Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)

Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação. Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes. Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica. Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco. Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica. Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro

Aviso!

Aviso! A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las. Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias. Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente. Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente. A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível. https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

THOMAS SZASZ (Resumo de algumas obras) - 23 respostas. Comunidade "O Mito da Doença Mental" Orkut

THOMAS SZASZ (Resumo de algumas obras) - 23 respostas. Comunidade "O Mito da Doença Mental" Orkut




EL SEGUNDO PECADO – 1972
“Uma criança se torna adulto quando se dá conta de que tem o direito, não apenas a ter razão, mas também a estar em um erro.” (SZASZ, 1972: pág.14)

“Todo benfeitor quer controlar a pessoa a quem faz bem. O sacerdote controla em nome de Deus; o médico em nome da saúde. Esta propensão universal a controlar aos demais choca e se contradiz com o objetivo de fazer do homem um indivíduo responsável de si mesmo.” (SZASZ, 1972: 39)

“Nenhum fármaco pode expandir a consciência; a única coisa que um fármaco pode expandir são as ganâncias da companhia que o fabrica.” (SZASZ, 1972: 50)

“Chamam ao aborto “assassinato” ou “feticidio” quem o desaprova; quem são partidários dele ou não o condenam o denominam “controle de natalidade”. De modo parecido, a causar a própria morte só deveriam chamar “suicídio” quem o desaprova; e os que o aprovam – o ao menos não o condenam – deveriam chamá-lo “controle de mortalidade”.” (SZASZ, 1972: 52)

“A Psiquiatria comunitária promete aproximarmos ao dia em que todo o mundo cuidará de todos os demais e ninguém cuidará de si mesmo.“ (SZASZ, 1972: 55)

“Todas as enfermidades «correntes» que tem as pessoas também as tem os cadáveres. Assim, pois, cabe dizer que um cadáver «tem» câncer, pneumonía ou um infarto de miocárdio. A única enfermidade que é seguro que um cadáver não pode «ter» é a mental. Não obstante, a postura oficial da American Psychiatric Association e de outros grupos médicos e psiquiátricos é que «a enfermidade mental é como qualquer outra enfermidade».” (SZASZ, 1972: 64)

Anônimo - 14/03/2010
EL SEGUNDO PECADO – 1972 (Cont.)
“Dizer que a mente de uma pessoa está enferma é como dizer que a economia está enferma ou que uma brincadeira está enferma. Quando se confunde a metáfora com a realidade e se usa com fins sociais temos os elementos para fabricar um mito. Os conceitos de saúde mental e enfermidade mental são conceitos mitológicos que se usam estrategicamente para facilitar o avanço de alguns interesses sociais e atrasar o de outros, de forma muito parecida ao uso que se foi feito no passado dos mitos nacionais e religiosos.” (SZASZ, 1972: 70)

“Quem acredita ser Jesus, ou quem acredita ter descoberto um remédio contra o câncer (sem ser esse o caso), ou quem se acredita ser perseguido pelos comunistas (sem ser esse o caso), terá suas convicções, provavelmente, interpretadas como sintomas de esquizofrenia. Mas quem acreditar serem os judeus o povo eleito, ou ser Jesus o Filho de Deus, ou ser o comunismo a única forma de governo científica e moralmente justa, terá suas convicções interpretadas como o produto daquilo que é: judeu, cristão, comunista. É por isso que acredito que só descobriremos as causas químicas da esquizofrenia quando descobrirmos as causas químicas do judaísmo, do cristianismo e do comunismo. Nem antes, nem depois.” (SZASZ, 1972: 72)

Anônimo - 14/03/2010
ESQUIZOFRENIA: O SÍMBOLO SAGRADO DA PSIQUIATRIA
“(...) a afirmação de que algumas pessoas têm uma doença chamada esquizofrenia (e de que algumas, presumivelmente, não a têm) baseia-se unicamente na autoridade médica e não em qualquer descoberta da Medicina: de que isso foi, em outras palavras, o resultado de uma tomada de decisão ética e política, e não de um trabalho científico empírico.” (SZASZ, 1978: 17)

“O que aconteceria então a Psiquiatria se a medicina e a lei, o povo e os políticos reconhecessem o caráter metafórico e mitológico da doença mental? Essa desmistificação da Psiquiatria abalaria e destruiria a Psiquiatria como especialidade médica, tão seguramente quanto a desmistificação da Eucaristia abalaria e destruiria o catolicismo romano como religião.” (SZASZ, 1978: 44)

