Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)

Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação. Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes. Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica. Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco. Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica. Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro

Aviso!

Aviso! A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las. Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias. Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente. Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente. A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível. https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/

domingo, 14 de maio de 2017

Autismo moldado por contingências


Referência bibliográfica

Segundo Drash e Tudor (2004): “Embora concepções neurobiológica das causas do autismo sejam intuitivamente convincentes, a pesquisa médica não proveu evidências conclusivas para um causa neurológica, biológica ou genética para o autismo. Na introdução a uma edição especial da Revista de Autismo e Transtornos do Desenvolvimento dedicada a pesquisa contemporânea em autismo, Alexander, Cowdry, Hall, and Snow (1996) afirmaram, “Nenhum consenso a respeito das causas ou potenciais curas para o autismo é assumido. Esse é um problema que não está ainda solucionado” (p. 118). Além disso, Bailey, Phillips, e Rutter (1996) afirmaram, “uma base neurofisiológica e replicável para o autismo ainda não foi identificado” (p.89). Mais recentemente outros pesquisadores neurobiológicos alcançaram conclusões similares. Lauritsen, Mors, Mortensen, and Ewald (1999) afirmaram “autismo infantil é um transtorno heterogêneo de etiologia desconhecida” (p.335). Trottier, Srivastava, e Walker (1998) relataram, “A etiologia do autismo é complexa, e na maioria dos casos os mecanismos patológicos subjacentes são desconhecidos” (p. 103). Dessa maneira, apesar da prevalência da explicação neurobiológica, é evidente que nenhuma evidência científica conclusiva para uma causa neurobiológica para a autismo atualmente existe”.
Segundo Drash e Tudor (2004): “Uma das primeiras análises significativas do autismo foi publicada por Ferster (1961). Ele apresentou uma análise detalhada de como uma variedade de contingências de reforçamento operando entre pais e criança durante os primeiros anos pode estabelecer e fortalecer um repertório de comportamentos típico de crianças diagnosticadas como autistas. Ele observou que os comportamentos disruptivos podem ser mantidos por seu efeito nos pais ou cuidadores porque eles funcionam como estímulos aversivos que podem ser terminados se o cuidador suprir um reforçador. Além disso, ele também observou que ao longo do tempo tais comportamentos aversivos pode ser fortalecidos por reforçamento contínuo e tornar-se mais forte do que outros comportamentos apropriados para a idade. Infelizmente, a análise de Ferster foi considerada por alguns como uma versão comportamental da teoria psicogênica a qual atribui o autismo a traços de personalidades parentais. As implicações do artigo para pesquisa e tratamento, incluindo extensões para as funções comunicativas do comportamento aberrante, então,
nunca foram totalmente analisadas”.
Segundo Drash e Tudor (2004): “Numa revisão da análise de Bijou e Guezzi (1999) , Hayes (1999), alertou que atribuir eventos psicológicos a causas biológicas é desnecessário e que impedimento para o desenvolvimento de tratamentos comportamentais desde que leva a dúvidas sobre a possibilidade de intervenções psicológica bem-sucedidas”.
Segundo Drash e Tudor (2004): “Sumarizando a sua teoria do autismo como interferência, Bijou e Guezzi (1999) concluíram “... a maioria dos comportamentos anormais de crianças com autismo servem para compensar as suas deficiências de comportamentos sócio-emocionais e verbais. (p. 39-40). Baseado na análise deles, deficiências em comportamento sócio-emocional e comportamento verbal são sozinhos suficientes para dar conta da maioria dos comportamentos que são observador em crianças rotuladas como autistas”.
Segundo Drash e Tudor (2004): “Nós vemos o autismo primariamente como um transtorno do comportamento verbal moldado por contingências que frequentemente coexiste com um repertório de evitação e outros comportamentos disruptivos”.
Segundo Drash e Tudor (2004): “Nós vemos a presença de comportamento verbal inapropriado, isto é, mandos aversivos vocais (e.g., gritar, chorar) em combinação com evitação e outros comportamentos disruptivos, ao invés de comportamento verbal apropriado para idade (como sons vocais pré-fala, palavras, frases, etc.) como fatores causais primários contribuindo para modelagem e manutenção de outros comportamentos nos quais um diagnóstico de autismo é baseado. Tanto evidências experimentais e clínicas detalham como repertórios de mandos vocais aversivos e outros comportamentos disruptivos de evitação podem ser moldados por contingências de reforçamento, e uma vez estabelecidos, são incompatíveis com a aquisição de comportamento verbal funcional”. (Drash, 1993; Drash,
High, & Tudor, 1999; Drash & Tudor, 1993, Richter, 1978). Além disso, desde que muitos desses comportamentos aversivos terminam interações pais-criança, eles podem também evitar ou inibir o estabelecimento de vinculação social-emocional e outros comportamentos sociais. Esses dois repertórios, mandos aversivos vocais e outros comportamentos disruptivos, podem dessa forma ser responsáveis pela maioria de outros sintomas comportamentais do autismo. O fato de que possam haver subconjuntos de crianças diagnosticadas como autista com anormalidades neurobiológicas, biológicas ou anormalidades genéticas não é disputado. Isso não seria incompatível com nossa teoria da modelagem por contingências.
Segundo Drash e Tudor (2004): “A pesquisa da Hart e Risley (1995, 1999) mostra que a frequência e complexidade, ou falta dela, do comportamento verbal na idade de três anos está diretamente relacionada a frequência e complexidade do comportamento verbal que ocorre entre pais e suas crianças do primeiro anos de vida para frente”.
Segundo Drash e Tudor (2004): “A segunda questão é se os cuidadores ou outros, durante o primeiro ano de vida da vida de uma criança, podem não intencionalmente moldar repertórios de respostas disruptivas. “O problema adaptativo da criança na verdade parece estar operante sob o controle de estímulos ocasionantes e consequências inadvertidas providas … pelo responder de pais amorosos e bem intencionados”.
Segundo Drash e Tudor (2004): “A análise de Skinner indica que o comportamento verbal é adquirido primariamente porque produz reforçamento por meio da mediação de outras pessoas. A identificação de Skinner (1957) do mandoomo o primeiro operante verbal a ser adquirido é particularmente crítico para nossa análise. Se durante o primeiro ano até os três anos de idade uma criança é dada todo reforçamento essencial e sustentador da vida e nutrição sem o requerimento de mando vocal apropriado para a idade, então é bem possível que o comportamento verbal possa não se desenvolver”.
Segundo Drash e Tudor (2004): “Cada um desses seis paradigmas de reforçamento podem contribuir para o estabelecimento de repertórios de comportamento que é incompatível com a aquisição de comportamento verbal apropriado para a idade”. Vários desses paradigmas podem criar um repertório de respostas de evitação.
1. Reforçamento para mando aversivo vocal, como chorar ou gritar, ou outro comportamento de evitação que podem ser incompatíveis com adquirir comportamento verbal apropriado para a idade.
Se cuidadores inadvertidamente provêem reforçamento para chorar ou gritar até a exclusão de requerer mando vocais apropriados para a idade, um forte repertório de mando aversivo vocal pode ser estabelecido (Ferster, 1961). Se a criança esteve sem comida por algum tempo, a resposta pode ser um choro ou grito, a resposta que no passado foi reforçada. Para escapar o mando aversivo da criança, os pais pode rapidamente apresentar o reforço sem primeiro requerer uma resposta ecóica como instrução.
2. Reforçamento de mando gestuais e outras formas não vocais de mando
Essa categoria inclui comportamentos como olhar, apontar, ficar próximo, ou empurrar o cuidador em direção ao item desejado. Os cuidadores rotineiramente reforçam e fortalecem um repertório de mandos não vocais gestuais ao superior estímulos reforçadores sem primeiro estabelecer uma contingência para mando vocais aceitáveis.

