Em economia da saúde alguns resultados indicam que a efetividade de terapias psicológicas costuma ser subestimada. A percepção de baixa efetividade das psicoterapias diminui a disposição de pagar por psicoterapias, equivalendo a menor demanda por serviços de psicoterapia, menor atratividade de oferta do serviço e menores preços de mercado. O slogan "psicologia baseada em evidências" é uma forma esperta de resolver esse problema pois o bordão e o ponto de partida é validação de procedimentos que aumente a disposição a pagar por psicoterapias baseadas em tais procedimentos. A validação é um aspecto importante nas decisões de custeio de produtos e serviços de saúde. No entanto, a discussão sobre o modelo de evidências utilizado é mais mais profunda e mesmo duvidoso quando afirma que o único critério deve ser a pirâmide de evidências a partir do modelo médico e uso de métodos estatísticos. Esse modelo é complexo, manipulável e não deve ser a única palavra na questão de evidências de tratamentos psicológicos.
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsias entre psiquiatras conservadores e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Aviso!
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
Limitações da psicoterapia por IA
A terapia rotinizada em protocolos formais de propensões a erros cognitivos, como proposta pela terapia cognitiva e seus materiais de autoajuda, é potencialmente automatizável por inteligência artificial. No entanto, uma terapia baseada em biologia do comportamento e do cérebro, descrições complementares de níveis diferentes do fenômeno de aprendizagem, supera as limitações dos padrões de racionalidade matemáticos e formais. Uma terapia baseada em biologia da aprendizagem em interação com o mundo e o próprio organismo postula que é uma necessidade fundamental observar emoções e comportamentos concretos para ser capaz de perceber de forma individualizada as dinâmicas circunstanciais em sua relação com os fenômenos de aprendizagem e do cérebro. Além disso, as descrições de experiências concretas em contextos sociais e culturais, outra base fundamental para a psicoterapia, são realizáveis apenas por pessoas com inteligência natural, observação concreta e formação em ciências humanas e sociais. Por isso, o essencial em terapias com fundamento em aprendizagem biológica e social não é atingido por modelos de psicoterapia por inteligência artificial. Qual a sua opinião sobre recorrer a esse método? O sentimento de que isso seja deprimente, compreensível a partir desse texto, é sinal da falta da consideração necessária da biologia e a experiência de interação com sistema sociais.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023
Cosmologia e escolha de terapias
Gostaria de elaborar uma lista com os posicionamentos cosmológicos ou de ontologia (natureza da realidade) implícitos em cada tipo de terapia. Escolhi como denominador comum termos sobre fisicalidade ou imaterialidade que teriam desdobramento nas concepções específicas.
Identificação com um tipo de concepção pode levar a preferência por um tipo de terapia.
Não me sinto seguro de estar fazendo uma descrição boa e completa; É uma primeira tentativa.
Neurociência cognitiva e psicologia cognitiva: matéria/cérebro e mente/espírito/cognição
Terapia corporal: vitalismo e mente/espírito
Psicanálise: mente/espírito, pulsões naturais e ciências humanas em abstrações
Neuropsicanálise: matéria/cérebro e mente/espírito
Terapia sócio-histórica: social e histórico e ciências humanas em abstrações (emergente?)
Gestalt: mente/espírito/descrição da intencionalidade
Terapias alternativas: mente/espírito/misticismo
Sistêmica: família (emergente?)
Psicossomática: corpo,mente/espírito/simbolismo
Psiquiatria e Medicamentos: Matéria/fisicalismo/cérebro/reducionismo ontológico
terça-feira, 1 de março de 2022
Patologia psiquiátrica: psicoterapia
Patologia psiquiátrica pode ser uma justificativa para salvar tratamentos psicológicos de questionamentos de ineficácia pois serve para justificar porque as pessoas não melhoram.
terça-feira, 29 de junho de 2021
Psicoterapia baseada em evidências e neurociências
Olhando os livros indicados pelo Instituto de Psicoterapia Baseada em Evidências sobre psicoterapia e neurociências fica muito claro que na verdade a intenção dessa área é fazer terapia integrativa, isto é, validar os diversos modelos de psicoterapia de forma integrativa. O que me parece uma forma de ecletismo técnico.