“Quando o médico deseja dar ao paciente uma pitada de encorajamento, diz-lhe que seu estado de nervos se deve ao excesso de trabalho; se deseja revigorar seu próprio ego à custa do paciente, diz-lhe que o seu estado de nervos se deve à masturbação; ambas as declarações são autistas... O pensamento negligente é oligofrênico e conduz ao erro; o pensamento autista é paranóide e leva a alucinação.” (SZASZ, 1978: 110)

“quando os nazistas estigmatizaram e confinaram judeus, isso é perseguição; quando os americanos estigmatizam e segregam seus compatriotas que tem pele negra ou ancestralidade nipônica, isso também é perseguição. Mas quando pessoas no mundo inteiro estigmatizam e segregam seus parentes e vizinhos que se comportam de maneira que não é do agrado da maioria – e quando essa estigmatização se efetua mediante labéus e segregações pseudomédicas – então isso deixa de chamar-se perseguição, e é geralmente aceito como Psiquiatria.” (SZASZ, 1978: 114)

Anônimo - 14/03/2010
A ESCRAVIDÃO PSIQUIÁTRICA – 1977
“Uma explicação se refere a um acontecimento, ao passo que uma justificação se refere a um ato. A diferença entre esses termos é mais ou menos a mesma que existe entre coisas e pessoas.” (SZASZ, 1986: 17)

“Assim como os verdadeiros crentes do judaísmo acreditam que os judeus são o Povo Escolhido e assim como os verdadeiros crentes do cristianismo acreditam que Jesus é Deus, assim também os verdadeiros crentes da psiquiatria acreditam que a esquizofrenia paranóide é uma doença mental identificável e que os que sofrem dessa doença são perigosos.” (SZASZ, 1986: 61)

“Desde o início, portanto, o direito do louco de obter assistência foi, de fato, o direito do alienista de colocá-lo em reclusão; e, na era atual, a reivindicação do direito a tratamento do paciente psiquiátrico é, na verdade, a reivindicação do direito do psiquiatra de tratá-lo.” (SZASZ, 1986: 129)

“Os indivíduos não vem ao mundo com o rótulo de “escravo” e “não-escravo”, “esquizofrênico” e “não-esquizofrênico”, “perigoso” e “não-perigoso”. Nós – os traficantes de escravos e proprietários de latifúndios, psiquiatras e juízes – é que os rotulamos dessa maneira.” (SZASZ, 1986: 154)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994
“Em nosso [psiquiatria] afã de medicalizar a moral, transformamos quase todos os pecados em doença. Raiva, gula, luxúria, orgulho, preguiça são todos sintomas de doenças mentais.” (SZASZ, 1994: 22)

“Somente os anjos são capazes de ginásticas existenciais de odiar o pecado mas amar o pecador. Os mortais comuns são mais propensos a praticar o pecado na intimidade e odiar o pecador em público”. (SZASZ, 1994: 26)

“A história nos ensina não apenas que os pais sempre abusaram dos filhos, mas também que cada prática abusiva socialmente adotada estava, por definição, tão bem integrada na cultura que a servia que, para uma pessoa razoavelmente aculturada, não parecia de modo algum ser um abuso.” (SZASZ, 1994: 104)

“No Ocidente, um pai não pode consentir que seu filho menor tenha relações sexuais com uma pessoa adulta (“para o próprio bem do filho”). Igualmente, não se deveria permitir que um pai consentisse que seu filho tivesse relações psiquiátricas (“para o próprio bem do filho”). As relações sexuais entre adulto e crianças são legalmente consideradas como estupro; a psiquiatria infantil deveria ser banida, como um estupro psiquiátrico.” (SZASZ, 1994: 109)

“Vivemos enganando a nós mesmos de que ter um lar e ser mentalmente saudável são nossas condições naturais – e de que nos tornamos sem-lar ou mentalmente doentes quando “perdemos” nossos lares e mentes. O oposto é que é verdade. Nascemos sem lar e sem raciocínio e temos que nos esforçar e nos alegrar se conseguirmos edificar um lar seguro e uma mente sã.” (SZASZ, 1994: 138-139)

