Assisti a entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis no podcast Flow hoje.
Um colega dele disse que o problema das intervenções tecnológicas cerebrais (como estimulação magnética transcraniana e neurofeedback) é que o efeito não dura mas que funciona. Provavelmente encontraram variáveis mediadoras.
A relação com o mundo que mantém ou alimenta a ativação cerebral não foi mencionada. Os transtornos mentais foram considerados disfunções autossuficientes do cérebro.
Esse colega dele disse que os avanços nos tratamentos psiquiátricos estão se esgotando.
Eu diria os avanços estão se estagnando porque está nesse caminho errado de considerar o cérebro de forma autossuficiente e isolado do mundo. Qualquer pessoa que conhece saúde mental a fundo sabe que um transtorno mental na grande maioria dos casos está relacionado a condições psicossociais e demais variáveis ambientais.
Acredito que o peso atribuído para cada tipo de fator penda para a formação que a pessoa tem. Mas é possível sim entender de forma reducionista. Se reducionismo funcionasse como se espera de intervenções biomédicas seria mais fácil. Mas acredito que ensinar as classes de comportamentos necessárias para a vida da pessoa ainda é o caminho.
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