Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)

Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação. Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes. Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica. Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco. Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica. Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro

Aviso!

Aviso! A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las. Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias. Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente. Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente. A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível. https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Determinantes orgânicos: organicismo e funcionalismo

Tese medicalizante/internalista/organicista: funções indesejáveis de comportamentos ocorrem se e somente se houver alterações orgânicas ou em formulação alternativa alterações orgânicas são sempre necessárias e suficientes.

Tese funcionalista e externalista: funções indesejáveis de comportamentos são possíveis sem alterações orgânicas significativas ou em formulação alternativa alterações orgânicas significativas nem sempre são necessárias e nem suficientes.


domingo, 19 de janeiro de 2025

Implicações do Modelo biomédico e Análise do Comportamento

O modelo médico e a análise experimental do comportamento tem dois resultados finais diferentes em termos de explicação da estabilidade em saúde mental. Ambos os modelos tem implicações diferentes sobre possibilidades e impossibilidades de tratamento terapêutico em saúde mental.

24. A medicação contínua é o que está mantendo a estabilidade. MED (PREM)

25. A aprendizagem operante é o que está mantendo a "estabilidade" de comportamento esperado. AEC (PREM)

Como são utilizados na prática e em toda sua extensão como casos limite, cada modelo tem implicações diferentes sobre a dispensabilidade de intervenções a partir do modelo científico oposto.

Dispensabilidade mútua:

24 supõe que há um vazio de planejamento operante em termos de manutenção de contingências de reforçamento e de comportamento esperado (dispensabilidade do comportamento operante)

25 supõe que a medicação é dispensável em condições de bom controle de contingências de reforçamento (dispensabilidade de droga psiquiátrica)

Avaliação de inconsistências das proposições de dispensabilidade mútua

A afirmação costumeira de compatibilidade teórica entre terapia comportamental e tratamento contínuo com medicação psiquiátrica não testa os modelos em seus limites e extensão completa. A compatibilidade entre as duas práticas assimila a terapia comportamental dentro do modelo biomédico enquanto que a proposta de assimilação inversa do uso de drogas psiquiátricas pelo modelo científico da análise experimental do comportamento seria uma inversão de hierarquia teórica baseada no absurdo da dispensabilidade do comportamento operante e a explicação das alterações farmacológicas dentro do comportamento operante (farmacologia comportamental e biocomportamental).

Preferência epistêmica: dispensabilidade do comportamento operante é mais improvável que dispensabilidade de droga psiquiátrica pois a última é mais assimilável pela primeira sem implicação de negação da extensão de fatos científicos.

Logo, a afirmação 25 é mais retratável. A inconsistência entre as afirmações de dispensabilidade é resolvida. Infelizmente, o que aumenta as probabilidades de insucesso terapêutico em larga escala, as pessoas que acreditam nas explicações cerebrais como fundamentais e centrais, adotam na prática a dispensabilidade das considerações sobre planejamento e manutenção de contingências de reforçamento e comportamentos operantes ou a subutilização da extensão da aplicabilidade do modelo científico análise experimental do comportamento. No entanto, a questão dos tratamentos a serem utilizados é mais política, social e econômica do que científica.

Referências

Atocha Aliseda, Laura Leonides, Hypotheses testing in adaptive logics: an application to medical diagnosis, Logic Journal of the IGPL, Volume 21, Issue 6, December 2013, Pages 915–930, https://doi.org/10.1093/jigpal/jzt005

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Condicionais lógicos e cuidados psiquiátricos

Muito das crenças sobre cuidados psiquiátricos adequados na sociedade e pelos profissionais está baseado em condicionais lógicos materiais no formato "se... então..." e portanto consistem em generalizações teóricas do ponto de vista lógico. Os psiquiatras gostam de afirmar que se baseiam em fatos e dados comprovados. Na verdade estão se baseando condicionais lógicos, que não são afirmações sobre fatos do mundo, mas predições teóricas ou baseadas em exemplos de acontecimentos passados. O mesmo acontece com os familiares preocupados e sociedade. Uma das consequências disso é que afirmações condicionais permitem refutação e contrafactualidade.

