Pacientes produtores ativos de saúde (prosumo)

Essa avalanche de informações e conhecimento relacionada à saúde e despejada todos os dias sobre os indivíduos sem a menor cerimônia varia muito em termos de objetividade e credibilidade. Porém, é preciso admitir que ela consegue atrair cada vez mais a atenção pública para assuntos de saúde - e muda o relacionamento tradicional entre médicos e pacientes, encorajando os últimos a exercer uma atitude mais participativa na relação. Ironicamente, enquanto os pacientes conquistam mais acesso às informações sobre saúde, os médicos têm cada vez menos tempo para estudar as últimas descobertas científicas ou para ler publicações da área - on-line ou não -, e mesmo para se comunicar adequadamente com especialistas de áreas relevantes e/ou com os próprios pacientes. Além disso, enquanto os médicos precisam dominar conhecimentos sobre as diferentes condições de saúde de um grande número de pacientes cujos rostos eles mal conseguem lembrar, um paciente instruído, com acesso à internet, pode, na verdade, ter lido uma pesquisa mais recente do que o médico sobre sua doença específica. Os pacientes chegam ao consultório com paginas impressas contendo o material que pesquisaram na internet, fotocópias de artigos da Physician's Desk Reference, ou recorte de outras revistas e anuários médicos. Eles fazem perguntas e não ficam mais reverenciando a figura do médico, com seu imaculado avental branco. Aqui as mudanças no relacionamento com os fundamentos profundos do tempo e conhecimento alteraram completamente a realidade médica. Livro: Riqueza Revolucionária - O significado da riqueza no futuro

Aviso!

Aviso! A maioria das drogas psiquiátricas pode causar reações de abstinência, incluindo reações emocionais e físicas com risco de vida. Portanto, não é apenas perigoso iniciar drogas psiquiátricas, também pode ser perigoso pará-las. Retirada de drogas psiquiátricas deve ser feita cuidadosamente sob supervisão clínica experiente. [Se possível] Os métodos para retirar-se com segurança das drogas psiquiátricas são discutidos no livro do Dr. Breggin: A abstinência de drogas psiquiátricas: um guia para prescritores, terapeutas, pacientes e suas famílias. Observação: Esse site pode aumentar bastante as chances do seu psiquiatra biológico piorar o seu prognóstico, sua família recorrer a internação psiquiátrica e serem prescritas injeções de depósito (duração maior). É mais indicado descontinuar drogas psicoativas com apoio da família e psiquiatra biológico ou pelo menos consentir a ingestão de cápsulas para não aumentar o custo do tratamento desnecessariamente. Observação 2: Esse blogue pode alimentar esperanças de que os familiares ou psiquiatras biológicos podem mudar e começar a ouvir os pacientes e se relacionarem de igual para igual e racionalmente. A mudança de familiares e psiquiatras biológicos é uma tarefa ingrata e provavelmente impossível. https://breggin.com/the-reform-work-of-peter-gotzsche-md/

sábado, 2 de setembro de 2017

Sistema dopaminérgico e anfetamina

"Sistema dopaminérgico

A hipótese de hiperfunção dopaminérgica continua sendo o
modelo neuroquímico mais aceito para explicar a esquizofrenia. 5

As duas principais fontes de evidência sustentando essa
hipótese são:

1. a anfetamina (agente que induz liberação de dopamina) in-
duz quadros psicóticos;Rev Bras Psiquiatr 2001;23(Supl I):46-9
2. o mecanismo de ação das drogas antipsicóticas está liga-
do ao bloqueio de receptores D2 de dopamina.
A anfetamina não induz sintomas negativos, portanto
imagina-se que a hiperfunção do sistema dopaminérgico está
mais ligada aos sintomas positivos. Além do mais, os
antipsicóticos são mais efetivos para tratar sintomas positivos
do que para sintomas negativos."

Neuroimagem de receptores D2 de dopamina na esquizofrenia
 
Rodrigo A Bressana, Valeria Biglianib e Lyn S Pilowskyb
aSection of Neurochemical Imaging, Institute of Psychiatry, University of London e Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). bSection of Neurochemical Imaging, Institute of Psychiatry, University of London


http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462001000500014

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

movimento ouvidores de vozes

movimento ouvidores de vozes

 https://www.youtube.com/watch?v=6JOqBnoHIP8

Fórum Superação e Empoderamento nas Práticas de Saúde Mental. Realizado em 31/05/16 no teatro da Unifesp. Palestrante Paul Baker.