Neurociência da mudança psicoterapêutica
O modelo LRNG especifica que muitos dos problemas para os quais os clientes procuram ajuda envolvem padrões de comportamento recorrentes que estão fora da consciência e que causam angústia ou disfunção. Esses padrões normalmente surgem devido a experiências anteriores na vida envolvendo emoções intoleráveis que precisavam ser evitadas. Propusemos que os ingredientes essenciais da mudança duradoura consistem em (a) ativar as velhas memórias problemáticas e suas emoções associadas; (b) ter experiências emocionais corretivas que permitem que as velhas memórias sejam alteradas por meio da reconsolidação; e (c) converter essas experiências episódicas atualizadas em estruturas semânticas duradouras, praticando novas maneiras de se comportar e experimentar a si mesmo e aos outros em interação com o mundo. Introduzimos o modelo de memória integrada (IMM), afirmando que a memória episódica, a memória semântica e a emoção estão altamente inter-relacionadas - sempre que uma é ativada, as outras duas provavelmente também estão. Ao promulgar o IMM, esperávamos promover a visão de que diferentes modalidades de psicoterapia podem ser entendidas como funcionando pelo mesmo mecanismo básico, embora pareçam ter diferentes focos de interesse.
Referência:
Neuroscience of Enduring Change - Implications for Psychotherapy
Edited by RICHARD D. LANE / LYNN NADEL
sábado, 17 de abril de 2021
Psicoterapia e neurociência
Há duas formas de entendimento da relação entre neurociência e psicoterapia. Uma entende que relacionar as duas áreas permite melhorar os tratamentos psicológicos. O outro entende que não é necessário relacionar as duas áreas para entender o comportamento e realizar mudanças. Minha opinião era a segunda mas é uma perspectiva que me parece incompreendida.
O senso comum reducionista biológico acredita que as intervenções precisam ser corporais e só têm realidade se provocarem alterações corporais. Outro lado dessa forma de pensar é acreditar que a psicologia em geral é metafísica (não física) e por isso teria pouco efeito comparável com os psicofármacos ou outras intervenções corporais. Nessa perspectiva, quase todo sofrimento significativo e comportamento não esperado é redutível ao cérebro e portanto doença.
Mas qualquer mudança perceptível na qualidade de vida vai acontecer no nível celular e não está separada da vida que a pessoa leva (relação do organismo com o ambiente). O senso comum não assimila a possibilidade de emergência e não entende a relação disso com o redutível. Alterar algo no emergente também é alterar algo no redutível e vice-versa. O comportamento e seus fenômenos emergem do cérebro.
A exigência de a psicoterapia provar alterações no cérebro de acordo com as etiologias psiquiátricas é apenas dizer que a psicoterapia precisa fazer o mesmo que os psicofármacos e são os psicofármacos que são a origem da etiologia. O que me parece limitado mas pode convencer o senso comum de que é possível substituir psicofármacos por psicoterapia.
domingo, 7 de fevereiro de 2021
Banalização e abusos de psicofármacos (resumo)
Artigo de farmacêuticos mostra práticas irregulares comuns de médicos como problema de saúde pública
"A experiência trazida pelos anos de contato com a dispensação de psicofármacos no serviço público possibilitou a constatação de que há um uso indiscriminado dessa classe de medicamentos. Na busca por uma maior resolutividade para os problemas que envolvem a saúde mental dos pacientes, os médicos mantêm muitas vezes tratamentos que se estendem por anos a fio. Outras vezes, na clínica médica, prescrevem medicamentos psicoativos sem sequer escutar de forma mais atenciosa as queixas dos pacientes. Percebeu-se que, entre farmacêuticos consultados em conversas informais, o relato desse uso indiscriminado não é raro.
A carência de soluções que possibilitem alívio aos sintomas de pacientes portadores de transtornos psicológicos ou psiquiátricos tem contribuído sobremaneira para o uso de medicamentos psicoativos. Da vivência com a dispensação de medicamentos no serviço público surgiu a constatação de que, apesar dos bons resultados nos tratamentos propostos, esse tipo de medicamento nem sempre é prescrito com base na relação risco-benefício e isso aponta para seu uso indiscriminado.