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Significado explícito de estabilidade de dose

O significado explícito de estabilidade de dose é:

Estabilidade de administração de curva de dosagem suficiente.

Detalhando mais a variável temos mais duas variáveis: 

o nível mínimo da curva de dosagem

o grau de variação da curva de dosagem

É considerado um requisito necessário para a "compensação e estabilidade do quadro ou estado psiquiátrico orgânico".

domingo, 16 de julho de 2023

Lógica e behaviorismo (psicologismo) (Pt/Eng)


G. E. Zuriff - Behaviorism_ A Conceptual Reconstruction-Columbia Univ Pr (1985)

Behaviorismo Psicologista

As três epistemologias comportamentais revisadas, aquelas de Skinner, Hull e Tolman, assim como aquelas desenvolvidas por outros behavioristas, demonstram uma característica comum, apesar das diferenças em terminologia e teoria do condicionamento. Cada uma delas considera o conhecimento em termos do comportamento do conhecedor e a ciência, em particular, em termos do comportamento do cientista. Portanto, o conhecimento pode ser analisado e explicado por teorias desenvolvidas por uma ciência do comportamento, e a epistemologia se torna a psicologia do conhecimento. Em contraste com essa abordagem psicologista, em uma análise puramente formal do conhecimento, a estrutura e o conteúdo do conhecimento são considerados independentes do comportamento que os gerou e são separados de suas origens orgânicas. A análise formal tenta construir regras formais para a manipulação e interpretação dos produtos do comportamento epistêmico, regras que podem diferir consideravelmente das leis e princípios de uma teoria comportamental. Ao fazer isso, a análise formal ignora não apenas o comportamento epistêmico responsável pelos produtos, mas também o comportamento governado por regras do analista formal.

Lógica. Essas diferenças entre uma epistemologia formal e uma epistemologia empírica, ou comportamental, aparecem com mais clareza em relação às teorias da lógica.

Em uma epistemologia comportamental, a lógica é uma propriedade do comportamento verbal. É um conjunto de regras que descrevem certas relações extraídas do discurso de organismos humanos. Assim como todos os outros aspectos do comportamento, essas relações especiais aparecem por causa de certas leis do comportamento. Da mesma forma, o comportamento do lógico ao explicar as regras da lógica também deve ser explicado por uma teoria comportamental. Em um nível mais avançado, a teoria deve, além disso, explicar o comportamento do lógico na construção e na adoção de regras para lógicas não padrão.
De acordo com Hull, por exemplo, as regras da lógica padrão são adquiridas como comportamento verbal de maneira semelhante aos postulados científicos. Conforme explicado anteriormente, os postulados teóricos são adquiridos como comportamento verbal, ou são confirmados, quando um teorema é deduzido a partir de um conjunto de postulados e também é uma descrição de uma observação experimental. Da mesma forma, argumenta Hull, as regras de dedução lógica usadas para derivar o teorema também são confirmadas pela correspondência entre uma observação empírica e o teorema deduzido. Portanto, Hull conclui:

"Apesar da crença em contrário, é provável que os princípios lógicos (matemáticos) sejam essencialmente os mesmos em seu modo de validação [como os sistemas científicos]; eles parecem ser apenas regras de manipulação simbólica que foram encontradas por tentativa em uma grande variedade de situações para mediar a dedução de consequências existenciais verificadas por observação... cada teorema confirmado por observação aumenta a confiança justificada nas regras lógicas que mediaram a dedução, assim como nos próprios postulados 'empíricos'" (Hull et al., 1940, p. 7).

Assim, de acordo com Hull, os princípios da lógica, como aspectos do comportamento verbal, são adquiridos porque são reforçados pela dedução de observações experimentalmente confirmadas.