Falta de insight (atualizado)

Tradução:

Crenças causais de pessoas diagnosticadas 'esquizofrênicas'

Num estudo internacional 297 de 306 'esquizofrênicos típicos' (97%) não acreditava que tinham uma doença.
Descartado como 'falta de insight', um 'sintoma' da doença 'esquizofrenia'
(Murray e Dean 2008: 285)

Agora chamado de 'Anosognosia':

"Anosognosia, ou falta de consciência da doença, tem uma base anatômica e é causada por dano no cérebro pelo processo da doença"

http://www.treatmentadvocacycenter.org/key-issues/anosognosia

(sem crítica da doença psiquiátrica)

Thomas Szasz:

FRAUDE E FORÇA PSIQUIÁTRICA: UMA CRÍTICA DE E. FULLER TORREY

“Insight prejudicado” é uma retórica de justificativa psiquiátrica. Não é o mesmo que incompetência legal e não deve ser equiparada ou confundida com ela. Observe que Torrey usa o termo percepção prejudicada para justificar sua decisão de como o paciente deve ser tratado

relação da sociedade com o louco (do livro mad in america)

"Ainda estamos loucos com os loucos. Ainda não os entendemos e essa falta de compreensão nos fazem maus e arrogantes, e nos faz enganar a nós mesmos, e então machucá-los. "
 
- David Cohen

sábado, 26 de agosto de 2017

conclusão geral sobre a Psiquiatria biológica


"A psiquiatria ocidental está vivendo de tempo emprestado. Há agora evidências convincentes para fundamentar a afirmação de que a disciplina com responsabilidade central de reduzir sofrimento humano é fundamentalmente deficiente, rotineiramente entregando intervenções que são de efetividade limitada, discriminatórias, e frequentemente fazem mais dano do que bem aos destinatários."

Ajustamento social é um conceito conservador

Eu tinha decidido não escrever mais. Mas vai lá talvez a última opinião.

O conceito de ajustamento social é essencialmente conservador na prática. Isso porque a pessoa é levada a encontrar soluções individuais para problemas sociais. Por mais que haja injustiças é preciso resolver isso de maneira valorizada.

Por esse mesmo motivo é difícil um movimento de psiquiatrizados vingar e o pessoal da saúde mental questionar a produção social do sofrimento psiquíco e colocar isso como um problema social e político. Por isso se responsabiliza o indivíduo ou organismo (o cérebro).

A saúde mental dificilmente consegue ver o problema individual a partir do problema social e politizar isso. Um ambiente saudável deveria produzir pessoas saudáveis ao invés de culpar o organismo por um ambiente hostil ou ainda pior a genética individual e o cérebro (isso é culpar a vítima). É um dos prejuízos da psiquiatrização. A pessoa psiquiatrizada se sente um lixo humano tanto por causa dos remédios e internalização do diagnóstico quanto por causa da responsabilização individual (cérebro, personalidade, genes).


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

The concept of schizophrenia is coming to an end – here’s why

https://theconversation.com/the-concept-of-schizophrenia-is-coming-to-an-end-heres-why-82775?utm_source=twitter&utm_medium=twitterbutton


The concept of schizophrenia is coming to an end – here’s why

The concept of schizophrenia is dying. Harried for decades by psychology, it now appears to have been fatally wounded by psychiatry, the very profession that once sustained it. Its passing will not be mourned.

Today, having a diagnosis of schizophrenia is associated with a life-expectancy reduction of nearly two decades. By some criteria, only one in seven people recover. Despite heralded advances in treatments, staggeringly, the proportion of people who recover hasn’t increased over time. Something is profoundly wrong.

Part of the problem turns out to be the concept of schizophrenia itself.

People who hear voices can detect hidden speech says UCL

People who hear voices can detect hidden speech says UCL | Daily Mail Online

http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-4820598/People-hear-voices-detect-speech-unusual-sounds.html

Distorção de ruído

Noise distortion

Indescribable You

https://www.madinamerica.com/2017/08/indescribable/

Indescribable You

In this piece for Aeon, Carlin Flora critiques sociologists’ and psychologists’ attempts to categorize and classify people’s personalities into distinct groups and profiles, advocating that we instead recognize the fluidity and complexity of our personalities.

Saying YES! to your Weirdness | JP Sears | TEDxCardiffbytheSea

Saying YES! to your Weirdness | JP Sears | TEDxCardiffbytheSea

https://www.youtube.com/watch?v=79zra755WgA

Publicado em 19 de jul de 2017

Learn why people tend to reactively treat their weirdness as a dangerous liability. Perspectives will be shared on how weirdness is actually one’s greatest asset, serving as a bridge into one’s authenticity. How to take action on finding the courage to say YES! to weirdness will be presented so that more meaning and fulfillment can be encountered by reclaiming the asset of weirdness. JP Sears is an emotional healing coach, YouTuber, author, international teacher, speaker at events, world traveler, and curious student of life. His work empowers people to live more meaningful lives. JP is the author of “How To Be Ultra Spiritual,” (Sounds True Publishing, released March 7th, 2017). He is very active with his online videos where he encourages healing and growth through his humorous and entertainingly informative videos, including his hit Ultra Spiritual comedy series, which has accumulated over 250 million views. You can learn more about JP and his work at AwakenWithJP.com. This talk was given at a TEDx event using the TED conference format but independently organized by a local community. Learn more at https://www.ted.com/tedx

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Sanidade, loucura e a família

LAING, RD & ESTERSON, A. (1979). Sanidade, loucura e a família. Belo Horizonte : Interlivros.

