O discurso com pretensões de realidade, assim como na ficção, precisa ter verossimilhança.
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsias entre psiquiatras conservadores e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Aviso!
segunda-feira, 16 de junho de 2025
sábado, 20 de janeiro de 2024
Gøtzsche, ensaios clínicos randomizados e experimentação
Peter Gøtzsche tem um domínio excelente dos ensaios clínicos randomizados mas nessa metodologia não há tanto rigor no controle de variáveis como há na experimentação sem o uso de estatística pois pacotes ou conjuntos de variáveis são avaliados. Por isso, embora impopular com o público do blogue e da reforma psiquiátrica antimanicomial seria necessário comparar os resultados de Peter Gøtzsche e da psiquiatria crítica com as pesquisas experimentais em farmacologia comportamental, neurociência comportamental, psicobiologia e a área de biocomportamental.
Uma das tarefas e disputas da reforma psiquiátrica é um diálogo permanente com a área de substratos biológicos ou fisiologia do comportamento ou dos construtos diagnósticos. Considero que o blogue já conseguiu encontrar caminhos para o conhecimento sub-representado em críticas à psiquiatria biológica e a área de reforma psiquiátrica antimanicomial. No entanto, o diálogo com o conhecimento experimental geralmente não é feito por nenhum dos dois lados da disputa e por isso corresponde nessa caracterização ao estado atual de conhecimento sub-representado na área de saúde mental.
terça-feira, 2 de janeiro de 2024
Resenha "Psicanálise e psicomodismos" (Pasternak e Orsi)
Resenha sobre o capítulo "Psicanálise e psicomodismos" no livro "Que bobagem" de Pasternak e Orsi
O capítulo no livro "Que bobagem" de Pasternak e Orsi sobre psicanálise tem tantos compromissos com pressupostos filosóficos e modelos teóricos que o texto pode ser virado do avesso em diferentes direções como em variados posicionamentos filosóficos sobre demarcação de ciência e unidade ou pluralidade dos conceitos de método científico e tipos de ciência, modelos científicos de avaliação de evidência clínica, avaliação crítica das ciências cognitivas e biológicas na área clínica, discussões em filosofia da ciência sobre conceitos e métodos biológicos e sua relação com o social, discussões em filosofia da ciência sobre ciências naturais e humanas/sociais, discussões em filosofia da ciência sobre a subdeterminação das teorias pelos dados e a possibilidade de validade de evidências empíricas independentemente de modelos teóricos prévios, e outros debates.
A reprodução do discurso triunfalista das ciências cognitivas e biológicas que são tratadas como hierarquicamente superiores, ciências legítimas que a partir de suas próprias áreas são relativamente incontroversas e não podem ser questionadas a partir de conhecimento social ou outras formas de conhecimento indica que há um conhecimento superficial da complexidade envolvida nesse debate. O texto tem o mérito de introduzir a discussão sobre evidências clínicas em psicologia para um público amplo, apesar do tratamento do tema apresentar a discussão oferecendo respostas simples para pessoas interessadas em tomar decisões sobre saúde mental sem uma discussão sobre a variedade de controvérsias, assim direcionando e limitando as possibilidades de decisões do leitor.
domingo, 10 de abril de 2022
Decompondo as constelações familiares
sábado, 21 de agosto de 2021
[Treta] Psicanálise versus terapia cognitiva
Em termos de mecanismo de funcionamento não vejo muita diferença entre psicanálise e terapia cognitiva pois ambas partem do pensamento como causa dos comportamentos e são mentalistas. Inclusive a terapia cognitiva se derivou da psicanálise a partir de um autor ex-psicanalista (Aaron Beck).
A psicanálise tem a vantagem de considerar a cognição social das ciências humanas. A terapia cognitiva é apenas uma psicanálise que tenta mimetizar os métodos da medicina.
Por isso, não vejo nenhum motivo pelo qual não seja possível a psicanálise funcionar ou para que funcione menos que a terapia cognitiva. A terapia cognitiva tem ambições de hegemonia e praticamente tudo o que faz tem essa finalidade em vista.
Se eu não conhecesse bem a reforma psiquiátrica eu poderia ser o estereótipo de um cientificista.
domingo, 8 de dezembro de 2019
Psychoanalysis as Pseudoscience
KEVIN MACDONALD
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
A venda de serviços Psi
declaração, fala alto e claramente sobre esse assunto
(Seligman, 1994, 8):
Decidir sobre auto-aperfeiçoamento
cursos, psicoterapia e medicamentos. . . é
difícil porque as indústrias que defendem
eles são enormes e lucrativos e tentam
vender-se com meios altamente persuasivos:
depoimentos, histórias de casos, boca a boca,
endossos. . . todas as formas lisas de publicidade.
