Estive lendo o capítulo sobre autismo do livro Antropólogo em Marte do neurologista Oliver Sacks. Um capítulo principalmente sobre Temple Grandin, uma pessoa famosa com histórico de autismo.
É fácil tripudiar em cima da análise do comportamento quando Skinner falou para Temple Grandin que não é necessário explicar o cérebro. Temple Grandin ao mesmo tempo que não respeita o behaviorismo radical de Skinner forma vários conceitos sobre suas capacidades cerebrais inatas de paciente com autismo como as ideias de que autistas são incapazes de compreender sentimentos humanos, a vida em sociedade e se compararem a robôs e a extraterrestres. Esse tipo de conceito baseado em incapacidades cerebrais inatas são principalmente conceitos mal formados que prejudicam a promoção de aprendizagens ao justificarem limitações e reduzem a precisão das relações com o mundo. A psiquiatria e neurologia portanto podem contribuir para conceitos mal formados ou uma leitura ruim de mundo que prejudicam o desenvolvimento de aprendizagens.
Ela atribui ao autismo o fato de compreender a continuidade entre sentimentos humanos e animais.
A dificuldade de Temple Grandin de compreender a vida em sociedade ou certos sentimentos humanos complexos se deve à sua indisposição com a análise do comportamento e não somente com seu histórico de autismo. Por isso é possível questionar a validade de outras descrições baseadas em neurologia no livro de Oliver Sacks pois os princípios da aprendizagem ainda não foram derrogados em favor de explicações cerebrais a não ser para pessoas que não compreendem bem a análise do comportamento.
É compreensível que não goste de análise do comportamento pois não poderia explorar socialmente o diagnóstico de autismo nem contribuir com outras formas de estudá-lo. Não teria a mesma notoriedade como pessoa com autismo pois teria que adquirir um repertório de recuperação funcional.
É compreensível que não goste de análise do comportamento pois não poderia explorar socialmente o diagnóstico de autismo nem contribuir com outras formas de estudá-lo. Não teria a mesma notoriedade como pessoa com autismo pois teria que adquirir um repertório de recuperação funcional.
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