Deve ser o livro mais desmistificador e desconstruidor do conceito de esquizofrenia que eu já li. É melhor que o livro de Thomas Szasz sobre esquizofrenia porque mostra os dados e analisa.

Dissolve as categorias clínicas usadas por psiquiatras contextualizando os discursos e acontecimentos familiares.

PSIQUIATRIZAÇÃO / DESPSIQUIATRIZAÇÃO DO SOCIAL

PSIQUIATRIZAÇÃO / DESPSIQUIATRIZAÇÃO DO SOCIAL: Balanço da Produção Acadêmica Brasileira no Campo da Saúde Mental no Período 1990 à 1997
 https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/80858/233080.pdf;jsessionid=B9C52A4FC5A04E62BDC355E18E7F55CE?sequence=1

‘Não quero ser feliz. Quero é ter uma vida interessante’

http://www.revistaprosaversoearte.com/nao-quero-ser-feliz-quero-e-ter-uma-vida-interessante-contardo-calligaris/



‘Não quero ser feliz. Quero é ter uma vida interessante’ – Contardo Calligaris

Revista Prosa Verso e Arte

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

novo higienismo prescritivo

"estamos diante de um novo higienismo prescritivo"

"o jornalismo científico acrítico está envolvido nisso"

"eu acho que há um vetor negativo na construção da consciência da saúde. há um olhar para a sofisticação. que constrói uma hegemonia"

José Gomes Temporão

Ceensp: Riscofobia, Determinantes Sociais e a Relação Indústria/Estado/Consumo: ampliando o cenário diante das doenças crônicas não transmissíveis - debate

texto galeano

O café da manhã tem sabor de medo.
O medo ao silêncio atordoa as ruas
O medo ameaça.
Se você ama, terá aids.
Se fuma, terá cancer.
Se respira, terá contaminação.
Se bebe, terá acidentes.
Se come, terá colesterol.
Se fala, terá desemprego.
Se caminha, terá violencia.
Se pensa, terá angustia.
Se duvida, terá loucura.
Se sente, terá solidão.
Os que trabalham tem medo de perder o emprego.
Os que não trabalham tem medo de não encontrar nunca trabalho.
Quem não tem medo da fome, tem medo da comida (…)                               

Eduardo Galeano

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Riscofobia, Determinantes Sociais e a Relação Indústria

Ceensp: Riscofobia, Determinantes Sociais e a Relação Indústria - José Gomes Temporão 

https://www.youtube.com/watch?v=8N4eRjF2Q4E

Áudio da palestra sobre Riscofobia, Determinantes Sociais e a Relação Indústria/Estado/Consumo: ampliando o cenário diante das doenças crônicas não transmissíveis, proferida por José Gomes Temporão, diretor executivo do Isags e ex-ministro da Saúde, durante a sessão científica do Ceensp - Centro de Estudos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, a mesa foi coordenada por Vera Luiza da Costa e Silva, pesquisadora visitante do Demqs/ENSP e foi realizada no auditório do Salão Internacional da Escola no dia 17 de maio de 2012. Explicou o modelo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, no qual se encontram a indústria produtora de bens (farmacêutica e indústria de equipamentos médico e insumos) e a indústria prestadora de serviço (hospitais, ambulatórios e serviços de diagnóstico e tratamento), além de abordar o papel da mídia-marketing sobre o Complexo Econômico-Industrial da Saúde e o saber médico. As transições da saúde também foram apontadas por ele como de extrema importância. Dentre elas, as transições demográfica, epidemiológica, alimentar, econômica, tecnológica e cultural, sendo as duas últimas fundamentalmente impactantes na formação médica. Esse áudio consta do acervo da Biblioteca Multimídia da ENSP. (http://www5.ensp.fiocruz.br/bibliotec...) Confira o powerpoint da apresentação em: (http://www5.ensp.fiocruz.br/bibliotec...)


Biblioteca multimídia Fiocruz: termo riscofobia

http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/home/processabusca.cfm?act=1

 4 resultados encontrados:

Riscofobia gera mais ansiedade que prevenção, diz especialista

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2011/04/901040-riscofobia-gera-mais-ansiedade-que-prevencao-diz-especialista.shtml

Riscofobia gera mais ansiedade que prevenção, diz especialista


terça-feira, 15 de agosto de 2017

MAD TO BE NORMAL

MAD TO BE NORMAL
Stop trying to be normal.
You weren't born to be normal.
Normal means numb, inauthentic,
identified with ego.
Be abnormal.
Be your crazy, wild, brilliant self.
Be unhinged, broken, open.
Let unbearable joy and profound sorrow flow through you.
Let every crazy thought arise and fall.
Remember, you are spacious.
You are consciousness itself.
So vast. So free. So damn real.
You are not an object.
You cannot be contained.
You'll never fit in.
In a violent world, alienated from its spiritual roots,
you're mad to be normal.
You're sane in your unwillingness to comply.
You're beautiful in your vulnerability.
You're strong in your uncertainty.
You're loveable
without ever having to deserve it.
- Jeff Foster

ambiente e "doença mental"

"Esse livro segue os outros dois livros ao expandir o que nós entendemos pelo ambiente em que as pessoas estão inseridas e aplicamos isso às questões de saúde mental. O comportamento das pessoas é modelado pelos seus ambientes, então os comportamentos relativos às doenças mentais são presumivelmente modelados por ambientes ruins. Se nós queremos mudar esses comportamentos, nós temos que mudar os ambientes em que esses ocorrem. O conceito é antigo: os comportamentos considerados doença mental são apenas comportamentos normais que todos nós fazemos, mas eles se tornaram errados ou exagerados por conta de ambientes ruins e em algum momento se tornaram disfuncionais.

