Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)

Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação. Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes. Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica. Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco. Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica. Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro

Aviso!

Aviso! A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las. Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias. Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente. Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente. A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível. https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Paciente produtor de saúde (prosumo)

Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação.

Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes. 

Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica.

Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco.

Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica.

Em termos econômicos, o médico, que vende seus serviços, ainda é um "produtor". O paciente, em contraste, não é apenas um consumidor, mas um "prosumidor" ativo também, capaz de fazer uma contribuição cada vez maior à produção econômica de riqueza ou saúde. Algumas vezes, o produtor e o prosumidor trabalham juntos; outras trabalham independentemente ou ainda com propósitos cruzados. Contudo, as estatísticas e previsões convencionais da área da saúde, em sua grande maioria, ignoram as mudanças ocorridas nesses papéis e relacionamentos.

Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Esquizofrenia nos anos 40

Nos anos 40 a psiquiatria publicava livros em que aparecia o uso não polêmico da expressão esquizofrênicos curados. Depois da introdução dos remédios a cura se tornou polêmica ou considerada impossível.

Exame das funções mentais (Semiologia psiquiátrica) - Dr. Joubert T. Barbosa (Anos 40)

Prosumidores da saúde

Prosumidores da saúde

 https://drive.google.com/file/d/1xHj_qpLgoEPsKAbjyTXQ9-lMjJKVLGeY/view?usp=sharing

Escola anatomo-clínica (Kraeplin) - Anos 40

Exame das funções mentais (Semiologia psiquiátrica) - Dr. Joubert T. Barbosa (Anos 40)

Escola anatomo-clínica - Afim de procurar estabelecer uma relação entre a presença de determinada alteração morbida do carater e uma anomalia funcional ou determinada alteração organica, procura-se conhecer detalhadamente todos os sintomas, recorrendo-se a todos os métodos semiológicos. Citam-se como grandes defensores desta escola Kraeplin, Wernicke, Vogt, S. de Sanctis, Regis. Entre nós, destacamos H. Roxo, Adauto Botelho, Heitor Carrilho. (p. 200)

Kraeplin, um dos maiores expoentes da psiquiatria, aparece aqui também como autor principal da classificação sintomatológica.

Kraeplin agrupou as psicoses segundo os sintomas proeminentes, curso e terminação dos estados mórbidos.

Embora tal base de classificação seja a mais interessante, apresenta, entretantom algumas desvantagens: a) um sintoma proeminente póde ser comum a diversas entidades nosológicas; b) os sintomas que pertencem à perturbação mental básica pode estar mascarados por sintomas secundários; c) a terminação e o curso de um uma entidade nosológica nem sempre se processa de uma mesma forma.

Ha atualmente uma tendência a considerar a psicose, não como entidades definidas - semelhantes a tipo padrões - mas como uma complexidade de sintomas exprimindo um modo de reação em face do ambiente.

(p.201-202).


Psicodiagnótico de Rorschach (Anos 40)

Psicodiagnótico de Rorschach. Capítulo do livro Exame das funções mentais (Semiologia psiquiátrica) - Dr. Joubert T. Barbosa (Anos 40)

Um capítulo de 5 páginas. É um teste que mostra manchas de tinta. O que chamou atenção foi a confiança absoluta nos resultados do teste, o uso não polêmico da expressão esquizofrênicos curados (que depois dos remédios se tornou polêmica) e o cálculo de um índice de estereotipia nas respostas. A maneira de responder é correlacionada com diagnósticos.

As ciências sociais tem senso crítico sobre as estereotipias. O que não havia na psiquiatria dos anos 40.

sábado, 22 de janeiro de 2022

Prognósticos na década de 40

Um livro de psiquiatria da década de 40. Lá já tinha crítica sobre os prognósticos de Kraeplin: não são previsíveis como os kraeplianos previam. Hoje em dia os pacientes são condenados pelo prognóstico com uma bola de cristal mágica na tradição de Kraeplin.