Desse total, há uma maior incidência sobre as mulheres e também com elas está o maior número de utilização de psicofármacos. Isso pode ser atribuído, segundo eles, a uma maior preocupação feminina com relação à sua saúde e, consequentemente, maior frequência nas visitas médicas.
Nos atendimentos realizados na Atenção Primária à Saúde, responsável pelo tratamento dos Transtornos Mentais Comuns, não raro são encontradas prescrições repetidas de atendimentos anteriores, muitas vezes feitas por outros especialistas, sem que se revisem as causas ligadas ao diagnóstico. Essa poderia ser apontada também como uma causa que explique a utilização indevida.
Silva (2001), no sentido de abordar o paciente em seu contexto holístico, aponta para a prática da medicalização sem que sejam contempladas questões outras que interferem na saúde mental do paciente, sobre as quais muitas vezes ele não tem a oportunidade de se expressar: Ao passo que a medicina busca instantaneamente medicar o mal-estar, ou seja, a dor de existir, a psicanálise abre a possibilidade de o sujeito remediar o próprio sofrimento com a palavra, fazendo emergir a falta que o constitui enquanto sujeito. Atualmente, o uso indiscriminado de medicamentos está colocando o sujeito como espectador dos fatos em que ele transita a cada dia. Estes servem como uma tampa para remediar o que acredita não ter mais a oportunidade e a disponibilidade para solucionar. O sujeito não agride só fisicamente o seu corpo, mas também a sua alma, porque permanece em uma angústia existencial que o estabiliza e não corresponde a seus anseios.
Dentre esses “impactos” de que trata a autora na citação acima, encontram-se o consumo de drogas e medicamentos psicoativos que tratam os sintomas já apresentados, mas limitam a vida dos jovens.
Para Teixeira (2010) a prevalência do uso de substâncias psicoativas entre jovens de 18 a 25 anos tem aumentado, o que faz desse assunto uma questão de saúde pública. Nos casos em que esses jovens são estudantes de cursos na área de saúde, o comprometimento pode ser ainda maior, em função da facilidade de acesso a esse tipo de droga, tornando esse grupo ainda mais vulnerável. A preocupação deve aumentar quando se observa que estes estudantes serão profissionais responsáveis por orientações básicas de saúde. Kimura (2005), discorrendo sobre a visão de psicólogos no tratamento com psicofármacos, aponta para uma espécie de mudança de rumo que a terapêutica medicamentosa sofreu.
O que antes seria uma alternativa de tratamento para o sofrimento psíquico e seus sintomas de difícil manejo, transformou-se com o passar do tempo em “pílula da felicidade”, prometendo acabar com todos os incômodos psicológicos da existência humana. Para a autora, existe um forte apelo da propaganda para promover os medicamentos, passando a falsa ideia de solução mágica para os conflitos, desprezando, inclusive, o atendimento psicanalítico.
O uso de metáforas – paisagens, natureza, animais – e cenas de família ideal são bastante presentes na promoção dos psicofármacos. Estas imagens sugerem a possibilidade da medicação propiciar até mesmo a reintegração familiar e dissolução de conflitos.
Não menos preocupante, com o avanço dos diagnósticos em psiquiatria e neurologia, surge a necessidade da medicalização de crianças e adolescentes. Nesse contexto, Brasil (2000) esclarece: A indicação de psicofármacos para o tratamento de problemas de saúde mental em crianças e adolescentes traz preocupação mas também esperanças. Preocupação pelo risco dessas indicações tenderem a banalizar o uso como solução imediata e não como um recurso possível a partir da avaliação risco-benefício.
Sobre a questão da dependência, Forsan (2010) aponta para uma abordagem interessante em que, o uso de benzodiazepínicos para tratar sintomas da ansiedade não trata a ansiedade. O que acontece é uma falsa sensação de dependência, assim explicada pela autora: Os casos de dependência aos Benzodiazepínicos relatados na literatura ou constatados na clínica se prendem, na grande maioria das vezes, ao uso muito prolongado e com doses acima das habituais.
