um terço relata achados consistentes com essa teoria.
Para investigar mais, Baldessarini e equipe avaliaram os intervalos entre episódios (duração do ciclo) durante um período médio de 5,7 anos em 128 pacientes tratados clinicamente com idade média de 30,1 anos com transtorno bipolar I diagnosticado pelo DSM-IV.
A análise multivariada mostrou que os fatores relacionados à maior duração do ciclo incluíram menos episódios ou ciclos totais por paciente e maior tempo de internação inicial. Sexo, idade na ingestão, número do ciclo e polaridade do primeiro episódio não foram significativamente relacionados à duração do ciclo.
Quando os pesquisadores testaram mudanças específicas na duração dos intervalos eutímicos entre pacientes com seis recorrências desde o início da doença, eles descobriram uma diminuição não significativa de 2,5% dos ciclos dois a cinco.
Os autores dizem que os resultados podem ter sido influenciados pelos efeitos do tratamento, mas parecem indicar que é improvável que a maioria dos pacientes com transtorno bipolar do tipo I apresentem encurtamento progressivo dos ciclos de recorrência.
"No entanto, continua a ser interessante estudar pacientes com doenças aparentemente progressivas... como um subgrupo potencial de interesse especial. Esses pacientes devem ser avaliados quanto a possíveis diferenças biológicas, clínicas ou de resposta ao tratamento de outros pacientes com transtorno bipolar I", concluem os pesquisadores. no Journal of Affective Disorders.
MedWire ( http://www.medwire-news.md/ ) é um serviço independente de notícias clínicas fornecido pela Springer Healthcare Limited. © Springer Healthcare Ltda; 2011
Por Ingrid Gramo
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
Bipolaridade – Associação ABRATA
[Comentários sobre palestra de psiquiatra na associação brasileira de pacientes com transtorno afetivo bipolar. Meu objetivo foi mostrar outras possibilidades de decisões epistêmicas (de conhecimento). Não consegui formular um texto devido à característica da palestra. Minhas afirmações tem intenção de instigar curiosidade para procurar literatura científica. Infelizmente são comentários com nicho da análise do comportamento]
Entendimento da doença. Conviver. Controle total. (Aceitar tratamento / crônico / tratamento contínuo → Modelo médico / Estabelecendo repertório comportamental apropriado através de contingências de reforço é idealmente possível recuperar funcionalmente e terminar o tratamento)
Define saúde mental pelo gabarito social ou marcos sociais
(afetivas, profissionais, sociais, físicas e financeiras)
Qualidade cognitiva e emocional (sofisticação de repertório de classes de comportamentos operantes)
Implicações sociais e econômicas (consequência do repertório comportamental)
Def. Equilíbrio entre recursos internos e exigências externas (recursos internos entendido reducionisticamente como cérebro e exigências externas niveladas como semelhantes para todos) / recursos do organismo poderiam ser entendidos como classes de comportamento operante desenvolvidas a partir do ambiente externo)
Sintomas e sinais de uma causa subjacente (modelo médico)
Alteração do humor: sofrimento e prejuízo funcionamento global e habitual / leva em consideração o tempo (consequências de mais impacto do repertório comportamental ocorrem com o tempo)
Mais frequente do que se pensava antes. Consequências graves e complexas (Foi um constructo criado e que foi vendido à população / conjunto de comportamentos rotulados como bipolaridade → circularidade lógica: se tem presença ou ausência de comportamentos então tem bipolaridade e se tem bipolaridade então isso explica os comportamentos)
Problema 80% Genético (pesquisas genéticas com gêmeos podem ser questionadas e podem ser segundo alguns pesquisadores um mau uso da genética / ver no blog)
Uma doença como outra qualquer na medicina. Não é um construto (Para afirmar que um diagnóstico psiquiátrico tem o mesmo status de doenças do resto da medicina os estudos sobre validade diagnóstica da bipolaridade que avaliam a realidade e especificidade de entidade biológica precisariam ser impecáveis e não são).
Não se sabe o mecanismo fisiológico ou causa. Fisiologia básica. Predisposição genética e estresse (Todo mundo recebe a mensagem que se trata de genética e desequilíbrio químico / Pode ser explicado por contingências de reforço por não ter mecanismo fisiológico conhecido)
Condições de nascimento, uso de drogas, genética (saúde biológica é protetor mas não é suficiente pois é possível apresentar repertórios nomeados como bipolaridade apenas por contingências de reforço infelizmente estabelecidas).
