Limitações da psiquiatria biomédica Controvérsia entre psiquiatras farmacológicos e reforma psiquiátrica Psiquiatria não comercial e íntegra Suporte para desmame de drogas psiquiátricas Concepções psicossociais Gerenciamento de benefícios/riscos dos psicoativos Acessibilidade para Deficiência psicossocial Psiquiatria com senso crítico Temas em Saúde Mental Prevenção quaternária Consumo informado Decisão compartilhada Autonomia "Movimento" de ex-usuários Alta psiquiátrica Justiça epistêmica
Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)
Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação.
Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes.
Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica.
Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco.
Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica.
Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro
Aviso!
Aviso!
A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las.
Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias.
Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente.
Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente.
A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível.
https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/
sábado, 27 de abril de 2019
Paranóia (Skinner)
O paranóico é um especialista em extrair regras [descrições] de contingências deficientes [situações pouco claras ou difíceis). (Skinner em Contingências de reforço, 1969)
sexta-feira, 26 de abril de 2019
Aumento da incidência de autismo
Enquanto se continuar considerando a origem do autismo como algo puramente biomédico, genético ou de idade e a se negligenciar as condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento de comportamentos a incidência vai continuar aumentando.
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Prevenção ou recuperação
Não faz sentido considerar o tratamento de recuperação de saúde como algo preventivo. Prevenção de psicose deveria ser feita con promoção de saúde e longe da lógica diagnóstica.
quinta-feira, 25 de abril de 2019
psicofobia
O preconceito contra o sofrimento psicológico tem origem principalmente na concepção biomédica de organismo inferior (defeituoso). Mas pode ser praticamente erradicado se a pessoa agir de maneira socialmente apropriada ou pelo menos habilidosa. Nem sempre ser valorizado por todos é possível.
sexta-feira, 19 de abril de 2019
Medicina mágica [ironia]
Psiquiatria é uma área mágica. Todo mundo deve confiar e não pode entender do assunto.
A pessoa toma uma droga psicoativa e todos os conflitos familiares somem como mágica.
A pessoa toma uma droga psicoativa e todos os conflitos familiares somem como mágica.
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Saliência de eventos
Na economia comportamental a saliência maior de alguns eventos faz errar a avaliação de riscos e probabilidades.
Se os danos das drogas psicoativas são menos salientes do que uma eventual exaltação momentânea ou episódica de um paciente, as pessoas ficam mais preocupadas com uma exaltação do que danos das drogas psicoativas que podem ser desastrosos também mas parecem seguros por não ocasionarem eventos tão salientes na maioria dos casos.
terça-feira, 16 de abril de 2019
Queixa principal e história de vida (Medicina)
"Kanner nos instruiu, como estudantes de medicina, a nunca prescrever algo para a queixa principal sem conhecer bem o paciente e saber com segurança o que na verdade o perturba. O médico devotado à arte de curar não podia nem devia focar sua atenção exclusivamente na queixa principal, nem mesmo num órgão doente. Para que fôssemos capazes de ajudar os doentes, era necessário expor os aspectos da vida que mais estresse produzissem. Lamentavelmente, alguns médicos tratam da queixa principal. Mas concluiu o professor, esse método não é aconselhável.
Ouvi frequentemente pacientes que descrevem um mal-estar que produz dor, mas, depois de levantar minuciosamente toda a sua história médica, descobria um difícil problema social ou familiar que nada tinha a ver com sua queixa principal. "Doutor, na verdade, não vale a pena incomodar-se com isso." Muitas vezes encontrei-me a braços com problemas domésticos, de trabalho, questões psicológicas, assuntos de família e até problemas globais. Os problemas mais críticos são invariavelmente os de relações familiares conturbadas. Uma vez identificado o problema, é comum que o medicamento eficaz conste de palavras, em vez de drogas. Estou persuadido de que a maioria das receitas, cuja finalidade é aliviar queixas principais, é em grande parte irrelevante. Talvez seja por isso que tantos preparados receitados se demonstram inócuos, o que, sem dúvida, é fator de peso na elevação dos custos. O indivíduo com problema não resolvido continua buscando a solução e sai à cata de formulações. Além disso, muitos remédios prescritos para queixas principais podem causar efeitos colaterais nocivos. Desesperados, os pacientes acedem em submeter-se a procedimentos invasivos.
