A ciência clássica tem grande valor. No entanto, seus defensores a conceituam como um núcleo de valores cognitivos imparcial, o qual deveria ser o único critério para o conhecimento científico. A ciência descrita dessa maneira desconhece os valores dos sistemas sociais de sua justificação e fomento, os quais participam da construção de ciência. O mercado é capaz de ser flexível politicamente mas há uma política de crescimento de mercado que define posicionamentos. A crítica à uma ciência politizada e social é uma defesa da técnica alienada de seus determinantes sociais e impactos. Posicionamento limitado em relação à capacidade crítica e de contrafactualidade social. A ciência politizada e social geralmente tem perspectiva temporal de longo prazo e passa por decisões governamentais assim como aumenta as chances de inadaptação mercadológica. Então é de se esperar que os defensores da técnica pura tenham suas indisposições políticas.
Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsias entre psiquiatras conservadores e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Aviso!
sexta-feira, 5 de setembro de 2025
A política da ciência técnica pura
domingo, 10 de agosto de 2025
Psicologia cognitiva como ideologia
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
O espantalho da "indústria ABA" do autismo
A crítica à medicalização do diagnóstico de autismo pelas áreas socialmente críticas costuma ser direcionada à construção de uma indústria da análise do comportamento aplicada no Brasil. No entanto, essa área de conhecimento é a parte menos problemática da cadeia produtiva em torno do autismo. Enquanto a disputa ocorre em torno da preferência de tratamento e suas implicações para o financiamento de saúde, é menos discutido sobre os fundamentos teóricos do diagnóstico de autismo sem uma distinção necessária de ser feita a respeito de compromissos com o organicismo e a psiquiatria biológica das áreas de neuropsicologia, neurociência cognitiva e cognitivismo de um lado e o comportamentalismo de outro lado. Os responsáveis pelo diagnóstico em parceria com a psiquiatria biológica são pessoas da vertente cognitivista e portanto os responsáveis pela introdução das pessoas no sistema de saúde e seu contato com possíveis aspectos problemáticos do mesmo. A análise do comportamento aplicada tem potencial de ser resolutiva independentemente de diagnóstico ou medicamentalização já que seu referencial é o comportamento operante sem necessidade de compromisso com o modelo biomédico em saúde mental. Basicamente, a crítica que está sendo feita é um argumento de espantalho que se aproveita do mau entendimento público da área de análise experimental do comportamento.
segunda-feira, 30 de junho de 2025
Série: Hierarquia entre AEC e Modelo Biomédico
Implicações do Modelo biomédico e Análise do Comportamento
Resultado de análise em lógica adaptativa LATAr
https://eduardopopinhakfranco.substack.com/p/implicacoes-do-modelo-biomedico-e
Pressupostos ontológicos e propriedades lógicas do texto Implicações da análise experimental do comportamento e modelo biomédico
ChatGPT
https://eduardopopinhakfranco.substack.com/p/pressupostos-ontologicos-e-propriedades
Axiomatização de “Implicações da Análise do Comportamento e Modelo biomédico”
https://eduardopopinhakfranco.substack.com/p/axiomatizacao-de-implicacoes-da-analise
Modelo biomédico como explicação fundamental e análise experimental do comportamento como auxiliar
ChatGPT - Esclarecimento de prática social usual
Contingências de reforço subordinadas: crítica behaviorista à hierarquia biomédica em saúde mental
ChatGPT
Modelo compatibilista cérebro e comportamento e o behaviorismo radical
ChatGPT
Formalização e axiomatização de Modelo de Organicismo Hierárquico versus Neurociência Comportamental Integrado
ChatGPT
ChatGPT
Dedução: de modelos científicos organicistas e neurocomportamental integrado a percepções sociais e discursos/atitudes eugenistas
ChatGPT
Modelo organicista hierárquico: conflitos de interesses no conceito de determinantes ambientais secundários
ChatGPT
A autonomia e a independência segundo os modelos organicista hierárquico e neurocomportamental integrado: dedução a partir de axiomas
ChatGPT
Modelo organicista-cognitivista, testes neuropsicológicos e diagnósticos medicalizantes em parceria com psiquiatria biológica
ChatGPT
O modelo organicista-cognitivista hierárquico, o modelo neurocomportamental integrado e o diagnóstico de autismo sutil: dedução
ChatGPT
Axiomatização da noção de remissão espontânea no modelo organicista
ChatGPT
Implicações Bioéticas dos Modelos Organicista Hierárquico e Neurocomportamental Integrado na Saúde Mental
ChatGPT
quarta-feira, 14 de maio de 2025
A crítica da PBE aos campos críticos
Eu vejo psicólogos com afinidade por métodos científicos (psicologia baseada em evidências) criticando iniciativas críticas construtivas e produtivas por descrença puramente baseada em validação metodológica. Validação metodológica não é tudo o que importa, tem fins principalmente de financiamento e vendas. Na minha opinião isso é alienação oriunda de restrição da formação a critérios de metodologia e falta de contato com experiências e conhecimentos mais amplos.