Por isso, os truques são primeiro descrever os comportamento tipicamente rotulados como sendo “problemas de saúde mental”, depois descrever os ambientes nos comportamentos comuns de “doença mental” surgem e, por último, descrever as relações funcionais comuns que existem entre esses dois."

“Virtual Autism” May Explain Explosive Rise in ASD Diagnoses

https://www.madinamerica.com/2017/08/virtual-autism-explain-rising-asd-diagnoses/
  
“Virtual Autism” May Explain Explosive Rise in ASD Diagnoses

Some children who have been diagnosed with autism or autistic spectrum disorder (ASD) could dramatically benefit from not being exposed to electronic screens.

Carl Rogers modelo médico


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

deslocamento frase foucault

Esquizografias

"Sonho com o intelectual destruidor das evidências e das universalidades, que localiza e indica nas inércias e coações do presente os pontos fracos, as brechas, as linhas de força; que sem cessar se desloca, não sabe exatamente onde estará ou o que pensará amanhã, por estar muito atento ao presente; que contribui, no lugar em que está, de passagem, a colocar a questão da revolução, se ela vale a pena e qual (quero dizer qual revolução e qual pena). Que fique claro que os únicos que podem responder são os que aceitam arriscar a vida para fazê-la."

Michel Foucault

sábado, 12 de agosto de 2017

‘Psychiatric prejudice’- a new way of silencing criticism

https://joannamoncrieff.com/2014/06/23/psychiatric-prejudice-a-new-way-of-silencing-criticism/

‘Psychiatric prejudice’- a new way of silencing criticism


‘Psychiatric prejudice’ is a term being bandied about these days, mainly by aggrieved psychiatrists who feel that psychiatry is not being given equal status with other medical specialities. Ordinary people, other doctors and medical students are all prejudiced because they do not appreciate that psychiatry is a proper medical activity, and critics of psychiatry are prejudiced because their analyses undermine this medical point of view (1).
Obviously no one can afford to be labelled as prejudiced, so whether it is conscious or not, this looks like an attempt to silence criticism and shut down debate . If successful it will deny people access to many valid criticisms of psychiatric diagnoses and treatments and to hearing other views about how to respond to mental health problems.

 

pensamento simplificador

"o pensamento simplificador todo mundo entende. é autoritário e anti-intelectual"

isto é, senso comum. o que todo mundo diz.


Aula inaugural dos 35 anos do curso de especialização em Saúde Mental - Rubens Casara


https://www.youtube.com/watch?v=UhGzFRmVXOI

A aula inaugural dos 35 anos do curso de especialização em Saúde Mental, da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, recebeu o doutor em Direito e membro da Associação dos Juízes pela Democracia Rubens Casara. O evento, coordenado pelo pesquisador Paulo Amarante, debateu o tema Guerra às Drogas e Pós-Democracia.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

eugenia atual

"nós já somos uma sociedade eugenista no sentido de obsessão pela perfeição (academias, vida equilibrada, etc.) somente não no sentido industrial"

luis felipe pondé

https://www.youtube.com/watch?v=IndMwqtENqU


quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Pensamento é produzir impossibilidades

A nossa universidade não é uma universidade para produzir pensamento. A única coisa que se produz na universidade é obediência. Se ensina o estudante a obedecer. Tanto que eu luto com muitos de meus alunos quando eles começam a dizer para mim: “eu não suporto mais". Eu digo: “Aguenta a barra. Aguenta a barra e pega esse diploma. É um instrumento de guerra”. Porque a universidade só passa isso para nós. Quando você começa a verificar aulas que a questão passa a ser o pensamento o estudante fica inteiramente surpreendido. Ele não está habituado, não está formado para isso. Porque desde os 3 anos de idade ele não para de receber essas forças constituintes de marcas e sinais. E em linguagem literária o que se produz é um homem dos hábitos. Um homem que tem um conjunto de hábitos e julga que aquele conjunto de hábitos que ele tem é a natureza dele. Então é preciso passar uma força, - sobretudo a literatura é muito bonita para isso - de estranhamento. Abrir uma espécie de buraco, onde você começa a verificar que sua natureza não é o seu conjunto de hábitos. Quando a gente lê Michel Foucault a gente fica muito surpreendido por causa dessas coisas. O Foucault quando vai pensar a homossexualidade grega diz: “a homossexualidade grega não tem nada ver com a homossexualidade do ocidente. Se vocês quiserem articular a homossexualidade grega com a do ocidente vocês não irão entender nada”. Aí o homem do hábito diz assim: “esse Foucault é um louco”. Aí Foucault diz: “Sou. Porque é preciso ser louco para vencer os hábitos”. Por isso que a loucura não para... A loucura e a literatura, a loucura e a arte, a loucura e a filosofia não param de ser perseguidas pelas forças repressivas do campo social, psiquiatria e etc... Porque é exatamente isso. Para produzir esse mundo novo é preciso correr um risco muito grande. Correr o risco de pensamento. E - aqui é de uma beleza incrível - isso é o pensamento não naquilo que é real. E não naquilo que é possível. A questão do pensamento é produzir o impossível. Produzir o impensável. É exatamente o que Nietzsche fez! É exatamente o que Spinoza fez! E além de todos os limites que nos foram dado por Kant era o pensamento. Transgredir é muito mais do que transgredir, é produzir exatamente um novo. Produzir impossibilidades!
Cláudio ULPIANO in: Pensamento e Liberdade em Spinoza. Aula gravada em 1988, no Planetário da Gávea, Rio de Janeiro-RJ.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

