O entendimento social da afirmação de que as leis do comportamento não funcionam quando há uma alteração orgânica é provavelmente muito diferente do entendimento de uma pessoa com formação em análise experimental do comportamento, biologia do comportamento e neurociências. O entendimento social comum é de que nomes de diagnósticos são explicações suficientes para atribuir disfunções a sinais componentes de construtos diagnósticos e isso está atrelado a conceitos socioculturais em relação a pessoas diagnosticadas. Os conceitos de senso comum sobre disfuncionalidade dos comportamentos que não estão de acordo com certos padrões e interesses provavelmente é a forma de receber a afirmação. Esse entendimento está em continuidade com o senso comum da medicalização, da manicomialidade e mau uso das explicações neurocientíficas.
O que realmente significa a afirmação é que uma alteração orgânica específica que tem múltiplas possibilidades de realização enquanto substrato orgânico, não é redutível a uma categoria diagnóstica, e contribui para alterar certos parâmetros delimitados e muito precisos dos mecanismos de aprendizagem de comportamentos operantes. Isso não significa que não é mais possível o entendimento do comportamento em termos de análise funcional sistemática, mas que é preciso pensar em análises funcionais diferentes e que os desafios de intervenção aumentam.
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