Exame das funções mentais (Semiologia psiquiátrica) - Dr. Joubert T. Barbosa (Anos 40)

domingo, 16 de janeiro de 2022

Assassinato e primatologia

Para nós humanos, os autores previram uma taxa de homicídio de 2% na origem de nossa espécie. Isso está de acordo com nossos ancestrais primatas.

Link 1 (inglês):

 https://arstechnica.com/science/2016/09/controversial-study-pins-humans-murderous-ways-on-our-primate-ancestors/#:~:text=According%20to%20the%20study%2C%20the,murder%20in%20the%20300%20deaths).&text=For%20us%20humans%2C%20the%20authors,line%20with%20our%20primate%20ancestors.

Link 2 (inglês):

https://www.theguardian.com/science/2016/sep/28/natural-born-killers-humans-predisposed-to-study-suggests

Agressão e lobo frontal: estrutura e função

A literatura de neurociência enfatiza bastante que lesões na estrutura do lobo frontal/córtex frontal aumenta a probabilidade (são fatores de risco) de agressões. Ainda não encontrei críticas a essa perspectiva. Mas um foco apenas estrutural não parece ajudar a prevenir agressões por não ser explicação completa. A literatura usa estatística que indicam probabilidades. Isso não significa que haja uma relação necessária e que ocorra sempre. Também existe a explicação funcional (relação entre ambiente e organismo) da agressão na análise do comportamento. O risco é desconsiderar a função e partir para prognósticos pessimistas sobre a estrutura cerebral lesionada.


https://www.jneurosci.org/content/38/29/6505

Artigo de 2018:

DECLARAÇÃO DE SIGNIFICAÇÃO Os comportamentos agressivos representam riscos significativos para a saúde pública. Compreender a etiologia da agressão é primordial para a redução da violência. As investigações da base neural da agressão têm apoiado amplamente interpretações correlacionais, em vez de causais, e os processos mediadores subjacentes à relação pré-frontal-agressão ainda precisam ser bem elucidados.

Apesar desses achados, pouco se sabe sobre o papel causal do córtex pré-frontal no comportamento agressivo. As conclusões das pesquisas existentes sobre os fundamentos neurais da agressão têm sido amplamente correlacionais. Três estudos conhecidos testaram o efeito da regulação positiva do córtex pré-frontal na agressão usando o Taylor Aggression Paradigm e a estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS), uma técnica não invasiva que influencia a excitabilidade neural ao fornecer uma corrente elétrica direta, contínua e de baixa intensidade para áreas corticais entre eletrodos anodais e catódicos (Brunoni et al., 2012). No entanto, os resultados foram misturados. Um estudo documentou que a regulação positiva do CPFDL direito reduziu a agressão proativa em homens (Dambacher et al., 2015b), enquanto outro revelou que o aumento da atividade do CPFDL esquerdo resultou em comportamento mais agressivo quando os participantes estavam com raiva (Hortensius et al., 2012). Em contraste, a regulação positiva do córtex frontal inferior não teve um efeito significativo na agressão (Dambacher et al., 2015a).

Haldol, esquizofrenia e agressão (atualizado)

 [Comentário:Ausência de evidência de qualidade não é necessariamente evidência de ausência para agressão. É difícil fazer pesquisas sobre isso. Também pode haver falta de interesse principalmente se os resultados não forem favoráveis à indústria farmacêutica]

Haloperidol para agressão a longo prazo na psicose

Artigo de revisão cochrane de 2016

Introdução: Haloperidol é usado para tratar pessoas com agressividade de longo prazo. A agressividade pode levar à hospitalização e aumento de tempo de internação.

Resultados principais: Não temos evidências de boa qualidade da eficácia absoluta do haloperidol para pessoas com agressividade de longo prazo.                                                             

Nenhum dado válido sobre desfechos do serviço (uso de hospital/polícia), satisfação com o tratamento, aceitação do tratamento, qualidade de vida ou economia.

Conclusões dos autores: Apenas um estudo pôde ser incluído e a maioria dos dados estava fortemente distorcida, quase impossível de interpretar e de baixa qualidade.

