Se a gente tomar a palavra "surto" pelo o que realmente é, comportamento impertinente, deixa da fazer sentido a narrativa de que a cada "surto" o cérebro se deteriora. Isso só faz sentido dentro do modelo médico em saúde mental, que é bem quadradinho, e é formulado para manter os pacientes como clientes. É uma meritocracia invertida: quanto mais você desobedece o psiquiatra mais o discurso de que você deve ficar dependente dele cada vez mais.
É um modelo puramente conceitual que trabalha com o conceito de doença cerebral progressiva. Eu duvido ou desafio alguém me mostrar artigos que provam isso. Porque tenho artigos que contradizem isso. O psiquiatra não lê nada que não seja propaganda de indústria farmacêutica.
No livro A Medicina E A Realidade Brasileira de Carlos Gentile De Mello há dados que mostram que quanto há recompensa monetária por diagnosticar uma doença aumenta a quantidade de diagnósticos. Ou também que doenças crônicas são uma renda previsível para o médicos.
Engraçado como todo mundo pensa que os médicos são santos ou anjos que não estão sujeitos a nenhuma influência ou viés.
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