Antes de se considerar a dependência, pura e simples, deve-se ter em mente que, se o Benzodiazepínico não foi bem indicado e estiver sendo usado como paliativo de uma situação emocional não resolvida, como atenuante de uma situação vivencial problemática, como corretivo de uma maneira ansiosa de viver, enfim, como um “tapa-buracos” para alguma circunstância existencial anômala, então a sua supressão colocará à tona a penúria situacional em que se encontra a pessoa, dando assim a falsa impressão de dependência ou até de síndrome de abstinência.
Os autores apresentam sinais e sintomas que podem apontar para crises de abstinência, dividindo-os em físicos e psíquicos (sinais menores). Como sinais físicos os pacientes podem apresentar, tremores, sudorese, palpitações, letargia, náuseas, vômitos, anorexia, sintomas gripais, cefaléia e dores musculares. Os sinais psíquicos aparentes na crise de abstinência são insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, inquietação, agitação, pesadelos disforia, prejuízo da memória, despersonalização/desrealização. Os sinais maiores são convulsões, alucinações e delirium. Diante do exposto, os autores orientam no sentido da necessidade da retirada dos benzodiazepínicos, apesar da abstinência.
Não se deve esperar que o paciente preencha todos os critérios da síndrome de dependência para começar a retirada, uma vez que o quadro típico de dependência química – com marcada tolerância, escalonamento de doses e comportamento de busca pronunciado - não ocorre na maioria dos usuários de benzodiazepínicos, a não ser naqueles que usam altas dosagens. É importante salientar que mesmo doses terapêuticas podem levar à dependência.
A partir da experiência adquirida ao longo dos anos através do contato com pacientes do serviço público, a ideia de que a prática da medicação com psicofármacos se dava de forma indiscriminada tomou consistência. O comparecimento frequente de pacientes ao serviço, por um período de tempo prolongado, em busca dos mesmos medicamentos despertou a curiosidade sobre a abordagem desse fenômeno na literatura. Muitos são os trabalhos e pesquisas realizados neste sentido e, ao final das leituras realizadas, pode-se perceber que o uso indiscriminado de psicofármacos não é privilégio do serviço público ou apenas de consultórios psiquiátricos.
Médicos generalistas, de atenção básica ou não, prescrevem psicofármacos para tratar as mais variadas queixas dos pacientes relacionadas ao seu bem estar psíquico. Sensações como medo, angústia, ansiedade, insônia pós-traumática, tão próprios da natureza humana passaram a ser tratados como sintomas de alguma patologia, sobre a qual não se realiza uma boa anamnese, não se faz uma investigação mais profunda, nem o devido acompanhamento, seja clínico ou farmacoterapêutico. Com isso, os indivíduos que, momentaneamente, façam uso de medicamentos sedativos ou hipnóticos seguirão como usuários vida afora, até que decidam ou sejam instruídos por outro profissional a retirarem o psicofármaco utilizado.
Outra questão que pôde ser confirmada, após o confrontamento dos textos, é o uso de psicofármacos entre os idosos. Numa faixa etária em que a saúde já necessita de intervenções medicamentosas de várias ordens, a chamada polifarmácia, medicamentos com ação sobre o SNC podem, em certos casos, piorar ainda mais o estado geral do paciente, seja por interação com outros, seja por diminuir o ritmo de suas atividades, provocar mudanças na fala, nos reflexos, na marcha. Sem considerar os riscos de quedas decorrentes de tonturas, vertigens e hipotensão ortostática. Contudo, os medicamentos seguem sendo prescritos nessa população sem que haja cuidado e acompanhamento.
No que concerne à Atenção Básica à Saúde, vários são os programas de atendimento a determinados grupos, inclusive os de saúde mental, sem que sejam, contanto, elaboradas estratégias para redução do uso dessa classe de medicamentos. Os pacientes seguem sendo tratados e não há revisão das causas do diagnóstico e medicamentos prescritos por outros médicos, ou seja, os prescritores tendem a manter o medicamento se o paciente já usa, mesmo não conhecendo exatamente em que se circunstâncias ele foi prescrito, não se dando ao trabalho de reavaliar as condições do paciente e tentar uma nova conduta, caso necessário. Em se tratando de consultórios de atendimento a convênios ou particulares a utilização indevida dos psicofármacos é fruto também da pressão que a indústria farmacêutica exerce sobre os médicos. Um forte apelo nas propagandas, conhecimento das atualizações que muitas vezes o médico não possui são suficientes para a adesão dos prescritores às novidades apresentadas.
