"As contingências de reforço que maximizam os ganhos líquidos
precisam ser muito
mais eficientes. Pode-se usar os reforços condicionados para
preencher o intervalo entre
o comportamento e suas conseqüências mais remotas, e pode-se
arranjar reforços suplementares
até que os reforços remotos possam ser postos em ação. Um aspecto importante
é que contingências eficientes precisam ser programadas — isto é,
são eficientes
só quando a pessoa passou por uma série de contingências
intermediárias. Os que
alcançam as contingências terminais serão produtivos, criativos e
felizes — em uma
palavra, eficientes ao máximo. O forasteiro confrontado pela
primeira vez com as contingências
terminais poderá não gostar delas e nem ser capaz de se imaginar
gostando delas.
O
homem que insiste em julgar uma cultura em termos de gostar ou não
gostar
dela
é o verdadeiro imoralista. Do mesmo modo por que se recusa a seguir
as regras planejadas
para maximizar seu próprio ganho líquido por estarem elas em
conflito com sua
gratificação imediata, assim também rejeita as contingências que
fortalecem o grupo porque estão em conflito com seus “direitos de
indivíduo”. Coloca-se a si próprio como
padrão da natureza humana, sugerindo ou supondo que a cultura que o
produziu é a
única cultura boa ou natural. Quer o mundo que ele quer e se recusa
a perguntar-se por
que quer que seja assim. É tão completamente produto de sua própria
cultura que teme
a influência de qualquer outra. É como a criança que diz: ‘
‘Fico contente de não gostar
de brócolis, porque se eu gostasse, teria de comer bastante
brócolis, e detesto brócolis’’.
Skinner. Contingências do reforço.
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