Mais estudos relevantes são necessários para avaliar o uso de haloperidol no tratamento de agressão de longo prazo/persistente em pessoas que vivem com psicose.

Análise

 

 27 de novembro de 2016;11(11):CD009830.
 doi: 10.1002/14651858.CD009830.pub2.

Haloperidol para agressão a longo prazo na psicose

Afiliações 
Artigo gratuito do PMC

Resumo

Introdução : Transtornos psicóticos podem levar algumas pessoas a ficarem agitadas. Caracterizado por inquietação, excitabilidade e irritabilidade, isso pode resultar em comportamento verbal e fisicamente agressivo - e ambos podem ser prolongados. A agressão no ambiente psiquiátrico impõe um desafio significativo aos clínicos e risco aos usuários do serviço; é uma causa frequente de internação em unidades de internação. Se as pessoas continuarem agressivas, pode prolongar a hospitalização. Haloperidol é usado para tratar pessoas com agressividade de longo prazo.

Objetivos: Examinar se o haloperidol isolado, administrado por via oral, intramuscular ou intravenosa, é um tratamento eficaz para a agressão de longo prazo/persistente na psicose.

Métodos de busca: Pesquisamos no Cochrane Schizophrenia Group Trials Register (julho de 2011 e abril de 2015).

Critérios de seleção: Incluímos ensaios clínicos randomizados (RCT) ou ensaios duplo-cegos (implicando randomização) com dados utilizáveis ​​comparando haloperidol com outro medicamento ou placebo para pessoas com psicose e agressão a longo prazo/persistente.

Coleta e análise de dados: Um autor da revisão (AK) extraiu os dados. Para dados dicotômicos, um autor da revisão (AK) calculou as razões de risco (RR) e seus intervalos de confiança de 95% (CI) com base na intenção de tratar com base em um modelo de efeito fixo. Um autor da revisão (AK) avaliou o risco de viés para os estudos incluídos e criou uma tabela de 'Resumo dos achados' usando o GRADE.

Resultados principais: Não temos evidências de boa qualidade da eficácia absoluta do haloperidol para pessoas com agressividade de longo prazo. Um estudo randomizando 110 pessoas cronicamente agressivas para três drogas antipsicóticas diferentes atendeu aos critérios de inclusão. Quando o haloperidol foi comparado com olanzapina ou clozapina, dados distorcidos (n=83) com alto risco de viés sugeriram alguma vantagem em termos de pontuações de escala de significado clínico incerto para olanzapina/clozapina para 'agressão total'. Os dados estavam disponíveis para apenas um outro desfecho, deixando o estudo mais cedo. Quando comparado com outros medicamentos antipsicóticos, as pessoas alocadas para haloperidol não eram mais propensas a deixar o estudo (1 RCT, n = 110, RR 1,37, IC 0,84 a 2,24, evidência de baixa qualidade). Embora houvesse alguns dados para os resultados listados acima,não havia dados sobre a maioria dos desfechos binários e nenhum sobre desfechos do serviço (uso de hospital/polícia), satisfação com o tratamento, aceitação do tratamento, qualidade de vida ou economia.

Conclusões dos autores: Apenas um estudo pôde ser incluído e a maioria dos dados estava fortemente distorcida, quase impossível de interpretar e de baixa qualidade. Houve também algumas limitações no desenho do estudo com descrição pouco clara da ocultação de alocação e alto risco de viés para relatórios seletivos, portanto, nenhuma conclusão firme pode ser feita. Esta revisão mostra como os ensaios neste grupo de pessoas são possíveis - embora difíceis. Mais estudos relevantes são necessários para avaliar o uso de haloperidol no tratamento de agressão de longo prazo/persistente em pessoas que vivem com psicose.

Declaração de conflito de interesse

AK: nenhum conhecido.

