A área de análise experimental do comportamento, embora mal vista e desconhecida, explica o problema do vício em jogos desde os anos 50 aproximadamente. É chamado de esquema de reforço progressivamente estendido para se tornar cada vez mais forte com redução gradual de "recompensa" (esquema cada vez mais pobre). É válido através de conhecimento experimental para sujeitos não humanos e para sujeitos humanos .
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsias entre psiquiatras conservadores e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Aviso!
sábado, 19 de julho de 2025
terça-feira, 5 de novembro de 2024
Liberdade, determinantes e reforma psiquiátrica
A questão da dificuldade de apoio público aos equipamentos de álcool e drogas da reforma psiquiátrica está relacionado com a simplicidade que envolve o modelo de coerção manicomial, a percepção de que louco e drogado não tem real liberdade ou capacidade de liberdade e a ausência de uma resposta na reforma psiquiátrica dentro de uma base naturalista de explicação dos comportamentos. Intuitivamente, a grande maioria das pessoas entende que a noção de determinantes, mesmo que de forma paternalista, do comportamento tem validade maior do que a liberdade para pessoas em situação precária ou a todo custo. A direita e o modelo manicomial obtém influência política porque esse reconhecimento dos determinantes, apesar de serem modelos precários de influência sobre o comportamento, obtém ganhos segundo a sociedade ou evita riscos percebidos pela sociedade. Se as leis sociais e biológicas conservadoras não forem substituídas por propostas de maior qualidade e sofisticação de forma que inclua a diversidade de valores e preocupações sociais a reforma psiquiátrica dificilmente vai obter apoio além dos gabinetes políticos e de gestão da saúde.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
Livre arbítrio discriminativo e coerção manicomial (behaviorismo)
Na análise do comportamento há algo chamado comportamento operante discriminado que se refere a se comportar diferentemente em algumas situações de acordo com as suas características ou propriedades.
Em contato com o modo de pensar de senso comum de certas pessoas a respeito de temas relacionados a problemas biológicos pode se notar que são consideradas condições que afetariam o comportamento livre (drogas e doença mental). Esse discurso é a base da justificativa usada para uso de coerção e intervenções biológicas (drogas psiquiátricas, psicocirurgia, eletroconvulsoterapia, estimulação magnética transcraniana, internação).
Numa descrição comportamental, o livre arbítrio seria comportamento discriminativo aplicado a situações de biologia intacta. O determinismo seria comportamento discriminativo aplicado a situações de alteração da biologia.
O comportamentalismo defende que o determinismo do comportamento é aplicado a todas as pessoas (intactas e não intactas) e portanto a coerção seria só uma das formas de intervenção sobre o comportamento sendo possível usar outras formas que reduziria o uso de coerção.
Essa forma de comportamento conceitual é um dos fundamentos na justificativa da medicalização e das práticas manicomiais.
domingo, 28 de agosto de 2022
Drogas ilegais e estigma
Substâncias que alteram o corpo e comportamento costumam ser consideradas a causa de maus comportamentos e o estigma surge em parte disso. Mas há um determinante anterior do uso de drogas que determina comportamentos vistos como errantes ou típicos de usuário de drogas: condições de reforço livre.
segunda-feira, 18 de abril de 2022
Redução de danos e análise do comportamento
Internação de adictos em lugares fechados e redução de danos.
Era uma aula de análise experimental do comportamento sobre ressurgência (recaída). Ressurgência é quando um comportamento anteriormente gratificado deixa de ser fortalecido e um comportamento anterior na história do indivíduo se recupera (o segundo mais gratificante). Ele disse que quando o contexto de tratamento é diferente do contexto de vida onde acontece os comportamentos indesejados (seja uso abusivo de drogas ou outros comportamentos). O contexto fechado fortalece comportamentos incompatíveis com a recaída. Mas quando a pessoa sai do lugar fechado esses comportamentos desejados podem se enfraquecer e os comportamentos antigos se recuperam. O que favorece isso é estar num ambiente aberto nada gratificante, pouco gratificante, ser punido, a demora para ser gratificado e o estresse. Acredito que também vale para internação psiquiátrica. Isso tudo descrito em linguagem experimental de laboratório com animais e com humanos. Já sobre a redução de danos os experimentos de laboratório mostram que uma dose pequena da droga faz com que comportamentos de recaída não se recuperem.
Resurgence of alcohol seeking produced by discontinuing non-drug reinforcement as an animal model of drug relapse
Christopher A. Podlesnik, Corina Jimenez-Gomez and Timothy A. Shahan
Findings from basic behavioral research suggest that simply discontinuing reinforcement for a recently reinforced operant response can cause the recurrence (i.e. resurgence) of a different previously reinforced response. The present experiment examined resurgence as an animal model of drug relapse. Initially, rats pressed levers to self-administer alcohol during baseline conditions. Next, alcohol self-administration was discontinued and non-drug reinforcers (food pellets) were presented contingent on an alternative response (chain pulling). Finally, when the non-drug reinforcer was discontinued, alcohol seeking recurred even though alcohol was still unavailable for lever pressing. These results suggest that simply discontinuing non-drug reinforcement for a behavior may be sufficient to produce relapse to drug seeking. The resurgence procedure could provide a method to examine environmental, pharmacological, and neurobiological factors that lead to relapse following the loss of a non-drug source of reinforcement. Behavioural Pharmacology 17:369–374 c 2006 Lippincott Williams & Wilkins.
