Referência
bibliográfica
Segundo
Drash e Tudor (2004): “Embora concepções neurobiológica das
causas do autismo sejam intuitivamente convincentes, a pesquisa
médica não proveu evidências conclusivas para um causa
neurológica, biológica ou genética para o autismo. Na introdução
a uma edição especial da Revista de Autismo e Transtornos do
Desenvolvimento dedicada a pesquisa contemporânea em autismo,
Alexander, Cowdry, Hall, and Snow (1996) afirmaram, “Nenhum
consenso a respeito das causas ou potenciais curas para o autismo é
assumido. Esse é um problema que não está ainda solucionado” (p.
118). Além disso, Bailey, Phillips, e Rutter (1996) afirmaram, “uma
base neurofisiológica e replicável para o autismo ainda não foi
identificado” (p.89). Mais recentemente outros pesquisadores
neurobiológicos alcançaram conclusões similares. Lauritsen, Mors,
Mortensen, and Ewald (1999) afirmaram “autismo infantil é um
transtorno heterogêneo de etiologia desconhecida” (p.335).
Trottier, Srivastava, e Walker (1998) relataram, “A etiologia do
autismo é complexa, e na maioria dos casos os mecanismos patológicos
subjacentes são desconhecidos” (p. 103). Dessa maneira, apesar da
prevalência da explicação neurobiológica, é evidente que nenhuma
evidência científica conclusiva para uma causa neurobiológica para
a autismo atualmente existe”.
Segundo
Drash e Tudor (2004): “Uma das primeiras análises significativas
do autismo foi publicada por Ferster (1961). Ele apresentou uma
análise detalhada de como uma variedade de contingências de
reforçamento operando entre pais e criança durante os primeiros
anos pode estabelecer e fortalecer um repertório de comportamentos
típico de crianças diagnosticadas como autistas. Ele observou que
os comportamentos disruptivos podem ser mantidos por seu efeito nos
pais ou cuidadores porque eles funcionam como estímulos aversivos
que podem ser terminados se o cuidador suprir um reforçador. Além
disso, ele também observou que ao longo do tempo tais comportamentos
aversivos pode ser fortalecidos por reforçamento contínuo e
tornar-se mais forte do que outros comportamentos apropriados para a
idade. Infelizmente, a análise de Ferster foi considerada por alguns
como uma versão comportamental da teoria psicogênica a qual atribui
o autismo a traços de personalidades parentais. As implicações do
artigo para pesquisa e tratamento, incluindo extensões para as
funções comunicativas do comportamento aberrante, então,
nunca
foram totalmente analisadas”.
Segundo
Drash e Tudor (2004): “Numa revisão da análise de Bijou e Guezzi
(1999) , Hayes (1999), alertou que atribuir eventos psicológicos a
causas biológicas é desnecessário e que impedimento para o
desenvolvimento de tratamentos comportamentais desde que leva a
dúvidas sobre a possibilidade de intervenções psicológica
bem-sucedidas”.
Segundo
Drash e Tudor (2004): “Sumarizando a sua teoria do autismo como
interferência, Bijou e Guezzi (1999) concluíram “... a maioria
dos comportamentos anormais de crianças com autismo servem para
compensar as suas deficiências de comportamentos sócio-emocionais e
verbais. (p. 39-40). Baseado na análise deles, deficiências em
comportamento sócio-emocional e comportamento verbal são sozinhos
suficientes para dar conta da maioria dos comportamentos que são
observador em crianças rotuladas como autistas”.
Segundo
Drash e Tudor (2004): “Nós vemos o autismo primariamente como um
transtorno do comportamento verbal moldado por contingências que
frequentemente coexiste com um repertório de evitação e outros
comportamentos disruptivos”.
Segundo
Drash e Tudor (2004): “Nós vemos a presença de comportamento
verbal inapropriado, isto é, mandos aversivos vocais (e.g., gritar,
chorar) em combinação com evitação e outros comportamentos
disruptivos, ao invés de comportamento verbal apropriado para idade
(como sons vocais pré-fala, palavras, frases, etc.) como fatores
causais primários contribuindo para modelagem e manutenção de
outros comportamentos nos quais um diagnóstico de autismo é
baseado. Tanto evidências experimentais e clínicas detalham como
repertórios de mandos vocais aversivos e outros comportamentos
disruptivos de evitação podem ser moldados por contingências de
reforçamento, e uma vez estabelecidos, são incompatíveis com a
aquisição de comportamento verbal funcional”. (Drash, 1993;
Drash,
High,
& Tudor, 1999; Drash & Tudor, 1993, Richter, 1978). Além
disso, desde que muitos desses comportamentos aversivos terminam
interações pais-criança, eles podem também evitar ou inibir o
estabelecimento de vinculação social-emocional e outros
comportamentos sociais. Esses dois repertórios, mandos aversivos
vocais e outros comportamentos disruptivos, podem dessa forma ser
responsáveis pela maioria de outros sintomas comportamentais do
autismo. O fato de que possam haver subconjuntos de crianças
diagnosticadas como autista com anormalidades neurobiológicas,
biológicas ou anormalidades genéticas não é disputado. Isso não
seria incompatível com nossa teoria da modelagem por contingências.