MP: nenhum conhecido.


https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27889922/

Esquizofrenia e violência: sem financiamento público

No site de ensaios clínicos registrados não tem nenhum artigo ou projeto com financiamento público do governo relacionando esquizofrenia e violência. A confiabilidade dos outros financiadores como indústria e universidade é ruim ou duvidosa. Departamentos de universidade recebem milhões da indústria farmacêutica.

Nova tag / marcador: injetáveis longa duração

 Estava faltando um tema / tag / marcador para antipsicóticos injetáveis de longa duração.

Antipsicóticos injetáveis - estudos

Artigos com financiamento público comparando antipsicóticos injetáveis ou injetáveis e orais não indicam melhores resultados para recaída e reinternação, nem sintomas ou melhora funcional, nem custo-efetividade para invega sustenna.

Estudo 1:

As diferenças entre formulações injetáveis ​​de ação prolongada (LAI-R/LAI)  e tratamento oral antipsicóticos orais de segunda geração (ASG/SGA) no tempo para a primeira recaída e hospitalização não foram significativas. Sintomas psicóticos e pontuação total da Escala de Avaliação Psiquiátrica Breve melhoraram mais no grupo formulações injetáveis ​​de ação prolongada. Em contraste, o grupo formulações injetáveis ​​de ação prolongada apresentou maiores pontuações na Escala de Avaliação de Sintomas Negativos Alogia. Não houve outras diferenças entre os grupos em sintomas ou melhora funcional. Apesar da vantagem para sintomas psicóticos, formulações injetáveis ​​de ação prolongada não conferiu vantagem sobre antipsicóticos orais de segunda geração para recaída ou reinternação. 

Estudo 2:

Principais medidas de resultado: Falha de eficácia, definida como hospitalização psiquiátrica, necessidade de estabilização de crise, aumento substancial na frequência de consultas ambulatoriais, decisão do médico de que o antipsicótico oral não poderia ser descontinuado dentro de 8 semanas após o início dos antipsicóticos injetáveis ​​​​de ação prolongada, ou a decisão de um médico de descontinuar o injetável de ação prolongada devido ao benefício terapêutico inadequado. 

Conclusões e relevância: Em adultos com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo, o uso de palmitato de paliperidol (invega sustenna) versus decanoato de haloperidol não resultou em diferença estatisticamente significativa na falha de eficácia, mas foi associado a mais ganho de peso e maiores aumentos na prolactina sérica, enquanto o decanoato de haloperidol foi associado com mais acatisia.

Estudo 3:

Conclusões: A decanoato de haloperidol  foi mais custo-efetiva do que o palmitato de paliperidol (invega sustenna), sugerindo que os benefícios um pouco maiores do  palmitato de paliperidol (invega sustenna) não justificaram seus custos marcadamente mais altos, que provavelmente cairão quando a patente do medicamento expirar.

(Ressalva: Anedotas de usuários indicam que Haldol/haloperidol tem efeitos colaterais piores).

Textos originais

 Estudo 1:

Teste controlado e aleatório

 

 2015 mar;41(2):449-59.
 doi: 10.1093/schbul/sbu067. Epub 2014 27 de maio.

Comparação de medicamentos orais para ASG e um ASG injetável de ação prolongada: o estudo PROACTIVE

