Tudo na sociedade leva à mentalidade ingênua sobre saúde: Desde o nascimento até a morte as condições são medicalizadas e recorre-se aos tratamentos químicos. Tudo o que é negativo é uma doença médica (é possível medicalizar tudo o que é negativo infinitamente). Se é uma doença médica então precisa de um remédio. Não há alternativas de tratamentos, nem tratamentos desnecessários.
Seguir o tratamento é uma obrigação moral para ser uma pessoa aceitável. É preciso entregar o próprio corpo religiosamente para o médico. A autonomia não é aceitável, é preciso entregar as decisões e reflexões para o médico. Aceitar o tratamento cegamente.
A doença é vista como um fato natural da vida, como a fome e o frio. Para isso é necessário medicamentos como é necessário comida. Deixa-se de lado a doença como situações de exceção.
Dentro de uma concepção de saúde como direito (não mercadológica) a saúde seria o natural.
O livro medicamento como mercadoria simbólica abriu meus olhos de que a medicalização é um projeto mercadológico que está posto de forma estrutural na sociedade.
Obs: Eu ia colocar citações do livro mas preferi escrever as impressões que tive do livro.
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