A crença dos familiares nos tratamento psiquiátricos se estabelecem a partir de correlações parciais que ocorrem em alguns momentos entre comportamentos esperados (obtenção de reforçadores positivos e minimização de estímulos aversivos) e a diferenciação saliente de condições ambientais (circunstanciais) de alguns momentos em que o paciente/usuário estava com a substância administrada (luz na caixa experimental sinalizando reforço positivo: Sd) e se comportava como esperado e alguns momentos nos quais o paciente/usuário não se comportava como esperado (A luz apagada na caixa experimental que sinaliza o não reforço ou extinção: Sdelta) durante a não administração da substância de acordo com desejo do usuário/paciente. As classes de comportamentos com características de não fazer o esperado incluem tanto os comportamentos de não ingerir a substância quanto o resto das classes de comportamentos com características de função comum. Momentos em que a administração da substância não sinalizava comportamentos esperados e que a não administração da substância não sinalizava comportamentos indesejados são desconsiderados. Uma vez estabelecida as correlações entre obtenção do desejado pelos familiares e sociedade, emoções fortes e motivações se estabelecem que levam à insistência na eficácia dos tratamentos psiquiátricos ou forte resistência contra conhecimentos que indiquem o oposto, já que levariam à perda do desejado ou a obtenção do indesejado. Substituições do desejado obtido por meio de tratamentos psiquiátricos seriam possíveis e necessárias, em grau superior, caso se queira estabelecer crenças em tratamentos não psiquiátricos.
O aspecto neurobiológico é considerado suficiente para explicar porque algumas pessoas agem conforme esperado (acertam o controle de estímulos para emitir comportamentos reforçadores positivos ou amenos/poucos aversivos) e porque outras pessoas não agem conforme esperado (erro no controle de estímulos que tem a consequência de não reforçamento e aversividade). Essa crença é excessiva dado que a área de conhecimento de neurociência e comportamento sustenta que a neurobiologia é insuficiente como explicação e os processos comportamentais, os quais são desconhecidos do público, são elementos necessários nas explicações.
A correlação parcial entre momentos de acertos de controle de estímulos e momentos de erro de controle de estímulos associadas às condições fisiológicas do cérebro portanto atribui excessivamente disfunções biológicas como explicação para os erros e poderes ou propriedades (características) excessivos os quais as substâncias psicoativas ou os tratamentos cerebrais não possuem. Momentos salientes de erros associados a condições fisiológicas específicas e momentos salientes de acertos associados a condições fisiológicas habituais estabelece a diferenciação.
Uma vez que o discurso psiquiátrico implica na irrelevância das condições do espaço e tempo (circunstâncias concretas), a neurobiologia é considerada explicação suficiente que torna as pessoas (repertórios) quem elas são e os processos comportamentais de aprendizagem, que são elementos necessários desconsiderados nas explicações, são desconhecidos e difíceis de aprender, a força excessiva da crença nos tratamentos psiquiátricos se estabelece. Crenças fortes as quais se estabelecem a partir de curva de aprendizagem muito pequena (poucas e simples aprendizagens).
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