Em geral os médicos se concentram na queixa principal porque as escolas de medicina não lhes ensinam a arte de ouvir. Embora se dê ênfase à história médica, na verdade nem ensinam sua obtenção nem sua compilação. Entre os médicos circula um cínico aforismo: "Se tudo o mais falhar, fale com o paciente". Outro fator que concorre para essa situação é que a investigação que vai além da queixa principal leva tempo, e tempo é dinheiro. Acresce também que a história médica proporciona dados um tanto vagos, ao passo que os médicos querem fatos comprovados. Todavia, a tendência de recorrer à tecnologia não é fruto exclusivo da fome de certeza. A meu ver, o outro fator é ser a tecnologia encarada como legítimo substituto do tempo.
Limitar a obtenção da história médica à queixa principal amiúde inicia um vão processo de pesquisa de tópicos irrelevantes que, na melhor das hipóteses, são apenas tangenciais em relação ao problema maior."
Dr. Bernard Lown - A arte perdida de curar.
A queixa principal (p.30-32.)
Comentário: Enquanto a medicina física bem praticada considera o contexto da história de vida, os psiquiatras biológicos a desconsideram para imitar a medicina física e se legitimar como ciência. A psiquiatria biológica está imitando medicina ruim.
domingo, 14 de abril de 2019
sexta-feira, 12 de abril de 2019
Igual e diferente (ironia)
É tudo muito simples:
Igual é saudável (mesmo que seja limitado é mais fácil de entender)
Diferente é doentio (porque é mais difícil de entender e a maioria é sempre melhor)
Neurolépticos e produtividade
Fato: Ficar sedado de neurolépticos atrapalha a disposição para se esforçar e ser produtivo. [O fato não precisa nem de explicação posterior]
Suposição: Há um transtorno, que a natureza é um desequilíbrio químico, que é corrigido por drogas psicoativas e isso torna as pessoas mais produtivas do que seriam devido ao transtorno. Os efeitos dos neurolépticos são confundidos com efeitos do transtorno. [Nota-se que há diversas suposições ou hipóteses prévias como fundamento].
[O fato contradiz as suposições. Isso é refutação. Se as pessoas diagnosticadas e que tomam neuroléptico não se tornarem produtivas a última consequência retroage sobre as afirmações anteriores. Mas os psiquiatras biológicos protegem seu modelo afirmando que quem se torna produtivo sem neurolépticos era saudável ou atribuindo a dificuldade de ser produtivo ao transtorno]
Modus tollens (negação do consequente ou prova indireta pela consequência)
Suposição: Há um transtorno, que a natureza é um desequilíbrio químico, que é corrigido por drogas psicoativas e isso torna as pessoas mais produtivas do que seriam devido ao transtorno. Os efeitos dos neurolépticos são confundidos com efeitos do transtorno. [Nota-se que há diversas suposições ou hipóteses prévias como fundamento].
[O fato contradiz as suposições. Isso é refutação. Se as pessoas diagnosticadas e que tomam neuroléptico não se tornarem produtivas a última consequência retroage sobre as afirmações anteriores. Mas os psiquiatras biológicos protegem seu modelo afirmando que quem se torna produtivo sem neurolépticos era saudável ou atribuindo a dificuldade de ser produtivo ao transtorno]
Modus tollens (negação do consequente ou prova indireta pela consequência)
Se P, então Q.
Q é falso.
Logo, P é falso.
Q é falso.
Logo, P é falso.
segunda-feira, 8 de abril de 2019
Testes psicológicos (Skinner)
"As entidades internas, das quais se diz ser o comportamento sinal ou
sintoma, incluem
os traços, habilidades, atitudes, faculdades, e assim por diante,
para os quais foram
planejadas várias técnicas de mensuração psicológica. Mas mesmo
as técnicas estatísticas
mais impecáveis e as definições mais cuidadosamente operacionais
não mudarão
o fato de que os “testes” dos quais se obtêm os dados são
espaços experimentais
muito frouxamente controlados e que os “escores” tomados como
medidas têm
algo das características arbitrárias acima mencionadas.
As variáveis controláveis também estão ausentes quando prevemos o
comportamento a partir de outro comportamento. Os testes usados em
medições mentais evocam amostras de comportamento das quais se
podem prever características de comportamento semelhante, geralmente
em escala maior — mas só porque a amostra e o comportamento
previsto são funções das mesmas variáveis, usualmente não
identificadas. Os traços ou fatores extraídos de muitos resultados
de testes parecem ter o status de variáveis independentes, mas não
podem ser manipulados como tais."
Do livro Contingências do reforço. Skinner.
Dose baixa e desmame
Segundo a lógica de um psiquiatra real, 2mg de risperidona é suficiente para com certeza ficar sem medicação posteriormente.
O invega sustenna é risperidona pré-processado para o músculo.