A interpretação de Hull parece deficiente em dois aspectos. Primeiro, ela não explica o comportamento dos lógicos que inventam e usam lógicas não padrão que nunca mediaram a dedução de teoremas observacionalmente confirmados. Segundo, também não explica a lógica da própria confirmação. Considere como uma lógica, L, é testada no esquema hulliano. Usando L, um teorema observacional, T, é deduzido a partir de um conjunto de postulados. Para testar T, os resultados observacionais, R, são comparados a T. De acordo com Hull, tanto L quanto o conjunto de postulados ganham confirmação se R = T. Mas isso pressupõe a lógica padrão. Considere uma lógica não padrão, L*, na qual a descoberta R = T desconfirmaria o conjunto de postulados. Portanto, uma lógica é confirmada na explicação de Hull apenas pressupondo a lógica padrão, que por si só não é confirmada pelo método hipotético-dedutivo. Em geral, para qualquer lógica L testada pelo método de Hull e qualquer conjunto de observações, sempre haverá uma lógica de confirmação na qual as observações confirmam L e outra lógica de confirmação na qual as observações desconfirmam L. Se toda forma de lógica precisasse ser confirmada da maneira prescrita por Hull, um regresso infinito seria gerado, uma vez que cada teste pressupõe uma lógica de confirmação que também precisa ser confirmada. O regresso infinito é evitado apenas porque certas formas de lógica são adotadas sem confirmação. Essas formas são o análogo formal das operações comportamentais primitivas (capítulos 6 e 7) que estabelecem as condições sob as quais o comportamento é alterado. Esses princípios primitivos podem ser reformulados como regras primitivas que governam o comportamento do organismo, embora o comportamento não seja governado por regras no sentido do capítulo 7. O princípio comportamental primitivo "Sob condições C, ocorre o comportamento D" pode ser interpretado como "A partir de um conjunto de declarações que descrevem C, o organismo passa a acreditar B, conforme expresso no comportamento D" (capítulo 8). Assim, os princípios comportamentais primitivos podem ser reformulados como uma lógica primitiva que se mantém devido à natureza do organismo, não porque seja formalmente confirmada. O único sentido em que se pode dizer que ela é confirmada é que ela presumivelmente evoluiu por meio da seleção natural.

 

Behaviorist Psychologism

The three behavioral epistemologies reviewed, those of Skinner, Hull, and Tolman, as well as those developed by other behaviorists,13 demonstrate a common characteristic, despite their differences in terminology and conditioning theory. Each views knowledge in terms of the behavior of the knower, and science, in particular, in terms of the behavior of the scientist. Therefore, knowledge can be analyzed and explained by theories developed by a science of behavior, and epistemology becomes the psychology of knowing. In contrast to this psychologistic approach, in a purely formal analysis of knowledge, the structure and contents of knowledge are considered independent of the behavior that generated them and are detached from their organismic origins. The formal analysis tries to construct formal rules for the manipulation and interpretation of the products of epistemic behavior, rules which may differ considerably from the laws and principles of a behavioral theory. In doing so, the formal analysis ignores not only the epistemic behavior responsible for the products but also the rule governed behavior of the formal analyst.14

Logic. These differences between a formal epistemology and an empirical, or behavioral, epistemology appear mostly clearly with regard to theories of logic.
In a purely formal analysis, logic is conceptualized as independent of human activity. Either it is considered a set of transcendental truths, not at all dependent on human experience for their validity, or it is viewed as one vast tautology, a set of conventions with no empirical contents. Rules of logic can be constructed in various ways, all of which are equally valid since logic is unrelated to the empirical realm.

In a behavioral epistemology, logic is a property of verbal behavior. It is a set of rules describing certain relationships extracted from the speech of human organisms. Just like all other aspects of behavior, these special relationships appear because of certain laws of behavior.15 Similarly, the behavior of the logician in explicating the rules of logic must also be explained by a behavioral theory. At a more advanced level, the theory must, in addition, account for the behavior of the logician in constructing and following rules for nonstandard logics.
According to Hull, for example, the rules of standard logic are acquired as verbal behavior in much the same way as scientific postulates are.16 As explained above, theoretical postulates are acquired as verbal behavior, or are confirmed, when a theorem is both deduced from a postulate set and is also a description of an experimental observation. Similarly, Hull argues, the rules of logical deduction used in deriving the theorem are also confirmed by the correspondence between an empirical observation and the deduced theorem. Therefore, Hull concludes:
Despite much belief to the contrary, it seems likely that logical (mathematical) principles are essentially the same in their mode of validation [as scientific systems]; they appear to be merely rules of symbolic manipulation which have been found by trial in a great variety of situations to mediate the deduction of existential sequels verified by observation. . . . each observationally confirmed theorem increases the justified confidence in the logical rules which mediated the deduction, as well as in the “empirical” postulates themselves. (Hull et ah, 1940, p. 7) Thus, according to Hull, the principles of logic, as aspects of verbal behavior, are acquired because they are reinforced by the deduction of experimentally confirmed observations.