Loss of Alternative Non-Drug Reinforcement Induces Relapse of Cocaine-Seeking in Rats: Role of Dopamine D1 Receptors
Stacey L Quick1,2, Adam D Pyszczynski1 , Kelli A Colston1 and Timothy A Shahan*,1 1 Department of Psychology, Utah State University, Logan, UT, USA; 2 Department of Psychiatry, Yale University, New Haven, CT, USA
Animal models of relapse to drug seeking have focused primarily on relapse induced by exposure to drugs, drug-associated cues or contexts, and foot-shock stress. However, relapse in human drug abusers is often precipitated by loss of alternative non-drug reinforcement. The present experiment used a novel ‘resurgence’ paradigm to examine relapse to cocaine seeking of rats as a result of loss of an alternative source of non-drug reinforcement. Rats were first trained to press a lever for intravenous infusions of cocaine. Next, cocaine deliveries were omitted and food pellets were provided for an alternative nose-poke response. Once cocaine seeking was reduced to low levels, food pellets for the alternative response were also omitted. Cocaine seeking increased with the loss of the alternative non-drug reinforcer (ie, resurgence occurred) despite continued extinction conditions. The increase in cocaine seeking did not occur in another group of rats injected with SCH 23390 before the loss of the alternative reinforcer. These results suggest that removal of an alternative source of reinforcement may induce relapse of cocaine seeking and that the dopamine D1 receptor may have a role in this effect. Neuropsychopharmacology (2011) 36, 1015–1020; doi:10.1038/npp.2010.239; published online 12 January 2011 Keywords: relapse; cocaine; dopamine; resurgence; alternative reinforcement
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
Drogas ilícitas, lícitas: euforia e disforia (Szasz)
domingo, 25 de outubro de 2020
Comportamento de vício e suporte social (Rachlin)
O analista do comportamento Rachlin afirma no seu livro Self-control (auto-controle) que o comportamento de vício (adicção) é substituição para privação de suporte social. O aumento de suporte social (habilidades, recursos e socialização) ou a redução do custo do suporte social a próximo de zero reduz o comportamento de vício (adicção).
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Abstinência, tolerância e explicação para exacerbação de sintomas
A resposta de tolerância ou de abstinência está associada ao ambiente no qual a droga é habitualmente administrada. O efeito de abstinência de alguém isolado para parar com a droga pode voltar quando a pessoa voltar para o ambiente habitual. Ou o efeito de abstinência pode não ocorrer quando a pessoa usava a droga em outro ambiente (no caso de soldados). Outro efeito importante é a overdose com doses similares quando se muda de ambiente e não acontece o efeito compensatório.
Siegel, S. (1979). The role of conditioning in drug tolerance and addiction. In J. D. Keehn (Ed.), Psychopathology in animals: Research and clinical implications (p. 143–168). Academic Press.
Pihl & Altman (1971)
Comentário:
O fenômeno da dependência/tolerância de drogas explica os casos de agitação (aumento de atividade) durante síndrome de abstinência de neurolépticos. A droga neuroléptica têm um efeito no organismo de diminuição de atividade (resposta incondicionada ou efeito próprio da droga). O efeito compensatório ou inverso é aumento da atividade. Quando a droga é administrada habitualmente os dois efeitos se neutralizam e se chega a um efeito reduzido médio. O efeito compensatório ou inverso durante a abstinência repentina de neurolépticos é um aumento da atividade (agitação).
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Uma Introdução à Farmacologia Comportamental
Palestra de Jan Luiz Leonardi intitulada "Uma Introdução à Farmacologia Comportamental" na 1a Jornada de Análise do Comportamento da Universidade São Judas Tadeu em 26/05/2012.
sexta-feira, 21 de abril de 2017
Is Sex Addiction a Real Disorder?
Is Sex Addiction a Real Disorder?
Why is the “Sex Addiction” Diagnosis Harmful?
Category: The Myth of Sex Addiction
Why is the “Sex Addiction” Diagnosis Harmful?
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Viewing addiction as a brain disease promotes social injustice
Viewing addiction as a brain disease promotes social injustice

Author information
Affiliations
Carl L. Hart is the Dirk Ziff Professor and Chair of the Department of Psychology, and Professor in the Department of Psychiatry at Columbia University, Box 120, 1051 Riverside Drive, New York, New York 10032, USA.
- Carl L. Hart