Então a injeção invega sustenna de 50mg, equivalente a 1,6mg por dia (dose mensal dividido por 30 dias), seria um teste no meio termo entre tirar tudo e tomar 100mg.
Isto é, se for possível ficar estável com a injeção de 50mg é sinal de que é possível ficar sem com certeza.
Mas com 75mg também seria possível pois é equivalente a 2,5mg. A diferença entre 2mg e 2,5mg é pouco significativa.
O risco é baixo pois caso não dê certo é só aumentar a dose.
Habilidades e situações hostis
É preciso muita habilidade para lidar com situações hostis e defeitos dos outros.
Eu amo meu diagnóstico
https://translate.google.com/translate?sl=auto&tl=pt&u=https%3A%2F%2Fwww.madinamerica.com%2F2019%2F04%2Fbenefits-mental-illness%2F
https://www.madinamerica.com/2019/04/benefits-mental-illness/
Ao indagar mais, aprendi que ele estava extremamente satisfeito ao descobrir que há agora uma explicação para o senso de disfunção pessoal (suas palavras) que ele diz ter vivido toda a sua vida. Ele usava seu novo diagnóstico como um distintivo brilhante - como se tivesse acabado de se juntar a um clube exclusivo e de elite.
Ao indagar mais, aprendi que ele estava extremamente satisfeito ao descobrir que há agora uma explicação para o senso de disfunção pessoal (suas palavras) que ele diz ter vivido toda a sua vida. Ele usava seu novo diagnóstico como um distintivo brilhante - como se tivesse acabado de se juntar a um clube exclusivo e de elite.
Tudo o que eu digo é impulsionado por uma posição profunda para os mentalmente diagnosticados.
Estou defendendo a possibilidade de um nível profundo de empoderamento e
uma vida plena e rica para aqueles que foram diagnosticados como
doentes mentais.
Ao declarar alguém mentalmente doente, o clínico cria instantaneamente um novo paciente. Isso pode resultar em um arranjo de longo prazo, e para o clínico, uma fonte de gratificação pessoal e renda. O clínico se sente bem em “ajudar” uma pessoa doente e é pago por ela também.
Este conflito de interesse inerente de forma alguma sugere que a indústria da saúde mental é simplesmente auto-serviço ou carente de cuidados e preocupações genuínas para os pacientes. No entanto, isso implica que uma redefinição de doença mental ameaçaria o núcleo da indústria. Isso é praticamente inegável.
Há pouco ou nenhum incentivo para discutir ou mesmo examinar a possibilidade de redefinir a doença mental. Como um psiquiatra generosamente pago, por exemplo, por que eu iria querer ameaçar meu sustento? Talvez uma pergunta melhor seja: por que abandonei meu sustento? Porque a verdade é que eu fiz.
Além dos “benefícios” para o paciente e para o clínico, há outra parte (partes, na verdade) envolvida na equação que torna a reavaliação da doença mental aparentemente impossível. Especificamente, os fornecedores das substâncias comercializadas para tratar os sintomas.
As empresas farmacêuticas não apenas investem profundamente no modelo atual (o que chamo de diagnosticar-drogar-desconsiderar), mas há algo inerente à própria medicação que parece validar a narrativa da doença mental. Especificamente, é minha opinião polêmica que os tratamentos de primeira linha usados atualmente para os doentes mentais, ou seja, medicamentos psicotrópicos, podem realmente perpetuar de forma confiável ou mesmo causar os sintomas que eles são comercializados para tratar .
Este conflito de interesse inerente de forma alguma sugere que a indústria da saúde mental é simplesmente auto-serviço ou carente de cuidados e preocupações genuínas para os pacientes. No entanto, isso implica que uma redefinição de doença mental ameaçaria o núcleo da indústria. Isso é praticamente inegável.
Há pouco ou nenhum incentivo para discutir ou mesmo examinar a possibilidade de redefinir a doença mental. Como um psiquiatra generosamente pago, por exemplo, por que eu iria querer ameaçar meu sustento? Talvez uma pergunta melhor seja: por que abandonei meu sustento? Porque a verdade é que eu fiz.
Além dos “benefícios” para o paciente e para o clínico, há outra parte (partes, na verdade) envolvida na equação que torna a reavaliação da doença mental aparentemente impossível. Especificamente, os fornecedores das substâncias comercializadas para tratar os sintomas.
As empresas farmacêuticas não apenas investem profundamente no modelo atual (o que chamo de diagnosticar-drogar-desconsiderar), mas há algo inerente à própria medicação que parece validar a narrativa da doença mental. Especificamente, é minha opinião polêmica que os tratamentos de primeira linha usados atualmente para os doentes mentais, ou seja, medicamentos psicotrópicos, podem realmente perpetuar de forma confiável ou mesmo causar os sintomas que eles são comercializados para tratar .