Hull’s interpretation seems deficient on two counts. First, it does not account for the behavior ot logicians who invent and use nonstandard logics which have never mediated the deduction of observationally confirmed theorems. Second, it also fails to explain the logic of confirmation itself. Consider how a logic, L, is tested under the Hullian scheme. Using L, an observational theorem, T, is deduced from a postulate set. To test T, observational results, R, are compared to T. According to Hull, both L and the postulate set gam in confirmation if R = T. But this presupposes standard logic. Consider a nonstandard logic, L*, in which the finding R = T would dbconfirm the postulate set. Therefore, a logic is confirmed in Hull’s account only by presupposing standard logic, which is itself not confirmed by the hypothetico-deductive method. In general, tor any logic L tested by Hull’s method, and any set of observations, there is always a logic of confirmation by which the observations confirm L and another logic of confirmation by which the obsevations disconfirm L. If every form of logic needed to be confirmed in the way Hull prescribes, an infinite regress would be generated since every test presupposes a logic of confirmation itself in need of confirmation. The infinite regress is avoided only because certain forms of logic are adopted without confirmation. These forms are the formal analog of the primitive behavioral operations (chapters 6 and 7) which state the conditions under which behavior is changed. These primitive principles can be reformulated as the primitive rules governing the organism’s behavior although the behavior is not rule governed in the sense of chapter 7. The primitive behavior principle, “Under conditions C, behavior D occurs,’’ can be interpreted as, “From a set of statements describing C, the organism comes to believe B as expressed in behavior D” (chapter 8). Thus, primitive behavioral principles can be reformulated as a primitive logic which holds because of the nature of the organism, not because it is formally confirmed. The only sense in which it may be said to be confirmed is that it presumably evolved through natural selection.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Axiomatização da análise do comportamento (novo pdf)

Artigos sobre axiomatização da análise do comportamento. É interessante pela reflexão crítica que proporciona.

Há textos em alemão mais difíceis de encontrar e que tratam dos fundamentos da psicologia (incluindo behaviorismo e psicanálise). 

Talvez alguém se interesse em buscá-los e traduzi-los.

The Completeness of Systems and the Behavioral Repertoire

Robert E. Lana

The Journal of Mind and Behavior

Vol. 16, No. 4 (Autumn 1995), pp. 391-403 (13 pages)

Published By: Institute of Mind and Behavior, Inc.

Psychological Theories from a Structuralist Point of View [Disponível em:  https://link.springer.com/book/10.1007/978-3-642-84015-9 ]

Editor Hans Westmeyer

Institute of Psychology, Free University of Berlin, Habelschwerdter Allee 45, D-1000 Berlin 33, FRG

[Nesse livro há um artigo que introduz a proposta estrutural das teorias científicas e sua axiomatização. Link: https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/978-3-642-84015-9_1?pdf=chapter%20toc Também há um artigo que axiomatiza as primeiras propostas sobre o inconsciente de Freud. Link: https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/978-3-642-84015-9_2?pdf=chapter%20toc Nesse livro encontrei a referência para o artigo de Kraiker na revista européia de Análise do Comportamento.]

Kraiker, C. (1977). Zum Problem von Theorien und ihrer Anwendung in der Psychologie. In P.

Gottwald, & C. Kraiker (Eds.), Zum Verhiiltnis von Theorie und Pmxis in der Psychologie (pp.

33-46). Miinchen: GVT.