Putting The Politics Back into Mental Health

https://newmatilda.com/2017/08/08/rethinking-mindfulness-putting-the-politics-back-into-mental-health/

Rethinking Mindfulness: Putting The Politics Back into Mental Health

By on

So many in the West are depressed because they’re expected not to be

http://theconversation.com/so-many-in-the-west-are-depressed-because-theyre-expected-not-to-be-79672


So many in the West are depressed because they’re expected not to be

Talk Doesn’t Pay, So Psychiatry Turns Instead to Drug Therapy

http://www.nytimes.com/2011/03/06/health/policy/06doctors.html?_r=3&

Talk Doesn’t Pay, So Psychiatry Turns Instead to Drug Therapy

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

EM MEIO AOS DELÍRIOS, DÊ LÍRIOS!

EM MEIO AOS DELÍRIOS, DÊ LÍRIOS!
Sim, se, for, ser, hei, serei, acertei no alvo.
Somos (in)cômodos livres do comodismo de uma existência presa a um EU.
Prisão? Pois são tradutores de inconscientes
Quem é louco?
Quem (de perto ou de longe) é, enfim, normal?
Há luz e ação!
Alucinação!
Somos todos um Nenhum!
Ah... Ta... Vá... Pra... PUTA... que... Partiu...
QUEM ESTOU EU? Buda, Gandhi, Papa, Frida, Zumbi
Dó, Ré, Mi, Fa, Sol, Lá, acolá, aqui.
Nós estamos a dois metros do chão!
E vocês, quem são?
Hão de me ver
Hei de me devir
Vocês querem que estejamos no subsolo.
Quem é COMPLETAMENTE SÃO que atire a primeira merda
Eu te desejo merda, no palco, na casa, na rua, na sua vida-normal.
Eu te desejo trevas pra quem acha que louco é bicho do mal.
Vai se tratar! Vai se curar! Vai se cuidar!
Respondo:
Vai TRATAR de CURAR esse hábito de controlar a vida alheia e CUIDAR da tua vida.
Prefiro ser todos na loucura, a ser um só na norMALidade
Com(vivo) com sua questionável sanidade todo dia e nunca quis te prender.
Talvez você já esteja preso a certezas.
A beleza da vida não está na metamorfose?
Quem és tu se achar no direito de dizer o que é melhor pra mim?
Brada aos 4 ventos que é dono de si e não se liberta do desejo de poder, de poder, de poder, de poder.
Quer saber: VAI TE PODER! VAI TE PODAR! NÃO VEM ME DOPAR.
Minhas letras não cabem no alfabeto.
A loucura é a AFIRMAÇÃO DE EXISTIR EM DIFERENÇA
O HOSPITAL a afirmação de existir a indiferença.
Deixa minha loucura caminhar!
Deixa meu delírio acon-TECER, não com-ter-ser.
Chama de maluco e só dorme com CLONAZEPAN.
Diz que eu rasgo dinheiro e se rasga, se mata por dinheiro.
Nossa voz não é alta demais, o ouvido da sociedade que é fechado
Seremos nós o excesso ou vocês a necessidade de excluir a exceção?
Ser fora-da-curva! Ser uma Curva-do-Fora!
Ser agora, daqui a pouco não MAIS.
Ser mais. Ser, mas não se prender. Seja, sem me prender.

domingo, 6 de agosto de 2017

vida normal com metade do cérebro

https://www.facebook.com/bbcnews/videos/10155327280630659/?hc_ref=ARTWNLBAj4X9Ga_oDWAZKf2Na6gstvBaGOWMUPaf-1Ion0Olpn3SQYUbfpN98sSZzTs&pnref=story

'Life now with half a brain, for me is no different than it is for anybody else.' #IncredibleMedicine
(via BBC Stories)