Aqui
estão algumas áreas em que eu vi aqueles carregando um diagnóstico de
doença mental como uma vantagem, e proporcionando uma sensação de
alívio:
- Nas áreas da vida para as quais sua doença os afeta, os pacientes podem ser menos responsáveis. Se eles se apresentam como ineficazes, improdutivos, mesquinhos, cansados, irritados, desesperados ou desesperados, eles não precisam mais assumir inteira responsabilidade por suas ações. Certamente, não são todos "eles" - sua doença mental pode suportar algumas, senão todas, as responsabilidades por seu comportamento.
- Os pacientes com doenças mentais não precisam se enfrentar de maneira tão direta quando fracassam nos relacionamentos - no trabalho ou em casa - como resultado de como agiram ou do que disseram. Mais uma vez, dada a sua doença mental, certamente outros devem fornecer alguma graça adicional ou margem de manobra para que desempenhem menos que o ideal nessas áreas críticas da vida.
- Os pacientes não precisam mais se submeter ao negócio emocionalmente arriscado de avaliar e alterar suas vidas em áreas onde se sentem fracos ou deficientes. Podem, em vez disso, recorrer à sua doença como sendo causativa, ou pelo menos contribuindo de forma apreciável para as suas falhas. (E certamente ninguém se atreveria a desafiar essa noção. Afinal, eles estão "doentes".)
- Os pacientes têm a oportunidade de permanecer chateados, deprimidos, ansiosos e / ou ineficazes como base. Não há necessidade de considerar alternativas. Novamente, uma vez clinicamente diagnosticado, há um limite para o que os outros podem razoavelmente esperar.
domingo, 7 de abril de 2019
Acaso tirano (Skinner)
"Recusar-se a fazer qualquer uma dessas tarefas equivale a deixar ao
acaso as mudanças
em nossa cultura, e o acaso é o verdadeiro tirano a se temer. Os
arranjos adventícios
das variáveis tanto genéticas quanto ambientais levaram o homem à
sua atual
posição, e são responsáveis tanto por seus erros quanto por suas
virtudes. O próprio
mau uso do controle pessoal, ao qual objetamos tão violentamente, é
o produto de
acidentes que tomaram os fracos dominados pelos fortes, os tolos
pelos espertos, os bem-intencionados
pelos egoístas. Podemos chegar a um resultado melhor do que esse.
Ao
aceitarmos o fato de que o comportamento humano é controlado — por
coisas, se não
pelos homens — demos um grande passo adiante, pois pudemos então
parar de evitar
o controle e começar a buscar formas mais efetivas."
Skinner. Contingências do reforço.
Autocontrole gigantesco (Skinner)
"A noção de mérito pessoal é incompatível com a hipótese de que
o comportamento humano seja totalmente determinado pelas forças
genéticas e ambientais. Por vezes diz-se que tal hipótese implica o
fato de o homem ser uma vítima desamparada, mas não devemos
desdenhar a extensão na qual ele controla as coisas que o controlam.
Ele está engajado num gigantesco exercício de autocontrole, por
meio do qual chegou a realizar cada vez mais do seu potencial
genético."
Skinner. Contingências do reforço.
Gostar de contribuir para sociedade (Skinner)
"As contingências de reforço que maximizam os ganhos líquidos
precisam ser muito
mais eficientes. Pode-se usar os reforços condicionados para
preencher o intervalo entre
o comportamento e suas conseqüências mais remotas, e pode-se
arranjar reforços suplementares
até que os reforços remotos possam ser postos em ação. Um aspecto importante
é que contingências eficientes precisam ser programadas — isto é,
são eficientes
só quando a pessoa passou por uma série de contingências
intermediárias. Os que
alcançam as contingências terminais serão produtivos, criativos e
felizes — em uma
palavra, eficientes ao máximo. O forasteiro confrontado pela
primeira vez com as contingências
terminais poderá não gostar delas e nem ser capaz de se imaginar
gostando delas.
O
homem que insiste em julgar uma cultura em termos de gostar ou não
gostar
dela
é o verdadeiro imoralista. Do mesmo modo por que se recusa a seguir
as regras planejadas
para maximizar seu próprio ganho líquido por estarem elas em
conflito com sua
gratificação imediata, assim também rejeita as contingências que
fortalecem o grupo porque estão em conflito com seus “direitos de
indivíduo”. Coloca-se a si próprio como
padrão da natureza humana, sugerindo ou supondo que a cultura que o
produziu é a
única cultura boa ou natural. Quer o mundo que ele quer e se recusa
a perguntar-se por
que quer que seja assim. É tão completamente produto de sua própria
cultura que teme
a influência de qualquer outra. É como a criança que diz: ‘
‘Fico contente de não gostar
de brócolis, porque se eu gostasse, teria de comer bastante
brócolis, e detesto brócolis’’.