Diante de todas as situações apresentadas, é notório que há um problema grave, que pode inclusive ser considerado de saúde pública, para o qual os profissionais da área precisam lançar um olhar mais cuidadoso. É necessário mais empenho e cuidado com o manejo dessa classe de medicamentos que tanto pode solucionar problemas para quem usa como ser uma fonte de problemas. Uma ação conjunta de vários profissionais de saúde poderia ser um passo rumo ao uso racional de psicofármacos. O farmacêutico habilitado para a Atenção Farmacêutica e Farmácia Clínica pode dar o suporte farmacoterapêutico necessário a essa prática, colaborando com outras ações de saúde, inclusive medidas não farmacológicas. Substâncias psicoativas são cada vez mais utilizadas e tornam-se, na proporção de seu uso, cada vez mais imprescindíveis para os pacientes quando se busca um equilíbrio satisfatório dasaúde psíquica e manutenção do bem estar dos indivíduos. Resta aos profissionais de saúde buscarem conhecimento para promover seu uso racional, garantindo sua segurança e eficácia nos tratamentos a que se submete o paciente."
Abusos e banalização na prescrição de psicofármacos - uma revisão da literatura
quinta-feira, 7 de janeiro de 2021
Mandar para o psicólogo
Do grupo italiano do telegram Antipsy resistance
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Complementariedade Mercadológica Psiquiatria e Psicologia
A complementariedade mercadológica entre psiquiatria e psicologia é equivalente a um é e não é. A medicina torna médico (medicaliza) o psicossocial e trata o corpo. A psicologia considera os problemas de vida como um problema médico mas mesmo assim trata a vida da pessoa e os comportamentos. Há um cruzamento de naturezas do problema nas duas áreas. Ora, se o problema fosse realmente de natureza biomédica o tratamento biomédico seria suficiente. E se o problema for psicossocial o tratamento da vida e dos comportamentos seria suficiente. É apenas uma aliança mercadológica. A psiquiatria atual atua psicologicamente e lida com comportamentos ou problemas de vida. Ela não chegou num estágio de evolução de avaliar o corpo como as pessoas pensam.
sábado, 7 de março de 2020
Pesquisa cerebral está sufocando a psicoterapia
HL Mencken no livro Prejudices (1920)
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
bem-estar, comportamento e drogas psiquiátricas
domingo, 8 de dezembro de 2019
A venda de serviços Psi
declaração, fala alto e claramente sobre esse assunto
(Seligman, 1994, 8):
Decidir sobre auto-aperfeiçoamento
cursos, psicoterapia e medicamentos. . . é
difícil porque as indústrias que defendem
eles são enormes e lucrativos e tentam
vender-se com meios altamente persuasivos:
depoimentos, histórias de casos, boca a boca,
endossos. . . todas as formas lisas de publicidade.
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
Fatores da eficácia da psicoterapia
fatores determinantes que representam clientes significativos
progresso, Lambert calculou a porcentagem de
melhoria que poderia ser atribuída a cada
de várias variáveis (Lambert, 1986). Ele encontrou
“remissão espontânea” (melhora da
o problema por si só, sem qualquer tratamento)
representaram 40%, 15% adicionais do
mudança resultou de efeitos placebo (que
ele se refere a "controles de expectativa", ou seja,
que o paciente esperava melhorar sem
feito o que foi feito), enquanto outros 30%
comprovada como resultado de fatores comuns na
relacionamento, como confiança, empatia, insight,
e calor. Apenas 15% da melhoria geral
poderia ser atribuído a qualquer psique-
intervenção ou técnica Baseado em
Com essas conclusões, pode-se concluir que 85% dos
os clientes melhorariam com a ajuda de um bom
amigo, e 40% sem nem isso.