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
Fatores da eficácia da psicoterapia
fatores determinantes que representam clientes significativos
progresso, Lambert calculou a porcentagem de
melhoria que poderia ser atribuída a cada
de várias variáveis (Lambert, 1986). Ele encontrou
“remissão espontânea” (melhora da
o problema por si só, sem qualquer tratamento)
representaram 40%, 15% adicionais do
mudança resultou de efeitos placebo (que
ele se refere a "controles de expectativa", ou seja,
que o paciente esperava melhorar sem
feito o que foi feito), enquanto outros 30%
comprovada como resultado de fatores comuns na
relacionamento, como confiança, empatia, insight,
e calor. Apenas 15% da melhoria geral
poderia ser atribuído a qualquer psique-
intervenção ou técnica Baseado em
Com essas conclusões, pode-se concluir que 85% dos
os clientes melhorariam com a ajuda de um bom
amigo, e 40% sem nem isso.
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
Efetividade da psicoterapia
1965, ele concluiu que a psicoterapia era
essencial para a recuperação de um paciente: "Temos
descobriram que os distúrbios neuróticos tendem a ser auto-
limitante, que a psicanálise não é mais
bem-sucedido do que qualquer outro método, e que de fato
todos os métodos de psicoterapia não melhoram
sobre a taxa de recuperação obtida através de
experiências de vida e tratamentos inespecíficos
(Eysenck, 1965)
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
Procura de psicoterapia e retorno à média
terapia fez as pessoas desconsiderarem melhor
fenômeno bem conhecido de “regressão a
média ”, que leva em consideração a alta
probabilidade de as pessoas procurarem tratamento
momento em que se sentem particularmente mal e que,
mais tarde, eles provavelmente sentirão
melhor. Como Dawes ressalta, se “as pessoas entram
terapia quando são extremamente infelizes,
é menos provável que sejam tão infelizes mais tarde,
independente dos efeitos da própria terapia.
Portanto, esse 'efeito de regressão' pode criar a ilusão
de que a terapia ajudou a aliviar
sua infelicidade, tenha ou não ajudo. Em
fato, mesmo que a terapia tenha sido absolutamente
prejudiciais, é menos provável que as pessoas sejam
infeliz mais tarde como quando eles entraram em terapia "
(Dawes, 1994, 44)
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
A indústria da psicologia e a criação de demanda
seu livro clássico sobre psicoterapia, Persuasão
e Cura, observado décadas atrás (8):
Ironicamente, a educação em saúde mental, que
visa ensinar as pessoas a lidar com mais eficácia
de maneira positiva com a vida, aumentou a
pedido de ajuda psicoterapêutica. Aumentando a
atenção aos sintomas que eles poderiam ter
e rotulando esses sintomas como sinais
neurose, a educação em saúde mental pode criar
ansiedades injustificadas, levando aqueles que não precisa
a procurar psicoterapia . A demanda por psicoterapia acompanha o ritmo
do fornecimento, e às vezes se tem a sensação desconfortável
que a oferta pode estar criando a demanda.
Michael Shermer - The Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience
sábado, 7 de dezembro de 2019
Porque a Constelação Familiar funciona
terça-feira, 26 de novembro de 2019
Críticas a psicologia positiva
domingo, 10 de novembro de 2019
The CBT Evidence Base: Statistical Spin, Linguistic Obfuscation
In this presentation I will subject elements of CBT research to a critique on its own terms - that is, from within the very 'Scientific' paradigm that CBT aspires to. I will begin arguing that as the 'third wave' of CBT (Mindfulness, CAT, ACT, DBT, etc) starts to give weight to ways of thinking that it previously disparaged, it comes to look more and more like the other psychotherapies that CBT seeks to distinguish itself from. I liken this process to that of colonisation and its way of appropriation. Next, I take issue with manualisation itself, to say that the insistence that clinicians should stick closely to manualised protocols is driven by the needs of researchers (which is to keep control of the 'variables' in their experiments) rather than in the clinical interests of patients. In the main part of the paper I will attend to the science behind the research and the ways that it gets written up. First up is the problem of 'publication bias', which when combined with the research requirements of NICE, constitutes a betrayal of the ideals of Science itself. Next, I will look closely at two interlinked well regarded research papers that demonstrate the efficacy of Mindfulness Based Cognitive Therapy, and are widely cited as examples of good research. A close reading of these papers will show that the picture is not as convincing as their abstracts would have us believe. Farhad Dalal is a psychotherapist and Group Analyst in private practice in Devon. He also works with organizations. He was Associate Fellow at the University of Hertfordshire's Business School. Currently, he is Visiting Professor at the PhD School, Open University of Holland. He was invited to give the Annual Foulkes Lecture in 2012. He has been studying and writing on the themes of psychotherapy, discrimination, equality and diversity for over twenty five years. He lectures and teaches internationally. He has published three books, Taking the Group Seriously, Race, Colour and the Processes of Racialization, and his most recent book Thought Paralysis: The Virtues of Discrimination, is a constructive critique of the Equality movements www.dalal.org.uk
quinta-feira, 31 de outubro de 2019
Indicar psiquiatra e psicoterapia ineficaz
"Minha psicoterapia não tenho dúvidas que é eficaz para esse caso mas acontece que há uma deficiência biológica que não permite o cliente melhorar com minha psicoterapia".
Assim, a eficácia do psicoterapeuta fica fora de questionamento.