O negacionismo mente/cérebro
De acordo com as concepções mais tradicionais de psicologia humana, tudo o que existe é conteúdo e cérebro. É um negacionismo forte em relação a análise experimental do comportamento.
domingo, 4 de maio de 2025
Psicologia baseada em evidências basta?
Título do texto referido: [Doença] Bom-Senso versus Medicina Baseada em Evidências?
Esse texto discute se todas as práticas de saúde tem condições de serem avaliadas com o método da medicina baseada em evidências. Apesar dos desafios de superar o senso comum e o bom senso como procedimentos da psicologia, o conteúdo desse texto é extensível para a área de psicologia e saúde mental já que a medicina baseada em evidências é o modelo de inspiração da psicologia baseada em evidências. No entanto, existem métodos em psicologia e ciências humanas e sociais com contribuições diferentes dos testes de protocolos de tratamento padronizados.
Fonte: Site Medicina Complementar
Link para o texto:
https://www.enxaqueca.com.br/bom-senso-versus-medicina-baseada-em-evidencias/
terça-feira, 11 de março de 2025
Psicologia "com evidências" e planos de saúde
domingo, 16 de fevereiro de 2025
Terapia sem evidências: inversão de conceito
Se inverter o bordão de psicologia baseada em evidências para terapias sem evidências se torna mais claro que ao invés de uma falta de evidências o que está sendo discutido é falta de validação de evidências dentro de uma linha de produção industrial em saúde. Não se descartaria com confiabilidade terapias como sem evidências se essas apenas não são financiadas pela indústria farmacêutica e não estão formalizadas e padronizadas como um produto de saúde economicamente calculado.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025
Disposição a pagar psicoterapia e PBE
Em economia da saúde alguns resultados indicam que a efetividade de terapias psicológicas costuma ser subestimada. A percepção de baixa efetividade das psicoterapias diminui a disposição de pagar por psicoterapias, equivalendo a menor demanda por serviços de psicoterapia, menor atratividade de oferta do serviço e menores preços de mercado. O slogan "psicologia baseada em evidências" é uma forma esperta de resolver esse problema pois o bordão e o ponto de partida é validação de procedimentos que aumente a disposição a pagar por psicoterapias baseadas em tais procedimentos. A validação é um aspecto importante nas decisões de custeio de produtos e serviços de saúde. No entanto, a discussão sobre o modelo de evidências utilizado é mais mais profunda e mesmo duvidoso quando afirma que o único critério deve ser a pirâmide de evidências a partir do modelo médico e uso de métodos estatísticos. Esse modelo é complexo, manipulável e não deve ser a única palavra na questão de evidências de tratamentos psicológicos.
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Práticas baseadas em evidências e a tradição
A medicina baseada em evidências e as práticas baseadas em evidências tem desafios sociais maiores do que apenas a condução metodológica de pesquisas de qualidade. Há um certo estranhamento de práticas que fazem afirmações não convencionais e não tradicionais. Uma evidência diferente sobre uma prática de saúde não é aplicável de forma individualista (separada do meio social) pois tem implicações sobre o funcionamento de sistemas sociais de pesquisas, de saúde e outros âmbitos sociais relacionados. Por isso, as práticas baseadas em evidências com qualidade são um nicho com uma seletividade no público-alvo atingido.