Neurotransmissores (Desequilíbrio químico já foi refutado como explicação para transtornos mentais)
Substância química / drogas ilegais (induz comportamentos que conflitam com o gabarito social ou marcos sociais / e em si já seria um problema gerado por contingências de reforço)
Dormir cedo (Não teria como agir de maneira inapropriada durante a noite estando adormecido / favorece bem-estar)
Antidepressivos – risco de desencadear (Psicofármacos interagem com repertório comportamental e contingências de reforço)
Depressão – principal motivo de inaptidão na adolescência / não podemos esperar muito desse ser (Dependendo da eficácia no estabelecimento de contingências de reforçamento)
800 bilhões de dólares de custo. Médico, medicação, terapia, exercício. Potência profissional, INSS, sustentado pela família (Seria mais barato com tratamento eficaz)
Vida funcional. Dependência. (Classes de comportamento operante pré-requisitos e educação profissional competitiva)
Não são eles, é a doença (o repertório é a pessoa / não existe uma entidade análoga a um demônio que controla a pessoa)
Risco de suicídio – 20 a 30 vezes maior
Depressão: a mais incapacitante
Bipolar – crônica, cíclica e fases. Início entre 15 e 30 anos (Fase de estabelecimento de repertório de comportamentos por contingências de reforço / exigências sociais de desempenho)
13 anos para diagnóstico correto
Tipo 1 – 10 anos
Tipo 2 – 17 anos
7 psiquiatras antes
Antidepressivo – piora (uso crônico) – casos mais complexos / usar estabilizador de humor
Relações sociais inadequada / relações profissionais complicadas (Estabelecer repertório comportamental apropriado através de contingências de reforço eficazes)
Casa 3 vezes / Cônjuge não aguenta / acha que é contra ele / não enxerga a doença como um todo (Darwinismo: aptidão reprodutiva)
Doença cerebral – termo chave. Importante mercadologicamente (reducionismo biológico)
doenças clínicas - cardiovasculares, diabetes, hipertensão, colesterol, intestinal, neurológico (enxaqueca), obesidade / glicemia alterada / tireóide / autoimune / câncer / envelhecimento
(comportamentos incompatíveis com saúde física / tratamento danoso ou iatrogênico)
doença inflamatória (inflamação ocorre por outros motivos como comportamentos que não produzem saúde)
doença para toda a vida / verdades transitórias na medicina (Análise do comportamento está fora do radar ou visibilidade social e talvez não seja bem-vinda)
doenças psiquiátricas – pânico, ansiedade, TDAH. Outros diagnósticos – comorbidade
substância química TEPT fobia pânico TOC TDAH (contingências de reforço não favoráveis)
Não tratado / tratamento inadequado – 50% de tentativa de suicídio. 20% de suicídio
Adolescentes pensamento suicida – pais não sabem / Autoestima – insuficiência / doença / culpa / medo reação dos pais
prevalência - 3,3% a 8,3%
tratar cedo – melhor controle / 11 anos / faculdade e casamento / Isso tentou se matar e foi internado / ficão tão bem que param de tomar remédio / param e recaem (Ela induz a família a pressionar o paciente que faz desmame o que não contribui com o sucesso do desmame) / Quem se trata muito cedo pode não ter repertório comportamental suficientemente relevante para gerar prejuízos ao longo do tempo) / Se a aclamada terapia cognitiva não consegue estabelecer repertório comportamental para conseguir parar com os psicofármacos está faltando eficácia)
22-31% solteiros / 2-8% - viúvos / 10-28% - separados (Darwinismo: aptidão reprodutiva / pode ser revertido com boas intervenções ou condições sociais favoráveis)
início 10 a 30 anos / pico 15 a 19 anos
pico 15 e 30 anos
euforia é pouco comum
irritabilidade comum
estereótipo do bipolar
“abrir quadro” (contingência de reforçamento ou consequências mantém os comportamentos)
estimulantes / ECT – 15 e 16 anos
transtornos alimentares – antidepressivos
transtornos de personalidade
automutilação / tentativa suicídio várias vezes
menos 10 anos de vida: doenças clínicas – infarto
arritmia – ansioso / tratar chron / intestino irritável / corticóide / melhorar o cérebro com tratamento psiquátrico / enxaqueca (estabilizador de humor) / fibiomialgia (antidepressivo) / medicações pioram (isso não prova que é uma doença com validade impecável como no resto da medicina)
anos de vida útil
Ocorrência de depressão aumentando
bipolar: mais dias de internação hospitalar, desempenho, acidente, forense, suicídio, doenças crônicas, baixo funcionamento social, menos casamento, mais falta ao trabalho, morbidade (falta de contingências de reforçamento favoráveis a estabelecer repertório comportamental)
doença cara (persuasão para investir em tratamento psiquiátrico, terapia cognitiva, internações e ECT, etc.)