Skinner. Contingências do reforço.
ermitãos, vagabundos ou hippies (skinner)
"A boa vida que Huxley retratou (com desprezo, naturalmente) era
sentida como boa. Não foi acidental ter incluído uma forma de arte
chamada feelies (to feel = sentir) e drogas que produziam ou mudavam
os sentimentos.
As
boas coisas da vida têm, entretanto, outros efeitos. Um deles é a
satisfação das necessidades, no sentido simples de alívio do
desconforto. Algumas vezes comemos para escapar das cãibras de fome
e tomamos comprimidos para aliviar a dor, e por compaixão
alimentamos os famintos e curamos os doentes. Para tais propósitos
planejamos uma cultura que dê a cada qual “ de acordo com suas
necessidades”. Mas a satisfação é um objetivo limitado; não
ficamos necessariamente felizes por termos tudo quanto queremos. A
palavra sated (saciado) tem relação com a palavra sad (triste). A
simples abundância, quer numa sociedade afluente, quer num clima
benévolo, quer num Estado paternalista, não é o suficiente. Quando
as pessoas recebem de acordo com as suas necessidades
independentemente do que fizerem, permanecem inativas. A vida
abundante é uma terra de montanha-de-doce ou o País de Cocanha. É
a Schlaraffenland a terra dos preguiçosos — de Hans Sachs, e o
ócio é o único objetivo dos que estiveram compulsivamente ou
ansiosamente ocupados.
O
céu é comumente descrito pela lista das coisas boas que nele se
encontram, mas ninguém ainda planejou um céu de fato interessante,
seguindo esse princípio. O importante quanto às coisas boas da vida
é o que as pessoas estão fazendo quando as obtêm.
As
contingências de seguir as regras são freqüentemente mal
planejadas e os membros da cultura dificilmente levam em conta as
conseqüências líquidas. Ao contrário, resistem a essa espécie de
controle. Recusam-se a fazer o que se lhes pede e abandonam a cultura
— como ermitãos, vagabundos ou hippies — ou permanecem nela
contestando seus princípios."
Skinner. Contingências do reforço.
Tranquilizantes (Skinner)
"Parafraseando La Rochefoucauld, podemos dizer que não atribuímos
mérito a um homem tranqüilo se suas inclinações agressivas
tiverem sido suprimidas por um tranqüilizante. Uma dificuldade
prática no momento é que medidas desse tipo não são específicas
e provavelmente debilitam os efeitos reforçadores desejáveis. "
Skinner. Contingências do reforço.
Prazeres e preguiça (Skinner)
5) si.ba.rí.ti.co
adjetivo.
que é dado à
indolência, ao luxo e aos prazeres físicos
"Não é difícil promover a solução sibarítica. Os homens aderem
prontamente a um estilo de vida em que os reforços primários são
abundantes, simplesmente porque aderir é uma forma de comportamento
suscetível de reforço. Em tal mundo podemos mais efetivamente
perseguir a felicidade (ou, para usar uma expressão menos frívola,
realizar a nossa natureza), e essa busca é facilmente racionalizada:
“Nada é suficientemente bom para o homem senão a melhor, a mais
rica e a mais plena experiência possível” . Dessa forma, porém,
a busca da felicidade é ou perigosamente irresponsável ou
deliberadamente não-produtiva e desperdiçada. A saciação pode
liberar o homem para o comportamento produtivo, mas numa condição
relativamente improdutiva."
Skinner. Contingências do reforço.
sexta-feira, 5 de abril de 2019
Normose (Tecendo Prosa)
Normose... Óia o jecossô! Óia o jequelé!
https://www.youtube.com/watch?v=_FfmknU2nuc
https://www.youtube.com/watch?v=_FfmknU2nuc
Emotionally Immature Parents
Lindsay C. Gibson - Adult Children of Emotionally Immature Parents_ How to Heal from Distant, Rejecting, or Self-Involved Parents-New Harbinger Publications (2015)
terça-feira, 2 de abril de 2019
ambiente perturbador
Comportamentos perturbados são causados por contingências de reforçamento perturbadoras, não por sentimentos ou estados da mente perturbadores, e nós podemos corrigir a perturbação corrigindo as contingências.
Skinner. No artigo O lado operante da teoria comportamental
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