Kraiker, C. (1977). Behavioural analysis and the structural view of scientific theories. European

Journal of Behavioural Analysis and Modification, 4, 203·213. http://www.kraiker.de/struviewneu.htm

Kraiker, C. (1980). Psychoanalyse, Behaviorismus, Handlungstheorie. Miinchen: Kindler.

Nota de rodapé do artigo na revista européia de Análise do Comportamento:

All systems for the analysis of the actual behavior such as the "behavioral equation“ of Kanfer and Phillips (1970) or the scheme of Schulte (1976) may be looked upon as devices of generating possible models of the underlying theory. [Modelos são possíveis formalizações mais específicas que satisfazem os axiomas]

Kanfer, F. H. & Phillips, J. S. (1970). Learning foundations of behavior therapy. New York: Wiley & Sons.

Kanfer, F. H. & Phillips, J. S. O modelo de aprendizagem comportamental em psicologia clínica. Os princípios da aprendizagem na terapia comportamental.

Baixar: https://www.mediafire.com/file/bctvn6occ33zgfd/modelo_comportamental_kanfer&philips.pdf/file

Schulte, D. (1976). Ein Schema für Diagnose und Therapieplanung in der Verhaltenstherapie. In D. Schulte (Hrsg.), Diagnostik in der Verhaltenstherapie. München: Urban und Schwarzenberg.

[O autor Suppes escreveu artigos sobre formalização da psicologia cognitiva e alguns poucos sobre behaviorismo]

Representations and models in psychology Autores: P. Suppes, M. Pavel and J.-Cl. Falmagne

Data: Annual 1994 

De: Annual Review of Psychology(Vol. 45)

Studies in the Methodology and Foundations of Science [Livro] pp 294–311

Behaviorism Patrick Suppes 

Models and Methods in the Philosophy of Science: Selected Essays [Livro] pp 341–355

From Behaviorism to Neobehaviorism

Patrick Suppes 

Suppes, P. (1975). From behaviorism to neobehaviorism. Theory and Decision, 6(3), 269–285. https://doi.org/10.1007/BF00136198

[Nesse artigo Suppes confronta a compatibilidade entre behaviorismo e cognitivismo por meio de axiomatização]

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Razão definida (para Skinner/comportamentalmente)

 "Como C.S. Lewis afirmou, a razão é um desses traços não analisáveis, porque na tentativa de derivá-la de fatores irracionais nós destruímos suas reivindicações de correspondência com a verdade objetiva." (Carta para o editor, The sciences, Janeiro/Fevereiro 1976.)

    "Um traço derivado de fatores reivindicando correspondência com a verdade objetiva" - o que isso pode ser?

    O raciocínio como uma atividade pode ser definido. Não é um traço, um fator, ou um correspondedor com a verdade objetiva. É a análise de contingências de reforçamento, com a ajuda do qual o raciocinador pode satisfazer as contingências sem ser diretamente afetado por elas. Ao invés de jogar dados com uma probabilidade surgindo das frequências encontradas numa longa história jogando, a pessoa "examina o espaço da amostra" e age "racionalmente" a respeito de um dado cenário.

Livro Notebooks (1980), Skinner  

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Lógica e sociedade

O que a sociedade chama de boa lógica é o que ela espera das pessoas. Um raciocínio pode ser bom mas ser considerado inapropriado ou loucura se for inconveniente ou pouco frequente. Atitudes inusuais durante uma época podem se tornar usuais depois.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Série Lógica e Comportamento (atualizado)

https://crisedapsiquiatria.blogspot.com/2020/12/logica-e-sociedade.html?m=1

Lógica e sociedade

O que a sociedade chama de boa lógica é o que ela espera das pessoas. Um raciocínio pode ser bom mas ser considerado inapropriado ou loucura se for inconveniente ou pouco frequente. Atitudes inusuais durante uma época podem se tornar usuais depois.