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Artigo gratuito do PMC

Resumo

Até recentemente, as formulações injetáveis ​​de ação prolongada (LAI) estavam disponíveis apenas para antipsicóticos de primeira geração e sua utilização diminuiu à medida que o uso de antipsicóticos orais de segunda geração (SGA) aumentou. Embora estudos naturalistas baseados em registros mostrem que IAFs reduzem mais as reinternações do que medicamentos orais na prática clínica, isso não é observado em ensaios clínicos randomizados recentes. PROACTIVE (Prevenção de antipsicóticos orais de recaída em comparação com injetáveis ​​avaliando a eficácia) estudo de prevenção de recaída incorporou características de eficácia e eficácia. Em 8 centros acadêmicos dos EUA, 305 pacientes com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo foram aleatoriamente designados para LAI risperidona (LAI-R) ou ASGs orais de escolha do médico. Os pacientes foram avaliados durante o estudo de 30 meses por assessores mascarados e centralizados usando vídeo de 2 vias,e monitorado quinzenalmente por médicos e avaliadores no local que conheciam a atribuição do tratamento. A recaída foi avaliada por um Conselho de Monitoramento de Recaídas mascarado. As diferenças entre LAI-R e tratamento oral SGA no tempo para a primeira recaída e hospitalização não foram significativas. Sintomas psicóticos e pontuação total da Escala de Avaliação Psiquiátrica Breve melhoraram mais no grupo LAI-R. Em contraste, o grupo LAI apresentou maiores pontuações na Escala de Avaliação de Sintomas Negativos Alogia. Não houve outras diferenças entre os grupos em sintomas ou melhora funcional. Apesar da vantagem para sintomas psicóticos, LAI-R não conferiu vantagem sobre ASGs orais para recaída ou reinternação. Monitoramento quinzenal, não focando especificamente em pacientes com comprovada não adesão ao tratamento e maior flexibilidade na mudança de medicação no braço de tratamento oral,pode contribuir para a incapacidade de detectar diferenças entre o tratamento LAI e ASG oral em ensaios clínicos.

Palavras-chave: desenho de ensaio clínico; sintomas negativos; sintomas psicóticos; prevenção de recaídas; esquizofrenia.

Eficácia do palmitato de paliperidona vs decanoato de haloperidol para o tratamento de manutenção da esquizofrenia: um ensaio clínico randomizado

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Errata em

  • JAMA. 8 de outubro de 2014; 312 (14): 1473

Resumo

Importância: Os antipsicóticos injetáveis ​​de ação prolongada são usados ​​para reduzir a não adesão à medicação e a recaída nos transtornos do espectro da esquizofrenia. A eficácia relativa das versões injetáveis ​​de ação prolongada de antipsicóticos de segunda geração e mais antigos não foi avaliada.

Objetivo: Comparar a eficácia do antipsicótico paliperidol injetável de segunda geração de segunda geração com o antipsicótico injetável decanoato de haloperidol de longa duração.

Desenho, cenário e participantes: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e multisite realizado de março de 2011 a julho de 2013 em 22 centros de pesquisa clínica nos EUA. Os pacientes randomizados (n = 311) eram adultos diagnosticados com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo que foram avaliados clinicamente como estando em risco de recaída e provavelmente se beneficiariam de um antipsicótico injetável de ação prolongada.

Intervenções: Injeções intramusculares de decanoato de haloperidol 25 a 200 mg ou palmitato de paliperidona 39 a 234 mg a cada mês por até 24 meses.

Principais medidas de resultado: Falha de eficácia, definida como hospitalização psiquiátrica, necessidade de estabilização de crise, aumento substancial na frequência de consultas ambulatoriais, decisão do médico de que o antipsicótico oral não poderia ser descontinuado dentro de 8 semanas após o início dos antipsicóticos injetáveis ​​​​de ação prolongada, ou a decisão de um médico de descontinuar o injetável de ação prolongada devido ao benefício terapêutico inadequado. Os principais desfechos secundários foram efeitos adversos comuns de medicamentos antipsicóticos.

Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa na taxa de falha de eficácia para palmitato de paliperidol em comparação com decanoato de haloperidol (taxa de risco ajustada, 0,98; IC 95%, 0,65-1,47). O número de participantes que apresentaram falha de eficácia foi de 49 (33,8%) no grupo de palmitato de paliperidol e 47 (32,4%) no grupo de decanoato de haloperidol. Em média, os participantes do grupo palmitato de paliperidona ganharam peso e os do grupo decanoato de haloperidol perderam peso; após 6 meses, a mudança de peso médio dos mínimos quadrados para aqueles que tomaram palmitato de paliperidona aumentou em 2,17 kg (IC 95%, 1,25-3,09) e diminuiu para aqueles que tomaram decanoato de haloperidol (-0,96 kg; IC 95%, -1,88 para -0,04). Os pacientes que tomaram palmitato de paliperidona apresentaram níveis médios máximos de prolactina sérica significativamente mais altos (homens, 34,56 µg / L [IC 95%, 29,75-39.37] vs 15,41 µg/L [IC 95%, 10,73-20,08]; P <0,001, e para mulheres, 75,19 [IC 95%, 63,03-87,36] vs 26,84 [IC 95%, 13,29-40,40]; P <.001). Os pacientes que tomaram decanoato de haloperidol tiveram aumentos significativamente maiores nas classificações globais de acatisia (0,73 [IC 95%, 0,59-0,87] vs 0,45 [IC 95%, 0,31-0,59]; P = 0,006).

