As hipóteses de nível H referem-se de forma específica às descrições do comportamento do cliente e do terapeuta e da interação cliente-terapeuta que se encontram no nível D (dados); [...] As relações entre o nível H e o nível D devem ser determinadas de forma diferente para as teorias idiográficas da etiologia e para as teorias idiográficas da terapia.
As teorias etiológicas idiográficas centram-se principalmente no comportamento do cliente. Se fizermos uma diferenciação mais profunda, o foco pode estar no contexto em que o comportamento problemático do cliente surge ou nas circunstâncias que o mantêm. Estes dois aspectos das teorias etiológicas idiográficas são relevantes para a terapia em diferentes graus. Por conseguinte, é-lhes atribuído um peso diferente consoante o quadro teórico escolhido para a terapia. As teorias etiológicas da terapia, que se centram nas condições que mantêm o comportamento problemático do cliente, têm geralmente como objetivo diagnosticar esse comportamento e, eventualmente, prever comportamentos futuros; as teorias idiográficas etiológicas, por outro lado, que colocam a tônica no contexto de origem, preocupam-se sobretudo com explicações genéticas e, eventualmente, com retroprognósticos de acontecimentos passados. O diagnóstico, a explicação, o prognóstico e o retroprognóstico são formas de sistematização em que se podem identificar regularmente três componentes distinguíveis: pressupostos teóricos, condições de fronteira, explanandum (descrição do acontecimento a diagnosticar, a explicar, a prever ou a retroprognosticar). No nosso caso, os pressupostos teóricos foram geralmente retirados da teoria idiográfica etiológica, as condições de fronteira do comportamento passado, atual ou futuro do cliente, e o explanandum da descrição do ambiente e das interações entre o cliente e o seu ambiente (geralmente social). Algumas diferenças pragmáticas entre as formas de sistematização são ilustradas no Quadro I.
Dependendo da forma como se determina a relação entre os três componentes desta sistematização, resultam diferentes modelos de diagnóstico, prognóstico e retrognóstico.
Referência:
Livro de H. Westmeyer e N. Hoffmann - Verhaltenstherapie Grundlegende Texte
Tradução: Terapia comportamental - Textos básicos
Traduzida: Capítulo 7 O que é que se deve fazer? Métodos de observação em diagnósticos comportamentais
Hans Westmeyer e Marianne Manns (p.248)
Original: 7. Was ist zu tun? Beobachtungsverfahren in der Verhaltensdiagnostik Hans Westmeyer und Marianne Manns 248
Nenhum comentário:
Postar um comentário