 

https://crisedapsiquiatria.blogspot.com/2020/11/logica-e-mudanca-de-comportamento.html 

Lógica e mudança de comportamento

 O comportamento como um ramo da biologia não é lógico no sentido de articulação de proposições. Logo, argumentar não é um caminho eficaz para mudança de comportamentos. Confrontar os princípios do comportamento com a lógica é constatar absurdos lógicos em todo lugar. Escolher a lógica pode levar a desrespeitar os princípios do comportamento e isso é lido pela sociedade como loucura. Respeitar os princípios do comportamento como uma racionalidade biológica é a opção mais benéfica e impositiva.

https://crisedapsiquiatria.blogspot.com/2020/11/adesao-tradicoes-e-logica.html

Adesão a tradições e lógica

A forma mais adotada de ajustamento social é a adesão a tradições (imitação). Não se pode dizer que há uma capacidade biológica de acesso à realidade na pessoa ajustada pois aderir a tradições não envolve raciocínio mas somente conformismo e os malabarismos lógicos necessários para isso.  O resultado são  pessoas limitadas que apenas imitam (pois não sabem o que fazer) e tem pouca autonomia para pensar algo que vá além das tradições. A falta de lógica em aderir cegamente às tradições está nos malabarismos lógicos feitos para justificar a tradição não importando realmente a pesagem dos argumentos.


Lógica e análise do comportamento

Em algum lugar: O formalismo não considera os antecedentes e consequentes do comportamento verbal. Lógica não controla comportamento. O que controla comportamento (verbal ou não) é a contingência de reforçamento.

Referências:

Livro: Comportamento verbal. Autor Skinner.
Algum outro lugar da internet 

Razão definida (para Skinner/comportamentalmente)

 "Como C.S. Lewis afirmou, a razão é um desses traços não analisáveis, porque na tentativa de derivá-la de fatores irracionais nós destruímos suas reivindicações de correspondência com a verdade objetiva." (Carta para o editor, The sciences, Janeiro/Fevereiro 1976.)

    "Um traço derivado de fatores reivindicando correspondência com a verdade objetiva" - o que isso pode ser?

    O raciocínio como uma atividade pode ser definido. Não é um traço, um fator, ou um correspondedor com a verdade objetiva. É a análise de contingências de reforçamento, com a ajuda do qual o raciocinador pode satisfazer as contingências sem ser diretamente afetado por elas. Ao invés de jogar dados com uma probabilidade surgindo das frequências encontradas numa longa história jogando, a pessoa "examina o espaço da amostra" e age "racionalmente" a respeito de um dado cenário.


Livro Notebooks (1980), Skinner

Adesão a tradições e lógica

A forma mais adotada de ajustamento social é a adesão a tradições (imitação). Não se pode dizer que há uma capacidade biológica de acesso à realidade na pessoa ajustada pois aderir a tradições não envolve raciocínio mas somente conformismo e os malabarismos lógicos necessários para isso.  O resultado são  pessoas limitadas que apenas imitam (pois não sabem o que fazer) e tem pouca autonomia para pensar algo que vá além das tradições. A falta de lógica em aderir cegamente às tradições está nos malabarismos lógicos feitos para justificar a tradição não importando realmente a pesagem dos argumentos.

Lógica e mudança de comportamento

 O comportamento como um ramo da biologia não é lógico no sentido de articulação de proposições. Logo, argumentar não é um caminho eficaz para mudança de comportamentos. Confrontar os princípios do comportamento com a lógica é constatar absurdos lógicos em todo lugar. Escolher a lógica pode levar a desrespeitar os princípios do comportamento e isso é lido pela sociedade como loucura. Respeitar os princípios do comportamento como uma racionalidade biológica é a opção mais benéfica e impositiva.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

Lógica e análise do comportamento

Em algum lugar: O formalismo não considera os antecedentes e consequentes do comportamento verbal. Lógica não controla comportamento. O que controla comportamento (verbal ou não) é a contingência de reforçamento.

Referências:

Livro: Comportamento verbal. Autor Skinner.
Algum outro lugar da internet 

Lógica e esquizofrenia

Logo, o problema tem que ser resolvido com base em considerações de caráter empírico, pela experiência. Por tal método, parece possível constatar-se que a regra de modus ponens (das proposições "Se A, logo B", e "A", conclui-se "B") vale no discurso analítico. Gostaria de mencionar, no entanto, que, nos poucos contatos com pessoas psicóticas que tive, parece que elas não utilizam, como deveriam, a regra em apreço. Muitas vezes tive a impressão de que um psicótico aceita que A implica B, aceita A, mas que aparentemente não é forçado a aceitar B.