domingo, 19 de janeiro de 2025
Implicações do Modelo biomédico e Análise do Comportamento
sábado, 11 de janeiro de 2025
Medicalização, neurociência e valores sociais
Muitos acontecimentos e comportamentos que não ocorrem dentro de certos padrões e expectativas geram um sentimento de requisição de explicação. A requisição de explicação necessita de um modelo explicativo. Os principais modelos explicativos que retiram a perplexidade sobre o comportamento são as neurociências e a psiquiatria. Esses modelos suprem uma expectativa de vincular um modelo conceitual a ações práticas simples e acessíveis que se propõem e se vendem como soluções possíveis embora imperfeitas. Essa vinculação com a prática é um fator motivador importante para sua popularidade e relevância social e econômica. O controle do comportamento e da fisiologia do comportamento através de linguagem pragmática e física, e de intervenções biológicas, promete impacto na resolução de problemas, realização de sonhos e desejos. No entanto, o apelo da ciência que se vende como canônica tem suas características de limitações institucionais e econômicas para produção de ciência e de mercados. Essas áreas tem aspectos sociais, culturais e político-ideológicos que são tomados como realidades dadas e necessárias oriundas da biologia. A análise da constituição da ciência por diversos valores sociais, políticos, cognitivos e econômicos que contribuem para uma rede de compromissos aumenta a clareza sobre possibilidades sociais e de produção científica diferentes.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
A PBE e o ensino de ciência
A Psicologia Baseada em Evidências não quer fazer educação científica democrática como alega. A Psicologia Baseada em Evidências tem o objetivo de definir uma forma de fazer ciência particular em contraposição com áreas de baixo rigor científico. Essa contraposição é geralmente assimétrica em termos de qualidade de formação científica. No entanto, isso é análogo à indústria de produtos de saúde incutir naturezas causais de desafios de saúde que contribuam para promover uma indústria particular. A democratização da educação científica vai além dessa estratégia. A educação científica de qualidade não obtém a mesma popularidade e interesse comercial que a Psicologia Baseada em Evidências. Por isso, não é desejável se restringir a essas definições de métodos de fazer ciência que visam se eleger como padrão hegemônico ou canônico.
sábado, 14 de dezembro de 2024
Controle experimental é maior que metanálise
Está circulando um documento e postagem sobre um estudo do Hospital Sírio Libanês afirmando que a análise do comportamento aplicada tem grau baixo de evidência. Chama a atenção que o estudo não menciona os seus autores. Quem gostou do resultado tem uma lacuna na formação científica. Controle experimental de um fenômeno é evidência muito mais inequívoca do que uma metanálise com uso de estatística. Quem já viu funcionar não se deixa levar por estudos com motivações não declaradas. A questão da diferença de métodos de fazer ciência entre medicina e análise experimental do comportamento deixa espaço para confusões como esta.
quarta-feira, 11 de setembro de 2024
Psicologia baseada em evidências e os EUA
O artigo descreve o contexto estadunidense da criação da psicologia baseada em evidências, o qual consiste na inacessibilidade econômica dos tratamentos de saúde mental e o uso de planos de saúde.
Artigo sobre a lei da paridade da saúde mental:
sexta-feira, 30 de agosto de 2024
"ABA" tem condições de ser mainstream?
Uma vez realizada a demonstração de evidências padrão-ouro da análise do comportamento aplicada, uma exigência de um grupo diferente, para desafios com transtornos mentais, isso seria suficiente para um amplo financiamento e para a análise do comportamento aplicada se tornar mainstream em um domínio de problemas? A história do sistema de saúde mental e os tratamentos inovadores indica que não. Se um tratamento não faz concessões e acordos comerciais sustentadores da indústria da saúde mental e a economia associada, o desafio de se tornar padrão é maior.
Psicologia baseada em evidências e cognitivismo
Grande parte da psicologia baseada em evidências é formada por psicólogos cognitivos que passaram do autoelogio para querer definir quem deve e não deve receber dinheiro. Os cacoetes metodológicos e interfaces teóricas são muito semelhantes.
terça-feira, 27 de agosto de 2024
Escala de entendimento de atores da saúde mental
Existe uma escala hierárquica (nível de mensuração ordinal) de rótulos de capacidade de entendimento para cada tipo de ator na saúde mental:
O médico tem um entendimento muito superior e inacessível.
O psicólogo e outros profissionais de saúde tem um entendimento aceitável quando atuam como paramédicos (apoiadores do médico) e quando estão de acordo com o entendimento da sociedade.
O familiar confia, obedece, se conforma e segue tradições. Está de acordo com a sociedade.
O paciente/usuário tem um entendimento muito inferior (conceito manicomial) e seu posicionamento frente aos outros três atores é hierarquizado como discurso com baixo valor de validade.