“(...) nós frequentemente atribuímos o mau comportamento à doença (para desculpar o agente); nunca atribuímos o bom comportamento à doença (a menos que privemos o agente de crédito); e, tipicamente, atribuímos o bom comportamento ao livre arbítrio e insistimos que o mau comportamento, chamado de doença mental, é um ato “não falho” da natureza.” (SZASZ, 1994: 167)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994 (Cont.)
“Os gregos entendiam que encontrar a verdade era um ato de descoberta que exigia remover “o véu que cobre ou oculta algo”. O véu que usamos para encobrir a verdade da condição humana é a psiquiatria. Se o levantarmos, redescobriremos os fundamentos familiares da existência, isto é, que algumas pessoas trabalham e outras não – e que o negócio da psiquiatria é distribuir alívio aos pobres (disfarçado em cuidado médico) e a adultos dependentes (cuja indolência e falta de pudor são disfarçadas em doença).” (SZASZ, 1994: 225)

“A verdade é que, após tratamento com drogas neurolépticas, os pacientes mentais tendem a ficar mais doentes e mais incapazes que antes. Muitos exibem os efeitos tóxicos das drogas, sofrendo de uma perturbação neurológica desfigurante chamada de “discinesia tardia”. Praticamente, todos eles continuam a depender da família ou da sociedade para alimentação e abrigo. O contraste estabelecido entre o hospital mental e a comunidade é uma mentira. Os domicílios que agora recolhem pacientes mentais crônicos não são nem mais nem menos parte da comunidade do que o hospital do Estado.” (SZASZ, 1994: 231)

“Uma vez que o paciente mental que se enquadra nos benefícios por invalidez é considerado como permanentemente incapaz de trabalhar, ele não tem que se submeter a tratamento, pode viver onde quiser e gastar seu dinheiro como bem entender; pode casar-se, divorciar-se, ter filhos e votar. Se for detido por algum crime, pode alegar insanidade. A única coisa que ele deve fazer para qualificar-se a receber os fundos federais é permanecer louco e desempregado.” (SZASZ, 1994: 247)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994 (Cont.)
“A maioria das pessoas acredita que pessoas psicóticas sofrem de ilusões e alucinações, executam atos ilógicos ou sem motivo e negam sua doença. A verdade é mais simples e mais dolorosa. Os atos e as falas dos psicóticos fazem muito sentido, mas isto é algo tão perturbador que preferimos não ouvir nem entender. Essa recusa de uma pessoa normal em reconhecer o método na conduta irregular do outro pode ser uma opção existencial razoável. Mas aquele que não quer entender o outro, não tem direito a dizer que aquilo que o outro faz ou diz não faz sentido.” (SZASZ, 1994: 271)

“É desonesto valer-se do pretexto de que cuidar coercitivamente do doente mental invariavelmente o ajuda e que abster-se de tal coerção é o mesmo que “sonegar-lhe o tratamento”. Toda política social acarreta benefícios e prejuízos. Embora nossas idéias sobre benefícios e danos variem de tempos em tempos, a história nos ensina a estar precavidos com benfeitores que privam seus beneficiários da liberdade.” (SZASZ, 1994: 308)

Anônimo - 14/03/2010
THOMAS SZASZ – Conferencia em méxico
"O eletrochoque, a lobotomia, não são nenhum tratamento. Digo isto, como já o expliquei, porque se não existe uma lesão corporal não há uma enfermidade a tratar; e se não há paciente voluntário, não há paciente a tratar. Por um ou pelos dois aspectos os tratamentos psiquiátricos — em contraste com os tratamentos médicos ou quirúrgicos — não são verdadeiros tratamentos, tão somente se assemelham a eles [...].

São castigos, controles sociais, torturas, encarceramentos, envenenamentos, mutilações cerebrais. Mas já que tudo tem lugar sobre os auspícios médicos parece correto à mentalidade contemporânea, assim como as coerções e brutalidades em nome da Igreja pareciam corretas às mentalidades medievais. Então a gente acreditava na Inquisição. Agora acredita na psiquiatria. Pensa-se que a abolição da Inquisição foi algo bom. Penso que a abolição da psiquiatria involuntária seria algo bom."

Anônimo - 14/03/2010
"Rotular uma criança como doente mental, é uma estigmatização, não um diagnóstico. Dar a uma criança uma droga psiquiátrica é um envenenamento, não um tratamento."


(Thomas Szasz Observações no 35o aniversário e Direitos Humanos Prêmio Jantar Cidadãos Comissão Internacional sobre os Direitos Humanos Beverly Hilton Hotel, Beverly Hills, Califórnia 28 de fevereiro de 2004.)

