Estudos de genética com gêmeos idênticos
(Wyatt & Midkiff, 2006) A atratividade física, a taxa de maturação, a idade de separação e as práticas de adoção da família e das agência de adoção normalmente não foram explicadas por pesquisadores cujos estudos mostram até 40% de concordância para transtornos mentais em gêmeos idênticos criados separados. Ainda assim, os fatores culturais são poderosos e freqüentemente inflexíveis. Gêmeos idênticos criados “separados” são, na verdade, expostos a fluxos diários de pressões ambientais semelhantes - influências que podem muito bem ser responsáveis pelos níveis relatados de concordância para distúrbios emocionais e comportamentais. Diante de tudo isso, é razoável concluir que as influências genéticas e ambientais foram irremediavelmente confundidas nos estudos com gêmeos idênticos. É provável que estudos com gêmeos idênticos tenham feito pouco mais do que confundir nossa compreensão dos transtornos mentais e comportamentais.
Nesse aspecto, há semelhanças com outros usos indevidos de estudos genéticos. Às vezes, outros estudos genéticos desempenharam papéis injustificados em várias lutas sociais e políticas. Por exemplo, alegadas diferenças de QI de base biológica entre raças têm sido usadas para negar justiça econômica aos afro-americanos. A dominação masculina sobre as mulheres também foi justificada com base em estudos genéticos falhos. Essas questões não serão exploradas aqui. Revisões extensas estão disponíveis em outros lugares (Lewontin, 1992; Lewinton, Rose & Kamin, 1984).
[A argumentação é mais longa. Esses são trechos curtos com apenas a conclusão.]
Wyatt, W. J., & Midkiff, D. M. (2006). Biological Psychiatry: A Practice in Search of a Science. Behavior and Social Issues, 15(2), 132–151. https://doi.org/10.5210/bsi.v15i2.372
https://psycnet.apa.org/record/2007-00317-002
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