Tem metade do cérebro e é normal. Um dos motivos que eu reduzo a importância que costumam dar ao cérebro. Embora pareça absurdo em tempos de entusiasmo com neurociência e psicofarmacologia.

sábado, 29 de julho de 2017

Overemphasis on Disease Entities in Psychosis

From Critical Psychiatry: Jim van Os, who has argued we should abandon the term “schizophrenia,” recently wrote an article in support of a unitary model of “psychosis spectrum disorder.” In doing so, he is missing the point by still emphasizing the disease model and failing to recognize the reality that psychiatric classification is inherently subjective.
“However, in a way, this is missing the point. They acknowledge the ‘lack of diagnostic markers in psychiatry’ but seem to express surprise that this ‘impedes an objective classification’. They seem to think it was a good idea that RDoC was set up to create a so-called objective classification, whereas what they need to do is recognise that classification is inevitable subjective, at least to some extent.”

terça-feira, 25 de julho de 2017

Blowing the Whistle on Corrupt Pharmaceutical Industry by Gwen Olsen - Questions and Answers

https://www.youtube.com/watch?time_continue=295&v=u6ZzL-qe168

Expert Panel Host: Gwen Olsen (A podcast version of this video is available on iTunes.) • Gwen Olsen author of Confessions of an Rx Drug Pusher. • Gwen Olsen spent fifteen years as a pharmaceutical sales rep working for such healthcare giants as Johnson & Johnson, Bristol-Myers Squibb, and Abbott Laboratories. She enjoyed a successful, fast-paced career until several conscious-altering experiences began awakening her to the dangers lurking in every American medicine cabinet. Her most poignant lessons, however, came as both victim and survivor of life-threatening adverse drug reactions. Gwen Olsen is the author of the award-winning book, Confessions of an Rx Drug Pusher.She is also a contributing author to three books, Drugging Our Children by Dr. Sharna Olfman et al, Doctor of the Futureby Dan Yachter, D.C., and the Maximized Living Makeover Manualby Dr. Ben Lerner et al. Gwen has also published health-related articles in the Well Being Journal, Natural News, and the Health News Digest. • Gwen is a passionate mental health activist, writer, and dynamic speaker who devotes much of her time to mental health and child advocacy. Gwen volunteered as a Court Appointed Special Advocate (CASA) for the Travis County court system from 1995 to 2000, serving as an advocate for abused and neglected foster children in Texas. A 2007 Human Rights Award recipient, she is sought after internationally as a speaker and media resource, and has testified numerous times before Congress and the FDA. A fifteen-year-veteran pharmaceutical rep from 1985 – 2000, Gwen worked for McNeil Pharmaceutical, Syntex Laboratories, Bristol-Myers Squibb, Abbott Labs and Forest Laboratories. She was a hospital rep and specialist rep for the majority of her career, educating residents in hospital teaching settings and selling prescription drugs to doctors in obstetrics and gynecology, orthopedics, cardiology, neurology, endocrinology and psychiatry.She has a unique industry insider’s perspective of the current U.S. healthcare dilemma, and utilizes both her experience and the insight she received in her extensive sales training with Pharma to illuminate marketing trends and illustrate how current greed and conflicts of interest make the system itself the biggest health risk to American consumers.”

Lawyers Hope to Do to Opioid Makers What They Did to Big Tobacco

https://www.wsj.com/articles/lawyers-hope-to-do-to-opioid-makers-what-they-did-to-big-tobacco-1500830715?mod=e2tw



Lawyers Hope to Do to Opioid Makers What They Did to Big Tobacco


Mike Moore, a pioneer of cigarette litigation, is encouraging states to sue drug companies over the painkiller epidemic

citação ABC do charlatão

ABC do charlatão. Um livro excelente.

"Mas é forçoso reconhecer que muitas vezes somos nós, o grande público, que nos prestamos a servir de cúmplices do charlatão. Criamos uma demanda, reconhecemos uma nova necessidade e o charlatão, nada mais natural, se a apressa a satisfazê-la. É a lei do mercado, mera questão de oferta e procura. O charlatão é um realista: se não for ele, é o concorrente que se aproveitará.
Para cada uma de nossas dorzinhas ou mal-estares exigimos uma explicação, logo um diagnóstico, logo uma receita de farmácia.

Sonhamos com a perfeição, o certinho.

Não é o charlatão que vai mostrar-lhes a realidade da vida. - Vocês estão certos - diz ele -, este tipo de coisa é anormal."

O público fica comovido com a solicitude do profissional, tão humano, carinhoso, desinteressado!"

"a vida é perigosa"




A person given a diagnosis of “psychosis” is 15 times more likely to …

https://recoverynet.ca/2016/07/25/a-person-given-a-diagnosis-of-psychosis-is-15-times-more-likely-to/

A person given a diagnosis of “psychosis” is 15 times more likely to …

Is hearing voices a cause for concern?

http://www.medicalnewstoday.com/articles/318538.php
  
Is hearing voices a cause for concern? That depends, study suggests
 
Published

domingo, 23 de julho de 2017

José Ruben de Alcântara Bonfim - Doenças crônicas, medicalização e iatrogênese

José Ruben de Alcântara Bonfim - Doenças crônicas, medicalização e iatrogênese


https://www.youtube.com/watch?v=gN3NwC8AUWk

Fala sobre corrupção institucional na prática médica e indústria farmacêutica.