Anônimo - 14/03/2010
O MITO DA PSICOTERAPIA (Edição italiana)
Se volete svilire quello che una persona sta facendo, chiamate il suo atto psicopatologico e definite lei mentalmente malata; se volete esaltare quello che un individuo fa, chiamate il suo atto psicoterapeutico e lui un guaritore mentale. (SZSAZ 16)

Per tutto il diciannovesimo secolo la masturbazione fu considerata una causa e un sintomo di pazzia. Oggi è invece una tecnica psicoterapeutica impiegata dai terapeuti della sfera sessuale. (SZASZ: 19)

“Per decenni il nudismo fu considerato una forma di esibizionismo e di voyeurismo, vale a dire una perversione e di conseguenza una malattia mentale. Oggi è una forma accettata di trattamento medico.” (SZASZ: 20)

“In realtà la psicoterapia si riferisce a quanto due o piú persone fanno le une per le altre, e le une alle altre, mediante messaggi verbali e non-verbali.” (SZASZ: 25)

“se il cervello di una persona è malato e se un chirurgo opera questo paziente, si dice che pratica la neurochirurgia. Quindi l’invenzione stessa della parola psicochirurgia è profondamente rivelatrice del suo carattere di terapia fittizia su un organo metaforico.” (SZASZ: 28)

“Il concetto di psicoterapia ci tradisce giudicando aprioristicamente l’interazione come “terapêutica” per il paziente, nelle intenzioni o nei risultati o in entrambe le cose.” (SZASZ: 30)

“In breve, la psicoterapia è etica secolare. È la religione di persone formalmente irreligiose: una religione col suo linguaggio, che non è il latino ma il gergo medico, cuoi suoi codici di condotta, che non sono etici ma legalistici, e con la sua teologia, che non è il cristianesimo ma il positivismo.” (SZASZ: 31)


ARTIGO: The control of conduct: authority versus autonomy

“Existe apenas um pecado político: independência, e só uma força política: obediência. Para colocá-la de maneira diferente, existe apenas uma ofensa contra a autoridade: o auto-controle, e apenas uma homenagem a ele: submissão ao controle da autoridade.”

ARTIGO: The therapeutic temptation

“O suicídio é uma ação. A única pessoa que pode controlar - provocar ou prevenir - uma ação é o ator.”

ARTIGO: Medicalizing Quackery

“Medicalização não é medicina ou ciência, é uma estratégia semântico-social que beneficia algumas pessoas e prejudica outras.”

Anônimo - 14/03/2010
UNA LENGUA INDOMABLE
"O suicídio é um direito humano fundamental... a sociedade não tem direito a intervir pela força com a decisão de uma pessoa de cometer esse ato" (Open Court, 1990: 250)


A ESCRAVIDÃO PSIQUIÁTRICA – 1977
“Uma explicação se refere a um acontecimento, ao passo que uma justificação se refere a um ato. A diferença entre esses termos é mais ou menos a mesma que existe entre coisas e pessoas.” (SZASZ, 1986: 17)

“Assim como os verdadeiros crentes do judaísmo acreditam que os judeus são o Povo Escolhido e assim como os verdadeiros crentes do cristianismo acreditam que Jesus é Deus, assim também os verdadeiros crentes da psiquiatria acreditam que a esquizofrenia paranóide é uma doença mental identificável e que os que sofrem dessa doença são perigosos.” (SZASZ, 1986: 61)

“Desde o início, portanto, o direito do louco de obter assistência foi, de fato, o direito do alienista de colocá-lo em reclusão; e, na era atual, a reivindicação do direito a tratamento do paciente psiquiátrico é, na verdade, a reivindicação do direito do psiquiatra de tratá-lo.” (SZASZ, 1986: 129)

“Os indivíduos não vem ao mundo com o rótulo de “escravo” e “não-escravo”, “esquizofrênico” e “não-esquizofrênico”, “perigoso” e “não-perigoso”. Nós – os traficantes de escravos e proprietários de latifúndios, psiquiatras e juízes – é que os rotulamos dessa maneira.” (SZASZ, 1986: 154)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994
“Em nosso [psiquiatria] afã de medicalizar a moral, transformamos quase todos os pecados em doença. Raiva, gula, luxúria, orgulho, preguiça são todos sintomas de doenças mentais.” (SZASZ, 1994: 22)

