Na análise do comportamento há algo chamado comportamento operante discriminado que se refere a se comportar diferentemente em algumas situações de acordo com as suas características ou propriedades.
Em contato com o modo de pensar de senso comum de certas pessoas a respeito de temas relacionados a problemas biológicos pode se notar que são consideradas condições que afetariam o comportamento livre (drogas e doença mental). Esse discurso é a base da justificativa usada para uso de coerção e intervenções biológicas (drogas psiquiátricas, psicocirurgia, eletroconvulsoterapia, estimulação magnética transcraniana, internação).
Numa descrição comportamental, o livre arbítrio seria comportamento discriminativo aplicado a situações de biologia intacta. O determinismo seria comportamento discriminativo aplicado a situações de alteração da biologia.
O comportamentalismo defende que o determinismo do comportamento é aplicado a todas as pessoas (intactas e não intactas) e portanto a coerção seria só uma das formas de intervenção sobre o comportamento sendo possível usar outras formas que reduziria o uso de coerção.
Essa forma de comportamento conceitual é um dos fundamentos na justificativa da medicalização e das práticas manicomiais.
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