"Exames de rotina e rastreamento já estão superados"

Citação: "nós acreditamos que o novo é melhor do que o velho, que o avançado é melhor do que o simples, que mais é melhor do que menos, e que saber é melhor do que não saber, e que identificar precocemente é melhor do que tardiamente."

"Grave erro. Esta é a seara iatrogênica.

É preciso reformular muita coisa.

Há um excesso de medicina.

São irmãos siameses. A falta de diagnóstico com o excesso de diagnóstico."

O papel social do médico (texto)


A ‘solução’ para a epidemia de overdose nos EUA: deixar os viciados morrerem

https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/22/internacional/1500752729_017408.html?id_externo_rsoc=FB_BR_CM


A ‘solução’ para a epidemia de overdose nos EUA: deixar os viciados morrerem


As overdoses de opiáceos disparam nos EUA e há quem prefira que o viciado perca a vida a atendê-lo

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Assessing the Impact and Effectiveness of Hearing Voices Network Self-Help Groups

https://link.springer.com/article/10.1007/s10597-017-0148-1

Assessing the Impact and Effectiveness of Hearing Voices Network Self-Help Groups

  • John Read
  • Jacqui Dillon
  • Eleanor Longden
  1. 1.Institute of Psychology, Health and SocietyUniversity of LiverpoolLiverpoolUK
  2. 2.School of PsychologyUniversity of East LondonLondonUK
  3. 3.National Hearing Voices NetworkSheffieldUK
  4. 4.Psychosis Research UnitGreater Manchester Mental Health NHS Foundation TrustManchesterUK
Brief Report

Abstract

The Hearing Voices Network (HVN) is an influential service-user led organisation that promotes self-help as an important aspect of recovery. This study presents the first systematic assessment of the impact and effectiveness of HVN self-help groups. A customized 45-item questionnaire, the Hearing Voices Groups Survey, was sent to 62 groups affiliated with the English HVN. 101 responses were received. Group attendance was credited with a range of positive emotional, social and clinical outcomes. Aspects that were particularly valued included: opportunities to meet other voice hearers, provision of support that was unavailable elsewhere, and the group being a safe and confidential place to discuss difficult issues. Participants perceived HVN groups to facilitate recovery processes and to be an important resource for helping them cope with their experiences. Mental health professionals can use their expertise to support the successful running of these groups.

Keywords

Group psychotherapy Outpatient treatment Psychosocial interventions Psychotic disorders Social functioning Vocational rehabilitation

aprender autonomia

A autonomia não é fácil de ser alcançada. São muitos anos assimilando os valores da cultura em que vivemos, como se fossem nosso idioma natal.

O termo doença mental


O termo doença mental é um erro semântico sem sentido. As duas palavras não podem se juntar senão metaforicamente; Não se pode ter uma 'doença' mental não mais do que se pode ter uma ideia roxa ou um espaço sábio. Similarmente, não pode haver "doença mental" mais do que pode haver uma "doença moral".

As palavras "mental" e "doença" não podem se juntar logicamente. "Doença" mental não existe e nem "saúde" mental. Esse termos indicam apenas a aprovação ou desaprovação de algum aspecto da mentalidade de uma pessoa. (pensamento, emoções ou comportamento)