Segundo
Drash e Tudor (2004): “A pesquisa da Hart e Risley (1995, 1999)
mostra que a frequência e complexidade, ou falta dela, do
comportamento verbal na idade de três anos está diretamente
relacionada a frequência e complexidade do comportamento verbal que ocorre entre pais e suas crianças do primeiro anos de vida para
frente”.
Segundo
Drash e Tudor (2004): “A segunda questão é se os cuidadores ou
outros, durante o primeiro ano de vida da vida de uma criança, podem
não intencionalmente moldar repertórios de respostas disruptivas.
“O problema adaptativo da criança na verdade parece estar operante
sob o controle de estímulos ocasionantes e consequências
inadvertidas providas … pelo responder de pais amorosos e bem
intencionados”.
Segundo
Drash e Tudor (2004): “A análise de Skinner indica que o
comportamento verbal é adquirido primariamente porque produz
reforçamento por meio da mediação de outras pessoas. A
identificação de Skinner (1957) do mandoomo o primeiro operante
verbal a ser adquirido é particularmente crítico para nossa
análise. Se durante o primeiro ano até os três anos de idade uma
criança é dada todo reforçamento essencial e sustentador da vida e
nutrição sem o requerimento de mando vocal apropriado para a idade,
então é bem possível que o comportamento verbal possa não se
desenvolver”.
Segundo
Drash e Tudor (2004): “Cada um desses seis paradigmas de
reforçamento podem contribuir para o estabelecimento de repertórios
de comportamento que é incompatível com a aquisição de
comportamento verbal apropriado para a idade”. Vários desses
paradigmas podem criar um repertório de respostas de evitação.
1.
Reforçamento para mando aversivo vocal, como chorar ou gritar, ou
outro comportamento de evitação que podem ser incompatíveis com
adquirir comportamento verbal apropriado para a idade.
Se
cuidadores inadvertidamente provêem reforçamento para chorar ou
gritar até a exclusão de requerer mando vocais apropriados para a
idade, um forte repertório de mando aversivo vocal pode ser
estabelecido (Ferster, 1961). Se a criança esteve sem comida por
algum tempo, a resposta pode ser um choro ou grito, a resposta que no
passado foi reforçada. Para escapar o mando aversivo da criança, os
pais pode rapidamente apresentar o reforço sem primeiro requerer uma
resposta ecóica como instrução.
2.
Reforçamento de mando gestuais e outras formas não vocais de mando
Essa
categoria inclui comportamentos como olhar, apontar, ficar próximo,
ou empurrar o cuidador em direção ao item desejado. Os cuidadores
rotineiramente reforçam e fortalecem um repertório de mandos não
vocais gestuais ao superior estímulos reforçadores sem primeiro
estabelecer uma contingência para mando vocais aceitáveis.
3.
Antecipar as necessidades da criança e dessa forma reforçar um
repertório não responsivo que evita ambos mandos vocais e não
vocais.
Nesse
paradigma, os cuidadores antecipam as necessidades e desejos da
criança e enregam reforçamento não contingentemente antes que a
criança faça o mando seja vocal ou gestualmente. Esse paradigma pode
ao longo do tempo estabelecer um repertório de comportamento de
baixa frequência no qual a criança simplesmente espera passivamente
por reforçamento sem qualquer forma de mando, seja vocal ou gestual.
4.
Extinção de comportamento verbal
Esse
paradigma está ocorrendo toda vez que uma criança está num
ambiente no qual parente ou outros cuidadores não fazem instruções
ativamente, respondem a, ou reforçam as respostas vocais da
criança.Na cultura atual é provável que ambos os pais ou um pai
solteiro estará trabalhando e irá deixa a criança no centro de
cuidados diários ou no cuidado de um parente, uma ou babá. A
pesquisa de Hart e Risley (1995), indicam que o elemento essencial no
atraso de linguagem parece ser “Quanto frequentemente o cuidador
fala com a criança cada hora?”.
5.
Interação entre fatores orgânicos ou presumidos e fatores
comportamentais
É a
reação dos pais ou cuidadores a deficiência ou deficiência
presumida que pode funcionar para reduzir as requisições
subsequentes para comportamento verbal devido ao medo de iniciar
problemas adicionais.
6. Não
supressão de comportamento disruptivo e o não estabelecimento cedo
de controle instrucional e cumplicidade.
“Do
nascimento aos três anos de idade muitos crianças típicas se
engajam numa variedade de comportamentos designados como disruptivos,
oposicionais, desafiante ou não obediente. Durante esses três anos
a maioria dos pais tentam reduzir ou eliminar esses comportamentos e
fortalecer respostas socialmente apropriadas”. Como afirmado por
Charlop-Cristy e Kelso (1997), “A obediência ou cumplicidade joga
um papel vital em todos os aspectos da situações de aprendizagem”.
“No caso de crianças diagnosticadas com autismo, a eliminação de
comportamento disruptivo e não obediente é ainda mais crítico”.
O
número de horas necessário para recuperação funcional pode ser
reduzido a 3% ou 2% (aproximadamente 52 horas) do treinamento
intensivo de 1600 horas do ABA (40 horas por semana de tratamento em
casa).
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