Conclusões e relevância: Em adultos com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo, o uso de palmitato de paliperidol versus decanoato de haloperidol não resultou em diferença estatisticamente significativa na falha de eficácia, mas foi associado a mais ganho de peso e maiores aumentos na prolactina sérica, enquanto o decanoato de haloperidol foi associado com mais acatisia. No entanto, os ICs não excluem a possibilidade de uma vantagem clinicamente significativa com palmitato de paliperidona.

Registro do estudo: clinicaltrials.gov Identificador: NCT01136772 .


Estudo 3:


Teste controlado e aleatório
 
 1º de outubro de 2016;67(10):1124-1130.
 doi: 10.1176/appi.ps.201500447. Epub 2016 1 de junho.

Custo-efetividade do Palmitato de Paliperidona Injetável de Longa Ação Versus Decanoato de Haloperidol no Tratamento de Manutenção da Esquizofrenia

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Artigo gratuito do PMC

Resumo

Objetivo: Este estudo avaliou a relação custo-efetividade do decanoato de haloperidol (HD), um antipsicótico injetável de ação prolongada (LAI) de primeira geração, e palmitato de paliperidol (PP), um antipsicótico LAI de segunda geração.

Métodos: Um ensaio clínico randomizado duplo-cego de 18 meses realizado em 22 centros de pesquisa clínica nos Estados Unidos comparou o custo-benefício da HD e PP entre 311 adultos com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo que foram clinicamente avaliados como prováveis ​​de se beneficiarem um antipsicótico LAI. Os pacientes foram aleatoriamente designados para injeções intramusculares mensais de HD (25-200 mg) ou PP (39-234 mg) por até 24 meses. Anos de vida ajustados pela qualidade (QALYs) foram medidos por um algoritmo específico para esquizofrenia baseado na Escala de Síndrome Positiva e Negativa e avaliações de efeitos colaterais; os custos totais dos cuidados de saúde foram avaliados na perspectiva do sistema de saúde.

Resultados: A análise de modelo misto mostrou que a PP estava associada a 0,0297 QALYs maiores em 18 meses (p = 0,03) e a US$ 2.100 a mais em custos médios por trimestre para serviços de internação e ambulatorial e medicamentos em comparação com HD (p <0,001) . A análise de bootstrap com 5.000 replicações mostrou uma relação custo-benefício incremental para PP de US$ 508.241 por QALY (intervalo de confiança de 95% = US$ 122.390 a US$ 1.582.711). A análise dos benefícios líquidos de saúde mostrou uma probabilidade de 0,98 de maior custo-efetividade para HD em comparação com PP em um valor estimado de $ 150.000 por QALY e uma probabilidade de 0,50 de maior custo-efetividade de $ 500.000 por QALY.

Conclusões: A decanoato de haloperidol foi mais custo-efetiva do que o palmitato de paliperidol, sugerindo que os benefícios um pouco maiores do PP não justificaram seus custos marcadamente mais altos, que provavelmente cairão quando a patente do medicamento expirar.

Registro do teste: ClinicalTrials.gov NCT01136772 .


Ler mais:

Invega Sustenna não tem eficácia superior

https://crisedapsiquiatria.blogspot.com/2021/05/invega-sustenna-nao-tem-eficacia.html