- Edwin Fuller Torrey

quarta-feira, 19 de julho de 2017

opinião fervorosa

Vale a reflexão!
Alexandre Dittrich

"Nenhuma opinião deveria ser defendida com fervor. Ninguém mantém fervorosamente que 7 x 8 = 56, pois se pode mostrar que esse é o caso. O fervor apenas se faz necessário quando se trata de sustentar uma opinião que é duvidosa ou demonstravelmente falsa."
(Bertrand Russell, 1958)
Daí o alto teor de envolvimento emocional em discussões sobre política e religião, por exemplo. Nós simplesmente não sabemos o que é melhor, mas gostamos de achar que sim, e tendemos a achar que a nossa própria opinião sobre qualquer assunto está especialmente próxima da verdade.
Contudo, discussões emocionadas não se restringem a esses campos - como qualquer um que já tenha participado de eventos científicos deve saber. (Eu arriscaria dizer que mesmo os congressos de matemática devem ter lá os seus arranca-rabos...)
Ao afirmar que “nenhuma opinião deveria ser defendida com fervor”, Russell faz uma prescrição questionável. Ele parece partir da antiga distinção platônica entre episteme (conhecimento, reservado ao filósofo/cientista) e doxa (opinião, expressão da ignorância do cidadão comum). E sugere uma confiança desmesurada sobre aquilo que conhecemos, ou podemos conhecer.
Muitas variáveis podem contribuir para explicar o fato de que nós raramente discutimos algo sem nos envolver emocionalmente, mas acho que uma delas é essa: nossa capacidade de demonstrar que qualquer coisa “é o caso” é muito limitada. Junte-se a isso o fato de que a academia é competitiva, e conclui-se que nos exaltamos emocionalmente não só porque não sabemos, mas porque o não saber é socialmente punido.
Acho que jamais chegará o dia em que veremos cientistas discutindo os fenômenos que estudam estoicamente, como monges budistas, sem que se alterem seu tom de voz e seus batimentos cardíacos. E que bom que assim seja. Eu defendo firmemente que, ao dialogar sobre qualquer assunto, nós devemos cultivar a empatia e a cortesia, e reprovar o pedantismo e a agressão. Mas entendo, por outro lado, que a exigência de Russell é excessiva. Um mundo onde “nenhuma opinião é defendida com fervor” seria um mundo intelectualmente homogêneo, sem discussões e dissidências, no qual verdades universais (reveladas?) seriam aceitas por todos. Isso é a antítese do caráter crítico do pensamento científico.
O exame histórico, filosófico e sociológico já realizado sobre a ciência deveria hoje nos permitir uma concepção mais modesta sobre sua capacidade de revelar “o mundo como ele é”. Quando discuto as características da ciência com meus alunos, com alguma frequência menciono a ideia básica contida nesta frase:
“Num mundo ideal, todo curso de ciência deveria incluir lembretes reiterados de que qualquer teoria apresentada para explicar as nossas observações do universo deve carregar a seguinte qualificação: ‘segundo o conhecimento que temos agora, a partir do exame da evidência disponível para nós hoje’.”
(Amicus Curae, 1986, p. 24)

I Don't Want Your Diagnosis

I Don't Want Your Diagnosis (Song to a Therapist/Psychiatrist), Rebecca Stabile/Daniel Mackler

https://www.youtube.com/watch?v=Na6ja0hPo8g&feature=youtu.be

sobrediagnóstico


"na dúvida sejamos rigorosos. e no fim o médico sempre vai ter razão. dai você entra numa coisa que é o sobrediagnóstico


por excesso de precaução surge uma iatrogenia (dano)

daí surge a prevenção quaternária"

"sejamos destemidos"

"ninguém está autorizado a correr qualquer tipo de risco" (brincadeira)

Autocontrole e biopolítica: a gerência do risco na saúde (Luis David Castiel) 

https://www.youtube.com/watch?v=K7nIoSOn-uQ

medicamentalidade e o lado obscuro da medicalização


ética na medicina


Desafiar autoridade do médico


certezas, incertezas, ciência, prevenção, medicalização

O combate à Medicalização vai contra toda a tendência de securitização e hiperprevenção.

 Luis David Castiel
 
cabe acrescentar ainda que apesar da separação entre ris-
co e incerteza ser ainda dominante, pode-se considerar que ela
é difícil de ser sustentada. risco e incerteza se embricam: riscos
são incertos, incertezas seguras.
van asselt e vos
25
afirmam
que, no contexto do princípio da precaução, a incerteza é muitas
vezes, implícita ou explicitamente, percebida como algo que po-
de ser erradicada. Ou, pelo menos, reduzida pela pesquisa, pela
monitoração ou, simplesmente, pelo passar do tempo. algumas
incertezas podem ser estimadas, pois resultam de sistemas ou
processos bem conhecidos. porém, muitas incertezas relevan-
tes no contexto do princípio da precaução não podem ser redu-
zidas e muito menos exorcizadas.
O “paradoxo da incerteza” se refere à adoção de uma me-
dida preventiva diante da insuficiência de provas científicas. em
outras palavras, quando o princípio da precaução é utilizado pa-
ra lidar com incertezas, o seu emprego acaba por demonstrar os
limites da ciência em proporcionar evidências “confiáveis” dos
riscos potenciais.
Todavia, sempre que se estabelece uma ação preventiva,
a ciência é chamada a fim de avaliar/avalizar os riscos poten-
ciais.
em suma, trata-se de uma configuração paradoxal: por
um lado, reconhece-se que a ciência não pode trazer as ansia-
das evidências decisivas sobre riscos incertos, enquanto, por
outro, recorre-se à ciência para procurar estabelecer-se algum
nível de certeza. assim, o conhecimento ocupa um lugar alta-
mente paradoxal, se não contraditório, na essência do princípio
da precaução.

 http://www.ihu.unisinos.br/images/stories/cadernos/ideias/188cadernosihuideias.pdf

domingo, 16 de julho de 2017

21 apontamentos sobre suicídio

http://encenasaudemental.net/post-destaque/como-abordar-o-suicidio/

21 apontamentos sobre suicídio


O suicídio vem sendo amplamente discutido nos últimos dias, dada a divulgação do jogo “Baleia Azul” e a polêmica série “Os 13 Porquês” (13 Reasons Why) produzida pela Netflix. Para entender melhor o assunto, postamos uma série de 21 apontamentos da ONU abordados no livro do jornalista André Trigueiro “Viver é a melhor opção: prevenção do suicídio no Brasil e no mundo”.