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
Efetividade da psicoterapia
1965, ele concluiu que a psicoterapia era
essencial para a recuperação de um paciente: "Temos
descobriram que os distúrbios neuróticos tendem a ser auto-
limitante, que a psicanálise não é mais
bem-sucedido do que qualquer outro método, e que de fato
todos os métodos de psicoterapia não melhoram
sobre a taxa de recuperação obtida através de
experiências de vida e tratamentos inespecíficos
(Eysenck, 1965)
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
Procura de psicoterapia e retorno à média
terapia fez as pessoas desconsiderarem melhor
fenômeno bem conhecido de “regressão a
média ”, que leva em consideração a alta
probabilidade de as pessoas procurarem tratamento
momento em que se sentem particularmente mal e que,
mais tarde, eles provavelmente sentirão
melhor. Como Dawes ressalta, se “as pessoas entram
terapia quando são extremamente infelizes,
é menos provável que sejam tão infelizes mais tarde,
independente dos efeitos da própria terapia.
Portanto, esse 'efeito de regressão' pode criar a ilusão
de que a terapia ajudou a aliviar
sua infelicidade, tenha ou não ajudo. Em
fato, mesmo que a terapia tenha sido absolutamente
prejudiciais, é menos provável que as pessoas sejam
infeliz mais tarde como quando eles entraram em terapia "
(Dawes, 1994, 44)
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
A indústria da psicologia e a criação de demanda
seu livro clássico sobre psicoterapia, Persuasão
e Cura, observado décadas atrás (8):
Ironicamente, a educação em saúde mental, que
visa ensinar as pessoas a lidar com mais eficácia
de maneira positiva com a vida, aumentou a
pedido de ajuda psicoterapêutica. Aumentando a
atenção aos sintomas que eles poderiam ter
e rotulando esses sintomas como sinais
neurose, a educação em saúde mental pode criar
ansiedades injustificadas, levando aqueles que não precisa
a procurar psicoterapia . A demanda por psicoterapia acompanha o ritmo
do fornecimento, e às vezes se tem a sensação desconfortável
que a oferta pode estar criando a demanda.
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
sábado, 7 de dezembro de 2019
Porque a Constelação Familiar funciona
domingo, 10 de novembro de 2019
The CBT Evidence Base: Statistical Spin, Linguistic Obfuscation
In this presentation I will subject elements of CBT research to a critique on its own terms - that is, from within the very 'Scientific' paradigm that CBT aspires to. I will begin arguing that as the 'third wave' of CBT (Mindfulness, CAT, ACT, DBT, etc) starts to give weight to ways of thinking that it previously disparaged, it comes to look more and more like the other psychotherapies that CBT seeks to distinguish itself from. I liken this process to that of colonisation and its way of appropriation. Next, I take issue with manualisation itself, to say that the insistence that clinicians should stick closely to manualised protocols is driven by the needs of researchers (which is to keep control of the 'variables' in their experiments) rather than in the clinical interests of patients. In the main part of the paper I will attend to the science behind the research and the ways that it gets written up. First up is the problem of 'publication bias', which when combined with the research requirements of NICE, constitutes a betrayal of the ideals of Science itself. Next, I will look closely at two interlinked well regarded research papers that demonstrate the efficacy of Mindfulness Based Cognitive Therapy, and are widely cited as examples of good research. A close reading of these papers will show that the picture is not as convincing as their abstracts would have us believe. Farhad Dalal is a psychotherapist and Group Analyst in private practice in Devon. He also works with organizations. He was Associate Fellow at the University of Hertfordshire's Business School. Currently, he is Visiting Professor at the PhD School, Open University of Holland. He was invited to give the Annual Foulkes Lecture in 2012. He has been studying and writing on the themes of psychotherapy, discrimination, equality and diversity for over twenty five years. He lectures and teaches internationally. He has published three books, Taking the Group Seriously, Race, Colour and the Processes of Racialization, and his most recent book Thought Paralysis: The Virtues of Discrimination, is a constructive critique of the Equality movements www.dalal.org.uk
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
Indicar psiquiatra e psicoterapia ineficaz
"Minha psicoterapia não tenho dúvidas que é eficaz para esse caso mas acontece que há uma deficiência biológica que não permite o cliente melhorar com minha psicoterapia".
Assim, a eficácia do psicoterapeuta fica fora de questionamento.