“Somente os anjos são capazes de ginásticas existenciais de odiar o pecado mas amar o pecador. Os mortais comuns são mais propensos a praticar o pecado na intimidade e odiar o pecador em público”. (SZASZ, 1994: 26)

“A história nos ensina não apenas que os pais sempre abusaram dos filhos, mas também que cada prática abusiva socialmente adotada estava, por definição, tão bem integrada na cultura que a servia que, para uma pessoa razoavelmente aculturada, não parecia de modo algum ser um abuso.” (SZASZ, 1994: 104)

“No Ocidente, um pai não pode consentir que seu filho menor tenha relações sexuais com uma pessoa adulta (“para o próprio bem do filho”). Igualmente, não se deveria permitir que um pai consentisse que seu filho tivesse relações psiquiátricas (“para o próprio bem do filho”). As relações sexuais entre adulto e crianças são legalmente consideradas como estupro; a psiquiatria infantil deveria ser banida, como um estupro psiquiátrico.” (SZASZ, 1994: 109)

“Vivemos enganando a nós mesmos de que ter um lar e ser mentalmente saudável são nossas condições naturais – e de que nos tornamos sem-lar ou mentalmente doentes quando “perdemos” nossos lares e mentes. O oposto é que é verdade. Nascemos sem lar e sem raciocínio e temos que nos esforçar e nos alegrar se conseguirmos edificar um lar seguro e uma mente sã.” (SZASZ, 1994: 138-139)

“(...) nós frequentemente atribuímos o mau comportamento à doença (para desculpar o agente); nunca atribuímos o bom comportamento à doença (a menos que privemos o agente de crédito); e, tipicamente, atribuímos o bom comportamento ao livre arbítrio e insistimos que o mau comportamento, chamado de doença mental, é um ato “não falho” da natureza.” (SZASZ, 1994: 167)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994 (Cont.)
“Os gregos entendiam que encontrar a verdade era um ato de descoberta que exigia remover “o véu que cobre ou oculta algo”. O véu que usamos para encobrir a verdade da condição humana é a psiquiatria. Se o levantarmos, redescobriremos os fundamentos familiares da existência, isto é, que algumas pessoas trabalham e outras não – e que o negócio da psiquiatria é distribuir alívio aos pobres (disfarçado em cuidado médico) e a adultos dependentes (cuja indolência e falta de pudor são disfarçadas em doença).” (SZASZ, 1994: 225)

“A verdade é que, após tratamento com drogas neurolépticas, os pacientes mentais tendem a ficar mais doentes e mais incapazes que antes. Muitos exibem os efeitos tóxicos das drogas, sofrendo de uma perturbação neurológica desfigurante chamada de “discinesia tardia”. Praticamente, todos eles continuam a depender da família ou da sociedade para alimentação e abrigo. O contraste estabelecido entre o hospital mental e a comunidade é uma mentira. Os domicílios que agora recolhem pacientes mentais crônicos não são nem mais nem menos parte da comunidade do que o hospital do Estado.” (SZASZ, 1994: 231)

“Uma vez que o paciente mental que se enquadra nos benefícios por invalidez é considerado como permanentemente incapaz de trabalhar, ele não tem que se submeter a tratamento, pode viver onde quiser e gastar seu dinheiro como bem entender; pode casar-se, divorciar-se, ter filhos e votar. Se for detido por algum crime, pode alegar insanidade. A única coisa que ele deve fazer para qualificar-se a receber os fundos federais é permanecer louco e desempregado.” (SZASZ, 1994: 247)

Anônimo - 14/03/2010
CRUEL COMPAIXÃO – 1994 (Cont.)
“A maioria das pessoas acredita que pessoas psicóticas sofrem de ilusões e alucinações, executam atos ilógicos ou sem motivo e negam sua doença. A verdade é mais simples e mais dolorosa. Os atos e as falas dos psicóticos fazem muito sentido, mas isto é algo tão perturbador que preferimos não ouvir nem entender. Essa recusa de uma pessoa normal em reconhecer o método na conduta irregular do outro pode ser uma opção existencial razoável. Mas aquele que não quer entender o outro, não tem direito a dizer que aquilo que o outro faz ou diz não faz sentido.” (SZASZ, 1994: 271)

“É desonesto valer-se do pretexto de que cuidar coercitivamente do doente mental invariavelmente o ajuda e que abster-se de tal coerção é o mesmo que “sonegar-lhe o tratamento”. Toda política social acarreta benefícios e prejuízos. Embora nossas idéias sobre benefícios e danos variem de tempos em tempos, a história nos ensina a estar precavidos com benfeitores que privam seus beneficiários da liberdade.” (SZASZ, 1994: 308)