Márcio - E que B tem aí o valor de C.

Newton C.A. da Costa: - Sem a regra de modus ponens, a lógica seria muito mais complicada. Um esquizofrênico que conheci parecia às vezes não tirar as conseqüências óbvias das premissas que admitia. Ele aceitava uma série de coisas, embora não deduzisse. Tenho a impressão de que a lógica de um psicótico é tão patológica, que não permite que se tire certas conseqüências óbvias.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Crime e doença mental (erro de lógica)

"Suponhamos, por exemplo, que alguém nos garante que todo comportamento criminoso, ou todo desvio sexual, ou todos os desejos e decisões suicidas, são sintomáticos de doença mental. Hoje em dia é frequente ouvir coisas destas, notadamente por pessoas que são pagas para saber acerca disso. A primeira questão a opor a esses porta-vozes psiquiátricos, antes de começarmos e perguntar-nos se o que está sendo dito é verdade, é: "Que coisa está realmente sendo dita?" Estamos realmente perante uma autêntica afirmação contingente, ou trata-se simplesmente, em última análise, de uma questão de definição e de critérios mais ou menos arbitrariamente escolhidos? Ou seja, o que eles afirmam é que fizeram uma descoberta, talvez a descoberta de que todos os que cometem crimes são também doentes mentais, conformemente a critérios completamente independentes; ou será que eles estão tomando o próprio cometimento de um crime como um critério de doença mental, insistindo, de fato, que um tal comportamento constitui uma condição logicamente suficiente para ser doente mental, e que portanto para eles seria contraditório dizer que alguém está cometendo um crime mas não é doente mental? Em resumo, será que estamos na mesma situação do tempo em que o suicídio ainda era considerado crime pelas leis inglesas, e os júris, sem examinarem qualquer evidência psiquiátrica tecnicamente especializada, regularmente concluíam pelo veredito "Suicídio, durante perturbação do equilíbrio mental"?"

pág. 38

Livro: Pensar direito. Autor: Antony Flew.

Lógica: provas e refutações

"Mas quando se testa uma hipótese e se constata que umas de suas consequências de fato se verifica, mesmo assim não fica demonstrado que a hipótese é verdadeira. Pag. 24

Há uma assimetria da verificação e da falsificação (refutação). Basta um único contraexemplo genuíno para refutar qualquer dessas proposições. Mas por maior que seja o número de exemplos confirmatórios que se possa apresentar, é impossível [confirmar] qualquer delas de maneira correspondentemente decisiva e final. Foi essa observação lógica que levou Francis Bacon a fazer sua tão citada afirmação de que é " maior a força do caso negativo".  Pag. 24

"Toda proposição universal pode ser decisivamente falsificada (refutada), e sua contraditória verificada de modo igualmente decisivo, pela apresentação de um único contraexemplo autêntico." (pág. 34)

Livro: Pensar direito. Autor: Antony Flew.

Logo, não importa quantas vezes a pessoa não conseguiu retirar a droga psicoativa ainda não fica provado de maneira decisiva e final que é necessária para a vida toda.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Falácia Ad Hoc

"A falácia Ad Hoc é explicar um fato após ter ocorrido, mas sem que essa explicação seja aplicável a outras situações.

Freqüentemente a falácia Ad Hoc vem mascarada de argumento."

http://ateus.net/artigos/ceticismo/logica-e-falacias/

Vale a pena ler algumas listas de erro de raciocínio. Pensamentos normais ou comuns se mantém assim. A crença na psiquiatria biológica também.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Erro de raciocínio Coincidência

Correlação coincidente

Psiquiatras biológicos cometem esse erro de raciocínio ao interpretar o que acontece no ambiente em relação a ajustes de drogas psicoativas.

Se acontece depois é necessariamente causado pelo o que vêm antes.

Isto é, se confrontou a família enquanto estava sem droga psicoativa logo a causa foi desequilíbrio químico.