3. Antecipar as necessidades da criança e dessa forma reforçar um repertório não responsivo que evita ambos mandos vocais e não vocais.

Nesse paradigma, os cuidadores antecipam as necessidades e desejos da criança e enregam reforçamento não contingentemente antes que a criança faça o mando seja vocal ou gestualmente. Esse paradigma pode ao longo do tempo estabelecer um repertório de comportamento de baixa frequência no qual a criança simplesmente espera passivamente por reforçamento sem qualquer forma de mando, seja vocal ou gestual.

4. Extinção de comportamento verbal

Esse paradigma está ocorrendo toda vez que uma criança está num ambiente no qual parente ou outros cuidadores não fazem instruções ativamente, respondem a, ou reforçam as respostas vocais da criança.Na cultura atual é provável que ambos os pais ou um pai solteiro estará trabalhando e irá deixa a criança no centro de cuidados diários ou no cuidado de um parente, uma ou babá. A pesquisa de Hart e Risley (1995), indicam que o elemento essencial no atraso de linguagem parece ser “Quanto frequentemente o cuidador fala com a criança cada hora?”.

5. Interação entre fatores orgânicos ou presumidos e fatores comportamentais

É a reação dos pais ou cuidadores a deficiência ou deficiência presumida que pode funcionar para reduzir as requisições subsequentes para comportamento verbal devido ao medo de iniciar problemas adicionais.

6. Não supressão de comportamento disruptivo e o não estabelecimento cedo de controle instrucional e cumplicidade.

“Do nascimento aos três anos de idade muitos crianças típicas se engajam numa variedade de comportamentos designados como disruptivos, oposicionais, desafiante ou não obediente. Durante esses três anos a maioria dos pais tentam reduzir ou eliminar esses comportamentos e fortalecer respostas socialmente apropriadas”. Como afirmado por Charlop-Cristy e Kelso (1997), “A obediência ou cumplicidade joga um papel vital em todos os aspectos da situações de aprendizagem”. “No caso de crianças diagnosticadas com autismo, a eliminação de comportamento disruptivo e não obediente é ainda mais crítico”.
O número de horas necessário para recuperação funcional pode ser reduzido a 3% ou 2% (aproximadamente 52 horas) do treinamento intensivo de 1600 horas do ABA (40 horas por semana de tratamento em casa).

An analysis of autism as a contingency-shaped disorder of verbal behavior

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2755437/

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