Anônimo - 14/03/2010
THOMAS SZASZ – Conferencia em méxico
"O eletrochoque, a lobotomia, não são nenhum tratamento. Digo isto, como já o expliquei, porque se não existe uma lesão corporal não há uma enfermidade a tratar; e se não há paciente voluntário, não há paciente a tratar. Por um ou pelos dois aspectos os tratamentos psiquiátricos — em contraste com os tratamentos médicos ou quirúrgicos — não são verdadeiros tratamentos, tão somente se assemelham a eles [...].

São castigos, controles sociais, torturas, encarceramentos, envenenamentos, mutilações cerebrais. Mas já que tudo tem lugar sobre os auspícios médicos parece correto à mentalidade contemporânea, assim como as coerções e brutalidades em nome da Igreja pareciam corretas às mentalidades medievais. Então a gente acreditava na Inquisição. Agora acredita na psiquiatria. Pensa-se que a abolição da Inquisição foi algo bom. Penso que a abolição da psiquiatria involuntária seria algo bom."

Anônimo - 14/03/2010
"Rotular uma criança como doente mental, é uma estigmatização, não um diagnóstico. Dar a uma criança uma droga psiquiátrica é um envenenamento, não um tratamento."


(Thomas Szasz Observações no 35o aniversário e Direitos Humanos Prêmio Jantar Cidadãos Comissão Internacional sobre os Direitos Humanos Beverly Hilton Hotel, Beverly Hills, Califórnia 28 de fevereiro de 2004.)

Anônimo - 14/03/2010
O MITO DA PSICOTERAPIA (Edição italiana)
Se volete svilire quello che una persona sta facendo, chiamate il suo atto psicopatologico e definite lei mentalmente malata; se volete esaltare quello che un individuo fa, chiamate il suo atto psicoterapeutico e lui un guaritore mentale. (SZSAZ 16)

Per tutto il diciannovesimo secolo la masturbazione fu considerata una causa e un sintomo di pazzia. Oggi è invece una tecnica psicoterapeutica impiegata dai terapeuti della sfera sessuale. (SZASZ: 19)

“Per decenni il nudismo fu considerato una forma di esibizionismo e di voyeurismo, vale a dire una perversione e di conseguenza una malattia mentale. Oggi è una forma accettata di trattamento medico.” (SZASZ: 20)

“In realtà la psicoterapia si riferisce a quanto due o piú persone fanno le une per le altre, e le une alle altre, mediante messaggi verbali e non-verbali.” (SZASZ: 25)

“se il cervello di una persona è malato e se un chirurgo opera questo paziente, si dice che pratica la neurochirurgia. Quindi l’invenzione stessa della parola psicochirurgia è profondamente rivelatrice del suo carattere di terapia fittizia su un organo metaforico.” (SZASZ: 28)

“Il concetto di psicoterapia ci tradisce giudicando aprioristicamente l’interazione come “terapêutica” per il paziente, nelle intenzioni o nei risultati o in entrambe le cose.” (SZASZ: 30)

“In breve, la psicoterapia è etica secolare. È la religione di persone formalmente irreligiose: una religione col suo linguaggio, che non è il latino ma il gergo medico, cuoi suoi codici di condotta, che non sono etici ma legalistici, e con la sua teologia, che non è il cristianesimo ma il positivismo.” (SZASZ: 31)

Anônimo - 14/03/2010
ARTIGO: The control of conduct: authority versus autonomy

“Existe apenas um pecado político: independência, e só uma força política: obediência. Para colocá-la de maneira diferente, existe apenas uma ofensa contra a autoridade: o auto-controle, e apenas uma homenagem a ele: submissão ao controle da autoridade.”

ARTIGO: The therapeutic temptation

“O suicídio é uma ação. A única pessoa que pode controlar - provocar ou prevenir - uma ação é o ator.”

ARTIGO: Medicalizing Quackery

“Medicalização não é medicina ou ciência, é uma estratégia semântico-social que beneficia algumas pessoas e prejudica outras.”

Anônimo - 14/03/2010
UNA LENGUA INDOMABLE
"O suicídio é um direito humano fundamental... a sociedade não tem direito a intervir pela força com a decisão de uma pessoa de cometer esse ato" (Open Court, 1990: 250)




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