Exemplo:

O galo sempre canta antes do nascer do Sol. Logo, o Sol nasce porque o galo canta.

Estrutura lógica

* Ocorreu A, e depois ocorreu B.

* Logo, A é a causa de B.

Post hoc ergo propter hoc

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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A expressão latina post hoc ergo propter hoc ("depois disso, logo causado por isso") é o nome de uma falácia lógica, também conhecida como correlação coincidente, que consiste na ideia de que dois eventos que ocorram em sequência cronológica estão necessariamente interligados através de uma relação de causa e efeito[1].

Post hoc ergo propter hoc é um erro especialmente tentador, porque de fato a sequência temporal parece ser parte integrante de causalidade[2][3]. Entretanto, a falácia está em chegar a uma conclusão baseada unicamente na ordem dos acontecimentos, ao invés de tomar em consideração outros fatores que possam excluir, ou confirmar, tal conexão.

Estrutura lógica

* Ocorreu A, e depois ocorreu B.

* Logo, A é a causa de B.

Nas circunstâncias em que B é indesejado, a falácia toma a forma de "Evitando que A aconteça, B não acontecerá".

Exemplos

* O galo sempre canta antes do nascer do Sol. Logo, o Sol nasce porque o galo canta.

* Uma pessoa se muda para uma república. O fogão da república passa a apresentar problemas. Os antigos moradores da república então dizem: "Nós nunca tivemos problemas com o fogão até que você se mudou para cá. Logo você é a causa desse problema."

https://pt.wikipedia.org/wiki/Post_hoc_ergo_propter_hoc

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Reductio ad absurdum

Reductio ad absurdum

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Reductio ad absurdum (latim para "redução ao absurdo"1 , provavelmente originário do grego ἡ εις άτοπον απαγωγη, transl. e eis átopon apagoge, que significaria algo próximo a "redução ao impossível", expressão frequentemente usada por Aristóteles), também conhecida como um argumento apagógico, reductio ad impossibile ou, ainda, prova por contradição, é um tipo de argumento lógico no qual alguém assume uma ou mais hipóteses e, a partir destas, deriva uma consequência absurda ou ridícula, e então conclui que a suposição original deve estar errada. O argumento se vale do princípio da não-contradição (uma proposição não pode ser, ao mesmo tempo, verdadeira e falsa) e do princípio do terceiro excluído (uma proposição é verdadeira ou é falsa, não existindo uma terceira possibilidade).
Na lógica formal, reductio ad absurdum é usado quando uma contradição formal pode ser derivada de uma premissa, o que permite que alguém possa concluir que a premissa é falsa. Se uma contradição é derivada de uma série de premissas, isso mostra que pelo menos uma das premissas é falsa, mas outros meios devem ser utilizados para determinar qual delas.
Um exemplo de raciocínio dedutivo por redução ao absurdo foi a elegante prova matemática da irracionalidade da raiz quadrada de 2 apresentada por Aristóteles em Analytica Priora2 . Supondo que exista uma raiz racional de 2, e que ela possa ser expressa na forma a/b, é possível demonstrar que b deve ser par, e também que deve ser ímpar. Sendo absurda a hipótese de um número ser ao mesmo tempo par e ímpar, conclui-se que a raiz não pode ser expressa por um número racional.
Reductio ad absurdum também é usado muitas vezes para descrever um argumento no qual uma conclusão é derivada de uma crença que todos (ou pelo menos aqueles que argumentam contrariamente) aceitarão como falsa ou absurda. No entanto, essa é uma forma débil de redução, uma vez que a decisão de rejeitar a premissa requer que a conclusão seja aceita como absurda. Embora uma contradição formal seja, por definição, absurda (inaceitável), um argumento reductio ad absurdum simplório pode ser rejeitado simplesmente aceitando-se propositadamente a conclusão absurda, pois ela por si própria deixará transparecer o seu teor paradoxal.
Há uma concepção errônea comum de que reductio ad absurdum simplesmente denota um "argumento bobo" e é por si só uma falácia lógica. Contudo, isso não é correto. Uma redução ao absurdo apropriadamente estruturada constitui um argumento válido.