A experiência de loucura envolve um acordo social implícito (não necessariamente consciente) entre:
- Estado que aposenta os pacientes
- A indústria farmacêutica que incapacita com fármacos e tem um pretexto para continuar vendendo drogas e leitos em hospitais psiquiátricos financiados pelo Estado.
- o psiquiatra biológico que tem suas consultas garantidas
- o paciente que não precisa adotar responsabilidades e pode se aposentar. Também pode adotar um modo de vida alternativo e não produtivo. A loucura é um modo de vida com consequências atraentes para o paciente.
- a família que pode querer companhia do paciente na velhice, controlar e submeter o paciente aos próprios interesses entre outros ganhos secundários.
Esse acordo que faz a psiquiatria crítica, a psiquiatria alternativa, a reforma psiquiátrica e a antipsiquiatria pouco popular como promoção de saúde.
O tratamento de "saúde" para resolver isso envolveria encontrar um acordo social superior a esse: o acordo do ajuste social. Para isso é necessário habilidades dos profissionais.
A reforma psiquiátrica para ser bem-sucedida precisa oferecer um acordo social superior. Por isso, faz muito sentido as atividades e vida social dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) pois encaram a loucura como um modo de vida social e oferecem um acordo social diferente da psiquiatria biológica.
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