30% dos presos são bipolares (Conjunto de comportamentos inapropriados nomeados como bipolares)
ocasionam muitas perdas – impacto social / tratar sem medo (Conjunto de comportamentos inapropriados nomeados como bipolares)
diagnosticar (pode ser descrito como um conjunto de comportamentos)
depressão menos 25 anos – 3 vezes mais bipolar
depressão recorrente – bipolaridade
depressão unipolar – após 30 anos
Sem causa determinante ambiental – só a genética – bipolaridade (É chocante negligenciar as contingências de reforço a esse ponto)
superfeliz – hipomania induzida por antidepressivo (resposta da doença) (desencadeia uma doença ou interage com o repertório comportamental?)
desgaste de resposta – melhora não sustentada – resposta dos bipolares
cocaína/ alcólatra na família / maconha – psicose / crack, cocaína e álcool é consequência
impulsividade – área do humor, energia, impulsos, pensamento no cérebro (Classes de comportamento operante: relação entre organismo e ambiente)
beber – expressa mais os impulsos
doença neuroprogressiva – perde neurônio (O repertório comportamental acumula consequências prejudiciais ao longo do tempo / Na verdade é o inverso: o tratamento farmacológico causa danos cerebrais)
equilíbrio – potência (funcionamento bom – não ter sintomas) (Repertório apropriado)
antecedente familiar (É possível isolar genética do ambiente?)
depressivos atípicos - cansaço, hipersonia, comer mais, corpo pesado
60% dependência química – mulher alcoólatra é bipolar (todas) – automedicação – relaxa , diminui ansiedade (Ansiedade é determinada por contingências de reforço)
estável – nada demais (Uma expectativa social ou intolerância cultural inversamente)
venlafaxina / effexor – dual (o que é isso?) / arrogante na empresa e depressão com o fracasso /
de repente muda / era o remédio (Interessante interação entre psicofármacos e repertório comportamental / Descreve depressão como resultante de contingências de reforço de perda)
depressivo desencadear bipolaridade / hipomania – induzida por antidepressivos (interação entre psicofármacos e repertório comportamental)
estados mistos - ciclagem rápida – induzida por antidepressivos – impulsivo, rebelde, irritado, pensamento de morte (Classes de comportamento operante inapropriadas segundo expectativas sociais)
doença cronifica e fica resistente / resistência ao tratamento com antidepressivos (ECT) / medicações fortes / desgaste da resposta a antidepressivos /
demora tratar / diagnóstico rápido / cronificar / doença do cérebro / depressão e bipolar / ECT
(Consequências do repertório comportamental se acumulam e pode haver contingências de reforço matriciais (ainda não modificáveis segundo o estado atual de conhecimento))
hipomania - humor irritável e muita energia por 4 dias (comportamentos determinados por contingências de reforço / característica do repertório comportamental)
Prodrômicos – subclínico?
Problema está dentro de você (Reducionismo biológico e modelo médico)
Não controlar com remédio. Ideias de homicídio. ECT. Internação. Risco (Encolher o cérebro e repertório comportamental reduzido)
Mais de 2 anos é definição de crônica?
Tratar apenas pacientes e familiares obedientes / Só perdi 5 ex-pacientes / não quiseram internar / outros profissionais / não acompanha mais (Ato falho: disse perdeu 5 pacientes / Pode estar se fazendo de infalível / Maquiando) (Profissional infalível? Está maquiando?)
Ficar bem / Tirar remédio / doença crônica e resistência / falar para todo mundo (Induz a família e conhecidos a pressionar o paciente que faz desmame / Isso atrapalha bastante a “estabilidade” / Interpreta incidentes como recaída e não como abstinência)
Combinação de remédios / crônico (Renda previsível e tratamento com eficácia insuficiente)
ECT – desaparece sintomas de bipolaridade (ex-borderline) / cronificou / instabilidade / ciclar rápido / personalidade (Responsividade comportamental menor com cérebro danificado pela ECT / “cicla” de acordo com contingências de reforço)
Eu sou isso / psicofobia / complexo com doença psiquiátrica / desqualificando (Vender tratamento / Estigma real)
consequências boas do diagnóstico / má qualidade de vida (Consequências boas de repertório apropriado)
apego ao nome (rótulo do conjunto de comportamento)
doença do humor instável (descrição da “bipolaridade”)
receber diagnóstico / graças a deus / aliviar culpa / ficar triste (evitar punição social ou perder reforço social)
Recuperação funcional / funcionamento bom e desempenho (estabelecimento de repertório comportamental apropriado ou supressão de repertório comportamental com coquetéis de psicofármacos)
planejamento terapêutico precoce e adequado (evitar consequências prejudiciais dos comportamentos ao longo do tempo)
Tratamento: Terapia cognitiva (Se a terapia cognitiva não torna possível fazer desmame então é insuficientemente eficaz para estabelecer classes de comportamento operante apropriadas)
Supressão de repertório inapropriado com coquetéis de anticonvulsivantes / lítio / neurolépticos
Tempo para melhorar / medicação ou ECT (As contingências de reforço se alteram com o tempo?)
Asas para voar / corrente que puxa
Não consegue mais estudar / fracasso acadêmico depois do diagnóstico (Fora as contingências de reforço determinando comportamentos podem ser os efeitos negativos de coquetéis de psicofármacos)
Ler mais (descreve a medicalização da bipolaridade melhor):
https://www.madinamerica.com/2018/01/make-adolescence-permanent-bipolar-disorder/